Minha Vida De Zumbi Não É Fácil ! escrita por CellySilva
- Você está nervosa?
- Um pouco.
O doutor entrou na sala, com uma aparência feliz, ele estava muito risonho.
- E ai doutor? Perguntou o Arthur, que parecia mais nervoso do que eu.
- Era tudo como eu imaginava.
- Como assim?
- Olha só, quando a Yumi tomou a vacina, ela teve efeitos colaterais como vocês já sabem. Mas ela me apresentou um novo quadro, quando ela me disse que estava sentindo dor no braço, e incomodação nos olhos, após eu colocar a luz da laterna nos olhos dela.
- Sim e?
- Quando ela me disse que havia se cortado, para te ajudar, eu tive logo uma suposição.
- Você se cortou para me ajudar como assim?
- Depois te explico, continue doutor.
- Então te levei para fazer um exame na sua cabeça, para ter certeza do que eu havia pensado.
- E o senhor conseguiu?
- Sim, eu descobrir que uma área do seu cérebro estava funcionando melhor quando você pensava no Arthur do que quando pensava que era humana. E logo eu tive a certeza que o Arthur é a sua cura.
- O quê? Eu e o Arthur falamos instantaneamente.
- A sua paixão por ele te curou.
- Paixão por ele? Não, isso só pode esta errado. Eu estava constrangida, eu olhava para cara do Arthur e ele não parecia surpreso, ele parecia que já sabia daquilo.
- Me deixa explicar melhor. A sua paixão é como um anticorpo que foi criado, e esse anticorpo começou a combater o seu vírus que lhe tornou zumbi, e cada vez que você pensa ou fica do lado do Arthur, esse anticorpo ganha mais força.
- E isso quer dizer?
- Que se isso aconteceu com você pode acontecer com todos que tiveram o mesmo efeito que você com a vacina. Parabéns Yumi, você trouxe de volta a esperança de muitos que não acreditavam mais na cura. O doutor saiu da sala, e o Arthur estava me olhando estranho.
- O que foi? Eu falei espantada.
- Será que agora você pode me explicar, por que você se cortou para me ajudar?
- Foi daquela vez lá na cidade.
- E a outra? Por que eu tô vendo duas cicatrizes.
- Quando eu te encontrei no carro, com os seus dois amigos, eles já estavam mortos, e iam se transformar e poderiam te devorar, e eu não tinha força para lhe tirar, já que não havia me alimentado, então eu passei um pouco do meu sangue para disfarçar o cheiro.
- Obrigado, por ter me salvado.
- Não precisa me agradecer, estamos quites.
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