I Love To Love You escrita por Senhorita Jackson


Capítulo 64
Desfecho Final


Notas iniciais do capítulo

Depois de tantos anos me encontro com um email desse site e relembrei dessas histórias que fizeram parte da minha infância, sou grata por quem já acompanhou e acompanha até hoje. Foi por meio delas que descobri meu amor pela escrita. Um dia quero reescrevê-las, baseando na minha maturidade atual. Espero que eu tenha feito vocês sorrirem por meio de Percy e Annabeth e de toda sua turma, eu me diverti muito a escrevendo e senti a obrigação de finalizá-la, já que foi tão importante para mim.
Obrigada pelos momentos, pelos comentários, pelo incentivo. Vocês fizeram parte da minha história.



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''Se minha vida vai significar algo, eu tenho que ser o único a viver isso.''

~Percy Jackson~

 

1 minuto.

60 segundos restantes.

Em 360 dias eu vivi tudo, eu fui tudo.

Intensa, essa a palavra que me descreveria nesse ano que esta nos deixando.

Chorei, sorri, surtei, me perdi, me decepcionei, rir, brinquei, me diverti, me surpreendi, tive medo, me arrependi, aprendi, me encontrei e amei... Amei muito, amei intensamente e descobri o quanto é gostoso amar.

Me entreguei de todas as formas a esse ano que, com certeza ficará para sempre em minha memória, talvez com o tempo suas lembranças vão ficando mais vagas, mas ele nunca sumiria, pois foi o ano marcado pela minha prisão, mas também pela minha liberdade.

Sinto braços me envolvendo pela cintura e fecho meus olhos me deliciando com aquela sensação que foi desconhecida por mim por muito tempo, eu estava em paz, estava em segurança, estava nos braços do homem que tanto amava.

— Pensando em que Sabidinha? – perguntou Percy me virando e beijando minha testa. Eu coloquei a mão em seu rosto, lembrando de cada ponto onde os antigos hematomas ficavam, todos haviam desaparecidos. Seus olhos fecharam com meu toque e um sorriso brincou em meus lábios.

— Em tudo que vivemos nesse ano – respondi – Você foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido.

Percy sorriu e me encarou, por um momento permitir me perder naquela imensidão verde que fazia minhas pernas tremerem e pelo brilho dos seus olhos, eu tinha a certeza que tinha o mesmo efeito sob ele.

— Eu sabia que você nunca me odiou de verdade – meu moreno brincou – Eu sou irresistível.

— E convencido – revirei meus olhos rindo – E chato, e irritante, e mimado, e...

Percy me beijou e eu me derreti. Nossas línguas dançavam de uma forma gostosa. O puxei pelo cabelo, que agora estava curto, para aprofundarmos enquanto o mesmo colava mais nossos corpos.

A água batia nos nossos pés, os fogos explodiam no céu, nossos amigos gritavam a nossa volta, havia uma música tocando, pessoas comemoravam a chegada do novo ano e tudo que me importava era estar viva nos braços do meu homem.

00h00...

— Feliz recomeço minha Sabidinha – Percy desejou ao terminamos o beijo e me encheu de selinhos.

— Feliz recomeço meu Cabeça de Alga.

E pulamos no mar. Eu, Percy, Rafa, Katie, John, Silena, Charles. Eu estava em casa, com minha família, com quem eu amava, com quem me amava e estava feliz.

 

QUATRO ANOS MAIS TARDE

— Anda Annie – Percy me apressava – Vamos nos atrasar.

Coloquei o dedo do meio para ele enquanto terminava de escovar os dentes.

— Se você não tivesse demorado no banheiro, eu já estaria pronta – falei colocando meu boné que meu pai havia me dado anos atrás.

— Eu estava com dor de barriga – falou – Culpa daquele bolo que você fez ontem.

— Percy, bolo de chocolate só é de chocolate se tiver muito chocolate. Não mandei você exagerar.

Ele apenas revirou os olhos e me puxou para fora de casa. Tinha acabado de tomar e banho e estava suando mesmo com as roupas frescas que havia colocado, mas eu nunca ia reclamar, amava a Califórnia.

Sim, eu e Percy estávamos morando juntos na Califórnia cerca de três anos, quando passamos na Universidade de Stanford. Eu cursava arquitetura e ele biologia. Havíamos conseguindo estágio remunerado já no primeiro ano pelo nossos destaques nas atividades que envolviam os cursos e com o dinheiro conseguíamos nos sustentar sem precisar da ajuda de nossos pais.

