Suspeita escrita por Bruno Moura


Capítulo 5
5ª suspeita: Calourosa IFest.


Notas iniciais do capítulo

Com muito esforço (e bota esforço nisso, a internet não está colaborando) trago enfim o capítulo de suspeita da semana, esse capítulo promete muita coisa e a partir dele vários mistérios surgirão.

Por favor galera, comentem, digam o que estão achando de suspeita, isso me mantém vivo e ativo povo de Deus, então zelem por minha vida pessoas!



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Dia 10 de abril de 2013, quinta-feira, sol, Simões Filho, IFBA, 11h00min da manhã.

“-...Sou seu assassino... Meu nome é...”

...”Zodíaco.”

O celular de Davi estava no viva-voz e todos os que escutaram isso ficaram paralisados.

Um assassino que liga para seus inimigos dizendo seu nome, revelando seu segredo mais íntimo como criminoso:sua identidade, aquilo era no mínimo estranho.

Ninguém sabia o que dizer perante aquela monstruosa voz, todos estavam pálidos, as meninas, Adriana e Gabriela, suavam frio, Daniel e Órion estavam Boquiabertos, Davi estava congelado.

–Para provar que sou quem digo ser vou relatar como foi meu último assassinato.

Era uma noite de terça-feira, por volta de umas dezoito horas, ah, como o céu estava lindo naquela noite, alua parecia desejar sangue. Convidei alguns estudantes para irem comigo até o Cia pelo atalho. Andamos por cerca de uns vinte minutos, eu não via a hora de matá-los. Escondi-me deles, e assim que percebi que eles já não me viam pensei em sair correndo por uma rota alternativa mais rápida que o atalho a fim de matá-los no fim do caminho que o atalho conduz, mas como acabei de dizer eu apenas pensei em fazer isso, pois vi algo interessante antes de sair correndo. Os estudantes estavam usando drogas, cocaína. Fiquei escondido por um tempo, mas quando vi que todos já estavam sobre o efeito das drogas eu me revelei me matei a todos sem dificuldade. Sinceramente, não teve graça nenhuma matar aqueles idiotas, seria mais interessante se eles não tivessem utilizado drogas e eu pudesse ter a oportunidade de colocar meu plano principal em prática, teria sido uma ótima caçada. Fiquei furioso com isso, descontei toda a minha raiva naqueles crânios de merda, tirei uma barra de ferro de dentro de minha mochila e dei um golpe em cada um deles com força suficiente para deixá-los desacordados, depois disso veio a melhor parte de toda essa merda, bati nos crânios deles até os esmagar, bati com toda a minha força. O trabalho estava feito, mas faltava algo para dar um belo ponto final ao meu serviço, arrastei os corpos até a parede do anfiteatro e os amarrei pela cabeça no teto de lá. Por fim, tive a ideia de fazer uma bela suástica de sangue para deixar como lembrança de meu trabalho, adentrei minha mão na cabeça do primeiro e...

–Muito bem... – Davi estava chocado com o que tinha acabado de ouvir, mas logo tomou fôlego para voltar a falar. – Não tenho mais dúvidas de que você é o assassino, mas por que está ligando pra mim? Como descobriu meu número e como me conhece?

–Estou ligando pra você... – A horrenda voz deu seguimento ao seu maquiavélico discurso. - ... Por que quero deixar meu trabalho mais divertido, mais interessante. Quero disseminar o terror, o pânico, quero que todos vejam que os maiores detetives juvenis da história nada puderam fazer para me pararem. Conheço vocês por conta de um informante e sei seu número por causa do mesmo. Tenho algo para dizer a vocês.

– O que é?- Dvi começou a se irritar.

– No próximo fim de semana acontecerá aí no seu colégio o calourosa ifest, a festa que recepciona os calouros deste e de outros campi do IFBA, inclusive virão para cá pessoas desses outros campus para cá justamente por conta desta festa, pois bem, lá eu farei minha próxima vítima. Ela é uma bela loira, uma estudante, vou matá-la enquanto admiro sua bela expressão de dor e de medo da morte.

– DESGRAÇADO! QUER TANTO ASSIM QUE PEGÊ-MOS VOCÊ?- Gritou Daniel com fúria.

– Vocês não vão me pegar, o zodíaco nunca acabará, só estou revelando meus planos por que assim as coisas ficam mais interessantes. Querem me pegar? Pois tentem...

TU-TU-TU-TU...

O assassino desligou.

