A minha vontade no momento em que Luke começou a correr atrás do meu namorado era matá-lo.

- Volta aqui, Perseu. – ele gritava no meio da Times Square chamando a atenção de alguns pedestres – Você come a minha prima e quer que fique por isso mesmo? – e o pior que além de dizer essas barbaridades, apontava para mim, deixando-me envergonhadíssima.

Em um dado momento, os dois passaram por mim, e eu acabei agarrando Luke pela camiseta, fazendo-o parar.

- Se você não parar essa ceninha agora, eu vou te matar. Você está entendendo? – perguntei ameaçadoramente e ele assentiu com um brilho nos olhos, este que eu julguei ser medo. – Ótimo.

Ao terminar, soltei sua camiseta e o empurrei, fazendo-o vacilar em alguns passos. Luke me olhou atordoado, mas em questão de segundos seu olhar refletia fúria.

- Ele te desvirtuou, e você não quer que eu dê um corretivo nele? – Luke perguntou, e eu assenti. – Mas Annabeth... – quando ele ia começar outra discussão, o interrompi.

- Sem mas. – disse ríspida, e completei – Ele não me desvirtuou, na verdade eu que forcei a barra. – disse na base dos sussurros, pois o resto do pessoal ainda estava do nosso lado, e ele não precisavam saber desse detalhe, na verdade ninguém precisava saber disso.

- VOCÊ O QUÊ? – Luke gritou e eu lhe dei um soco no ombro.

- É isso que você ouviu. – disse, e complementei - Sem contar que você não tem nada a ver com o que meu namorado e eu fazemos.

- Claro que tenho. Você é minha prima, e ele o meu melhor amigo. – ele apontou e eu revirei os olhos.

- Isso não te dá o direito de interferir nas nossas vidas. – retruquei e ele ficou quieto.

Luke desviou os olhos azuis piscina dos meus, e olhou por cima do meu ombro.

- E se ele te largar. Eu conheço os meninos Annabeth, eles conseguem o que querem e depois dão um pé na bunda das garotas. Acredite em mim. – Luke disse voltando seu olhar para mim.

- O Percy não é assim. – retruquei, e perguntei, mesmo que eu já soubesse a reposta – O que é que os garotos quererem?

Luke deu um sorriso malicioso, e respondeu:

- Comer. E foi isso que o Percy fez, ele te comeu. – os olhos do meu primo brilharam de forma divertida, e então eu soube que ele só queria me irritar, e que o motivo principal da nossa conversa já estava resolvido.

No entanto, Percy não percebera que seu melhor amigo estava tirando uma com a minha cara, e se colocou entre nós dois, fazendo-nos afastar um pouco.

- Ei, olha como você fala com ela. – Percy disse partindo em minha defesa – E para a sua informação eu não comi ninguém, eu fiz amor com ela. E isso, no meu ponto de vista, são coisas bem diferentes. – meu namorado disse, e eu quase me derreti ao ouvir suas palavras.

Luke intercalou seu olhar entre Percy e eu, e depois deu um sorriso.

- Eu espero que esteja falando a verdade, Perseu. – o loiro disse fazendo charme, e depois riu socando-o no braço de forma leve e brincalhona. – Me desculpem pelo surto, mas é estranho saber que a pessoa mais culta e pura que você conhece também faz certas coisas. – meu primo disse me fazendo corar, e Percy rir.

- Agora que já está tudo resolvido, eu espero que você não toque nunca mais nesse assunto. Entendeu? – perguntei e o loiro assentiu rindo.

Quando terminei de falar com o idiota do meu primo, me voltei para o resto do pessoal, que olhava tudo com um quê de divertimento no olhar.

- Já resolveram tudo? – Bianca perguntou me olhando maliciosa, fazendo-me revirar os olhos e menear a cabeça concordando.

- Nossa Lukito, eu não sabia que você era tão ciumento! – Silena exclamou surpresa, e eu a fuzilei com o olhar, já que a culpa de toda aquela cena ridícula fora por culpa dela, e a sua boca grande.

- Depois nos conversaremos, Silena. – avisei, e sorri macabramente ao vê-la encolher os ombros.

- Luke, você não tem que ser assim. – Nico disse colocando a mão no ombro do meu primo. – Veja-me como exemplo.