Falando neles, depois de tudo o que aconteceu, Atena e Poseidon foram ficando cada vez mais próximos, porém desenvolveram uma linda amizade. Não se sentiam confortáveis para um relacionamento, então optaram por serem amigos e tem funcionado bastante.

— Finalmente chegaram – Rafael gritou agitando as mãos. Ele estava nervoso, suando e inquieto – Eu acho que vou enfartar.

Eu rir e o abracei forte.

— Vai ocorrer tudo bem Rafa.

Percy o cumprimentou com um toque. Para meu alívio, eles haviam se tornado grandes amigos.

— Deixa pra enfartar depois – brincou o moreno – Katie nunca te perdoaria por perder esse momento, mesmo por um risco de vida.

Nós três rimos. Estávamos no hospital, mas não é o que vocês estão pensando. Graças aos deuses, estamos todos bem. Rafa e Katie também passaram em Stanford, ele em medicina e ela em nutrição.

Quanto ao resto da galera, apesar de ter apenas vinte anos, John se casou com uma antiga vizinha e continua em São Francisco, abriu uma oficina de motos e é destaque na cidade.

Charles e Silena estavam na França, minha amiga cursava moda, não tinha como não seguir essa profissão e seu namorado passou em Engenharia Mecânica.

Luke virou um skatista profissional, vez ou outra o via dando entrevistas junto a Thalia, que agora era sua noiva e assessora. Ele sempre lembrava de mim e isso aquecia meu coração. Mantemos contato frequente.

Nunca mais tive noticias de Nico, mas espero de verdade que esteja bem e saiba que eu o perdoei, éramos imaturos naquela época.

Melissa ainda continua presa e eu espero que ela apodreça por lá mesmo.

E voltando para Rafael e Katie, bom....

Eles vão ser papais e Katie estava agora mesmo em trabalho de parto. Eu surtei quando soube, não conseguia me aguentar de felicidade ver e acompanhar meu melhor amigo formar uma família.

— Rafael – chamou o médico e vi a cor do meu amigo desaparecer – Me acompanhe por favor, Katie esta sendo preparada para o parto.

Ele assentiu e nos encarou, respirou fundo e acompanhou o médico enquanto eu e Percy ficamos na recepção aguardando.

— Eu acho que no meio do parto é Rafael que vai ser socorrido – eu  rir com o comentário do meu moreno.

— Não sei o que você está falando, provavelmente teria a mesma reação.

Ele deu de ombros e me abraçou.

— Quer pagar pra ver?

Eu rir e o beijei.

— Daqui uns anos quem sabe.

E ficamos aguardando por algumas horas ate meu amigo chegar vestido com um macacão de hospital verde, touca e mascara.

— Nasceu – disse chorando e não pude evitar minha emoção – Querem ver meu filho?

Era um pacotinho de amor, estava nos braços de Katie, todo enrolado nas cobertinhas.

— Cheguem mais perto – ela pediu, sua aparência estava cansada, mas não parava de sorrir. Rafael pegou o bebê e colocou em meus braços e não pude conter, minhas lágrima desciam sem controle.

Eu estava tão feliz por eles, estava tão feliz por aquele serzinho, já o amava demais. Percy segurava sua mãozinha, o olhando admirado.

— Vai crescer um meninão forte e bonito igual o dindo aqui.

— Ah Noah, vou te ensinar a andar de skate, a jogar pipoca nos outros quando formos ao cinema, a quebrar a cara de quem mexer com você – Rafael riu.

— Por favor Annabeth – falou – Não nos faça arrepender de ter os chamado para apadrinhá-lo.

— Pode ficar tranquilo Rafa, um de nós tem juízo – Percy brincou fingindo da um tapa na minha cabeça.

Eles sabiam que eu estava brincando, pelo menos em algumas partes. Eu ia amar e proteger aquela criança como se fosse minha e sei que Percy também, afinal éramos os padrinhos. Fizemos vídeo chamada com o restante do pessoal, que estavam organizando para nos visitar e ficamos o resto do horário de visita conversando e admirando nosso Noah.

Na volta para casa, ligamos para minha mãe e Poseidon, contamos as novidades e como estava indo. Atena tinha pegado projetos grandes e de gente bem sucedida para fazer e seu nome já repercutia positivamente na cidade, ela também me ajudava quando surgia alguma dificuldade nos estágios e nas matérias e eu amava nossa conexão, minha mãe virou minha melhor amiga, eu contava tudo o que acontecia, assim como ela me contava.

Ela também estava trabalhando em um projeto de Poseidon, que seria a abertura de um Aquário em Nova York, Percy pirou quando soube. Estava indo tudo bem e eu agradecia todos os dias por isso.

