O Plágio De Uma Bela Melodia escrita por Lilo Lut, Chiharo Sasaki


Capítulo 24
Capítulo 24




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20/02 – Sábado – Luke  - Festa do JIUR

            Fiquei esperando Cecília chegar com o remedio e Angelina chegar com Alice, estava realmente me sentindo mal, com muita febre, então me deitei, pois não conseguia ficar em pé mais de cinco segundo e já ficava tonto. Estava super mal, mas tinha três dias para melhorar, tinha jogo na segunda e eu não podia faltar.

            Como eu sentia uma sensação estranha, era de alegria, pois estava claro em minha cabeça que a garota que eu tanto admirava se importava comigo. Não podia ser, a vida estava de brincadeira comigo, eu me pegara novamente pensando nela. Isso não podia acontecer comigo, tinha me prometido nunca mais pensar em outra garota, da ultima vez não tinha me dei bem. Mas ela era diferente, isso era o que meu consciente dizia, e eu não sabia se podia acreditar nele, mas acreditava. Perdido em meus pensamentos, demorei pra perceber que batiam na porta, quando abri, vi minha amiga e sua companheira de quarto, Angelina. Alice entrou no meu quarto com uma cara preocupada:

            - Você está se sentindo bem? Desde quando você ta assim?

            - Começou hoje de manhã, mas eu achei que era apenas sono, fui dormir um pouco e acordei assim.

            - Você  já tomou algum remédio?

            - Cecília foi buscar um pra mim, mas ela ta demorando tanto.

            - Bom, ela não é exatamente a pessoa mais organizada do mundo, então ela deve está perdida entre suas coisas.

            Alice entra no quarto mas pedi para a ruiva sair, Angelina se recusa:

            - Não vou embora, aquela louca vai se aproveitar dele.

            - Angelina, o que você tem na cabeça? Vento? - perguntou Alice, como sempre sem paciencia alguma - Ela não vai fazer nada com ele.

            - Lógico que vai, vai dopa-lo e depois sabe lá Deus o que ela vai fazer, com essa história de que vai pegar remédio pra febre, ela vai é pegar tranquilizante.

            - Garota não viaja, - eu praticamente gritei com ela - você não está me ajudando em nada.

             - É Angelina, você poderia para de gritar um pouco e deixar o Luke descansar em paz!

            Quando a garota descontrolada pela desconfiança sai do meu quarto, a garota que me tirava do controle, no bom sentido, entra com o remédio prometido na mão. Alice fecha a porta e tranca com chave, eu, me sentindo mais aliviado, tomei o remédio e deitei novamente:

            - Valeu gente, eu espero melhorar logo.

            - E vai, esse remédio é ótimo, você só precisa descansar. - disse Cecília, ela sorria pra mim, e acho que era o que tava me fazendo relaxar, ainda bem que ela não podia ler meus pensamentos, iria achar que era um louco.

            - O que teu irmão ta fazendo aqui Luke? - perguntou Alice

            - O Justino que convidou ele pra festa. - respondi.

            - Aquele garoto que está com o Justino é teu irmão? Ele é tão bonitinho.- disse Cecília, me senti um pouco desconfortável com esse comentário, ela esta falando do meu irmão na minha frete, então percebi que estava sentindo uma pontinha de ciúmes        

            - Pois é, mas você já viu o jeitinho dele? - falou Alice, ela não perdia a oportunidade de dizer que meu irmão seguia a mesma "tribo" que o dela.- Eu desconfio que ele e o Justino formem um casal.

            - Cala a boca Alice! - disse - Meu irmão não é gay, ele só é tímido demais.

            - Isso é o que você pensa, se bem que ele também não demonstra.

            - Ai mentira né! - Cecília parecia decepcionada - não acredito que ele é gay também.

            - Já visse os amigos dele, começando que ele só tem amiga mulher, os que são homens só são na teoria.- nossa como eu queria fechar a matraca de Alice.

            - Teu irmão é um exemplo disso, né? - disse por vingança - tu bem que podia namorar ele pra vê se ele perde aquele jeito dele.

            - Eu não, ia ser muito estranho, ele é teu irmão, mas Cecília poderia namorá-lo, eles combinam, bem calminhos, envergonhados.

            "Não, ela não", minha vontade era de gritar isso, mas não podia fazer, então arrumei outra desculpa.

            - É melhor não, nenhuma das duas, ia ser estranho demais.

            Por mais que nós achássemos que estavamos realmente sozinho, Angelina atrapalha nossa conversa batendo na porta:

            - Poe que vocês trancaram a porta? O que vocês estão fazendo?

            - Ah! Eu vou dar um jeito nela - disse Alice e saiu do quarto para fazer com que Angelina fosse embora, Mas o clima realmente ficou estranho, pois eu estava sozinho no meu quarto com uma garota e não conseguia pronunciar uma palavra sequer. Ainda por cima sendo quem ela era.

             Passamos alguns minutos nos olhando até ela abaixar a cabeça e começar a falar:

            - Essa garota gosta mesmo de você.

            - Quem? Angelina?- fiquei totalmente sem graça - Não, isso é só pra imitar as outras, ela só faz tudo isso porque todas as garotas fazem, se ninguém me achasse bonito, você acha que ela gostaria de mim?

            - Nunca se sabe né.

            Finalmente Alice entrou novamente no quarto, fiquei aliviado e ao mesmo tempo triste, poderia ter aproveitado a situação pra poder conversar melhor, mas as palavras travaram de uma maneira incrível.

             - Voltei, - disse minha amiga ao atravessar a porta - tive tranca-la no quarto.

            - Foi preciso fazer isso? Ela vai ficar com raiva - riu Cecília.

            - Vai nada, ela mereceu - respondi, imaginado o argumento usado pra fazer ela entrar no quarto sem perceber que ficaria lá trancada.

            Conversamos sobre muitas coisas naquela noite, contei praticamente toda minha vida e acabei conhecendo um pouco mais da linda boneca. Isso, era assim que a chamava todas as vezes que pensava nela. Depois de muita conversa, resolvi dormir, as garotas foram embora e eu voltei aos meus pensamentos, quem sabe um dia  eu possa compartilha-los com alguem.

            


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