Não Arrisque escrita por Angie Ellyon


Capítulo 9
A Mentora do Mundo dos Sonhos


Notas iniciais do capítulo

+ um cap, people! =P
demorei, eu sei..+ tô fazendo curso de ingles, sabe?
misturei um pouco de açao e revelaçoes nesse cap..além de um pouco de romance, se é q me entendem..¬¬ xD
ATENÇÃO: "Renegado" é um outro nome para "Morte", capiche?
boa leitura!
Tema da fic: Green Day - Boulevard of Broken Dreams



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"O quê?! Eu não posso fazer isso! Tirar o meu pai da cadeia?!"

Nada disso havia adiantado. Minhas lamúrias foram em vão.

- Tem alguém aí? - eu perguntei, enxugando meu cabelo com uma toalha pequena. Ao não ouvir resposta, saí do banheiro apenas enrolada na toalha.

Eu havia tomado banho no quarto de Leon. É claro que não tive escolha.

Assim que saí, dei de cara com ele, e enrubresci na mesma hora.

- Curtiu o banho? Você estava precisando. - falou ele, sorrindo.

Há, há. Revirei os olhos.

Minha mãe havia trazido minhas coisas, mas colocado no mesmo quarto que Jane ficava.

- Vai ficar com a cama da janela. - decretou ela, erguendo uma sobrancelha. - Se importa?

Dei de ombros e olhei pela janela, enquanto me trocava. A vista da paisagem era da sinistra Floresta Vermelha. Ela era bastante vasta, e as árvores secas e mortas se emaranhavam como cobras, além de serem bem juntas, o que dava a impressão de ser difícil andar por ela.

- É fascinante, não é? - Jane disse ao meu lado. - Tem um forte poder de atração e parece esconder muitos segredos.

Seu tom de suspense atiçou minha curiosidade.

- Dizem que ela ficou assim; sem vida, por causa da guerra. - continuou. - Como se em luto. Costumava ser um lugar muito bonito.

- E por que chamam de "Floresta Vermelha" se é tão negra? - perguntei.

- "Vermelha" vem de sangue e morte. - É uma floresta cheia de ilusões e armadilhas. Uma caminho sem volta direto para os Renegados. Quem entra lá, não sai vivo. Às vezes, nem sai.

Engoli em seco.

Depois disso, conheci um casal de irmãos gêmeos: Anne e Alex Brandle. Eles vieram de um orfanato e eram tido como loucos. Nos simpatizamos muito.

- As Mortes querem destruir a todos nós - Anne disse. Ela tinha um cabelo liso e preto na altura dos ombros, com uma mecha preta. - E muitos de nós já fomos seduzidos pela Floresta Vermelha.

- É. - Alex concordou. Ele era bem alto e tinha cabelos pretos. - Zattara é muito poderosa. Dizem que foi por causa da guerra que a floresta ficou daquele jeito.

Toc. Toc.

Leon estava parado nos olhando. Ele fez sinal para que eu o acompanhasse, e me despedi do casal de irmãos gêmeos.

- O que houve? - sussurrei quando passei por ele na porta.

- Tenho que te mostrar uma coisa. - ele disse.

Descemos até o pátio circular da Ordem e atravessamos por um corredor escuro que dava nos fundos. O segui em silêncio até chegarmos em um pequena clareira onde corria um riacho de água límpida e serena, com uma leve correnteza.

Eu me abaixei e molhei minhas mãos.

- Por que me trouxe aqui? 

Leon fitava o horizonte.

- Precisamos correr contra o tempo. Temos que trabalhar logo os seus poderes.

Suspirei, levantando.

- Você mesmo não disse que é quase impossível tirar o meu pai da tal prisão?

- A Torre é encantada. - contou ele. - Ela sabe tudo o que acontece. Quem é culpado ou inocente. E vai precisar deles.

Me sentei no gramado e ele fez o mesmo, molhando os dedos na água.

- E qual é o seu plano brilhante então? - falei.

- A questão não é essa. Você é especial. Por isso, seus poderes vão muito além. Sua mente é muito poderosa - ele me olhou. - E perigosa nas mãos erradas.

- Então eu corro o risco de me transformar na Morte e atormentar outros como eu? - disse, um pouco obstinada. - Isso é loucura!

- Você não escutou uma palavra do que eu disse? - ele falou. - Zattara só se tornou a Morte porque sofreu uma mágoa muito grande.

