Missão A Dois escrita por Sarah Colins


Capítulo 41
Capítulo 40 - Depressão


Notas iniciais do capítulo

Oi amigos, tudo bem? ^^
Hoje voltando a normalidade. NYAH está de volta o/ gosto tanto desse meu cantinho *-* rs... E tenho alguns recadinhos importantes pra dar antes do capítulo...
Primeiro, quero dedicar esse capítulo a Tais Lima (Tais Chase), pela recomendação tão linda e também pelas milhares de perguntas que ela me deixa diariamente no ask.fm kkkk.
Pra quem não sabe eu fiz uma conta no ask à pedido de um leitor, e estou gostando da brincadeira. Quem quiser deixar perguntas pra mim lá, mesmo que seja anonimamente, pode ficar a vontade: http://ask.fm/SarahColins
Agora vamos ao que interessa! Boa leitura ;)



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Piper estava se saindo uma amiga e tanto. Quem mais estaria ali comigo naquele momento, tentando me distrair e me animar? Ela me fez andar por todos os corredores do shopping, me fez entrar em praticamente todas as lojas, me fez experimentar diversas roupas e sapatos até eu escolher algo que gostasse. Segundo ela, ainda me devia um presente de aniversário. Eu dissera que aquilo era ridículo, que não precisava me dar nada, mas ela foi bem insistente e, para meu azar, convincente. Sabia que provavelmente estava usando um pouco do seu charme para me convencer a acompanhá-la naquela maratona de compras doida. Mas no fundo eu sabia que ela só estava querendo me ajudar. Sabia que eu precisava esfriar a cabeça, distrair meus pensamentos para não pensar naquilo que estava me tirando o sono e me deixando terrivelmente mal.

Ao todo eu já havia ganhado um vestido, duas blusas, uma calça, três pares de sapato e uma bolsa novos. Havia me esquecido que Piper tinha bastante dinheiro “sobrando” já que era filha de um astro de hollywoody. Ela até pegara um dos carros do pai emprestado para nos levar até lá. No final da tarde deixamos as dezenas de sacolas com os meus presentes e umas coisas que a filha de Afrodite comprou para si, no carro e fomos para a praça de alimentação. Eu estava faminta. Pedimos uns x-burguers com fritas, porque afinal éramos filhas de deuses, de acordo com Piper. Ela conseguiu me arrancar uma risada com aquilo. O que não durou nem meio minuto. Logo estávamos passando em frente a mais uma daquelas lojas de coisas para crianças e eu voltei a me sentir deprimida.

Minha amiga semideusa fez de tudo para me distrair e falar sobre outros assuntos. Mas era difícil esquecer uma coisa daquelas. Eu ficara realmente muito mal quando o teste de gravidez deu negativo. Já estava disposta a arcar com todas as consequências de ser uma mãe tão jovem e sem planejamento. Nos segundos anteriores eu havia desejado aquele filho com todas as minhas forças. E quando percebi que se tratava apenas de um alarme falso, eu me senti péssima. Não consegui nem olhar direito na cara de Percy quando ele perguntou o resultado do teste. Me senti, de certa forma, falhando em um exame importantíssimo. Como se aquilo quisesse dizer que eu não era a mulher ideal para estar com ele. Percy com certeza merecia ter muitos filhos. E se eu nunca conseguisse ficar grávida? Não podia condená-lo a esse destino. Fiquei paranoica a esse ponto e entrei em um estado de depressão preocupante.

Não era à toa que não só Piper, como outros de meus amigos, estavam dando uma atenção especial para mim naqueles últimos dias. Percy teve que contar o que acontecera a alguns deles porque não sabia mais o que fazer para levantar o meu humor. E considerando as tentativas que eles fizeram até ali, Piper era a que estava se saindo melhor. Podia ser porque ela era filha de Afrodite e tinha o poder de convencer as pessoas a fazerem o que ela queria, mas eu tinha que dar crédito a ela. Era muito criativa e sua empolgação era contagiante. No final do dia eu me sentia um pouco melhor. Consegui ocupar minha mente com outras coisas e pensei menos naquele assunto. Infelizmente a minha paz durou pouco. Percy apareceu no shopping para nos encontrar e só de olhar pra ele eu já voltei a me sentir mal.

