A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 110
Tudo volta a normalidade


Notas iniciais do capítulo

*Lumus!
*Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom.
Olá meus queridos leitores, voltei.
Desculpem a demora, semestre passado na faculdade pegou todas as minhas forças e inspirações, fiquei em ideia para escrever. Mas finalmente voltei para vocês, esse capítulo ficou um pouco pequeno, não queria deixar vocês mais tempo sem atualizar, então desculpe pelo capítulo pequeno e não muito movimentado.
Não vou mais enrolar vocês e vou deixar vocês lerem o capítulo especialmente pensado em vocês.
Boa leitura e obrigada!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/329775/chapter/110

 

P. D. V. Jay

Carol finalmente tinha acordado, ela estava bem, com o rosto meio inchado de chorar, mas parecia descansada. Os meninos e eu ficamos a noite inteira conversando sobre o que o Almofadinhas tinha nos contado, não conseguimos dormir, e eu não consegui tirar a informação de que a Carol quase foi abusada, e não falou nada para a gente, e não foi uma fez só pelo jeito, fiquei pensando em quem poderia ter feito isso, e tenho certeza que os outros Marotos também estavam pensando nisso.

Carol foi para perto do Almofadinhas no fogão, Aluado, Rabicho e eu ficamos observando, eu sei o quanto o Sirius ficou mexido, nem consigo imaginar tudo o que está se passando na cabeça dele agora, sei que ele ficou preocupado de ter feito algo com a Carol, ter forçado a barra talvez, mas eu tenho certeza que ele não fez nada, ele pode ter seu passado de galinha pegador, mas ele nunca iria ser desrespeitoso com ninguém.

Olhei para o Aluado e acho que pensamos a mesma coisa, eles precisavam ficar sozinhos, nós levantamos e chamamos o Rabicho disfarçadamente para eles não perceberem que estávamos saindo, com certeza iriam ficar sem jeito, então saímos de fininho.

— Obrigada por ter cuidar de mim ontem. – Escutei a Carol falar.

— Não precisa agradecer... – Falou Almofadinhas, nós já estávamos descendo a escada. – Eu sempre vou cuidar de você. – E depois disso ficou um silêncio, podemos dizer que até assustador, visto de fora, mas não pensei muito nisso e logo eu, Aluado e Rabicho estávamos na passagem do Salgueiro Lutador.

— O que vamos fazer? – Perguntou Rabicho.

— Vamos pegar um pouco de comida e deixar eles a sós, acho que eles precisam conversar. – Falei colocando a mão no ombro do Rabicho e Aluado concordou.

— A gente só vai atrapalhar agora, vamos pegar comida e voltar para animar os ânimos. – Falou Aluado sorrindo e nós concordamos, então seguindo rumo a cozinha.

Chegamos à cozinha sem muita dificuldade, parece que Hogwarts está sonolenta hoje, não tinha ninguém nos corredores. Pedimos alguns lanches e sucos para os eles, umas sobremesas também, para animar a Carol, pegamos bolo de chocolate, que sabemos que ela adora, sim, pegamos um bolo inteiro, podem nos julgar.

Em 40 minutos tudo estava pronto e na cesta para levarmos para a Casa dos Gritos , como sempre os eles fazendo um ótimo trabalho, agradecemos pela comida e trabalho e seguimos nosso caminho de volta, já devia ser umas 10:30, estava dando fome de novo, sendo que eu e os meninos comemos o que sobrou de ontem de noite, que não foi muita coisa.

Durante o caminho ficamos conversando, nenhum assunto específico, era só para quebrar o silêncio e antes que esperávamos estávamos de volta ao Salgueiro Lutador. Rabicho se transformou e então entramos pela passagem ainda conversando. Quando chegamos na Casa dos Gritos encontramos o Almofadinhas e a Carol sentados no sofá, abraçados, conversando, e assim que aparecemos nos olharam.

— Isso é comida? – Perguntou Carol com os olhos brilhando.

— É sim, achamos que merecíamos um café da manhã descente. – Falei sorrindo.

— Ainda bem, estava morrendo de fome, vamos comer. – Falou Carol levantando do sofá. – O que trouxeram? – Perguntou se aproximando da cesta cheirando o ar.

— Calma, a comida não vai fugir. – Falou Almofadinhas a segurando pela cintura.

— Mas eu estou com fome. – Falou Carol o olhando.

— E por que não me falou antes? – Perguntou Almofadinhas.

— E por acaso tinha comida? – Falou Carol.

