Nossa Eterna Usurpadora escrita por moonteirs


Capítulo 27
Café


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, obrigada pelos reviews divos que vocês estão deixando tanto aqui como no twitter.
E um obrigado especial a Vanessa, meu elo perdido, que sempre ta divulgando a fic. Obrigada amiga *--*
Bom, aqui está o próximo capitulo. Espero que gostem.



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Médico: Sim, de acordo com o exame de sangue e a ultrassonografia a senhora está com aproximadamente 4 semanas de gestação. Meus parabéns.

Paulina: 4 semana? O senhor tem certeza? – Disse com lágrimas nos olhos

Médico: O tempo preciso não posso lhe dar certeza, mas pelo desenvolvimento do bebê, a gestação deve estar nesse período.

Paulina ouviu as palavras do médico como espinhos cravados no peito. Sabia o que aquilo significava, o tempo da gestação era o mesmo que havia transcorrido desde aquela noite. Tudo parecia conspirar para que seu desespero emocional só aumentasse. A gravidez de Noelia confirmava uma certeza que ela não queria ter, ainda ansiava que tudo não se passasse de um engano ou de uma ilusão. Sua alma já debilitada foi tomada por um desespero desproporcional, em parte porque aquele bebe representava o fruto de uma traição, mas também por saber que aquilo representava o fim de sua felicidade, o fim definitivo de seu casamento.

Paulina: Não acredito...

Noelia: Paulina.... me desculpe

Paulina não deixou que Noelia terminasse o seu pedido de desculpas, nada naquele momento poderia diminuir a dor que ela sentia, nenhuma palavra de remorso seria suficiente. Sendo assim, nossa eterna usurpadora deixou o quarto de hospital correndo e com o rosto molhado pelas lágrimas que caiam. Seu desespero a impedia de raciocinar, não sabia o que fazer nem para onde ir, só desejava sair daquele lugar o quanto antes. Abriu sua bolsa e pegou seu celular, decidiu ligar para a primeira pessoa que lhe veio a mente, com alguém que ela sabia que poderia contar. Suas mãos tremulas dificultaram que a ligação fosse iniciada com rapidez, mas por fim, ela conseguiu, e a voz que escutará do outro lado da linha já lhe transmitiu uma dose de calma.

Paulina: Douglas – disse entre o choro

DM: Paulina?? O que aconteceu? – Se preocupando pelo tom nervoso da voz de Paulina

Paulina: Por favor, venha me buscar, eu não aguento mais.

DM: Calma Paulina, me diga onde você está.

Paulina: Estou no hospital central.

DM: Calma, me espere ai, estou a caminho.

Douglas notando o desespero na voz de Paulina saiu o mais rápido possível rumo ao hospital central. Não sabia o que havia acontecido, mas não conseguia se quer cogitar a ideia de Paulina sofrer mais do que já estava.  Desde o momento que ele a reencontrou, ele prometeu a ela e a si mesmo que a iria proteger, não permitiria que nada e ninguém a machucasse mais uma vez. Ao chegar no lugar, encontrou Paulina sentada na sala de espera com as mãos sobre as pernas e a cabeça abaixada. Já havia notado que aquele jeito de agir dela acontecia quando ela sentia-se frágil e desprotegida, sofrendo com os danos que todos os acontecimentos estavam provocando.

DM: Paulina...

Paulina vendo Douglas, correu para perto dele. Sentia-se protegida nos braços do amigo, apesar do pouco tempo de convivência, ela havia aprendido a confiar nele e sabia que sem ele ao seu lado, não teria forças para superar a tempestade que caia sobre sua vida. Paulina chorava abraçada em Douglas, enquanto ele passava a mão sobre seus cabelos na tentativa de lhe acalmar.

DM: Calma meu amor, não chore, vai tudo passar.

Paulina: Eu não aguento mais Douglas, não consigo acordar deste pesadelo.

DM: Calma minha vida, lembre-se que toda tempestade tem um fim, e quando ela acabar, um belo arco-íris vai brilhar no céu. Mas até ela cessar por completo, lembre-se que estarei ao seu lado.

Aquelas palavras foram o que paulina precisa escutar para acalmar-se. Havia parado de chorar mas continuava abraçada ao amigo.

Paulina:  Vamos sair daqui – Disse ainda abraçada a ele

DM: Para onde você quer ir?

Paulina: Não sei, só quero sair daqui.

DM: Vamos a um café aqui perto, lá você pode comer ou beber alguma coisa. Lembre-se que você está grávida e não pode se estressar.