Não queria encará-lo. Não fazia isso a cerca de três dias. Não seria agora, ali naquela situação que eu iria fazê-lo. Tentei me esquivar dele o máximo possível. Até que ele deu o braço a torcer e nos deixou sozinhas. Pedi para Piper me levar pra casa porque não estava me sentindo bem. Obviamente era mentira. Eu só queria uma desculpa para ela me levar pra casa o mais rápido possível. Quando cheguei agradeci os presentes e nem me dei ao trabalho de convidá-la para subir. Eu sabia que ela sabia que eu precisava ficar sozinha. Larguei as sacolas no meio da sala e fui direto para o quarto. Tirei os sapatos e me joguei na cama pesadamente. Queria dormir por uma semana inteira. Queria tirar aquele peso imenso que eu estava sentindo sobre meus ombros. Me sentia completamente inútil e culpada. Sabia que não devia me sentir assim, mas era assim que me sentia.

Adormeci depois de alguns minutos. Me vi dentro de um sonho totalmente diferente de tudo o que já havia sonhado. Estava em uma praia deserta. Havia uma neblina branca fina pairando no ar. A água do mar estava com um tom de verde lindo. A cor dos olhos de Percy. Perdi o fôlego só de pensar naquilo. Ouvi então uma voz vindo de trás de mim. Me virei e vi que um menino de cerca de 3 anos de idade vinha andando em minha direção. Ele falava e gritava coisas incompreensíveis enquanto corria até mim. Quando chegou mais perto eu percebi que os olhos do garotinho eram da mesma cor do oceano que eu acabara de ver. Mas seus cabelos eram loiros como os meus. Senti um aperto muito grande no peito e não consegui segurar o choro. Aquela criança poderia muito bem ser nosso filho. Meu e de Percy.

O pequeno menino continuou vindo em minha direção até parar em minha frente e estender os bracinhos para o alto. Não precisava ser nenhum expert em maternidade para saber o que ele queria. O peguei no colo e ele me mostrou o que trazia na mão. Era um pequeno cupcake azul. Eu o peguei e me esforcei para não voltar a chorar. Logo em seguida o garotinho começou a apontar para a direção de onde viera e dizer algo que parecia ser “vovó”. Levando em conta o que ele trouxera pra mim, deduzi que se tratava de Sally Jackson. Deixei o garoto no chão novamente porque ele começou a se agitar sem parar. Logo que seus pés tocaram o chão ele saiu correndo para longe de mim. Fui imediatamente atrás dele enquanto ouvia seus gritos chamando pela avó. Quer dizer, isso se ele fosse realmente meu filho.

Achei estranho porque a criança corria incrivelmente rápido e eu não estava conseguindo acompanhá-lo. De repente o pequeno misterioso sumiu em meio a neblina e eu não consegui mais enxergá-lo. Corri o mais rápido que pude e cheguei ao final da praia, onde a areia encontrava um gramado verde e uma imensa pedra. Chamei pelo garoto e procurei ali por perto não havia nenhum sinal dele. Então olhei para o mar e o pânico tomou conta de mim. E se ele tivesse se afogado? Era sabido que filhos de semideuses não herdam os poderes dos pais. Ele não podia respirar em baixo d’agua como Percy. Isso é, se fosse realmente filho dele também. Segui meu instinto e entrei na água para ver se encontrava algum sinal do menino. Antes que eu voltasse a me desesperar ouvi novamente vozes que vinham de trás de mim. Dessa vez não era só uma criança, era um família inteira.

O garoto de cabelos loiros e olhos verdes estava no colo de uma garota que era muito parecida com Percy. Junto com eles havia também um garoto de cabelos loiros e pele bem clara, mais dois senhores de idade. Todos pareciam muito satisfeitos e felizes. Aquele bebê não era meu afinal. Me senti afundando na água do mar. Não percebi que era apenas a maré me puxando para o fundo. Eu não liguei para isso e não me importei. Queria me afogar, junto com a minha desilusão de pensar que eu poderia ter um filho com Percy ao menos em um sonho. Devia me sentir estúpida por pensar daquela forma. Não havia perdido um bebê ou nada do tipo. Fora apenas um alarme falso. Mas eu sentia como se tivesse perdido uma pessoa que já me importava muito. Uma pessoa que eu tinha certeza que amaria incondicionalmente.