- Todos os Indomados são perseguidos; excluídos; atormentados. - enumerei. - Acha que isso não é motivo suficiente?

- As pessoas mudam, Luna. - ele rebateu rápido. - Os Renegados escolheram ser assim.

Não quis contestar. As únicas imagens que passavam na minha cabeça - antes somente as dos meus pesadelos - agora retomavam a minha vida. Pensei em Jason, que devia ter achado que eu morri...além de Lissa, é claro, que de uma hora pra outra tentou me matar. Ela seria mesmo minha executora?

- Como foi com você? - que quis saber.

Leon parou pra pensar.

- Meus pais eram humanos. Meu pai era amigo do seu pai também. Mas ele... - ele abaixou a cabeça. - Ele morreu.

Fez-se silêncio.

- Sinto muito.

- Ele tentou impedir que me pegassem. - contou. - Seu pai cuidou de mim e me tornei um Resgatador só pra me vingar dos Renegados.

- E que tipo de poderes eu tenho? - mudei de assunto. 

- Poderes da mente. - ele se levantou. - As Mortes costumam provocar fortes ilusões. Você precisa contra-atacar com seu escudo mental.

Leon me levantou e me girou com as mãos na minha cintura, e pôs o queixo em meu ombro. Não pude deixar de me sentir desconfortável com a situação.

De repente, meu corpo sacudiu com um choque. Um calafrio.

- Ai! - gemi.

- Também sentiu? - Leon disse, e compreendi que ele também percebeu. Ele rosnou baixinho. - Merda. Há um Renegado aqui.

Splash! 

Leon e eu nos encaramos. Algo caiu na água.

- Fique aletra. - avisou ele, segurando minha mão.

Em um milésimo segundo de distração, senti um mão agarrar meu tornozelo e me puxar para dentro do riacho.

-AAHH!!

A última coisa que vi foi olhar aflito de Leon antes de cair em um baque surdo na água forte e gelada do riacho fundo.

Senti mãos frias tentarem imobilizar meus braços aturdidos. Tentava, inutilmente, nadar para a superfície, mas a correnteza era muito forte, e eu lutava para respirar.

- LUNA!! - escutei a voz desesperada de Leon; quando, num minuto, consegui respirar. Ele corria pela beira.

- Leon! - gritei, desesperada; mas com a boca cheia d´água e sem senso de direção, meu pedido de socorro saiu como "Nrhon!" ou algo do tipo.

Fui puxada fortemente para dentro da água a tempo de vê-lo mergulhar.

Vi então, brevemente, uma garota de cabelos escuros e olhos cheios de ódio me segurar. Do nada, ela desapareceu. Com um arfar intenso, vi que estava muito distante e meu peito se encheu de pânico: se Leon não me salvasse a tempo...

Então eu me desesperei de verdade. Eu ia cair de uma cachoeira.

Mãos firmes seguraram meus braços, e me aliviei ao ver Leon emergir da água.

- Te peguei. - disse ele. - É melhor se segurar, pequena.

Cinco, quatro, três, dois, um...

- Ah!

Entramos em queda livre e caímos. Pensei então que tinha morrido. Então senti um espasmo repentino, e me vi tomada por uma visão.

Não era eu quem enxergava. Eu estava ali; mas, ao mesmo tempo, não era eu também. Eu enxergava pelos olhos de outra pessoa.Passei correndo por um corredor e me vi num espelho. Era uma garota baixinha e ruiva, e me sentia com medo e envergonhada. Uma leve lembrança tomou minha mente.

Perseguições. Vultos. Morte.

Ao ouvir essa palavra, meu outro "eu" se arrepiou.

Me vi diante de uma rua movimentada. Eu olhava sucinta pelos lados, mas tinha receio de atravessar. Vários calafrios tomaram posse do meu corpo, e vi, em horror, o porquê.

Espalhados pelos cantos da rua, várias figuras de preto pareciam aguardar o momento em que eu atravessasse. Nessa, eles agiriam. Um deles olhava para os carros e outro para os postes. Quando atravessei, escutei um estalo; como um abalo sísmico. Depois, eu estava em outro lugar. Um hospício. Eu chorava, com medo. Não queria estar ali e nem acreditar que meus pais tinham me mandado pra lá. 

Me ajude...! Me ajude, por favor...! Eu não sei o que vai ser de mim...

Aí não vi mais nada.