–DROGAAAAAAAAAA!-Daniel deu um soco na parede. – Eu juro por tudo que é mais sagrado que eu vou pegar esse maldito custe o que custar.

–Calma Daniel. – Davi tentava acalmar o amigo – Vamos tentar usar essa ligação ao nosso favor, esse cara, o zodíaco, é o assassino que procuramos, não tenho dúvidas quanto a isso e não estava blefando quando admiti esse fato. Ele é bom no que faz, mas nós somos melhores, com certeza vamos pegá-lo.

–Beleza galera, mas antes de tudo acho que devemos saber quem será a próxima vítima. – Concluiu Órion. –Se o que ele falou é verdade certamente ele vai matar essa loira, ela deve ser alguém próxima de vocês dois, já que o assassino provavelmente quer os atingir com isso, e como a festa é exclusiva do IFBA provavelmente é alguém que estuda aqui. Arrisco dizer que essa loira seria...

–ADRIANA? – Gabriela assustou-se. – Está querendo dizer que esse assassino está mirando a minha amiga?

–Faz sentido. – Disse Davi. – Se for esse o caso é melhor ela nem vir para a calourosa.

–Não, é melhor que ela venha, nada nos garante que o assassino fala a verdade. O zodíaco é muito sagaz, ele pode ter imaginado que chegaríamos a essa conclusão e tentaria matar Adriana dentro de sua própria casa. –Um tanto mais calmo, Daniel levantou em questão o que Davi falava.

– E o que eu vou fazer pessoal? – Adriana estava quase chorando, estava em pânico.

–Primeiramente faça de tudo para seus pais saírem nesse dia, mas não diga nada a eles sobre o assunto, pois eles podem entrar em pânico e não é isso que queremos, como meu pai é policial vou pedir para ele ficar atento a qualquer movimentação estranha que haja em sua casa por esses dias, tente ficar tranquila. Venha para a festa, nós vamos protegê-la. Daniel, vamos ter de trazer “aquilo”. – Disse Davi.

– Sim, eu sei. – Daniel correspondeu.

Adriana fez sinal de que ia perguntar o que é “aquilo”, mas Gabriela a parou, ela sabia que se a dupla de detetives estava se referindo a o que quer que fosse como “aquilo” é sinal de que eles não querem dizer do que se trata. Ela já confiava muito nos dois, sabia que se não queriam dizer algo é por que seria melhor que não dissessem.

Dia 13 de abril de 2013, sábado, sol, Simões Filho, IFBA, 14h35min da tarde.

Os quatro amigos (Daniel, Davi, Gabriela e Adriana) chegaram ao IFBA juntos, já que eles marcaram de pegarem o ônibus todos juntos em frente ao shopping Iguatemi no bairro de mesmo nome.

–Eu sei que você não vai gostar disso, mas eu liguei pra Clara, ela falou que vem hoje para nos mostrar os resultados da análise que elas fez nos corpos. – Davi estava com uma bermuda xadrez, uma camisa preta do Sherlock Holmes e um belo par de sandálias de couro.

–Certo, só espero que as coisas não se compliquem ainda mais... – Com uma bermuda jeans preta, uma camisa rosa estrelada e um par de percatas também pretas, Daniel falava com cara de preocupado.

–Quem é Clara? – Gabriela estava com o cabelo solto, estava com um maravilhoso vestido multicor que ganhou de aniversário e fazia cara de poucos amigos.

– Está com ciúmes, é? – Adriana tentava fingir que estar bem, mas estava claro que ela era a que estava mais nervosa de todos os quatro. Seu celestial vestido branco era lindo, mas sua expressão era horrível.

–EI, DAVI, DANIEL!- De camisa polo vermelha e bermuda jeans preta Órion chamava os amigos que acabara de ver. - E aí, tudo bem, galera?

– Tudo certo. Algo estranho aconteceu?- Davi perguntou.

–Não, até o momento nada, mas tem uma garota procurando por vocês ali.

Órion apontou para a tal garota. Com um sorriso de desafio e um olhar sedutor, aquela linda garota de cabelos negros olhava para os detetives. Seu belo corpo estava ornado por um vestido azul celeste enfeitado por centenas de delicados detalhes e babados brancos.

–Olá, Daniel, Davi, como vão?- A garota de cabelos negros perguntou.

–Vou bem, obrigado. – Respondeu Daniel com uma cara amarrada. – Não esperava vê-la tão cedo, Clara.

–Calma, Dani. Não precisa ser tão grosso. – Antes que Davi pudesse responder a sua primeira pergunta Clara já iniciava sua conversa com Daniel.