Em uma sexta-feira a noite, eu estava chegando do estágio. Só queria tomar um banho e aproveitar meu namorado, estava tão cansada, tinha acabado de passar por uma semana de provas intensas, finalizei um projeto de uma construção de um shopping e iniciei outro. Estava torrada quando cheguei ao prédio que ficava nosso apartamento.

— Boa noite Senhor Jones – ele era o porteiro do prédio, tinha aproximadamente quarenta anos e era um amor de pessoa. Senhor Jones se aproximou sorrindo com um buquê lindo de rosas brancas.

— Boa noite Senhorita Chase – ele cumprimentou me estendendo o buquê, eu o olhei confusa – O Senhor Jackson pediu para lhe entregar.

Agradeci e peguei lendo o bilhete.

‘’Para minha ex-namorada, obrigada por tudo’’ PJ

Instantaneamente minhas mãos começaram a tremer e meus olhos se encheram de lágrimas, sinto meu coração palpitar forte e um nó se formar na minha garganta, o desespero toma conta e vou correndo para o elevador, tentando ligar para o Jackson. Ele não podia fazer isso comigo, não por meio do porteiro. Eu estava com tanta raiva e o babaca ainda não atendia o celular.

— Oi – falou após o terceiro toque da segunda ligação. Meu sangue ferveu.

— Oi? – cuspi – Eu vou esfregar essas flores na sua cara. Como você faz isso comigo Percy? Sem explicação e não foi homem pra terminar comigo olhando na minha cara? Você é um babaca...

E eu paralisei assim que abrir a porta do apartamento e o vi sorrindo no centro da sala. Todo o local estava decorado com flores brancas e vermelhas, havia um caminho de pétalas e velas espalhadas pela casa e essa era a única luz que iluminava o lugar, o deixando em um clima tão romântico.

Percy estava com uma roupa social, que marcava seus músculos que havia ganhado por ter se dedicado a musculação. Estava com um sorriso doce e brincalhão no rosto. A sua volta tinha feito um coração com as mesmas pétalas de rosas.

— O que é isso? – perguntei já chorando e desconfiada do que seria. Percy me chamou e eu fui até ele, guardando o celular.

— Ainda sou um babaca? – perguntou rindo e tentando em vão limpar minhas lágrimas. Eu escondi meu rosto em seu peito e o abracei forte.

— Quando li ex-namorada... – minha voz vacilou e se perdeu no meio de um soluço. Percy levantou meu queixo e segurou meu rosto com um sorriso que me fez derreter.

— Mas eu não quero você como namorada mais – e meu maxilar trancou. Percy me beijou delicadamente e se ajoelhou, pegando uma caixinha que estava em seu bolso.

Soltei o buque que segurava e levei as mãos a boca.

— Quero que você seja minha esposa Annabeth – pediu sorrindo – Quero passar o resto da minha vida ao seu lado, quero te proteger, te mimar, te amar. Quero chegar em casa todos os dias para te esperar ou para encontrar você me esperando. Quero me perder em seu corpo, em seu beijo. Quero escutar como foi seu dia e contar como foi o meu. Quero ser acolhido e te acolher nos momentos de angústia. Quero que seja minha para sempre. Topa viver essa aventura comigo?

E eu chorei me deliciando com aquelas palavras, chorei pela sorte de amar alguém que me ama da mesma forma, chorei por estar construindo algo concreto e duradouro como sempre quis. Lembrei do meu pai e senti no meu coração sua aprovação pela minha felicidade com aquele homem ajoelhado na minha frente.

— Eu topo Cabeça de Alga – falei entre o choro, ajoelhando e deixando ele colocar o anel no meu dedo e o beijar. Pulei em seu colo colocando nossas bocas.

— Eu te amo - e a sensação sempre era como se Percy dissesse pela primeira vez.

— Eu amo amar você.

E ali no meio da sala, com o cheiro das rosas e a luz de velas, nos entregamos. 

É... eu definitivamente estava em paz.


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Notas finais do capítulo

Depois de tantos anos me encontro com um email desse site e relembrei dessas histórias que fizeram parte da minha infância, sou grata por quem já acompanhou e acompanha até hoje. Foi por meio delas que descobri meu amor pela escrita. Um dia quero reescrevê-las, baseando na minha maturidade atual. Espero que eu tenha feito vocês sorrirem por meio de Percy e Annabeth e de toda sua turma, eu me diverti muito a escrevendo e senti a obrigação de finalizá-la, já que foi tão importante para mim.
Obrigada pelos momentos, pelos comentários, pelo incentivo. Vocês fizeram parte da minha história.



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