O Di Ângelo disse, e sua irmã o olhou franzindo o cenho:

- Você? Exemplo? – a menina perguntou incrédula, e o irmão revirou os olhos. 

- Claro, eu não surtei ao saber que ele e a Thalia se pegaram loucamente no quartinho da empregada do apartamento da Annabeth. – Nico disse, o que nos vez rir, e recebeu um soco de Thalia, na verdade foi um cruzado de esquerda que a morena executara com destreza.

- Cale a boca, seu idiota. – a morena rugiu, e apesar da sua expressão assassina, era possível perceber que ela estava envergonhada.

- Caramba, Thalia! – o moreno de olhos negros exclamou irritado, e com a mão na boca, exatamente, onde um filete de sangue descia por seu queixo.

A morena assustou-se com a força que desferiu no golpe e logo estava acudindo o primo, que praguejava algumas coisas, o que irritou Luke.

- Gostou mesmo dela, hein? – murmurei ao lado de Luke, que me olhou assustado.

- Está ficando louca, Annabeth? – ele perguntou tentando desviar do assunto, e eu o olhei, cética.

- Louca? Claro que não, só percebi que você está com ciúmes da Thalia. – respondi, e ele fechou a cara.

- Eu? Com ciúmes? – assenti, e ele riu baixo – Até parece que não me conhece, querida prima. – ele retrucou sarcástico e aquela foi a cartada final para eu saber que ele estava, sim, gostando da Thalia.

- Luke, eu nunca achei que viveria tempo suficiente para te ver gostando de alguém. – sussurrei provocando e ele riu sarcástico.

- Você acha mesmo que eu estou gostando dessa punk louca? – ele perguntou e eu assenti.

Luke fechou a cara e foi para o lado de Percy, este que estranhou, mas segundos depois engatava em uma conversa animada sobre um jogo de rodas para skates.

Nico logo conseguiu para o sangramento, e Thalia ainda se desculpava com o primo, quando Silena deu aquele assuntou por encerrado, e nos arrastou até a M&Ms.

O Di Ângelo, até se esqueceu que estava com a boca machucada, quando entrou na loja de doces, pois seus olhos brilhavam mais que os de uma criança em manhã de Natal.

- Thalia olha só esses tubos... – o rapaz disse impressionado, com tubos que rodeavam a loja e na boca deles, tinha milhares de chocolates coloridas.

Thalia que estava ao lado do primo, pulou nas costas do mesmo, e começou a guiá-lo nas sessões da loja, pegando tudo que conseguia, e o que não conseguia. Ao final, os dois tinham pacotes e mais pacotes de balas, chocolates, e outras guloseimas nos braços.

- Vocês vão comprar tudo isso? – Bianca perguntou receosa.

- Vamos. – Nico respondeu feliz, e Thalia assentiu ao seu lado.

- Como o dinheiro não é meu... – Bianca deu de ombros, e deixou que os dois passassem pra o caixa. – Só acho que eu vou me arrepender de deixar vocês comerem tanto açúcar.

Depois de cerca de uma hora e alguns minutos, nós estávamos saindo da loja, Nico e Thalia traziam em mãos milhares de sacolas, e em seus rostos tinham sorrisos enormes de satisfação.

- Acho que eu vou adorar conhecer Nova York. – Thalia disse colocando um Ray-ban preto no rosto, e sorrindo feito idiota.

- Esses seus amigos são bem loucos, não é mesmo? – Percy perguntou ao me abraçar por trás, e eu ri, apoiando minha cabeça em seu ombro,

- Só um pouquinho. Mas fique tranqüilo, pois eu lhe garanto que não é contagioso. – disse, e ele riu perto da minha orelha, me fazendo arrepiar.

- Aqui, eu comprei pra você. – ele disse e me deu uma trufa de chocolate branco recheada com morango.

- Obrigada! – exclamei feliz, e logo o papel que embrulhava a minha trufa estava no bolso do meu short, e minha boca já saboreava o doce do chocolate. – Quer provar? – perguntei de boca cheia, e Percy riu negando com a cabeça.

- Se bem que provar da sua boca, não me parece uma má ideia. – ele disse e me virou ainda em seus braços, para me beijar em seguida.