- Luna! - Leon me chacoalhou, nervoso. Eu havia engolido água, e o impacto havia enfraquecido meus músculos. - Luna, fala comigo pelo amor de Deus! - eu tossi, e ele respirou aliviado. - Ah, pequena! - exasperou ele, me abraçando. - Eu pensei...

- I-idi-idiota! - falei por minha boca que tremia. - E-eu qua-quase mo-morri!

Ele sorriu, tirando uma mecha do meu cabelo molhado.

- Me-me so-solta! - eu o empurrei, mas me afoguei de novo, e ele me pegou rindo mais ainda.

Havia algo em seu olhar...Ele me contemplava de uma maneira diferente; mais distinta do que das outras vezes. Ele se aproximou de mim, e senti sua respiração. 

Não, Luna...não olhe pra ele...não olhe pra camisa molhada dele...

- Tive uma visão. - falei, quando ele quase me beijou. Aí ele ficou sério, mas ainda um pouco sem graça.

- Uma garota. - disse, embevenecida. - Ela corria perigo. Ela...parecia estar me chamando; me dando um aviso. As Mortes...

- Queriam pegá-la - ele completou, e saímos da água apressados. - Ela é uma Indomada como nós. Temos que resgatá-la.

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Tentamos seguir o plano da melhor maneira. Eu não tinha visto muita coisa. Jane carregava todo um aparato de armas com um brilho azulado - as quais me contou que eram encantadas com adamantium, uma espécie de fraqueza para os Renegados - além de Anne e Alex.. Pensei como seria engraçado ver a Morte "morrer".

- Estão sentindo? - Leon perguntou. Estávamos de volta à Great Falls. - Parece que ela foi levada.

- Pelas Mortes? - eu disse.

- Não. - sua voz soou triste. - Ela está aqui. - todos nós suspiramos em desalento ao pararmos em frente a um hospício. Leon fez uma espécie de raio - x no lugar.

- Jane. - ele disse. - Preciso que você e Anne propaguem o campo paralelo para que os humanos não nos vejam.

Quando elas deram as mãos e fecharam os olhos,senti uma onda invisível nos atravessar. Nos dividimos - Leon e eu ficamos juntos e os outros foram pela frente.

- Leon - minha voz pesou pelo medo. - Se as Mortes vencerem...

Clap.Clap.Clap.

- Lindo! Lindo! - disse uma voz rouca que aplaudia atrás de nós. Quando me virei, me deparei com uma Morte de postura cruel. Tinhas cabelos escuros e enrolados, mas agora escorriam por estarem molhados. Ela me olhava de um jeito divertido e sarcástico ao mesmo tempo. - Assim que terminar aqui, terei o maior prazer em dizer à Lissa que a amiguinha dela tinha um namorado.

Lissa? Aquela Renegada...ela esteve no riacho!

- Não se atreva. - Leon ameaçou, e ela riu.

- Vamos só raciocinar um pouquinho. - ela deu uns passos. - A Ordem está um pouco longe, e fugir será uma tarefa... - ela fez muxoxo. - Cansativa. - e deu uma gargalhada diabólica. - Estou ansiosa pra ver a cara da Lissa quando eu jogar os seus pedaços nos pés dela.

Se prepare, Leon disse.

- O que tem Lissa? - perguntei.

Ela me olhou curiosa.

- Estou fazendo o que ela foi covarde demais pra cumprir.

Meu coração acelerou. Leon me puxou num movimento rápido pra dentro do hospício. Lá dentro, uma batalha se seguia sem que os humanos percebessem. Várias formas negras de fumaça nos seguiam. Uma delas avançou, mas Leon meneou uma arma com destreza o suficiente para degolá-la, e ela se dissipou. Mais á frente, Jane trespassava outras Mortes com fúria, e vi a tal garota dos sonhos.

Quando alcançamos a saída, percebi, com o coração cheio de felicidade, que as Mortes não podiam continuar em sua empreitada de nos seguir. Cruzamos a barreira invisível que separava os dois mundos, enquanto vários deles permaneceram furiosos.

Encontrei o olhar mortífero da Morte que tentou me afogar no riacho, e li seus lábios.

Isso ainda não acabou, ela dissera.


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Notas finais do capítulo

viiish negada!!! agr é q a chapa vai esquentar galeraaa! hsausausausahsua xD
o prox cap vai tá imperdível, ñ percam! ¬¬
Kisses e até lá! bye