Suspeita escrita por Bruno Moura


Capítulo 7
7ª suspeita: O caso de 44 anos atrás.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo de suspeita, mais uma vitória, mais mistério e sangue a solta hoehoehoehoehoehoe...
É galera, estamos aí vivos e fortes com mais este capítulo da semana, espero que gostem, deixem seus comentários, o ministério da saúde adverte: não deixar comentários em fanfics legais dá morte instantânea O.O



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Dia 15 de abril de 2013, segunda-feira, nublado, Simões Filho, IFBA, 12h37min da tarde.

Davi e Gabriela estavam indo sozinhos para o IFBA, o que era estranho, pois raramente eles não andavam acompanhados de seus outros amigos. Os dois já tinham chegado à instituição de ensino federal e o suspeito diálogo entre eles parecia não ter fim.

–Rica, filha de imigrantes, formada na USP com apenas dezoito anos e já trabalha na área que gosta ganhando muito bem para alguém de sua idade... É, essa daí é suspeita. - Disse a ruiva.

–Há, há, há, calma Gabi, nós conhecemos muito bem a Clara e tenho certeza de que não há motivo algum de suspeitar dela nesse caso e não digo isso apenas por ela ser namorada de Daniel, mas por que ela é minha amiga também.- Davi achava graça das suposições de Gabriela.

–Namorada? Como assim “namorada”? Eles não tinham se separado há um tempo? E por que você não levanta nenhuma suspeita sobre ela? Você fala que até mesmo eu e Adriana poderíamos ser as culpadas.

–Depois de ficarem sozinhos como aqueles dois ficaram ontem eu acho difícil eles não voltarem a namorar, por isso eu falei “namorada”, e eu não levanto suspeitas sobre ela por que a conheço muito melhor do que conheço vocês duas. Que isso Gabriela? Você bem sabe que esse é o nosso trabalho, é natural suspeitarmos de qualquer um, parece até que você está com ciúmes de Clara.

–Ah tá, vai achando. Ciúmes? Fala sério.

Os dois ficaram quietos por alguns instantes e logo dirigiram-se para a sala onde a aula de matemática seguia-se sem mais problemas.

Cinquenta minutos depois, mais especificamente no início do segundo horário daquela aula maçante, Daniel enfim chegara com um sorriso de orelha a orelha, ele avistou Davi e Gabriela sentados juntos e logo se aproximou deles.

–Olá garanhão, qual foi o motivo da demora? Não vai me dizer que dormiu tarde falando com certas pessoas no celular?- Com um sorriso irônico Davi referia-se a Clara.

–Isso não é da sua conta. Vocês me deixaram na mão ontem. - Daniel irritou-se com a provocação.

–Calma aí rapaz, aquilo foi ideia de Clara, eu apenas fiz o que ela me pediu. Agora vamos aos detalhes, o que foi que rolou ontem?

–Não rolou nada, conversamos um pouco e voltamos para casa, só isso.

Alguns instantes depois o celular de Daniel tocou mostrando uma mensagem de Clara.

“De: my love

Enviado: 15/04/2013 ás 13h45min

Adorei nossa noite ontem, podíamos fazer isso mais vezes, né? Espero te ver o quanto antes, que tal esse fim de semana. Me liga. Beijos”

Com muito esforço, Davi também conseguiu ler a mensagem, fazendo Daniel corar no mesmo instante.

–Não rolou nada, né?- Davi caiu na gargalhada e começou a tirar sarro da cara do amigo.

Voltando-se novamente para o professor Daniel fingia não ligar para o que seu companheiro dizia, o que era difícil para um rapaz tão cabeça quente quanto ele.

Por fim a aula acabou e dava-se início aos vinte minutos de intervalo dos alunos do IFBA, todos estavam saindo da sala e a dupla de detetives junto a sua amiga ruiva não eram exceção.