É claro, que não tinha quase nada nos meus lábios, além de resquícios de chocolate branco, mas aquele beijo foi com certeza, melhor que a trufa.

- Já podem para de se agarrar. – Luke disse tentando colocar a mão entre as nossas bocas.

- Luke, deixe-os em paz! – Silena ralhou, e o loiro a olhou com raiva.

- Claro que n... – antes de ele terminar eu olhei dele e logo depois para Thalia, e com uma ameaça no olhar ele se calou. – Já parei. – o loiro disse erguendo os braços como se rendesse.

Os primos Murray nos olharam desconfiados, mas logo deram de ombros, e voltaram a tagarelar o quanto Nova Iorque era moderna e grande, se comparada com Londres, que também era grande, mas um pouco mais histórica.

Chegamos rapidamente no Top Of The Rock, e foi interessante passar por lá. Tinha toda a história da música, desde o primeiro guitarrista aos inúmeros que conseguiram se consagrar, também tinham clássicos como Beatles, Guns n’ Roses, Led Zapellin e outras mais recentes como o Red Hot Chilli Peppers e algumas outras.

Acho que eu não preciso dizer que a Thalia e o Nico quase morreram ao ver tudo que o Top Of The Rock oferecia para os amantes do ritmo, se contar nas milhares de coisas que ele levaram da loja de suvenires.

Depois de passarmos no que Thalia e Nico queriam, passamos no Museu de Nova York, a pedido de Bianca, e meu.

- Isso é tão entediante. – Percy disse ao meu lado, enquanto observávamos uma esfinge da época grega.

- Se não está gostando, a porta da rua é a serventia do museu. – respondi, e fechei a cara, fazendo o bufar e ficar quieto.

Depois fomos a Broadway, e na Quinta Avenida, esta que fez Silena quase surtar e querer nos arrastar pelas milhares de lojas de marca da rua.

- Silena, dá um tempo. – Luke pediu, enquanto a garota saltitava de vitrine em vitrine.

- Pelo amor de Deus, podemos entrar nessa butique? – a minha prima perguntou com os olhos brilhando, por um segundo todos nós nos entreolhamos ponderando se deixaríamos ou não, e quase que em um concordo mútuo negamos com a cabeça, e a arrastamos de lá.

...

- Eu quero um Angus Deluxe e um Big Tasty acompanhados de duas porções de fritas e um refrigerante grande, Coca-cola de preferência.  – esse foi o pedido de Nico, depois que paramos em um Mc Donald’s a pedido do moreno.

- Nico, você tem certeza que é inglês? – perguntei fingindo-me de confusa, e Percy como o lerdo que é perguntou:

- Como assim? – embora eu tenha revirado os olhos, respondi com um sorriso:

- É que comer tanto fast food, é quase que uma cultura americana, Cabeça de Algas. – eu disse, e ele pareceu entender.

- Eu vou querer um Bic Mac, fritas e uma Coca-cola. – Percy pediu e logo voltou-se para mim – E você, quer o que?

- Um Quarteirão, fritas e uma Coca. – pedi, e a mulher continuar a anotar, os outros pedidos.

A única que não pediu nada, fora Silena, esta que fez uma careta quando Luke e Percy chegaram em nossa mesa com as bandejas e nossos pedidos.

- Como vocês conseguem comer isso? – a morena perguntou enojada para Nico, este que devorava o lanche como se não houvesse amanhã.

- Isso é muito bom. – o moreno de olhos negros respondeu, entre uma mordida e outra, fazendo com que minha prima revirasse os olhos.

- Bom, enquanto vocês comem gordura pura, eu irei até o Starbucks comprar um frapuccino e algum brownie. Já volto. – a garota disse e saiu saltitando e se misturando com os Yankees apressados que disputavam um centímetro qualquer da calçada.

Bianca que já tinha terminado o seu modesto Quarteirão olhava para o irmão como se o mesmo fosse um alienígena.

- Para onde vai tudo isso? – a morena perguntou, e o rapaz a olhou perguntando-se se ela estava falando com ele.

- Para esse meu tanquinho sarado. – o moreno respondeu e ergueu a camiseta, e mostrando um lindo tanquinho, na minha humilde opinião é claro.

