Ao subir uma enorme escada, ela observou uma simples porta, rústica, o Papa estaria ali dentro? Como ele seria? Provavelmente seria um homem velho de cabelos grisalhos, vestido um um manto enorme e um chapéu pontudo, ela nunca havia visto ele.

– Tem alguem ai? - perguntou Lin, esperançosa de que lá dentro esteja o adorado Papa.

– Sim, sim, claro, entre! - respondeu alguém.

– Nossa!

– O que houve? Quem é você? - disse um homem com aparência jovem, vestido com um manto branco, de cabelos escuros e olhos verdes.

– Eu sou Lin, e quem é você?

– Sou o Papa Constantino! Você deve ser a reencarnação de Agnecia, que honra tê-la em meu templo! Holy não para de falar de você, ha ha!

– Uau! Você é bem mais jovem do que eu pensava - disse Lin surpresa com a aparência do Papa.

– O que esperava? Um homem de cabelos grisalhos, vestido em um manto enorme e um chapéu pontudo?

– Éerr... - disse Lin constrangida– Meio que eu pensei nisso mesmo, mas, eu não tenho tempo, você sabe da história de Agnecia, como Holy me disse, temos um problema muito ruim o se...

– É o eclipse, eu sei, ele almenta o poder dos monstros, é terrível mesmo!

– Não, é algo pior, sinto muito, o selo está sendo quebrado! E se ele for quebrado, o mal destruirá completamente Ernas, eu não posso deixar que o mal se espalhe!

– Isso realmente é grave, é a primeira vez que isso acontece entre todas as reencarnações, então, o que quer que eu faça?

– Ué, você não sabe o que fazer? - disse Lin, achando que sem dúvidas o Papa saberia o que fazer.

– Não, e você?

– Vamos namorar?

PEGADINHA DA ESCRITORA!

– Não, e você?

– Holy me disse que você poderia me ajudar a manter o selo até que o eclipse acabe, porque ele está ajudando a enfraquecendo o selo, pelo que eu acho, e meu aniversário é daqui á três dias, não sei o que fazer!

– Nem eu, mas vou tentar te ajudar, que as criadoras estejam comigo - o Papa parou e pensou um pouco– peraí, Agnecia está aqui! Ha ha ha ha ha!

– Você é mais estranho que eu pensei - pensou Lin.

Então, Lin e o Papa sairam do templo e foram num lugar atrás do mesmo, e lá, ela ficou encantada ao ver aquela paisagem, era um jardim enorme, cheio de flores de todas as cores, era tão colorido e tão confuso, mas do mesmo jeito era tão bonito e tão majestoso, Lin se sentia á vontade ali, mas perto dali, havia uma árvore, não era uma árvore comum, a sombra que acompanhava aquela árvore era tão densa, que nada que tinha debaixo daquela árvore poderia ser visto.

– Ei Papa, o que tem embaixo daquela árvore?

– Vá até ela, e a corte.

– Mas cortá-la como?

– Apenas vá e a corte.

– Mas é escuro lá, e estou com medo do que tem lá em baixo.

– LIN, VÁ, E A CORTE - gritou o Papa, ordenando-a.

– Não Lin, não me corte, me regue, me faça crescer, esse jardim está com muita luz, não acha que precisa de um pouco de SOMBRA? - disse uma voz misteriosa, que parecia familiar– vamos pequena, me regue, prometo que não irá se arrepender, você não perderá o que é importante para você. Então eu, você, Lupus e Regis governaremos Ernas, Elyos e Hades, vamos Lin.

– O que está acontecendo? - perguntou Lin assustada– Porque está dizendo isso?

– Vamos Lin, corte-a com sua luz, não vê o seu redor, está repleto de luz, as trevas não interessam, se unir ás trevas não compensa.

– E se... se... eu não cortar a árvore?

– Você estara contribuindo para as trevas - disse o Papa, falando como se não fosse uma opção.

– E se eu não a regá-la?

– Você estará perdendo tudo o que é importante para você! - disse a voz sinistra.

E naquele momento, Lin andou em direção daquela árvore, cada vez mais rapidamente, e ao chegar na frente dela, se assustou, pois viu uma garota, era ela mesma, só que pálida e com olhos sem vida, um fruto da escuridão.

– Lin, você não vai querer ser ela - disse o Papa, dando um conselho útil á Lin.

Lin pegou seu leque, e a outra Lin nas sombras, fez o mesmo, assim como um espelho e lançou uma massa no ar direcionada ao seu redor, todas aquelas pétalas das flores, sumiram, e no lugar delas, apareceram incrivelmente penas, voando para todas as direções, eram penas negras e claras, até que Lin fechou seu leque, voltando para o lugar onde estava, um jardim confuso e majestoso com várias flores, e a mesma árvore, só que dessa vez, estava sem folhas, deixando a luz penetrar entre seus galhos, e debaixo dela, havia uma chama escura, era a outra Lin, tentando se esconder da luz que queimava sua pele ficando perto do tronco daquela enorme árvore.

– Pronto Papa, o trabalho aqui acabou! E eu não precisei fazer escolhas, só precisei seguir meu coração! - disse Lin, otimista.

– Isso não acabou, você irá mostrar sua loucura perante mim, e será antes que o eclipse acabe - disse a Lin das trevas.

– Como sabe do eclipse? - perguntou Lin.

– Hahahaha, esqueceu, EU SOU VOCÊ! - disse a malvada Lin das trevas, dando uma risada maligna.

– Aaah! Eu já tinha me esquecido, é que somos tão diferentes! - disse Lin, sempre alegre.

– Maldita!

– Vamos Papa, preciso ir até a Terra de Prata!

– Você vai ver, vai chegar uma hora, que você vai ceder, e eu irei dominar você completamente - ameaçou a Lin das trevas.

– Tá tá, vai dormir.

E assim, Lin saiu de costas com um belo sorriso no rosto, deixando apenas a Lin do mal com uma cara de "eu não suporto ela" encolhida nos últimos centímetros de sombra que aquele tronco fornecia.

– Haha, eu realmente não sei o que acabou de acontecer! - era o pensamento de Lin naquele momento.