Nossa Eterna Usurpadora escrita por moonteirs


Capítulo 49
Meses depois


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente, voltei com mais um capitulo pra vocês. Mas primeiramente queria agradecer a JudyColl que recomendou a fic *---* Muito obrigada linda, amei a recomendação. ♥
Bom, vamos ao que interessa. Espero que gostem ^^



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Depois daquele conturbado dia, repleto de surpresas, emoções e a tão esperada reconciliação, passaram alguns meses. Tempos em que tudo parecia ter voltado aos eixos, a família Bracho mostrava-se mais feliz e mais forte a cada dia que passava. Paulina e Carlos Daniel estavam mais apaixonados do que nunca e Paola parecia ter cumprido sua promessa, sumindo definitivamente da vida de todos.

Em uma manhã, Paulina e Carlos Daniel foram despertos pelo canto dos pássaros e pelos raios de sol que ultrapassavam o fino vidro da janela do quarto os chamando para um novo dia. Nossa eterna usurpadora foi a primeira a acordar, por um primeiro momento detestou aquela claridade que atingia seus olhos e que a tirou de um sonho mágico e belo. Sonhava que estava em um campo florido circundado por árvores grandes que proporcionavam a melhor das sombras, sentia uma paz de espirito que a elevava a outro lugar e um amor forte e puro que emanava de um corpo que a abraçava. Carlos Daniel a segurava em seus braços como se sua vida dependesse disso, suas peles necessitavam umas as outras, suas bocas ansiavam por beijos apaixonados e seus olhares imploravam pela mirada do cônjuge.

Apesar da infelicidade de ter sido desperta de seu sonho perfeito, ao abrir seus olhos e perceber que aqueles braços morenos fortes a estavam abraçando realmente era definitivamente melhor que a ilusão de seu subconsciente. Desde o dia da reconciliação, os dois não perdiam a oportunidade de fazer seus dias e noites testemunhas de seu amor, o tempo que os separou desenvolveu em seus interiores uma saudade e uma necessidade de se amarem infindável.  

Paulina observava cada traço do amado, seus olhos percorriam cada curva e linha que o transformavam em um homem perfeito, a luz do sol tocando sua face enfatizava ainda mais a beleza de sua pele. Por um tempo, nossa eterna usurpadora contentou-se em admira-lo, recordações de anos passados invadiram sua mente, trazendo consigo os mais puros sentimentos. Lembrou-se com um sorriso tímido no rosto, da época que seu sonho mais profundo e secreto era justamente estar em seus braços, sentir seu perfume, ouvir o ritmo de seu coração, mas como apenas uma usurpadora que era, tinha noção de que aquele desejo de sua alma era impossível. Recordar aqueles tempos de incertezas olhando para seu amado, seu marido, seu Carlos Daniel, fazia com que o sorriso tímido que antes dominava seu belo rosto aumentasse de proporção e lágrimas de felicidade deslizassem por seus olhos.

CD: Paulina meu amor – limpando as lágrimas com seu polegar – porque você está chorando?

Paulina estava tão perdida em suas lembranças que não percebeu quando seu amado despertou de seu sono ao sentir uma lágrima quente atingindo seu tórax desnudo.

Paulina: Carlos Daniel ... você... você já acordou, eu não percebi – Disse nervosa tentando esconder os rastros da lágrima.

CD: Paulina minha vida, você ainda não me respondeu, porque estava chorando?

Paulina: Chorava de felicidade meu amor.

Carlos Daniel não entendia o que estava acontecendo, seu silencio e a expressão confusa que predominou sua face motivou a nossa eterna usurpadora a explicar melhor o motivo do choro.

Paulina: Ao acordar e te ver dormindo, me dei conta de que tudo aquilo que eu sonhava quando ainda estava ocupando o lugar da Paola não era mais uma ilusão, havia se tornado realidade. Amanhecer em seus braços, sentir teus beijos, tuas carícias, me sentir amada e desejada em todas as nossas noites de amor, faz de mim a mulher mais completa do mundo.

CD: Paulina meu amor ... – Carlos Daniel não conseguia pronunciar nenhuma palavra que se equiparasse as de sua esposa, o cunho verdadeiro daquela fala e a emoção que observava presente naquela íris verde o emocionaram. Palavras como “Eu te amo” ou “Você é a mulher da minha vida” apesar de verdadeiras não eram adequadas para demonstrar o tamanho do amor que ele sentia por nossa eterna usurpadora. Esquecendo-se da busca por palavras apropriadas, Carlos Daniel apenas deixou-se guiar pelo caminho traçado por seu coração e assim, a distância que existia entre seus lábios decresceu conforme a súplica de suas almas.

CD: Paulina, você é a mulher da minha vida. Você não sabe o quanto feliz eu estou em saber que toda aquela tormenta que vivemos meses passados, todo sofrimento e desentendimento agora faz parte de uma pagina virada de nossas vidas. Com a Paola longe, nada nem ninguém poderá nos separar - Carlos Daniel terminou sua fala depositando um suave beijo nos lábios de Paulina.

Aquele beijo, assim como todos os que eram trocados pelo casal, deixou o corpo de Paulina em um estado de completa inercia, sua boca formigava e seu coração parecia bater em um ritmo descompensado. Mas as palavras de seu marido despertaram também pequenas fagulhas de apreensão em sua mente. Sua consciência instantaneamente transformou-se em uma chuva de lembranças e angustias que travavam uma guerra contra os efeitos do toque de Carlos Daniel em seu corpo.