Me deixei levar pelas ondas, mas não me afoguei. O mar me sustentava sem que eu tivesse que fazer forma alguma para flutuar sobre a água. Eu preferia afundar e não me lembrar nunca mais daquele sonho. Mas o oceano me mantinha na superfície, sã e consciente da minha dor. Era como se não quisesse me deixar desistir. Como se quisesse me manter ali, me fazendo viver aquela angústia para que eu pudesse superá-la. No entanto, eu não sabia como faria aquilo. Acordei sobressaltada e percebi que Percy estava ao meu lado na cama, me observando dormir. Fiquei constrangida ao me sentar e ajeitar o cabelo. E se eu tivesse falado enquanto dormia? Não queria que ele soubesse daquele sonho, era muito triste e depressivo. Percy me olhava com cara de curiosidade, preocupação e afeto.

– Teve um sonho ruim? - ele enrugava a testa e tirava uma mexa de cabelo do meu rosto enquanto falava.

– Como sabe? - perguntei com a voz ainda rouca por causa das horas de sono.

– Você esteve chorando - respondeu Percy apontando para o meu rosto.

Eu instintivamente coloquei a mãos no rosto e vi que ele tinha razão. Minhas bochechas ainda estavam molhadas pelas lágrimas e senti um certo inchaço abaixo dos olhos. Era obvio que eu havia chorado enquanto dormia. Isso era quase pior do que ter falado dormindo. Quanto tempo será que eu dormira? Será que ele estava ali me observando há muito tempo? Senti raiva por ter me deixado ficar tão vulnerável. Eu sabia que Percy tinha plena consciência do estado em que eu estava. Mas uma coisa era ele saber disso, e outra era eu deixar isso tão claro e explícito. Iria tentar desconversar e fugir dele o máximo que conseguisse. Não seria fácil, mas eu realmente não estava nenhum pouco afim de ficar ali e discutir o assunto com ele

– Acho que preciso de um banho - falei enquanto me levantava da cama.

– Ótimo, eu vou com você - disse ele também levantando e indo em direção a porta do banheiro. Mas o que é que ele estava pensando? Eu não estava com cabeça para aquilo.

– Acho que prefiro ir sozinha mesmo, Percy. Não me leve a mal, mas preciso de um banho de verdade, pra relaxar e tal...

– Posso fazer você relaxar e ter um banho maravilhoso com a minha companhia, juro que não vou me aproveitar de você - ele tinha malícia nos olhos. Eu teria adorado aquela insistência dele em qualquer outro momento. Mas depois do sonho que eu tivera, não estava mesmo no clima para nada relacionado a sexo.

– Ok, sei que pode fazer isso muito bem. Mas eu realmente preciso desse momento sozinha - argumentei mais uma vez - Agora pode sair do caminho e me deixar entrar no banheiro? - ele havia se colocado na minha frente e bloqueado a porta naquele momento.

– Não Annie, não vou sair - ele cruzou os braços e me encarou com o rosto sério e insatisfeito.

– O que? - por um momento achei que estivesse brincando, mas logo percebi que ele falava bem sério - Você está sendo ridículo...

– Não, não estou. Não vou deixar você fugir de mim novamente. Nós vamos conversar e vai ser agora! - era raro ver Percy autoritário daquela forma. Ele não parecia bravo, parecia apenas decidido e obstinado a resolver a situação - Vamos me conte, o que há de errado com você?

– Como assim o que há de errado comigo? - me fiz de sonsa, mas não iria adiantar de nada. Eu sabia muito bem do que ele estava falando - Não há nada de errado.

– Não tente mentir nem esconder nada de mim - continuou ele com a mesma força de vontade - Sabe que eu te conheço muito bem e sei que você está mal, muito mal. Eu imagino o porquê, mas quero que você me diga. Eu posso te ajudar a superar isso, baby. Confie em mim, como sempre confiou e me conte. Quero saber o que sente e pelo que está passando.

– Certo, você tem razão - cedi um pouco, afinal ele estava coberto de razão - Talvez eu não esteja no meu normal ultimamente. Mas acredite, não é algo tão grave. Logo tudo voltará ao normal, não tem porque eu ficar te importunando com isso.