- Nossa, Nico, suas atividades extras estão fazendo efeito, não é mesmo? – Thalia perguntou maliciosa, e deu uma piscadela nada discreta na direção do primo, este que corou envergonhado, fazendo-nos levar aquela frase em um sentido nada puro.

- Thalia! – Bianca ralhou, e a garota deu de ombros.

Luke que estava do meu lado fechou os punhos, e eu aposto que ele achou que Nico e Thalia tinham, ou tiveram algum relacionamento íntimo, na verdade intimo até demais.

- Calma. – eu disse perto da orelha dele, e ele me olhou vermelho.

- Eu estou calmo. – Luke afirmou, e voltou sua atenção para o seu Big Tasty.

Thalia que tinha se calado, começou a encarar Percy, este que estava alheio a tudo, pois olhava algo em seu celular.

- Percy, não é mesmo? – a morena perguntou interessada demais no meu namorado.

A Grace o encarava com uma curiosidade grande demais desde que nós saímos do Top Of the Rock, e para falar a verdade isso já estava começando a me irritar. E sim, eu estava com ciúmes.

- É, na verdade é Perseu, mas eu prefiro Percy. – meu namorado respondeu ao bloquear seu celular, e voltar seus lindos olhos verdes para a morena.

- Nós já nos conhecemos? – Thalia perguntou confusa, como se tentasse buscar alguma memória que a auxiliasse a descobrir que Percy era.

- Acho que não. Nunca sai dos Estados Unidos, e pelo que eu sei é a sua primeira vez em Nova York, então eu acho isso meio improvável. – meu namorado respondeu, e Thalia fechou a cara por não satisfazer sua curiosidade.

- Você conhece seu pai? Ou ele é alguém famoso? – a morena voltou a perguntar, e Percy riu seco.

A verdade era que Percy não conhecia seu pai, e ele odiava falar no assunto. Quando eu fui me intrometer na conversa, e encerrar o assunto, ele respondeu.

- Eu não conheço o meu pai, e nem tenho vontade. – ele respondeu curto e grosso.

- Desculpe. – Thalia pediu, pois era notável que aquele assunto era algo desconfortável para Percy.

- Tudo bem. – ele disse, e eu apertei a sua mão por debaixo da mesa, fazendo-o sorrir em minha direção. – É que você é muito parecido com alguém que eu conheço, só que eu não me lembro que é. – a morena disse fazendo certo esforço para tentar se lembrar com que Percy parecia. – Deixe quieto.

Percy deu de ombros, e terminou seu lanche.

Minutos depois do fim da conversa, Thalia arregala os olhos e olha de forma assustada para Percy, ele e os demais da mesa ficam sem entender nada.

- Desculpe a indiscrição, mas como é o nome da sua mãe? – ela perguntou e cutucou Bianca, para que ela prestasse atenção na resposta.

- Sally Jackson. Por quê?

Thalia arregalou os olhos estes que buscaram o olhar de Bianca, esta que encarava tudo de forma confusa e desconexa, ao perceber que sua prima não compartilhava dos mesmos pensamentos que ela, Thalia vestiu uma máscara de indiferença, e murmurou:

- Nada não, é que eu pensei que sua mãe fosse alguém famoso, só isso.

Aquela história estava muito mal contada, até porque Thalia sabia muito bem que Percy não tinha dinheiro, e eu sabia disto, pois fora eu mesma que contara o porquê de nosso namoro ser algo proibido. No entanto, eu deixaria para tirar satisfações em outro momento, até porque este já estava incomodo demais.

E pelo visto Silena tinha o timming perfeito, já que assim que Thalia fechou a boca, a morena entrou no Mc Donald’s com Beckendorf ao seu lado.

- Olha quem eu encontrei! – a morena exclamou feliz, e entrelaçando seu braço ao do namorado.

- Oi, gente. – Charles disse, e nós acenamos para cumprimentá-lo.

- Quer comer? – perguntei e ele negou, dizendo que tinha acabado de almoçar com o pai.

- Já foram em muitos lugares? – o moreno perguntou sentando-se, e fazendo com que Silena sentasse em seu colo, para poder assim desfrutar de seu brownie e seu frappucino.