Ao se separarem, Carlos Daniel notou a expressão de angustia na face da amada e seu olhar perdido. Puxando com o dedo indicador o rosto de Paulina e olhando naquela íris verde, ele constatou que algo definitivamente preocupava o amor de sua vida.

CD: O que foi meu amor? O que está te preocupando?

Paulina: Estava pensando na Paola...

CD: Na  Paola? Porque meu amor? Paola já deve estar bem longe daqui.

Paulina: É isso mesmo que me angustia Carlos Daniel...

CD: Angustia? Mas meu amor, ela ja nos fez tanto mal, entendo que ela seja sua irmã mas...

Paulina: Não - disse o interrompendo- não é por ela ser minha irmã que me preocupo.

CD: Então?

Paulina: Tudo bem, vou te contar. Desde aquele dia eu não consigo tirar uma coisa da cabeça, e isso esta me angustiando por todo esse tempo.

CD: Você já esta me deixando preocupado Paulina.

Paulina: Carlos Daniel, eu cresci sem um pai a minha volta, graças a Deus fui agraciada pela maravilhosa mãe que eu tive, mas mesmo assim meu amor, você não sabe o quanto eu sentir falta de uma figura paterna na minha vida. Alguém que me aconselhasse, me protegesse,  me apoiasse, alguém que eu pudesse chamar de Pai. - Disse deixando algumas lágrimas caírem de seu rosto - E não consigo suportar a ideia de que isso ira acontecer com aquela criança que esta sendo gerada no corpo de Paola.

Nossa eterna usurpadora procurou uma melhor forma de chamar aquele bebê, ela não conseguia o mencionar  como filho do Carlos Daniel e muito menos como seu sobrinho.

CD: Paulina.... - Disse já entendendo onde sua mulher estava querendo chegar.

Paulina: Não Carlos Daniel, você tem que fazer alguma coisa.

CD: Paulina, mas nem certeza de que esse filho é meu ou não temos.

Paulina: E se for Carlos Daniel? Você vai desampara-lo? Vai deixar sob os cuidados de Paola? Meu amor, você sabe o tanto quanto eu que ela não é um exemplo de maternidade.

CD: É por isso que eu te amo tanto, mesmo que esse assunto tenha te feito sofrer tanto, você continua pensando no bem dos outros.

Paulina: É porque essa criança não tem culpa pelo modo como foi gerada. - Falou com certa rispidez na voz demonstrando sua desaprovação.

CD: Calma - olhando em seus olhos-  eu vou fazer o que você esta pedindo. Vou acompanhar o crescimento dessa criança sem manter contato com a Paola tudo bem?

Paulina não respondeu nada, apenas assentiu com a cabeça e um tímido sorriso surgiu em seu rosto.

CD: Agora que já resolvemos esse assunto, vem cá, quero matar a saudade. – Falou colando ainda mais aquela aveludada pele a sua.

Paulina: Saudade? - Disse rindo - mas estávamos juntos todo esse tempo.

CD: E vamos ficar assim por toda a eternidade.

Paulina: Eu te amo Carlos Daniel.

CD: Eu também te amo Paulina, minha Paulina.

Selaram o amor que tinham um pelo outro com um beijo calmo e ao mesmo tempo apaixonado. Cada vez que seus lábios se encaixam, aquele sentimento era transmitido pelo toque e pelo sabor contido em suas bocas.

Paulina:  Aqui esta muito bom e coisa e tal, mas vem, levanta, temos que nos arrumar e descer pra tomar café.

CD: Ah não Paulina, não preciso de comida com você ao meu lado – Sorriu maliciosamente.

Paulina: Carlos Daniel!!

CD: O que foi? – Rindo da expressão de assustada da sua mulher, mesmo depois de tantos anos de casados e tantas noites de amor vividas, vez ou outra ela ainda parecia manter resquícios daquela inocência que a envergonhava.

Paulina: Pare de brincadeira e vem, levante-se.

Carlos Daniel levantou-se e rapidamente segurou na cintura de Paulina que já seguia rumo ao banheiro. Abraçando-a por traz e intercalando beijos em seu pescoço, ele sussurra algo em seu ouvido. Aquela atitude de seu amado fez com que a pele de nossa eterna usurpadora se arrepiasse por completo e seus batimentos cardíacos aumentassem desproporcionalmente.

CD: Seu cheiro é maravilhoso sabia?! Me enfeitiça.

Paulina nada respondeu, apenas jogou sua cabeça para traz e de olhos fechados se rendeu as caricias do marido.

CD: Eu te amo muito Paulina, não consigo imaginar a minha vida sem você ao meu lado. Quando tudo aquilo aconteceu meses atrás e nos separamos, eu sentia como se não tivesse mais vida, como se tivesse desaprendido a respirar.

Carlos Daniel virou o corpo da amada para que olhasse em seus belos olhos verdes.

CD: Quando apareci na tua casa com um buque de flores na mão, eu estava decidido a te reconquistar. Meu objetivo era te surpreender, mas infelizmente meus planos foram desfeitos em decorrência das horas, era muito cedo e poucos lugares estavam abertos. Mas meu amor, durante esses 4 meses que estamos juntos outra vez, eu pensei e organizei a melhor das surpresas, e sei que ela ficara para sempre marcada em sua memória.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?
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@MissBracho_