– Espere, Annie - ele se segurou pela cintura e me encurralou contra a parede de forma sutil quando eu tentei passar por ele - Se você não quer dar o braço a torcer, então eu digo o que está acontecendo - seus olhos verdes penetravam fundo nos meus e eu não podia nem queria mais me livrar dele - Você ficou muito desapontada por não estar grávida. De alguma forma você acabou querendo muito ter um bebê, e aposto que achou que eu também queria. Não vou mentir pra você, a ideia é maravilhosa. Mas acho que esse filho virá quando tiver que vir. Não pode ficar assim me evitando e tentando fingir que nada está errado. É melhor você encarar esse problema e me deixar te ajudar a superá-lo. Eu estou aqui pra isso e não vou te deixar desamparada. Não conte com isso, ok?

– E se eu nunca mais tiver essa oportunidade? - falei com a voz trêmula. Percy conseguira quebrar todas as minhas defesas e eu já não pude esconder mais nada - E se não puder ter filhos? Era para ter acontecido, nós transamos sem camisinha e sem proteção alguma. Eu deveria ter engravidado, mas não engravidei. Deve haver algo errado comigo.

– Mas é claro que não - ele me abraçou e me apertou contra seu peito - Não é assim de primeira que uma coisa dessas acontece. Uma garota tão inteligente como você deveria saber disso...

– Mas não foi só essa vez, Percy - eu me afastei um pouco para olhá-lo nos olhos - Você não se lembra? No acampamento há alguns anos atrás, quando éramos jovens e irresponsáveis. Fizemos diversas vezes sem proteção e eu nunca nem desconfiara que poderia estar grávida. Mas só agora que vivemos juntos e queremos construir uma vida juntos eu percebo o quanto isso é importante. Eu queria muito poder ter um filho com você, Percy.

– E você vai ter - afirmou ele com convicção - Vamos ter um filho sim, algum dia, quando chegar a hora. Eu acredito nisso e você deveria acreditar também. Pare com essas paranoias que estão infestando sua cabeça. Isso não vai te levar a nada, meu amor.

– Eu sei, Percy - comecei a chorar sem conseguir evitar - No fundo eu sei que está certo. Mas não consigo deixar de pensar nisso...

Percy voltou a me abraçar e eu chorei por longos minutos. Ele me manteve em seus braços o tempo todo, me consolando e me dando apoio. Era como se ele fosse o mar em meu sonho. Que me mantinha flutuando na superfície mesmo que eu quisesse me deixar afundar. Eu sabia que ele jamais permitiria que aquilo acontecesse Enquanto eu o tivesse ao meu lado, sabia que não me afogaria e que sempre encontraria o caminho para a terra firme. Depois que eu me recompus, deixei que ele viesse tomar banho comigo. Ele tinha razão, foi extremamente relaxante e maravilhoso. Começamos com algo simples como passar sabonete um no outro e terminamos enroscados de uma forma irreversível.

A espuma fazia com que as mãos dele deslizassem no meu corpo de forma mais leve. O que intensificava as sensações. As pontas de seus dedos percorreram minha barriga e depois meus quadris para então ir parar em um lugar específico, localizado entre minhas pernas. Apertei seus braços e senti seus músculos tensos pelos movimentos constantes que ele fazia. Quase não estava conseguindo me manter em pé. Percy então me virou e me pressionou contra a parede. Segurou uma de minhas pernas com a mão e ia começar a me penetrar, mas hesitou por um momento. Ele me olhou e eu percebi o que era na hora. Estávamos sem proteção novamente. Iríamos ser irresponsáveis de novo, mas eu não estava ligando. Eu o queria e sabia que com a minha sorte não tinha risco de eu ficar grávida.

Insisti para que ele continuasse. Percy ainda pensou por mais alguns instantes, até que eu o puxei e comecei a provoca-lo com a fricção dos nossos corpos. Ele não resistiu e me tomou imediatamente. Fizemos amor em pé, debaixo do chuveiro, como já havíamos feito outras vezes. Percy era muito habilidoso e forte o bastante para conseguir manter o ritmo e me segurar ao mesmo tempo. Se não fosse por isso eu teria desabado rapidamente devido as ondas de prazer que me tomavam. Senti quando ele atingiu seu orgasmo dentro de mim. Eu atingi o meu logo em seguida. Me flagrei desejando que a semente dele cumprisse o seu papel e que a fertilização acontecesse. Com isso percebi que não havia superado ainda o episódio da suspeita de gravidez.