— Não. – Respondeu e todos nós rimos. – Mas devia ter me falado.

— Na próxima te falo, agora vamos comer. – Falou Carol tentando pegar a cesta da mão de Aluado, mas o Almofadinhas a abraçou pela cintura a levantando. – Ei.

— Vamos sentar. – Falou Almofadinhas a levando até a mesa, eu e os outros Marotos caímos na risada, ele só estava implicando com ela, e o melhor era ela olha pra ele brava.

Todos sentaram e começamos a comer, todos nós estávamos com fome, então comemos em silêncio, saboreando a comida, do nosso jeito desesperado.

— Caramba, estou cheia. – Falou Carol depois de um tempo, ela tinha devorado tudo, realmente estava com fome, e nós rimos aliviados, isso significa que ela estava bem, não estava nem mais meio pálida, estava até com as bochechas rosadas. – Meninos, eu queria pedir desculpa por ontem, sei que ficaram preocupados, não era minha intenção, e obrigada por cuidarem de mim também.

— Imagina, não precisa agradecer. – Falou Aluado segurando sua mão.

— Não fizemos nada de mais. – Falei mexendo no seu cabelo, e ela riu.

— O Sirius contou, não contou? – Falou Carol meio sem jeito.

— Sobre o sonho? – Perguntou Aluado e a Carol concordou. – Contou sim.

— Você quer conversar sobre? Tipo dar os nomes dos infelizes para arrebentarmos as caras deles. – Falei e com isso a Carol riu.

— Sinceramente, eu quero enterrar esse assunto. – Falou sorrindo para mim. – Mas como eu conheço vocês, e sei que não vão ficar quietos sobre isso, deixa eu ver os palpites de vocês. – Falou e olhamos um para o outro. – Eu sei que vocês já ficaram fazendo sua própria lista.

— Você me assusta. – Falei e ela riu. – Mas já que perguntou, eu tenho uns nomes. – Falei e ela falou pra continuar. – Zabine?

— Não. – Respondeu.

— Dolohov. – Continuei.

— Não, dele eu posso esperar isso, mas ele nunca conseguiu nada.

— E o Vane? – Perguntou Rabicho.

— O Vane é gente boa, não acredito que ele seria capas disso. Era pegador? Era, mas não aproveitador. – Falou Carol pensando, nisso eu até concordo.

— Eu tenho uma suspeita. – Falou Aluado meio tenso e olhou a Carol. – O professor Acilio.

— Ah nem lembre-me desse cara. – Falei já com a raiva voltando.

— Ele tentou né? Não foi só para te beijar. – Falou Aluado para Carol.

— Eu acho que sim, não posso afirmar nada porque nem me beijar ele conseguiu, mas eu acho que ele seria capas disso sim. – Falou Carol meio triste.

— E o carinha que deu em cima da Lily e depois de você? – Perguntei.

— Eu não contei essa história para vocês. – Falou Carol pensativa.

— O Almofadinhas contou. – Falou Aluado e a Carol concordou com a cabeça e olhou o Almofadinhas, ele estava olhando fixamente a mesa, então a Carol respirou fundo e olhou suas mãos.

— Dele eu fiquei com medo. – Respondeu Carol e vi o Almofadinhas apertar as mãos em punho. – Mas o Six chegou antes de qualquer coisa, nem me beijar ele conseguiu. – Falou e deu um sorriso para a gente.

Ficamos uns segundos em silêncio, pensando sobre isso, não me vinha mais ninguém a mente, e já foram tantos nomes, como não pensamos nessa possibilidade? Eu estou bravo  comigo mesmo.

— Eu só consigo pensar em uma pessoa. – Falou Sirius e todos nós o olhamos, ele estava tenso. – Malfoy. – Falou e tanto eu quanto os outros Marotos ficamos surpresos. – Aquele dia na floresta... – Falou e olhou a Carol que estava olhando-o. – Era isso que ele tentou, não é? Você não quis nos contar, mas você ficou muito assustada aquele dia.

— Foi sim. – Respondeu Carol com os olhos lagrimejados.

— Como  que é? – Falei levantando da cadeira. – Ele tentou... e você não nos contou? Você tinha que ter nos contato.

— Eu só queria esquecer aquele dia, não queria comentar nada com ninguém, fingir que nada aconteceu para esquecer isso. – Falou Carol e limpou uma lágrima solitária. – Foi muito nojento.