Daniel acabara de sair da sala com a maior cara de poucos amigos e Davi sabia o por que disso, seu colega não gostava de ter ajuda quando se tratava de conquistar uma mulher, especialmente quando essa mulher é Clara, o loiro não aceita ajuda do amigo sob hipótese alguma, não por raiva ou orgulho, mas sim por algo que aconteceu entre os dois amigos tão difícil de encarar que ele prefere esquecer.

Um tanto calados os três amigos seguiram ruma á cantina a fim de comer alguma coisa antes do próximo horário de aula. Daniel estava calado, imerso em seus pensamentos, já Davi esboçava um enorme sorriso no rosto, embora ele soubesse que o loiro não gostava nada da atual situação ele também sabia que tinha feito o certo e que era questão de tempo até que o namorado de Clara o agradecesse pela ajuda. Apesar do estado dos dois companheiros Gabriela parecia ser a mais preocupada dentre os três, ela não conseguia compreender completamente a situação, ela achava que seus amigos estavam brigados, apesar dos dois não demonstrarem isso.

Alguns instantes depois o trio enfim chegou á cantina. Davi pediu uma coxinha com suco, Daniel foi logo atrás de seu imenso x-tudo e Gabriela pediu apenas um suco, a preocupação e o regime não a deixavam comer muito. Em silêncio os três comeram, silêncio esse que era apenas quebrado por comentários como “passa o guardanapo” ou “obrigado”, nada que passasse do essencial e indispensável. Ao término da refeição os três seguiram para a sala a fim de assistirem a aula de biologia que por sinal já havia começado há cinco minutos.

Uma hora e quarenta minutos depois e a aula acabou, aula essa que seria imediatamente procedida por outra caso o professor de sociologia não viesse a faltar por conta de problemas de saúde.

Assim que souberam do atual estado de seu professor os alunos do primeiro ano de eletromecânica dirigiam-se á suas casas. Assim que saíram da sala Daniel, Davi e Gabriela notaram que duas de suas colegas de sala estavam comentando sobre os acontecimentos dos últimos dias.

–Então, Cláudia, já decidiu para que escola você vai quando sair daqui?- Disse a primeira enquanto fechava a bolsa que carregava os seus pertences.

–Não, Dora, mas acho que independente disso não vou mais sair, eu ia embora por que estou com medo desse assassino louco que está à solta por aí, mas correm boatos de que ele vai matar a todos que quiserem sair daqui. Estamos num beco sem saída, se ficarmos aqui morremos, se sairmos morremos- Como pausa, ela deu um longo suspiro- Espero que peguem logo esse assassino.

–É...espero...- Caladas, as duas saíram duas saíram da sala com medo do que pudesse vir a acontecer.

–Todos estão desesperados, temos que acabar com isso de uma vez por todas- Com pesar Davi concluiu.

–Como elas sabem que o zodíaco ameaçou matar aqueles que saírem da escola?- Gabriela perguntou.

–Hoje mesmo liguei para o diretor para falar da ligação que o zodíaco me faz há poucos dias, falei inclusive sobre essa ameaça, só não esperava que a notícia fosse se espalhar tão rápido...- Daniel coçava a cabeça num gesto de preocupação.

OS três ficaram ali parados e só vieram a sair de lá quando Davi recomendou que eles fossem para casa. Já estavam quase saindo do colégio a apenas alguns metros da porteira, quando avistaram uma pessoa correndo a toda em sua direção. Quase caindo, a pessoa chegou até eles.

–Adriana?- Disse Davi ao reconhecer à amiga.

–Arf... Arf...- Ofegante a garota começou a falar- Oi gente, cheguei tare hoje por que eu só vim a dormir de madrugada e precisava terminar umas pesquisas antes de vir para cá. Assim que cheguei aqui vi Dora e Cláudia indo para casa, elas me disseram que todos já tinham ido para casa por conta de que o professor de sociologia não pode vir, por isso vim correndo, pra dar tempo de achar vocês, precisamos muito conversar.