Logo todos começamos a falar ao mesmo tempo, tentando contar aonde fomos, e onde deixamos de ir, e acabou virando uma verdadeira bagunça.

- Ei, calam gente. Eu já entendi que vocês foram a muitos lugares. – Beckendorf disse rindo, e todos se calaram terminando de comer. – E pelo visto ainda falta passar no Empire State e na Estátua da Liberdade, o que me dizem?

Todos começaram a falar ao mesmo tempo, um dizendo que queria ir ao Empire State primeiro, e outro na Estátua da Liberdade, como eu.

Acabamos que decidimos tudo por votação e como o Empire State estava mais próximo optamos por ele primeiro, depois disso a Estátua da Liberdade, e depois iríamos embora. Saímos de uma das filiais do maior fast food dos EUA, e nos encaminhamos até o enorme prédio que era ponto turístico da Big Apple.

A vista do ponto de observação era a coisa mais linda que eu já tinha vista, ou pelo menos entrava na lista das dez mais...

Enquanto, Nico, Thalia, e Luke disputavam um observador, Silena e Bianca conversavam sobre a vista, e Beckendorf usava um dos observadores.

Já Percy e eu nos afastamos um pouco, e admiramos o inicio do pôr-do-sol, este que demoraria um pouco até se findar.

- Aqui é lindo, não é? – Percy perguntou perto da minha orelha, e eu assenti. – Queria poder ficar com você aqui, para sempre. – o meu moreno disse, e depositou um beijo discreto no meu ombro.

- Então, sinta-se lisonjeado, pois eu permito. – respondi virando-me para ele, que tinha um lindo sorriso no rosto.

- O que será que a sua amiga... A Thalia queria? – Percy perguntou com uma covinha de confusão surgindo acima de sua sobrancelha esquerda.

Eu não sabia o que responder, então optei por despreocupá-lo, e dizer que não devia ser nada demais, no entanto, eu tiraria essa história a limpo, e seria ainda hoje.

- Ela teve ter te achado parecido com alguém, como ela, mesmo falou. – respondi, enquanto passava o dedo pela covinha em sua sobrancelha.

Percy sorriu, e ameaçou me beijar, só que no último segundo, ele virou os rosto me fazendo beijá-lo na bochecha. Ele riu, e voltou a se aproximar, e pela segunda vez desviou os rosto, me deixando nervosa. Na terceira vez, eu o encarei séria, e ele percebeu que eu estava com raiva, pois deu um beijo e minha bochecha, depois em minha testa, e na ponta do meu nariz, me fazendo rir.

- Você é um idiota. – eu disse, e ele riu.

- Achei que soubesse disso desde o começo. – ele respondeu, e eu joguei minha cabeça para trás, rindo.

- Eu sabia, só que eu achei que com a convivência eu te deixasse mais inteligente. – Percy me olhou com falsa ofensa, e eu ri.

- Para de rir de mim. – ele pediu, mas eu não acatei. Então ele optou por me parar com um beijo.

Sabe, a coisa que eu nunca me cansaria de fazer era beijá-lo, a sensação que eu tinha quando seus lábios encostavam no meu era que eu, finalmente, tinha chegado em casa, que ali era o meu lugar.

Quando nós separamos, ele sussurrou;

- Eu te amo.

O meu sorriso não poderia ser mais bobo.

- Eu também te amo. – respondi e ele sorriu me dando um selinho.

Algumas pessoas diriam que somos muitos melosos, e coisas parecidas, no entanto eu lhe garanto, que se convivêssemos mais viveríamos em pé de guerra, igual no dia em que nos conhecemos.

- Hey, pombinhos. – ouvi a voz de Thalia longe. – Hora de irmos.

Percy me soltou e segurou a minha mão, fazendo com que caminhássemos até os elevadores.

Enquanto, estávamos nele o celular de Peercy tocou, e como eu estava do lado dele, vi que a minha querida sogrinha estava ligando.

- Alô, mãe? – ele disse, e Sally respondeu – Está bem, eu já estou indo.

Quando ele falou isso, me deu uma vontade imensa de abraçá-lo e não deixá-lo e eu sabia que essa súbita vontade se dava ao fato de que eu ficaria mais alguns dias sem vê-lo, pelo menos até os meus pais viajarem de novo.

