Suspeita escrita por Bruno Moura


Capítulo 13
13ª Suspeita: Proposta


Notas iniciais do capítulo

Iai meu povo lindo, tudo tranquilo?
Sim, eu sei, estou atrasado, mas é só um dia, ontem tive que acertar algumas coisas justamente sobre suspeita e não pude postar, mals, mals T.T
Enfim, pessoas, está aqui mais um capítulo de suspeita onde "o bicho tá pegando" O.O
Será que alguém morre hoje? kkkkkkkk Talvez, talvez...
Galera, ninguém esqueça de comentar, viu? Comentários são uma boa ação que te garante um lugarzinho acolchoado no céu, O.K.?
Boa leitura. ^^



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Dia 3 de junho de 2013, segunda-feira, nublado, IFBA, campus Simões Filho, 1h21min da tarde.

As portas do auditório administrativo ainda estavam fechadas e apenas mantinham-se assim graças aos esforços dos jovens presos de colocar mais e mais coisas a frente da mesma. Eles chegaram ao ponto de quebrar as cadeiras que estavam fixadas no chão apenas para barrarem a porta, tudo feito com muito trabalho e com o taco de beisebol de Davi.

O auditório era uma sala relativamente grande, tinha um clima de cinema, com ar condicionado e um projetor que ficava sempre apontado para o quadro branco que eventualmente era utilizado para fazer anotações de aulas ou reuniões entre os professores e docentes do campus.

As cadeiras eram verdes e acolchoadas, muito bem feitas, e ao menos até então eram fixadas no chão. No momento sua serventia era barrar uma onda de estudantes furiosos querendo derrubar a porta de entrada.

- Pronto, essa foi a última fileira de cadeiras – Disse Daniel ao jogá-las na porta – Isso vai ajudar, mas não por muito tempo.

- Cara, que merda isso tudo... – Davi tirava o suor do rosto enquanto pegava um pouco de água no bebedouro juntamente a um copo descartável que achara ali – Não esperava que eles ficassem tão furiosos ao ponto de querer nos matar... Se ao menos tivéssemos algum resultado da investigação que fizemos no Rio...

- E quem disse que não temos?

- Hã? Como assim, Daniel? Aquilo tudo não deu em nada, os guardas nos pegaram antes que pudéssemos ler todos os documentos.

- Pois é, só que eu sou mais inteligente que eles – Daniel sorriu e tirou o celular do bolso – Caso você não tenha notado meu celular tem câmera.

- Cara, não me diga que...

- Exatamente – O loiro enchia o peito de satisfação – Tirei fotos de tudo.

Davi ficou extremamente feliz ao ouvir essas palavras, em seguida abraçou o amigo e pegou o celular da mão do mesmo a fim de olhar as fotos já citadas.

Todas as fotografias foram tiradas com extrema precisão de forma que era perceptível que ao tirá-las Daniel preocupou-se que o texto presente nos documentos pudessem ser legíveis mesmo na tela do celular.

A maior parte das páginas dos documentos falavam de drogas e seus efeitos no comportamento e no cérebro humano, as únicas que não falavam disso eram, naturalmente, a capa e o fundo.

Em uma de suas páginas era possível se ler o seguinte texto:

“Nome: Cocaína

Formas de consumo: Merla, crack e pó branco

Tempo de início de efeito: 10 a 15 segundos depois do consumo.

Duração do efeito: Menos de 5 minutos

Efeitos: Sensação de grande prazer, poder e euforia.

Efeitos em caso de uso exacerbado: Irritação, comportamento agressivo, paranoia, tremores, visão borrada, dores no peito, contrações musculares, convulsões e pode levar a coma, aumento na frequência cardíaca, alucinações, aumento de pressão arterial, delírios e rabdomiólise.

Nota: Os efeitos da abstinência da droga são mais pertinentes ao projeto do que os do uso da droga em si. Seria interessante a criação de uma droga que pudesse unir os dois efeitos, o da abstinência e o do uso, assim o usuário poderia viciar-se com mais facilidade enquanto a droga estaria servindo aos propósitos de sua produção.”

Abaixo do texto existiam algumas fotos de cocaína em todas as suas formas, isso sem falar de fotos do rosto de pessoas que estavam sob o efeito da mesma.

Os rapazes ficaram abismados com o que leram, mas nem por isso pararam. Por um instante se entreolharam e passaram a página:

“Nome: LSD

Formas de consumo: Oral, também pode ser fumado se misturado com tabaco.

Tempo de início de efeito: 30 a 90 minutos depois do consumo.

Duração do efeito: 6 horas.

Efeitos: aumento datemperatura corporal frequência cardíacaconvulsão.