–Depois que nós terminamos você nem quis conta comigo, foi Davi te chamar e você veio correndo, e você ainda vem me pedir pra não ser grosso?Por favor... – Daniel deu a primeira alfinetada.

–Heloo, eu não vim só pra ver o Davi, vim pra te ver também, sem falar que estou aqui pra lhes fazer um favor. Foi por causa desse teu ciúme besta que eu te pedi um tempo.

Com o passar do tempo a conversa ficou apenas entre clara e Daniel, os demais começaram a conversar entre si mesmos. Gabriela sempre dava uma olhada de leve, mas não ousava entrar na conversa do ex casal. Daniel sempre que podia olhava para Davi como quem pede por ajuda para lidar com a situação, desde que ele pôde ser chamada de ex-namorada falar com Clara sempre o deixava nervoso, o que ajudava era que o papo entre eles já estava mais calmo, mais tranquilo, já estavam falando sobre coisas do dia-a-dia com direito as casuais piadas infames de Daniel. Davi tinha percebido as olhadelas do amigo, mas ele nada podia fazer, estava conversando com Adriana, que inclusive nem dormiu na noite passada de tão tensa que estava, ele estava tentando acalma-la, estava tentando fazê-la esquecer de todo esse papo de assassino e zodíaco, se ele fosse ajudar o loiro sabia que não conseguiria manter Adriana calma e no momento ela era a prioridade.

O tempo passou, o anfiteatro, que finalmente estava cheio, já tinha recebido duas bandas, uma de pagode e outra de reggae, agora estava subindo no palco uma banda de rock ali do campus Simões Filho mesmo, os selváticos na terra do dengo, uma banda composta por alunos e ex-alunos do IFBA que fazia um belo som. A conversa do grupo de investigação ia se alongando e os selváticos já estavam em sua última música intitulada “o poeta chora”, assim que terminaram de cantar começaram a arrumar as coisas para saírem do palco e darem lugar a uma banda de samba do IFBA de Salvador, campus Barbalho.A quarta banda já estava pronta para tocar, quando, de repente, ouve-se um grito.

–AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

–O QUE FOI ISSO?- Gritou Daniel.

–U...um assassino...e-e-e-ele matou minha amiga e está fugindo.- Disse a garota que gritara a pouco.- OLHEM, ELE ESTÁ ALI!

–Vamos lá, Davi! Clara, cuide de Adriana e Gabriela, Órion, fique com elas.- Disse Daniel.

–Certo! - Clara e Órion responderam em uníssono.

–ESPERA DANIEL! NÓS PODEMOS AJUD...- Gabriela estava aflita.

–FIQUEM AÍ!- Gabriela assustou-se com a resposta que Daniel lhe deu antes de sair correndo.

O assassino estava em disparada, e ao invés de ter feito sua fuga pelo portão dianteiro ele decidiu ir pelo portão que estava no fundo da escola a uns trezentos metros do anfiteatro. O portão, como de costume, estava fechado, já que a estrada que vem depois dele é perigosa e deserta. O assassino, um homem alto, careca e branco teve um pouco de dificuldade em pular aquele portão, ele apoiou-se no teto de uma pequena salinha que estava junto ao portão (salinha esta que muito provavelmente servia de abrigo para o guarda do local). Colocando o dedo em uma das brechas e tomando impulso a partir de tal manobra ele conseguiu saltar o portão saindo correndo logo após obter êxito em sua investida.

Daniel e Davi estavam correndo logo após o Zodíaco, ainda não tinham pulado o portão quando viram o corpo da garota assassinada estirado no chão, como não viram sangue concluíram que ele tinha sido enforcada, mas não pararam para ter certeza, até por que por mais que aquela visão fosse horrenda a prioridade agora era pegar o bandido. Com metade do tempo que o criminoso levou para pular o portão os dois amigos repetiram o salto e caíram dando uma pirueta, evitando assim machucados ou contusões. Daniel já fez Le parkour quando estudava em seu antigo colégio e Davi era ótimo fazendo manobras de skate e melhor ainda passando por obstáculos sem ele. Com mais dois minutos de uma corrida desenfreada os detetives avistaram seu alvo.

– Se não o ferirmos antes de pegá-lo vamos ter problemas, aquele cara é uma bola de músculos ambulante, mesmo usando nossa carta na manga vai ser difícil segura-lo, um deslize e nós dançamos. – Disse Daniel.

