Um universo comandado por galáxias onde se encontram planetas totalmente diferentes dos outros. O mundo ainda era regido por humanos, mas com características bem anormais comparadas a seus ancestrais. Tudo nesse novo universo era sobre descobertas feitas e agora conhecidas por todos. Os humanos conheceram um lado do seu ser, que por ventura, era poderoso demais para ser desvendado há milênios atrás. Muito estudo, muitos quebra-cabeças e muitas guerras foram desenrolados ao longo dos anos. Por que hoje em dia no planeta Avenon – antiga Terra – tudo é sobre poder.

Do Tratado das Galáxias, todos teriam seu pequeno espaço no universo sem que sejam incomodados por outros reinos e mundos, afim de que vivam em paz e sem mais intrigas entre todos os residentes. As guerras que fossem estimuladas ou apoiadas por outros mundos, seriam exterminadas pelos Galegs com sua população inteira, tanto o bom quanto o mal. Os Galegs eram guerreiros com um poder acima do normal canalizado pelo Intocável. Eles podiam destruir tudo, contanto que seu deus desse a permissão. E sim, outros humanos tinham poderes espetaculares enquanto outros, nem tanto assim. Alguns eram regidos de múltiplos poderes e eram considerados ameaças para o equilíbrio natural de todas as galáxias. Eles eram chamados deEscolhidos, uma raça da qual só existia cinco da dinastia.

Em Beats, antigo Brasil, em uma cidade, Galies, afastado das capitais e das outras cidades, vivia Calisto, uma jovem garota que trabalhava na loja de magia da mãe nas horas vagas fora da escola. Ela era uma escolhida. Seus poderes eram canalizados por uma das luas de Júpiter e foi daí que saiu o nome. Os poderes foram descobertos ao longo de sua evolução: ela tinha uma força acima do normal, conseguia abrir crateras enormes, quebrar aço, tinha uma habilidade sem igual com espadas e facas, ainda controlava a água e transformava coisas em gelo. Ela gostava de ter toda aquela bagagem de guerreira natural, mas preferia ficar no conforto da loja brigando com crianças rabugentas que tiravam os potes de poções dos lugares.

– Eu passei no mer... Calisto, que diabos são isso nos seus pés? – a mãe da garota entrou na loja pelos fundos, lotada de pequenas sacolas, reparando nos tênis velhos, porem conservado, que ela usava. A filha tinha uma mania idiota de colocar coisas de séculos passados no pé para se sentir como antes. Os sapatos de hoje não mudaram tanto, mas esse tipo de escolha dela irritava a mãe. – Eu comprei sapatos novos pra você ontem!

– Primeiro: isso são all stars. – revirou os olhos, retirando os pés do balcão e espreguiçando-se – Segundo: comprei por dois migac na loja da Bellike. E terceiro: eu já te disse mil vezes que não vou usar sapatilhas! – a garota foi de encontro à mãe a ajudando com as sacolas, não era peso, mas gostava de ajudar.

– Você e essas manias de querer fazer parte da antiga humanidade – imitando o mesmo gesto da filha, revirou os olhos e depositou as sacolas no balcão, retirando o conteúdo e colocando nas prateleiras.

A mãe de Calisto era uma mulher que você não conseguia não amar. Ela era forte, decidida e aguentava qualquer coisa com um sorriso. Vivia constantemente irritada, mas era uma mulher legal e que cuidava muito da filha. Não deixava nada faltar e fazia ao máximo para a filha se sentir bem enquanto seu pai havia partido para a guerra. Aquilo era informação confidencial, porem seu marido havia contado apenas para ela, em juramento. Com o mundo regado de magia, conseguiram desenvolver um modo em que chegassem ao fim do universo. Ninguém acreditou de principio, mas foi comprovado, havia fotos da escuridão infinita e a ponta de uma luz no final. E aquele ponto de luz começava outro universo. A informação era extremamente confidencial, a única coisa que deixavam circulando era que havia acontecido um problema muito longe dessa galáxia onde que alguns dos especialistas partiriam para lá, como no caso do pai de Calisto. Estavam estudando tudo e acabaram descobrindo também, que aqueles do outro universo não eram seus semelhantes. Esse outro universo era gelado, mas continha fogo, terra, animais e plantas, segundo fotos com proximidade aos planetas. Esse universo também continha uma aura terrível, um universo totalmente a sombra do nada, parcialmente desabitado, segundo alguns pesquisadores. Porem, algo dentro da mãe de Calisto, dizia que essa informação estava errada e que algo muito grande e ruim estava para acontecer.

– Mãe... – Calisto disse colocando as poções pequenas em prateleiras atrás do balcão – É verdade que tem uma coisa ruim acontecendo? Tipo, ruim mesmo? – ela continuava virada para as prateleiras, mas podia sentir os olhos da mãe a encarando e pronta para dar a sua bronca.

– Não – ela respondeu em tom natural – Da onde você tirou essa ideia? – tentava agir o mais indiferente o possível, pois não queria que a filha soubesse do que estava acontecendo.

– Ouvi conversas nas ruas que logo vou ter o chamado. – Oh, aquilo atingiu o peito da pequena mãe em cheio. Não gostava do assunto e também não gostava que sua filha pensasse no assunto.

O chamado era um assunto delicado. Segundo a lenda, os escolhidos com poderes extraordinários teriam que partir, deixando seu povo, sua família, seu planeta e sua galáxia, afim de que protejam o universo do mal que era contido dentro e fora dele. Era o que a família dela mais temia. Os outros escolhidos estavam espalhados pelo espaço, mas temiam esse chamado como Calisto e sua mãe temiam.

– Calisto, para de - antes de poder completar sua frase, o alarme de emergência e evacuamento começaram a soar pelas ruas.