— Desculpa, não queria te deixar mal. – Falou Almofadinhas abraçando a Carol. – Eu precisava confirmar minha suspeita, depois de ontem só fiquei lembrando daquela noite, você chorando sem conseguir falar, como ontem, e aquela marca roxa no pescoço.

— Marca no pescoço? Isso está ficando cada vez melhor. – Falei irritado e sentei de novo.

— Tem mais alguém Carol? – Perguntou Aluado. – Mais alguém que não sabemos?

— Não, foram só esses, o Malfoy foi o que chegou mais perto, os outros foram só medo mesmo. – Falou secando algumas lágrimas. – Eu não queria que vocês soubessem disso, mas depois de ontem... – Falou e respirou fundo. – Vocês mereciam saber. E devo admitir,  foi muito bom falar sobre isso, saiu um peso. – Falou sorrindo aliviada.

— Nem com as meninas você conversou? – Perguntou Rabicho e a Carol discordou.

— Que bom que nos contou Carol. – Falou Aluado sorrindo.

— Agradecemos pela confiança. – Falei sorrindo e lhe pedi a mão, ela segurou e logo os meninos a seguiram, todo mundo segurando a mão de todo mundo, esse era nosso grupo. – Agora me deixa saber uma coisa... – Quebrei o silêncio e olhei para a Carol. – O seu namorado aí, que chamamos de amigo, não fez nada não né? Porque se fez eu já quebro a cara dele agora mesmo.

— Ah, vai se lascar. – Falou Almofadinhas bravo, eu só estava mexendo com eles, e a Carol caiu na risada.

— Ele não fez nada demais, fui eu que fiquei ansiosa porque é novo pra mim também e aí isso veio a tona de novo. – Falou sorrindo

— Ficou ansiosa? – Perguntei.

— Sim, sabe, o único namorado que tive foi o Bob, e foi por pouco tempo, com o Six as coisas já estão diferentes, sabe. – Falou meio sem jeito.

— Diferentes? – Falou Aluado.

— É, sabe, está evoluindo. – Respondeu e ficamos a olhando sem entender. – Como posso dizer... – Parou para pensar e ficou corada. – Não acredito que vou falar isso, mas as coisas estão esquentando entende?

— Aí, não precisava saber disso. – Falei com dor no coração e escutei o Almofadinhas tossindo.

— Eu estou imaginando, não quero imaginar, meus olhos estão ardendo. – Falou Aluado colocando as mãos nos olhos.

— Vocês que ficaram perguntando, eu não queria falar. – Falou Carol escondendo o rosto e descendo um pouco na cadeira. – Eu até mandei uma carta pra minha mãe.

— Você o que? – Perguntamos todos juntos, e claro que caímos na risada.

— Você mandou uma carta para sua mãe falando sobre isso? – Perguntou Almofadinhas.

— Eu estava ansiosa, precisava falar com alguém sobre isso, não me culpe. – Falou Carol para ele.

— Sua mãe deve estar me odiando. – Falou Almofadinhas com pesar. – Seu pai então deve estar querendo me matar.

— Ela prometeu não falar para o meu pai sobre isso. – Falou Carol.

— Ainda assim ela deve estar querendo me matar. Eu sou um homem morto. – Falou se jogando para trás. – Depois dessa preciso de uma cerveja amanteigada.

— Trás umas dez para mim, vou afogar a vergonha. – Falou Carol colocando a cabeça na mesa.

— Para de drama vocês dois. – Falei rindo.

— Relaxem aí. – Falou Aluado.

— Vocês não estão fazendo nada errado, já esperávamos que isso iria acontecer, afinal é do Almofadinhas que estamos falando. – Falei.

— Ei. – Me repreendeu Almofadinhas.

— Somos amigos. – Falou Rabicho.

— Sem vergonha. – Falou Aluado.

Carol e o Almofadinhas trocaram olhares e logo caíram na risada.

— Não acredito que falei isso para vocês. – Falou Carol rindo. – Tem como esse dia ser mais vergonhoso?

— Só não ficarmos bêbados. – Falou Almofadinhas rindo.

— Aí já seria o fundo do poço. – Falei e todos nós rimos.

E assim passamos a tarde, rindo, brincando, mexendo um com o outro, até pegamos umas cervejas amanteigadas.

Acabou que no final do dia, estávamos todos cansados, dormindo em pé, afinal não tínhamos dormido noite passada e quando fui ver Rabicho estava dormindo, Carol estava quase dormindo no ombro do Almofadinhas e ele estava quase desmaiando no sofá com ela. Eu e Aluado trocamos olhares e resolvemos deitar também para descansar, sono mais bebida não é uma boa junção, definitivamente.