–Nossa- Gabriela impressionou-se com aquela chuva de palavras vidas da amiga- o que é que você quer tanto nos falar?

–Eu já vou dizer, mas antes vamos para a pracinha, estou exausta e preciso sentar um pouquinho, lá nós conversamos melhor.

Sem demora os quatro amigos seguiram rumo á pracinha do colégio que Adriana havia mencionado. Assim que lá chegaram Adriana sentou-se, juntamente aos seus amigos e prontamente tirou de sua mochila seu notebook HP rosa junto ao seu pequeno modem 3D. Adriana até poderia usar a conexão wi-fi de sua escola, no entanto a lentidão da mesma a fazia recorrer ao seu modem sempre que podia. Assim que conectou na internet e abriu seu navegador google chrome a loira começou a falar.

–Ontem a noite eu estava pesquisando sobre o zodíaco, eu queria saber se sabendo mais sobre o zodíaco eu conseguiria saber mais sobre os assassinos que ligaram por meio de uma mulher para falar com Daniel nesse sábado. Sabe, no começo achei apenas coisas bobas como detalhes sobre as constelações, horóscopos online e uma série japonesa chamada cavaleiros do zodíaco. Eu já estava quase desistindo quando achei esse site que acabei de abrir chamado “serial killer’s.net” e achei algo interessante, vou ler aqui para vocês saberem do que eu estou falando: “Hoje vamos falar sobre um caso incrível que abalou toda a América do sul há quarenta e quatro anos atrás (1969), dentre seus inúmeros nomes destacasse como “o massacre de São Francisco” o nome do serial killer da vez é assassino...” –A loira fez uma pausa como quem teme dizer tal nome- “...do zodíaco”.

–Caramba...- Daniel estava impressionado.

–Vocês acham que pode haver uma ligação entre os dois casos, o nosso e o de 1969?- Perguntou Gabriela voltando-se para os detetives.

–Há uma possibilidade, mas acho que ainda é cedo para dizer qualquer coisa. O que mais está escrito aí, Adriana. –Davi começou a interessar-se pelo caso.

– “Zodíaco, como era chamado, foi um assassino singular, pois ele não escondia seus atos. Em cindo de julho de mil novecentos e sessenta e nove ele fez sua primeira vítima registrada, um casal estava a namorar em Vallejo, Califórnia, em seu carro, um homem os abordou matando-os a tiros com uma maluger nove mm. Instantes depois um homem liga para a polícia local relatando tudo o que havia acontecido em detalhes, era ele, o zodíaco. Os meses que se seguiram foram de puro desespero, pois o zodíaco fazia mais e mais vítimas sempre avisando ou relatando a polícia sobre seus atos. Existem boatos em que dizem que o zodíaco teria afirmado ter assassinado 37 pessoas. O caso foi amplamente investigado por muitíssimas autoridades no assunto, mas o zodíaco jamais foi pego...” É isso, esse é o resumo de tudo, mas se quiserem posso ler a versão completa que está logo abaixo. –Disse Adriana ao terminar a leitura.

–Não, agora não. Vamos trabalhar com o que temos. –Davi falava enquanto Adriana fechava o notebook. –O que você acha disso tudo, Daniel?

– Bem, acho que de fato existe sim uma ligação entre o nosso caso e o de 44 anos atrás, o modus operante de ambos os assassinos é muito semelhante, eles avisam a forma com que vão fazer seus crimes e agem logo em seguida, mostrando a imensa autoconfiança de ambos os criminosos em ambos os casos sem falar no óbvio que é o nome deles ser zodíaco tanto no nosso caso quanto no que Adriana achou na internet.

– E você acha aqui trata-se do mesmo assassino do passado?- Perguntou a loira a Davi.