- Na fábrica Bracho

Durante o período de 1 mês dos acontecimentos que marcaram aquele família, nada era como antes. Carlos Daniel estava mergulhado em uma depressão inimaginável, a ausência de paulina e a culpa pelo que ele havia feito ou não, o levou a um mar de sofrimento. A casa parecia estar sob uma penumbra negra, não havia mais felicidade, não havia mais sorrisos, não havia mais duvidas que de que o raio de luz daquela casa, toda a sua estabilidade era a nossa eterna usurpadora, e sem ela, tudo havia perdido o sentido.

Naquele dia, Rodrigo finalmente havia conseguido tirar seu irmão daquele quarto. Carlos Daniel passava os dias sentado na cama olhando o nada, não comia nem trabalhava mais. Há tempos não via os filhos, os menores porque não gostariam que eles o vissem daquela forma, sem vida. Já Carlinhos e Lizete não o estavam vendo por opção própria, ainda estavam chocados com o rumo que o destino havia traçado, não conseguiam falar nem olhar para o pai, estavam ressentidos pelo que tinha ocorrido.

Depois de inúmeras tentativas, Rodrigo conseguiu convencer Carlos Daniel a ir a fabrica, precisava tirar seu irmão da atmosfera pesada que havia formado-se na casa da família Bracho.  Influenciado pelo irmão, o gostosão tomou coragem e foi trabalhar, tinha que ocupar sua mente com algo produtivo, não poderia se afundar ainda mais na tristeza que corroia sua alma, ele tinha que ser forte pelos filhos e para tentar descobrir o que havia realmente acontecido na noite do aniversario da Lizete. Apesar de continuar não se lembrando dos fatos, sobre uma coisa ele tinha certeza, não havia traído Paulina, não poderia trair a pessoa que mais amava na vida, simplesmente não poderia.

Horas se passaram desde o começo do expediente, Carlos Daniel estava presente fisicamente na fabrica, mas não mentalmente. Sempre possuía o pensamento distante, perdido em algo que talvez ele mesmo não soubesse. Rodrigo observando o estado do irmão, tentava de todas as formas o distrair falando sobre os negócios mas nada parecia adiantar.

Rodrigo: Carlos Daniel?

CD: Oi.. desculpe Rodrigo, estava distraído.

Rodrigo: Eu percebi.

CD: É que tudo aqui na fábrica lembra a Paulina, tudo. E não posso aceitar a ideia de que a tenha perdido por uma estupidez minha.

Rodrigo: Calma mano, se martirizar não vai adiantar em nada. Vem, vamos sair um pouco daqui.

CD: E a onde vamos?

Rodrigo: Que tal a um café? Tem um perto do hospital central que é muito bom.

CD: Tudo bem.

 - No café

DM: Me conte o que aconteceu.

Paulina: Bom, minha irmã foi lá em casa.

DM: Como ela descobriu onde você estava?

Paulina: Eu não faço a mínima ideia, ela disse que tinha seus contatos e que estava me procurando para conversar comigo.

DM: Conversar?

Paulina: Sim, ela tentou manipular uma desculpa para a situação daquela noite. Nos acabamos discutindo e ela passou mal. Eu a levei para o hospital e foi lá onde tive outro espinho cravado no coração.

DM: Não estou entendendo..

Paulina: Ela está gravida Douglas, grávida do meu marido.

Douglas não conseguia acreditar no que estava ouvindo, estava sem saber como reagir e o que falar para Paulina. Aquela historia parecia ser tão irreal, como se fosse tirada de uma mente louca, não conseguia processar como aquilo tudo poderia estar acontecendo com uma pessoa tão boa como Paulina. Imaginava o quanto sua amada estava sofrendo, e isto o torturava profundamente. Movido pelo seu instinto protetor, Douglas se levantou da cadeira e sem pronunciar nenhuma palavra aproximou-se de Paulina e a abraçou.

Justamente nesse momento, Carlos Daniel e Rodrigo passam pela porta dianteira do estabelecimento. Rodrigo ao percorrer o salão com os olhos procurando uma mesa depara-se com a cena. Carlos Daniel havia entrado de cabeça baixa no café, e não tinha percebido nada até o momento, mas notando a parada brusca de seu irmão ao olhar fixamente algo, ele instantaneamente moveu sua cabeça, e deparou-se com Paulina e Douglas abraçados.


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Notas finais do capítulo

E ai? o que estão achando?
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