Underground Princess escrita por Schizophrenic


Capítulo 1
Confusão no Submundo


Notas iniciais do capítulo

Apenas repostando esse primeiro capitulo... Espero que gostem (:



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Eu estava sentada perto do rio Caronte, brincando com Cérbero, nosso monstruoso cão infernal de três cabeças. Certamente papai ficaria furioso se me encontrasse jogando um imenso osso para nosso cão de guarda, mas não havia nada de bom para fazer... Era meu dia de folga, nada de boas mortes e se houvesse, Tânatos estaria cuidando delas. Suspirei e observei Cérbero voltando alegremente com o osso em uma de suas bocas enquanto as outras duas tentavam pegar para elas.

"Bom garoto" Sorri e comecei a acariciar as três cabeças, uma de cada vez.

Enquanto o cão abanava o imenso rabo, senti um cheiro familiar do qual eu nunca havia gostado muito.

"Cérbero, posição de ataque!" Ordenei com a voz mansa.

"Cérbero, descansar." Uma voz masculina disse não muito longe de mim.

"Suma daqui semideus ou eu quem vou acabar com você." Procurei-o e rapidamente o encontrei pouco abaixo de Cérbero. Suas vestes eram negras, sua pele era clara e seus olhos eram igualmente negros. Nico di Angelo era o filho de meu pai, um semideus poderoso e um tanto chato.

"Sabe que não pode fazer isto, irmãzinha." Em uma nuvem de fumaça, uma garota apareceu ao meu lado.

"Melinoe." Falei entre dentes.

"Hades quer falar com você, Macária." A garota sorriu brancamente e olhou para o bando de fantasmas que começavam a se aproximar. "Ah, mas que droga! Eles sempre querem falar comigo... É uma pena que já seja de manhã." Rolou os olhos e desapareceu novamente.

Manhã... Quando se estava no Hades era impossivel saber quando era de noite e quando era de manhã, exceto se você estivesse de olho no elevador que levava ao M.A.C. que sempre tinha um horario certo para chegar.

Novamente me voltei ao semideus, mas ele já estava se divertindo com Cérbero. Dei de ombros e em uma nuvem negra desapareci, reaparecendo na porta do castelo.

Subi os degrais lentamente, empurrei a porta e adentrei ao meu lar. Do lado de dentro, Perséfone, minha mãe, parecia brincar com o vaso de flores que tinhamos na mesa. Entediada, pensei imediatamente.

"Ah, olá, querida. Como está?" Minha mãe perguntou mudando a cor de uma rosa.

"Quase tão entediada quanto você, mamãe." Sorri.

"Sabe como é... Agora que Medusa foi vencida pelo corajoso Percy Jackson, não tenho muita coisa para fazer... Eu adorava comprar no empório dela..." Mamãe suspirou.

Eu soltei uma breve risada e antes mesmo que pudessemos continuar nossa conversa, papai entrou apressadamente com passoss pesados.

"Perséfone, temos um problema." Ele parecia bravo, mas aquilo era realmente comum, até porque ele havia acabado de voltar de uma reunião de familia no Olimpo.

"Bom... Eu estou indo, então..." Suspirei.

"Não, você fica."

"O que?"

"É isto mesmo que você ouviu, Macária."

Ok, se ele estava me chamando de Macária era porque algo estava muito errado.

"Hoje aquela garota ruiva, o oraculo, fez uma profecia... E nós desconfiamos que seja sobre você..." Papai olhou para mim de modo triste e raivoso ao mesmo tempo.

Enquanto eu tentava assimilar as coisas, mamãe colou-se em pé, parecendo mais branca do que nunca.

"O que a profecia diz?" Ela perguntou sem tirar os olhos de meu pai.

"Coisas ruins acontecerão

A caixa reaberta foi

Somente luz e escuridão

juntos vencerão..." Papai porferiu com uma voz sombria.

De repente a porta se abriu e saltidando, uma garota saltou para o colo de minha mãe. Era Melinoe na forma de uma criança de dez anos. Ela sempre tinha essa mania de ficar mudando sua idade aparente e perto de mamãe sempre ficava como uma criança fragil e inocente.

"Estão falando da profecia?" Ela perguntou, mas antes que pudessemos responder ela continou:

"Somente a verdadeira herdeira

Com a ajuda da luz

Podera a ordem restaurar."

Eu repassei as palavras em minha mente e olhei rosto por rosto.

"Verdadeira herdeira? Não deveria ser uma das filhas de Zeus?" Perguntei quase sem voz.

"Impossivel." Papai riu nervoso. "Eu sou o primogenito de Cronos, o verdadeiro herdeiro, mas perdi na hora da divisão, mas isto não significa que a verdadeira herdeira não seja você, querida."

Levei a mão na testa e suspirei. Eu já sabia o que aconteceria. A profecia dizia somente sobre mim e era uma ddas mais claras profecias que eu já havia ouvido. Senti meu estomago embrulhar e minha vida desmoronar. Era obvio que todos estavam contando comigo.

"Eu... Eu..." Tentei falar algo inteligente ou corajoso, mas a unica coisa que consegui foi sair correndo para fora e desaparecer na escuridão do Hades para a portão de entrada.

Bem na hora, por força do destino, o elevador de Caronte havia acabado despejar um monte de fantasmas que seguiam para as filas. Eu corri para dentro do elevador e o homem olhou para mim.

"É seu dia de folga." Ele disse.

"Eu sei... Apenas suba."

O M.A.C era muito mais sombrio do que as pessoas podiam ver. O cheiro de morte impregnava o local como um enterro. Olhei em volta, observando os diversos espiritos que esperavam calmos por sua hora de descer, então percebi que havia alguém ali que eu reconheceria.

"Macária." Ele sorriu para mim.

"Hermes." Disse secamente.

"Zeus quer te ver." Ele foi diretamente ao assunto. Pelo menos ele não iria enganar Caronte outra vez.

"Diga que não estou com vontade de ir ve-lo." Respondi do mesmo modo.

"Zeus não aceita um não como resposta..."

"Esta na hora de aprender a aceitar." Dei de ombros.

Antes mesmo que pudesse falar algo a mais, meu pai adentrou ao local furioso e a situação apenas piorou quando ele viu Hermes.

"Zeus quer ver a garota." Hermes repetiu a mensagem.

"Não."

"Zeus não..."

"Eu sei o que meu irmão gosta ou não, Hermes, e quero que ele se exploda!" Papai falou alto. "Não forçarei de maneira alguma minha filha a pisar naquele lugar imundo e cheio de hipócritas!"

Eu fui para o elevador. Não estava afim de ficar ouvindo a briga deles. Desci para o Submundo outra vez e ele agora parecia pior. Os fantasmas estavam descontrolados. Cérbero latia, rosnava e ameçava ataca-los. Melinoe tentava controlar um grupo ao longe. Mamãe gritava com todos enquanto outros deuses ajudavam a tentar controlar aquilo. Eu nunca havia visto nada do tipo.

"Precisamos ir." Nico apareceu ao meu lado.

"Precisamos? Para onde?"

"Papai... Nosso pai pediu para que eu lhe levasse para o Acampamento até as coisas esfriarem..."

"O QUE?" Eu estava incrédula. "Aquele acampamento nojento?"

"Engula esse seu orgulho ridiculo, Macária e vamos!" Ele falou grosso, diferente daquele Nico que eu conhecida. De repente percebi o quanto ele parecia com meu pai.

Hesitante fui com ele para a entrada que ele criara outra vez do Acampamento para o Submundo.


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