Nossa Eterna Usurpadora escrita por moonteirs


Capítulo 25
Consolando


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, me desculpem pelo meu desaparecimento, estou viajando e por isso foi complicado postar a fic. Mas como não ia mais deixar vocês na curiosidade por mais tempo, aqui está o próximo capitulo, espero que gostem ^^



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Homem: Paulina??

Paulina: Douglas Maldonado??

DM: Meu deus Paulina, quanto tempo...

Paulina: Sim, e depois de tanto tempo nos reencontramos assim, eu quase destruindo o seu carro.

DM: Não foi nada, apenas alguns arranhões.

Paulina estava tão atormentada com os acontecimentos daquela noite, que acabou não escutando a ultima frase de Douglas.

Paulina: Me desculpe, eu sei que não tem justificativa para eu ter avançado o sinal, mas é que os acontecimentos dessa noite....

Ela não conseguiu terminar sua frase, todas as lembranças voltaram a pairar sobre sua mente intensamente, de modo que aquela angustia que estava sentido fosse transformada em lágrimas transbordando de seus olhos. A culpa do acidente somado as decepções daquela noite, fizeram nossa eterna usurpadora desabar na frente de Douglas, ela abaixou a cabeça para que a tristeza refletida em seu olhar não fosse notada por ele.

Ao notar a angustia presente no tom de voz e a tristeza cravada no olhar de Paulina, Douglas Maldonado ficou sem reação. Sempre a havia visto como uma mulher determinada e forte, que poderia enfrentar tudo e todos para conseguir seus objetivos. E era isso o que mais gostava nela, sua persistência que a anos atrás havia o ajudado a vencer seus males. A ver chorando na sua frente lhe cortou o coração, apesar da tentativa frustrada em esconder aquele sentimento, Paulina estava vulnerável, precisava apenas de um ombro amigo que ajudasse a superar tudo o que a estava a destroçando por dentro. E Douglas queria ser a pessoa que a ajudasse nesses momentos difíceis, assim como ela foi para ele tempos atrás.

DM: Paulina – Disse levantando seu rosto a fazendo olhar em seus olhos – o que aconteceu?

Paulina já não estava mais suportando toda a dor dos recentes acontecimentos, sendo assim, ela apenas se deixou levar por suas emoções e ali, no meio da rua, chorou interruptamente nos braços de Douglas. Ele a abraçava para tentar acalma-la e também para que ela soubesse que poderia contar com ele.

Paulina: Me leve daqui Douglas, eu quero esquecer tudo o que aconteceu.

DM: Calma, venha comigo.

Paulina: Mas e o meu carro?

DM: Não se preocupe, o Braulio leva ele.

Douglas não entendia nada o que estava acontecendo, mas não podia deixar de atender ao pedido de Paulina. Sendo assim, ele mandou que seu braço direito conduzisse o veiculo de Paulina até a casa, enquanto que ele seguia junto com ela no seu carro de luxo rumo a sua mansão na capital. Durante o percurso nenhuma palavra foi dita, Paulina estava sentada no banco da frente calada, olhava a janela com o pensamento distraído, havia se acalmado e parado de chorar, mas de tempos em tempos, uma lágrima solitária insistia em cair de seus olhos. Douglas a olhava sempre enquanto dirigia, apesar de não serem muito próximos e não estarem se vendo durante esses 10 anos, ele sentia um grande apreço e gratidão em relação a ela. Não gostava de a ver triste e chorando, e estava se preocupando com o estado dela.

Ao chegar na mansão, Douglas ajudou Paulina a descer do carro e a guiou até a sala da residência. Tudo era condizente com a casa de um milionário, o piso era de mármore, os móveis de alta qualidade, havia uma escada art nouveau muito elegante, a qual daria acesso ao piso superior, luzes indiretas davam o toque de sofisticação para o ambiente.  Com toda a tristeza que estava sentindo, Paulina nem admirou-se com os detalhes requintados do lugar, apenas sentou-se no sofá com a cabeça abaixada olhando para suas mãos. Douglas lhe deu um copo de agua com açúcar e sentou no sofá frente a ela.

DM: O que aconteceu Paulina?

Paulina: Nem sei por onde começar.... foram tantos acontecimentos. Bom, primeiramente, eu me casei com o Carlos Daniel Bracho.

DM: Casou??? Mas e a Paola?