Durante o efeito do alucinógeno são produzidos fenômenos alucinatórios que envolvem alterações nas percepções: auditivas, visuais, gustativa, olfativa, táctil, perda do limite entre o espaço e o próprio corpo, podendo causar diversos tipos de acidentes: domésticos,de trabalho, automobilísticos, etc., despersonalização, sensações de pânico e medo, ou ainda sinestesias, que é uma confusão de informações sensoriais, onde as sensações auditivas, traduzem-se em imagens e estas em sons , delírio, sensações alternadas e simultâneas de alegria e tristeza, e de relaxamento e tensão, perda da coordenação do pensamento, apreensão constante.

As sensações produzidas pelo LSD, ao usuário, são “reais”, provocando medo, prazer, ansiedade e dor.

Efeitos em caso de uso exacerbado: Tensão corporal e fadiga (podendo perdurar por vários dias), depressão profunda, surtos de esquizofrenia, reflexos exaltados e perda da memória.

Nota: Essa é uma droga interessante a ser estudada, pois seus efeitos são extremamente fortes e perduram por uma grande quantidade de tempo, o interessante seria podermos controlar esses efeitos de acordo com as palavras-chave, mas é necessário testes com a substância que a compõe para averiguar se de fato nos pode ser útil.”

- Que... – Davi estava imóvel – Que merda é essa?

- Eu disse que tem coisa podre na see! Coporations! – Daniel guardava o celular e assim que mencionou o nome da corporação. Ele baixou o tom de voz enquanto olhava para a porta a fim de que aqueles que estão do lado de fora da sala não o escutem – Na hora que estávamos na sala do Reymond eu apenas citei tráfico de drogas pra ter uma desculpa que ele engolisse, não queria que ele soubesse que estávamos ali por que tenho minhas suspeitas quanto a ele.

- Precisamos olhar melhor isso... Sinto que as coisas estão começando a se conectar – Davi estava pensativo. Ele olhava para o nada, compenetrado e buscava em sua mente algo que pudesse trazer uma luz ao caso.

Gabriela e Adriana, naturalmente, também estavam presentes na cena. Elas testemunharam todo este diálogo, mas permaneceram quietas, elas bem sabiam que quando os jovens detetives estavam pensando o melhor que podiam fazer era ficar em silêncio, já que eles não conseguiam pensar com muito barulho os atormentando, no entanto Gabriela os chamou da mesma forma.

- Er... Gente, desculpa incomodar o momento que a “imensa” sabedoria de vocês entra em prática, mas temos problemas – A ruiva apontara para a porta de onde uma voz familiar parecia rir.

- Há, há, há...

- Essa... Essa risada – Davi aproximou-se a porta junto ao amigo e olhou pelo vidro reforçado que ficava na horizontal da mesma para ver quem era, pelo fato do vidro ser muito escuro ele demorou algum tempo para notar quem era – Ei, espera... O que você... O que você está fazendo aí?...

- O que eu estou fazendo? – Respondeu a voz que vinha de fora da sala – Não é obvio, Davi? Vim ver sua linda expressão de pânico. Eles estão do meu lado – Apontou para a horda de estudantes loucos logo a suas costas.

- SEU DESGRAÇADO! TRAIDOR! O QUE DIABOS VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO, ÓRION? – Gritou Daniel.

- Clama, Daniel. Estou apenas mostrando a vocês que surpresas sempre acontecem. Sinceramente, eu esperava mais de vocês, pensei que fossem me descobrir muito antes.

- Então... Desde o início foi tudo mentira? – Davi tentava inutilmente manter a calma perante aquela situação caótica.

- Desde o início? Não, muito antes do início já era tudo mentira, tudo o que fiz e falei a vocês foi minimamente planejado.

- O que você quer afinal de contas, seu maldito? – A esta altura Daniel já estava vermelho de ódio e louco para avançar no pescoço do traidor – Juro pra você que assim que eu sair daqui te parto em dois!

- Ui, tá nervoso... HÁ, HÁ, HÁ, HÁ, HÁ! – Ele ria desenfreadamente e de forma até medonha ao ouvir a frase dita a pouco – Eu vim aqui justamente para garantir que vocês não saiam daí, mas assim como meus companheiros eu gosto de ver um pouco de desespero, quero que fiquem presos aí até implorarem pela morte de tanta fome e sede que passarão. Nunca matei uma pessoa assim, sabia? Sempre quis fazer isso... De toda forma, tenho uma proposta para vocês.

- Diga! – Davi afastou seu amigo temendo que ele viesse a fazer alguma besteira por conta de sua raiva.

- Pois bem, eu tenho dois brinquedinhos aqui que vão deixar tudo mais bacana – Órion levantou em suas mãos duas algemas sujas de sangue – Não quero que vocês dois fujam de forma alguma, não tenho interesse nenhum nas garotas, eu posso até deixa-las sair, no entanto, pra que isso ocorra preciso que vocês concordem em usar essas algemas sem nenhuma forma de resistência, não quero que vocês morram tentando se defender.