Percy desligou o celular e voltou-se para mim, direcionando-me um sorriso triste.

- Minha mãe acabou de chegar de viagem com o Paul, e parece que tem alguns parasitas procurando pela minha ilustre pessoa. – ele disse me fazendo rir.

- Posso saber quem são esses parasitas? – perguntei, mesmo sabendo a resposta..

- Uns idiotas chamados Travis e Connor Stoll. Conhece? – ele perguntou e Luke riu ao nosso lado.

- Aposto que eles querem te meter em encrenca. – meu primo disse e eu assenti com a cabeça.

- Acho que dessa vez não. - Percy disse, e eu arquei a sobrancelha para que ele continuasse – Daqui uma semana é o aniversário da Rachel, e a gente ‘tá bolando uma festa surpresa pra ela.

Rachel E. Dare, essa menina me causou muita dor de cabeça no inicio do meu relacionamento com Percy, já que eu podia jurar de pés juntos que ela gostava dele, só que com o tempo eu percebi que a relação deles era totalmente fraternal, era como se o Percy fosse o irmão mais velho que ela nunca teve e ela a irmã mais nova dele.

- Estamos convidados? – perguntei englobando Luke ao convite.

- Se conseguirem ir, estão.

- Vou fazer de tudo para ir ver a Rach. – Luke disse, e eu posso jurar que Thalia se remexeu desconfortável, e eu percebi que aquela história ia dar muito que falar.

Luke já ficara uma vez com a Rachel, mas nada muito sério só para curtição mesmo, e quando os dois acompanhavam Percy e eu em alguns encontros acabavam conversando e acabaram por se tornar grandes amigos, nada, além disso.

- Bom, então eu espero vê-los lá. – Percy disse, enquanto descíamos do elevador e andávamos até a calçada. – Eu vou indo, Sabidinha. – Percy disse e me abraçou, ficamos assim por alguns longos segundos.

- Nos vemos daqui três dias. Pode ser? – perguntei e ele assentiu.

Ele me beijou, e se afastou com selinhos.

- Te amo.

- Eu também te amo. – respondi e ele se afastou de vez para se despedir dos outros.

- Nico, Bianca, Thalia foi um prazer conhecê-los espero que possamos nos ver mais vezes, talvez quando vocês voltarem. – Percy disse apertando a mão de Nico e beijando a bochecha das meninas.

- Ou quando você for a Londres. – Thalia murmurou e eu ouvi franzindo o cenho.

- Tchau Beckendorf, Silena e Luke nos vemos amanhã? – ele apertou a mão de Beckendorf e bateu-lhe nas costas, igual a cumprimentos masculinos, deu um beijo no rosto de Silena e se voltou para o meu primo que assentiu e se despediu comum toque semelhante ao de Charles.

Percy voltou-se para mim, me deu outro selinho e partiu, para minutos depois sumir entre os milhares de nova-iorquino que corriam pelas calçadas pavimentadas.

Enquanto, o via se afastar uma sensação estranha começou a tomar conta do meu corpo. Uma sensação estranha e desconfortável, como se tivesse algo ou alguém me observando. E para eliminar essa paranóia, me obriguei a vasculhar um rosto conhecido, e para o meu alivio e desespero não encontrei ninguém.

- Podemos ir? – Nico perguntou, e os outros assentiram começando a caminhar em direção a Estátua da Liberdade.

Enquanto andávamos, Thalia queixou-se de cansaço e Nico ofereceu-se para carregá-la e a morena não reclamou. Durante o percurso, os dois brincavam e gargalhavam de alguma coisa que o Di Ângelo contava, e isso estava deixando meu primo possesso de ciúmes.

- Está tudo bem? – perguntei e Luke fechou a cara.

- Está tão na cara que eles têm alguma coisa. – ele respondeu amargo, e parece que tinha se cansado de se fingir de desinteressado.

Bianca que estava um pouco na nossa frente, se virou e disse:

- Pode ficar tranqüilo, os dois são como dois irmãos, e eu lhe garanto que o mundo acabará caso um deles cogite a possibilidade que algo a mais que amizade.

Luke pareceu ponderar, e logo seus músculos relaxaram, deixando-o dar um pequeno sorriso de lado.

Estava tudo muito bem, até aquele final de semana.