Paulina: Ah, você não soube...

DM: Saber do que? Depois que eu deixei a Paola no hospital, eu viajei para fora do país e não soube mais nenhuma noticia sobre o que estava acontecendo aqui.

Paulina: Douglas... Paola morreu a mais de 10 anos.

DM: Morreu? O caso dela era tão grave assim?

Paulina: Não, na verdade acabamos descobrindo que ela nunca esteve doente, ela nos enganou para o poder voltar pra casa sem levar retaliações. Paola morreu com as consequências de um acidente de carro.

DM: Uau, ainda não acredito que a Paola está morta. Mas continue a contar a historia.

Paulina: Sim, no seu leito de morte, ela me pediu pra ser feliz ao lado de Carlos Daniel. A principio eu resisti, não poderia me casar com o marido da minha irmã, simplesmente não conseguiria viver com aquele sentimento de culpa. Mas depois, o meu amor por ele venceu tudo, venceu essas barreiras que eu mesma impunha que impediam de alcançar a felicidade. Nos casamos e tivemos 2 filhos, a Paulinha e o Gustavo, e ainda tem mais um a caminho – disse sorrindo e passando a mão por sua barriga.

DM: Você parece está descrevendo a formula de uma família feliz e perfeita.

Paulina: Sim, eramos muito felizes. Mas tudo mudou hoje.

DM: Hoje?

Paulina: Sim, hoje foi o aniversário de 15 anos da Lizete, e também foi o dia que levei duas cravadas no peito pelas pessoas que eu mais amava no mundo.

DM: Não estou entendendo Paulina.

Paulina respirou fundo, as recordações do ocorrido ainda doíam forte em seu peito. Apesar de mal conhecer Douglas, ela não estava conseguindo guardar todos aqueles sentimentos pra si mesma, tinha que desabafar com alguém.

Paulina: Eu peguei o Carlos Daniel.....na cama.... com a minha irmã – Disse entre choro.

Douglas estava em choque, foram muitas informações ao mesmo tempo. Primeiro ele descobre que a mulher que um dia ele amou estava morta, que Paulina havia casado com Carlos Daniel, e agora não estava entendendo como um homem em pela consciência poderia trair uma mulher como Paulina, que transbordava bondade de sua alma, além de ser linda. Só em imaginar a traição e o que a nossa eterna usurpadora estava sentido, uma ira foi crescendo dentro de si, não entendia o porque daquilo, afinal não a via a uma década, mas sentia uma vontade de bater em Carlos Daniel por tamanha estupidez que ele havia feito.

DM: Como esse idiota pode te trair?

Paulina não conseguiu responder a pergunta de Douglas, apenas chorou. Chorava porque ela mesma não entendia o que havia acontecido, Carlos Daniel sempre lhe jurou amor eterno, lutou contra tudo e contra todos para que eles conseguissem ficar juntos, tinham o casamento perfeito, mesmo depois de anos de casados, ainda mantinham o mesmo amor construído no inicio do relacionamento.

Douglas vendo nossa eterna usurpadora chorando, levantou-se e se sentou no sofá ao lado dela, dando um abraço tímido. O estado emocional de Paulina estava frágil, sendo assim, aquele abraço do então amigo tornou-se o porto seguro que ela estava esperando. Nossa protagonista acomodou-se nos braços de Douglas e desabafou, deixou que toda a tristeza e ressentimento que estava sentindo fosse evacuada através de suas lágrimas.

Depois de um tempo sendo consolada por Douglas, Paulina já havia parado de chorar, sendo assim, nossa eterna usurpadora separou-se dele, limpou seu rosto e o olhou.

Paulina: Douglas, posso te perguntar uma coisa?

DM: Claro.

Paulina: Desde muito tempo estou com isto na minha cabeça, mas não tinha tido a oportunidade de te perguntar. Porque você me deixou os 2 milhões de dólares do empréstimo da fábrica Bracho e uma mansão anos atrás?

Douglas foi surpreendido por aquela pergunta e não sabia o que lhe responder além da verdade.

DM: Bom, eu lhe dei porque você tinha me ajudado a vencer a minha doença e...

Paulina: E...

DM: E porque eu .... te amo.


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Notas finais do capítulo

O que vocês estão achando?
Se quiserem falar comigo, esse é o meu twitter @MissBracho_
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