– Acho que não.- Respondeu Davi- Se ele ainda estiver vivo certamente está em idade muito avançada, o que dificultaria com que ele entrasse em ação, A única chance de ele estar envolvido nesse caso seria se ele fosse o cabeça desse grupo de assassinos que estamos investigando, mas nesse caso viria outra dúvida: pra que diabos um cara desse calibre viria ao Brasil?

– Faz sentido...- A ruiva sutilmente levava os dedos ao queixo como sinal de preocupação.

– De toda forma existem mais algumas coisa que não podemos deixar passar batido, primeiro, os dois casos tem uma ligação muito estreita então podemos esperar que nossos assassinos continuem agindo da mesma forma que têm agido até agora. Segundo, devemos prestar muita atenção na próxima ligação deles, pois só assim vamos saber qual o grau de envolvimento deles com o cara de 44 anos atrás, e terceiro, devemos pesquisar mais sobre o “zodíaco” do passado, isso pode nos dar dica sobre como agir de agora em diante. –Concluiu Daniel.

–Muito bom. – Davi levantou-se a começou a andar – Mas acho que devemos nos apresar, já são cindo e quarenta e cinco da tarde, daqui a pouco o escolar vai chegar.

– Ah, é mesmo. – Gabriela olhou para o relógio ficando assustada com o horário – Adriana, vamos ali no banheiro comigo, rápido, se não o escolar chega. – Puxou o braço da amiga – Podem ir andando meninos, daqui a pouco nós alcançamos vocês.

– Há, há – Davi ria enquanto a garota se afastava – elas são lindas, né?

– Até demais... – Daniel sorria.

– é uma pena que elas tenham de se meter nisso tudo.

– Mas um dia isso tudo vai acabar, já saímos de cada situação bizarra... Não é essa que vai nos derrubar, não é mesmo, Davi.

– Sei não Daniel, nós até sabemos nos virar, vivemos nesse mundo de riscos desde os treze anos, mas elas duas... Isso sem falar no caso que estamos agora, é muito arriscado.

– Com assim? Aonde você quer chegar?

– Não consegue entender, Daniel? É simples, na última ameaça em que o zodíaco nos fez ele disse que iria matar uma loira, parecia que ele estava referindo-se a Adriana, certo?

– Sim, mas era tudo um engano, a vítima acabou por ser outra pessoa.

– Certo, mas veja bem, esse assassino sabe muito sobre nós, nossos nomes, celulares... Não temos ideia de até onde eles sabem, talvez eles até tenham conhecimento sobre Adriana e Gabriela, e se eles fizeram aquela ameaça justamente para nos confundir? É uma possibilidade. Eu quero que você entenda uma coisa Daniel, eles querem se divertir, querem brincar de gato e rato conosco e não vão para até que estejamos loucos de raiva para pegá-los.

– O que você quer dizer? Não pode ser que... – Daniel deu um passo para trás.

– É isso mesmo que você está pensando Daniel. Para o nosso zodíaco isso tudo não passa de uma brincadeira, um pega-pega, um jogo e nós não passamos de peões em seu tabuleiro, eles farão de tudo para nos moverem da forma que quiserem e agora eles devem estar querendo deixar as coisas mais movimentadas e vão usar de tudo para que nós entremos em seu jogo. O que quero dizer é que provavelmente eles vão querer que levemos isso tudo pro pessoal, eles já nos deram dicas sobre seus atos para ameaçar nosso orgulho quando conseguissem se mostrar vitoriosos, o próximo passo para nos colocar na “brincadeira” deve ser... Matar alguém próximo a nós e que está nos ajudando na investigação justamente para nos sentirmos culpados e essas seriam...

– Gabriela, Adriana e... Clara?... – Daniel começou a tremer.

A foice da morte voltou-se para as amigas dos detetives.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Mais u capítulo chega ao fim, mais uma semana escrevendo e mais gente que vai deixar comentários bacanas aí né meu povo? bora comentar aê o/



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