In Loving Memory escrita por Stardust


Capítulo 1
Untitled


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente *-* Vou começar a postar outra história. Espero que gostem dessa. :D Boa leitura!



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Eu estava na floresta correndo de um lado para outro. Não sabia onde estava e tudo o que iluminava meu cominho era o luar. Parei afogante perto de uma árvore para escutar se ele ainda me seguia. Sem barulhos. Olhei para o céu, conseguia ver poucas estrelas por causa da copa das árvores, mas em outra ocasião eu teria afirmado como o céu estava bonito. 

Senti algo tocar minha cintura. Arrepiei da cabeça aos pés, mas continuei imóvel. Meu rosto pingava de suor e meu vestido branco comprido estava sujo de barro. 

- Eu não vou te machucar. - escutei o rapaz me dizer. Sua voz era rouca e completamente atraente, mas tudo o que eu sentia era medo. 

Com dificuldade, me virei. Procurei por ele, mas não havia ninguém atrás de mim. 

- Quem está aí? - gritei com medo. - O que você quer?

Sem respostas. 

*

O despertador tocou. A voz de Adam Gontier invadiu o quarto. "Feed on me, you know I'm never far." Abri os olhos com dificuldade e olhei para a cama de Rosie que continuava dormindo. Havia resolvido dormir com ela aquele noite. Liguei o abajur e comecei a cantar alto acompanhando a música.

"Give me a reason to turn and run, give me a reason to burn this house down. Give me a reason, I wish you would. I wish you would, wish you would."

Cala a boa, Lexie. - Rosie gritou. 

- Larga de ser chata. É hora de acordar. - apontei para o relógio antigo na parede.

- É a segunda vez que me acorda. - disse sentando-se na cama.

- Segunda vez? - disse espantada. 

- Cinco minutos atrás você estava aí gritando. Acho que teve aquele pesadelo de novo, acertei? 

Concordei com a cabeça.

Rosie era minha melhor amiga e quase irmã, eu contava tudo para ela, até porque morávamos juntas desde os cinco anos, quando meu pai me entregou para seus pais. Ela tinha sete anos, e eu cinco. Meu pai era irmão de Daniel, o padrasto de Rosie, e quando percebeu que não tinha como cuidar de mim, me entregou para meu tio. Mas mesmo não tendo laços de sangue com ela, considerava minha irmã. 

- Eu não sei porque sonho isso. É sempre a mesma coisa, eu correndo de um cara que diz que não vai me machucar. Nunca muda, mas não vejo sentido nenhum nisso. - eu sonhava aquilo a anos.

- Não fica assustada? - Rosie estava prendendo seus cabelos loiros.

- Acho que não. Já me acostumei. - me levantei e fui tomar banho. 

Nós morávamos em um casarão um pouco longe da civilização, e nosso vizinho mais próximo morava a um quilômetro. Naquela região era comum casarões como o nosso, então o que muitos caracterizariam como mal-assombrado, para nós era comum. Por fora era todo preto, e por dentro conservava-se a decoração antiga, que foi dos pais da mãe de Rosie, a tia Florence. Tinha três andares, no primeiro havia uma sala enorme, no segundo os quartos e no terceiro uma biblioteca e um espaço para fazer festas. 

Estava nevando e eu pegaria uma carona com Rosie para ir na faculdade. Ainda tomava café da manhã quando escutei Rosie buzinar. 

- Anda logo! - ela gritava. 

- Tchau, tia. Tchau, tio. - gritei e saí pela porta. Avistei Rosie dentro do carro. - Larga de ser apressada. 

- Você me acordou e agora eu te encho o saco pra entrar logo nesse carro antes que eu saia sem você. - disse rindo e dando partida. 

- Calma. - saí correndo na neve. Meu cachecol vermelho se mexia com o vento.

Entrei no quarto e olhei para Rosie. 

- Agora podemos ir, mocinha. 

Rosie se inclinou e pegou um monte de CD. 

- Toma. Escolha algum. Confio no seu estilo musical mais do que tudo. - riu. 

Coloquei um CD do Metallica e comecei a cantar ao som de Nothing Else Matters. Rosie me acompanhou e seguiu em frente com o carro. Aquele seria o último dia de aula do ano. Teria dois meses de folga e poderia passá-lo fazendo qualquer coisa que quisesse. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Acham que devo continuar a postar? :3 Comentem.