- Hum... – Davi estava a pensar enquanto Daniel gritava ofensas ao seu interlocutor. Se ele não aceitasse a proposta a probabilidade de Órion mata-los na hora era enorme, porém, se ele aceitasse suas chances de sobrevivência seriam reduzidas de quase nada pra nula. Depois de muito pensar e não conseguir resultado nenhum Davi enfim deu uma resposta desesperada – Cara... Sua proposta é “tão boa” que acho que vou ter que conversar um pouco com o pessoal aqui antes, pode me dar um tempo?

- Claro, mas sejam rápidos, eles estão esperando – O ruivo sorria sadicamente ao apontar para os estudantes do lado de fora. – Ah, vou olhar vocês lá da sala da sala do setor de informática pela câmera que está aí, O.K.? Portanto, nada de gracinhas enquanto eu estiver fora.

Droga, eu tinha esquecido da câmera”. Pensava Davi. “Tenho menos de dois minutos pra agir”.

Órion se virou, deu algumas ordens e saiu de cena.

- Adriana, a câmera do seu celular tem temporizador? – Disse o rapaz do taco assim que se virou.

- Hã? Tem sim, mas pra que você quer tirar uma foto numa hora dessas?

- Não importa! – Davi pegou o celular que estava em mãos da amiga e saiu correndo para coloca-lo em cima da mesa que estava logo à frente da sala com o projetor recostado sobre ela – Todo mundo pro canto da sala, agora! Nossa sobrevivência depende disso.

__________________________________________________

A sala do setor de informática estava um pouco bagunçada, eram computadores, monitores e conjuntos imensos de CPU’S jogados para tudo que é lado. Desta sala era possível se ver as imagens que eram gravadas de todas as câmeras presentes na escola, no entanto, apesar de tantas imagens para ver Órion apenas prestava atenção nas imagens do auditório administrativo e em sua pizza de mussarela enquanto atendia uma ligação.

- O plano parece ter saído de acordo com o esperado – Falava o ruivo ao telefone celular – Os alunos estão convictos de que devem matar os moleques detetives... Hum... Sei... Eu entendo, não tivemos muitos problemas com os professores ou a diretoria, até por que eles também estão de acordo com a matança dos moleques. Ah, assim que cheguei aqui um aluno que era da minha sala me disse que ouviu Daniel ligar pelo menos umas quatro vezes para a polícia, o que significa que ela também não vai fazer nada, ótimo. Hã? Onde estão eles? Estão bem aqui, prendemos eles dentro de uma sala e eu estou vendo tudo por vídeo aqui na sala do T.I, eles estão ali sentados todos juntos no canto da sala sem fazer nada... – Órion novamente uma olhada na imagem, só que desta vez ele percebeu que tinha algo errado ali – É, a sala está bem escura, eles apagaram as luzes, mas... – Ele tirou o celular do ouvido e aproximou-se do monitor – Eles... Estão brilhando? – Um pensamento que o amedrontou tomou conta de sua mente, no mesmo instante Órion saiu correndo da sala deixando cair tanto a última fatia da pizza quanto seu iPhone.

- ONDE ESTÃO OS REFÉNS? – O jovem gritava desesperadamente para os alunos loucos que estavam a espera da morte dos detetives e suas amigas.

- Estão lá dentro, Órion – Respondeu o adolescente que antes o tinha informado sobre as ligações de Daniel a polícia – Não tiramos os olhos deles nem por um segundo, apesar de que a sala está escura. Não tem como eles saírem...

- Idiota, saia da frente! – E tirando seu informante do caminho Órion sacou um revolver de seu bolso e deu um tiro na maçaneta da porta.

Assim que adentrou a sala o rapaz pôde ver que assim como tinha visto na sala de vídeo os quatro reféns estavam todos sentados no canto da sala próximos as janelas, a sala continuava escura, mas era possível vê-los com clareza, clareza até demais.

Ele aproximou-se das janelas e pôde ver que tinha uma imensa corda que levava até o chão onde se encontravam dois estudantes caídos, provavelmente golpeados com um certo taco de beisebol.

- Órion? O que foi que houve? – Perguntou o mesmo informante de agora a pouco.

- O que foi que houve?... O QUE FOI QUE HOUVE? – A pele do traidor já estava no tom de seus cabelos.

Órion chegou junto ao projetor e ao notebook que estava junto ao mesmo no outro lado da sala recostados sobre uma mesa de madeira, no notebook apenas existia um cartão de memória embutido e em sua tela era possível se ver uma foto de quatro jovens bem familiares no canto dessa sala.

Por fim Órion acendeu a luz e viu que aquilo, que os quatro que estavam do outro lado da sala não passavam de uma imagem do projetor.

- PORCARIA, MERDA! – Praguejava o jovem – VOU MATÁ-LOS UM POR UM!

Os quatro amigos fugiram.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Poxa, ninguém morreu, quase não teve sangue nesse capítulo (só o das algemas) gostei disso não T.T
Pois bem, vamos ver o que eu vou colocar no próximo capítulo kkkkkkkkkk
Deixem seus comentários pessoas, nem que seja só umzinho, quero mais que isso não, por favor, vai kkkk
Até semana que vem. ^^



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