P. D. V. Carol

Acordei no outro dia totalmente descansada, o que duas noite de sono bem dormida não faz, não é mesmo? Acordei deitada no sofá da Casa dos Gritos abraçada ao Six, nem vi que dormimos, o Pedro estava dormindo no outro sofá, Remo e Jay nos colchões no chão, todos dormindo calmamente, olhei a janela com madeira, mas não consegui identificar que horas eram.

Me virei devagar de frente para o Six, ele dormia com a boca um pouco aberta, com alguns fios de cabelo em cima dos olhos, ele estava muito fofo dormindo desse jeito. Mexi no seu cabelo tirando os fios de seus olhos, vendo totalmente seu rosto, e com isso fiquei mexendo nele, fazendo carinho devagar por sua bochecha, às vezes passava na testa, e outras nos seus lábios

Eu estava admirando meu namorado, fazia tempo que não fazia, não tinha cabeça para isso, só agora que reparei, que durante todo esse tempo mal dormido e fiquei bem afastada do Six, não por querer, claro, mas porque eu dormia acordada, não conseguia me concentrar em muita coisa, eu lutei muito para fazer as lições, ainda bem que sou inteligente e tenho bons amigos e inteligentes que me ajudaram muito.

Dei um selinho de leve no Six, não resisti, aqueles lábios carnudos e semiaberto me chamava, e com isso ele sorriu minimamente me fazendo sorrir também. Depois de ontem, acho que fiquei ainda mais apaixonada por ele, ele me deu muita força e confiança e carinho, mas principalmente me deu conforto e segurança, eu me abri totalmente para ele depois daquele sonho, não tinha como, contei meu maior medo, e ele me apoiou e não me largou um segundo, foi muito importante para mim.

— Que carinho gostoso. – Falou Six sussurrando rouco pelo sono ainda sorrindo.

— Bom dia Six. – Falei sorrindo ainda fazendo carinho em sua bochecha.

— Bom dia. – Falou abrindo os olhos. Ele se ajeitou me abraçando pela cintura me aproximando mais dele. – Dormiu bem?

— Uhum. – Falei sorrindo mudando meu carinho da bochecha para a nuca dele, mexendo no seu cabelo. – E você?

— Podia ficar o dia todo dormindo com você assim. – Falou sorrindo eu ri baixinho.

— Você fica muito fofo com sono. – Falei segurando a risada.

Ele resmungou contrariado e me deu um selinho, subiu sua mão até meu rosto e me deu outro selinho e aprofundou o beijo. Trocamos um beijo calmo e romântico, nem lembro a última vez que trocamos um assim, parecia meses. Paramos o beijo por falta de ar, mas logo voltamos e dessa vez o Six apertou minha cintura colando nossos corpos.

Quando acabamos o beijo ficamos ainda perto um do outro dando beijinho de esquimó eu fazendo carinho em seu rosto e ele fazia carinho em minhas costas, estávamos aproveitando o tempo que tínhamos de paz e tranquilidade. Six inicia um novo beijo e depois outro e outro, e foi ficando mais intenso, eu o puxava, ele me puxada, até me deu um aperto na bunda me fazendo rir.

— Nem amanheceu direito. – Escutei Jay falar e nos soltamos, virando para ele, que estava coçando os olhos.

— Não enche. - Falou Six e deitou sua cabeça no meu ombro, me fazendo rir.

Logo todos os meninos foram acordando e ficamos conversando deitados, não tinha motivo para levantar ainda, até que a barriga do Pedro roncou, então resolvemos que era hora de comer alguma coisa para arrumar a Casa dos Gritos e voltar para Hogwarts, final, tínhamos saído de lá sexta a noite, e não demos as caras no sábado, se não aparecemos hoje, domingo, vão começar a estranhar.

E assim fizemos, tomamos café da manhã e arrumamos as coisas para voltar a Hogwarts e quando acabamos de arrumar já era mais de 2h da tarde, nem tínhamos visto o tempo passar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Espero que sim.
Fiz um capítulo mais tranquilo perto do anterior, mas muito importante para virar a chave para os próximos acontecimentos.
Me falem o que acharam, please.
Obrigada por lerem e acompanharem.
Beijos, beijinhos e beijões.
*Malfeito feito!
*Nox.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Marota- Caroline Caldin" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.