–Não esquenta! – Davi tirou um revolver da mochila – minha mira é ótima mesmo correndo e é por isso que essa coisa aqui é nossa carta na manga. – Falou enquanto apontava para a arma.

Davi avistou na beira da estrada algumas árvores que estavam bem do lado em que o Zodíaco estava correndo. “É isso!”, pensou, Davi disparou na direção de um grande galho de uma árvore que estava a alguns metros do Zodíaco, que em sua corrida desenfreada nem percebeu o grande galho caindo bem em cima de sua cabeça.

CRAAAASH

O assassino caiu dando um urro de dor e enfim Daniel e Davi o alcançaram.

–Te pegamos, Zodíaco!- Falava Davi enquanto apontava a arma para o vilão.

– Desgraçado, vai pagar por tudo que fez! – Disse Daniel.

–NUNCA!- Gritou o Zodíaco – O ZODÍACO NUNCA MORRERÁ!- Ele retirou dois chips celulares de seus bolsos e mordendo-os, os estraçalhou.

–PARE COM ISSO! ESTOU AVISANDO, PARE OU EU VOU ATIRAR!- Definitivamente Davi não estava blefando.

–SIM, PARE OU... ELE VAI ATIRAR!- Concluiu Daniel.

–O ZODÍACO NUNCA MORRERÁ... - O bandido mordeu sua própria língua- ...

NUNCA!- E falando isso ele selou seu destino cortando sua língua em dois.

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–Merda...- Disse Daniel- Suicídio, por essa eu não esperava.

–Certo, agora para de reclamar e me ajuda a carregar esse corpo, lembre-se de pegar o outro pedaço da língua também, isso vai provar que nó não o matamos. - Assim que terminou de falar Davi pegou o homem pelas pernas.

Com vinte minutos de uma boa caminhada e muito esforço para levantar aquele corpo enorme sobre o portão, finalmente Daniel e Davi tinham voltado para o anfiteatro. Assim que chegaram todos que estavam presentes foram ver o gigantesco corpo do malévolo Zodíaco, agora morto. A dupla de detetives não disse a verdade quanto à forma que utilizaram para pegar o brutamontes, não queriam que todos, em especial Adriana e Gabriela, soubessem que eles estavam armados. Ao invés disso inventaram uma história qualquer em que diziam que o bandido machucou-se seriamente assim que pulou do portão, não agüentando correr muito, vendo que não existia escapatória o bandido cometeu suicídio.

Enfim aquela história toda de Zodíaco havia acabado, deixando pontas soltas, claro, mas os detetives logo dariam um jeito de unir essas pontas, afinal de contas esse era o trabalho deles. Tudo parecia voltar ao normal e depois de uma tarde tão agitada todos decidiram ir para casa.

– Graças a Deus, acabou.- Disse Adriana, aliviada.

–Assim que chegar em casa vou tomar um bom banho, depois dessa aventura toda estou precisando esfriar a cabeça.- Por mais louco e pesado que tenha sido esse dia Gabriela ainda tinha forças para sorrir.

–Foi simplesmente incrível, espero poder vê-los em ação novamente.- Órion referia-se aos feitos da dupla de detetives.

–Ora, ora, meu caro Órion, isso não foi nada de mais, já fiz coisas extremamente mais difíceis e complexas do que esta simples corrida, houve uma vez mesmo em que eu...- Daniel foi interrompido pelo vibrar de seu celular vindo de seu bolso.- Só um minuto galera... Número desconhecido?

Todos ficaram como congelados, o tempo parou para eles, a última ligação de um número desconhecido que eles haviam recebido foi para proceder um assassinato, Adriana começou a passar mal e o restante suava frio, Davi estava com a pupila tão dilatada que mal podíasse vem ela em seus olhos. Como que quebrando um encanto maligno Órion começou a falar.

– Calma aí galera, vai ver é só um amigo ou um trote atende aí pra ver o que é, Daniel.

Relutante, Daniel enfim apertou na tecla verde e colocou o aparelho na orelha- A... Alô?

–Tenho um recado para você...- Uma voz horripilante e desconhecida respondeu ao rapaz.

–U... U... Um recado?- Perguntou o loiro?

–Sim, queria avisar para vocês não ficarem muito felizes, pois o Zodíaco... Está vivo.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Muito esforço foi o que esse capítulo me custou, tive de buscar a sabedoria dos mestres das artes da escrita no vale da imaginação, então povo, como conclusão de minha saga, peço-lhes humildemente que comentem, pois só assim posso escrever em paz...



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