Eu sabia que algum dia tudo aquilo iria passar. Mas no momento tudo o que eu queria era que eu tivesse mais uma oportunidade. Percy tinha razão, eu não deveria ficar achando que nunca conseguiria ficar grávida. Na maioria das vezes nós havíamos nos prevenido. Talvez se eu parasse de usar anticoncepcionais e camisinha aumentaríamos nossas chances. Eu tinha que tentar fazer isso. Mas o que Percy ia dizer? Bom, eu ia saber isso muito em breve. Saímos do banho e fomos para o quarto nos vestir. Já era noite e provavelmente ficaríamos vendo televisão ou então fazendo alguma outra coisa até a hora de dormir. Com o clima mais ameno entre nós depois daquele banho espetacular, acabamos “indo pra cama” mais cedo. Quando percebeu que iria rolar de novo Percy foi até o criado mudo e pegou uma camisinha. Na mesma hora eu travei e me obriguei a falar com ele sobre aquilo.

– É... Percy, acho que não precisamos disso - falei indicando o pacote laminado que ele segurava.

– Por que não? ... - ele pareceu confuso, mas logo depois sua expressão se suavizou - Ahhh sim, você diz por causa do que rolou no banheiro. Pois é, acho que por hoje já perdemos a oportunidade de sermos responsáveis. Ok, acho que podemos dispensar dessa vez...

– Não, Percy - o interrompi antes que ele continuasse - Não quero dizer só por hoje. Acho que podemos dispensar a proteção daqui pra frente. Você mesmo disse que acontecerá quando tiver que acontecer, quando estivermos prontos. Então pra que tentar impedir? Vamos deixar que o destino nos diga o melhor momento. Deixar as coisas acontecerem naturalmente.

– Você não está falando sério, está? - perguntou ele se endireitando na cama. Eu não emiti som algum nem mudei de expressão - Annie, não foi isso que eu quis dizer.

– Então o que? Você não quer ter um filho comigo, é isso?

– Claro que não! Não tem nada a ver, ok? - ele parecia nervoso - Eu ficaria encantado em ter um filho com você, mesmo que fosse um acidente, mesmo que não fosse planejado. Mas já que passamos por um alarme falso, isso deveria ser uma lição para sermos mais cuidadosos. Quero um filho com você quando tivermos condições de dar a ele do bom e do melhor. No momento mal estamos dando conta de sustentar a nós dois.

– Então isso é sobre o dinheiro? - já havia me levantado da cama e ido até a janela do quarto - Percy nós daríamos um jeito, não sei, o mais importante é que a criança teria muito amor, pelo menos de mim...

– Eu sei, e de mim também - se explicou ele - E também acho que daríamos um jeito. Nunca deixaríamos um filho nosso passar necessidade. Só acho que se podemos escolher fazer isso da melhor forma, então é melhor adiar por enquanto a ideia. E para isso precisamos continuar nos prevenindo.

– Não sei, Percy - eu olhava para fora, apoiada no parapeito da janela. Observava a noite de Nova York tão iluminada pela luz dos prédios que eu mal podia ver as estrelas - Ainda acho que não é justo fazer as coisas dessa forma. Antes eu achava que tínhamos que evitar isso ao máximo, mas agora minha visão mudou completamente. Mas não posso te obrigar a fazer as coisas do meu jeito, então está bem, vou voltar a tomar a pílula.

Eu prometera a mim mesma nunca mais mentir para Percy. E cumpriria aquela promessa. Iria me privar daquele desejo enorme e insensato de querer engravidar. Tudo pelo imenso amor que sentia por ele. Eu queria um filho, mas queria com ele. E se ele não queria aquilo agora, então eu iria respeitar isso. Mesmo que fosse difícil no começo. Eu iria arrumar outra coisa para focar minha atenção. Ia esquecer daquela sonho que tivera e ia superar aquilo tudo. Não podia continuar tão deprimida como vinha estado nos últimos dias. No momento, eu tinha a melhor das distrações em minha frente. Um homem maravilhoso e que eu amava, só pra mim. Iria me embriagar dele. Me viciar de seu amor se fosse preciso. Faria dele tudo o que precisava para viver. E então toda a tristeza iria embora.


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Notas finais do capítulo

Comentem amores!! ;D
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