Broken - Season 1 escrita por Stéfane Franco


Capítulo 13
Capítulo 12 – Uncontrolled


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o próximo, espero que gostem!!



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– Regina –


– Sim?

– Oi mãe...

– Henry! Você não deveria estar estudando agora? Sabe que tem provas amanhã...

– Sim, mas é que...

– Por que está sussurando? Aconteceu alguma coisa? Sua voz está estranha...

– É a Belle. Nós estávamos na cozinha comendo um lanche, quando, do nada, começou a chorar e a falar alto, imediatamente me mandou subir e me trancar no quarto. Ela etá descontrolada de novo, mas agora é diferente... está jogando tudo que vê pela frente, sem contar os gritos, cheguei a pensar que estava sentindo dor, mas quando desci, vi que seus olhos estão estranhos... e parece que está com muita raiva... Voltei correndo para o meu quarto e ela ficou lá embaixo. Você precisa vir aqui... O Hook esteve aqui, eles discutiram e foi arremessado pela janela....

– Estou indo pra casa agora, não saia do seu quarto, está me ouvindo?

– Sim.

“Os olhos dela estão estranhos... e parece que está com muita raiva...” Está acontecendo de novo.

Isso já se tornou rotina, preciso fazer algo...

–----------------

Chegando em casa, vi a magnitude de seu descontrole. A porta estava aberta, o hall todo bagunçado, sinais de luta recente nas escadas. Com medo, me dirigi à cozinha. Henry tinha razão, estava tudo revirado, os pratos e todos os objetos de vidro cobriam o chão, fazendo-o cintilar.

– Belle?

Sentada em um canto da cozinha, atrás do balcão, Belle chorava. Estava encolhida, seus braços agarrandos firmemente em suas pernas, e o cabelo, totalmente bagunçado.

– Oh meu Deus, Belle! Você está bem? O que aconteceu??

Imediatamente sentei-me a seu lado, segurando seu rosto. A imagem a seguir cortou meu coraçao: seus os olhos estavam inchados e vermelhos de tanto chorar, em seu rosto perfeitamente pálido, mostrava arranhões. Suas mãos estavam úmidas, e então percebi: estavam sangrando... Um impulso tomou conta de mim, e lágrimas brotaram de meus olhos.

– Belle, o que você fez???? – minha voz chegou a falhar...

– M-m-me desculp-p-pe, por favor, me desculpe!

– Shhh, acalme-se por favor, acalme-se...

Seu rosto pousou em meus ombros, e seus braços passaram por meu pescoço, abraçando-me fortemente, como se fosse cair a qualquer momento. Não estava preparada por isso, Belle se descontrolava às vezes, mas nunca chegou a esse ponto, não sabia o que fazer! Como posso ajudá-la se não consigo ao menos controlar a mim mesma??

– Belle, vamos, tente se levantar, precisamos sair dessa cozinha...vou te levar pa...

– Não!!

– Belle...

– Por favor Regina, não me leve para o quarto, sempre que deito tenho pesadelos, por favor, não me deixe sozinha, fique aqui comigo, por favor... – seu choro conpulsivo recomeçara, me desarmando totalmente.

– Shhh, não se preocupe Belle, vou ficar com você, por favor, me deixe te ajudar...

– Me sinto perdida e sozinha, não consigo nem pensar direito, tem vozes dentro da minha cabeça... p-p-por favor, m-m-me de-de-desculpe...

– Se acalme Belle, você não está sozinha, nunca vou abandoná-la, por favor, se acalme...

Então, num ato de cumplicidade total, nos abraçamos novamente. Eu fazia carinho nos cachos bagunçados de Belle, que tremia em meus braços, soluçava e chorava cada vez mais. Já não conseguia aguentar, lágrimas caiam incessantemente pelo meu rosto.

–---------------------

– Henry –

Henry já não ouvia gritos ou barulhos, sua esperança de que a mãe tivesse chegado aumentaram, dando então confiança de descer e verificar. Quando chegou à porta da cozinha, presenciou uma cena que nunca imaginava assistir: Belle e Regina choravam sem parar, abraçadas, em um canto da cozinha, que fora coberta por cacos de vidro e demais objetos da casa... quando viu uma mancha de sangue nos braços de sua mãe, se desesperou... precisava pedir ajuda...

Saiu correndo da mansão, procurava por alguém capaz de ajudá-las, mas quem? Emma? Snow ou Charming? Não, eles nunca conseguiriam contornar a situação... Claro! Como não pensei nisso antes? Ele pode me ajudar!

Decidido, seguiu para a rua principal, entrando tempestuosamente pela porta.

– Sr Gold!! – o ar lhe faltava, suas palavras quase não saiam...

Após alguns segundos, Gold apareceu, com Neal logo atrás...

– Hey Kid, o que aconteceu para você entrar na loja assim? Não sabia que era tão elétrico...

– Você parece assustado Henry, o que aconteceu? – cortou Gold.

– É a Belle e minha mãe, estou muito assustado, vocês precisam me ajudar!!

– Belle? O que houve com ela? – a preocupação tomou conta de seu rosto.

– Ela se descontrolou novamente hoje, mas de uma forma muito agressiva, nunca fez isso! Ela quebrou tudo que encontrava pela frente, gritava e até arremessou o Hook pela janela... Liguei para minha mãe voltar pra casa, o que aparentemente resolveu. Quando o barulho finalmente parou, desci... e fiquei muito assustado com o que vi...

– O que você viu? – dessa vez era Neal que perguntava.

– A cozinha está coberta de cacos de vidro, além de outros objetos que foram arremessados ao chão...os armários destruídos! Encontrei as duas sentadas no chão, chorando muito, abraçadas, e o braço da minha mãe está manchado de sangue... O senhor é o único que pode me ajudar, por favor!

– Neal, feche a loja. Vamos Henry.

– Nem pensar, vou com vocês. – disse Neal, fechando a porta atrás de si e seguindo-os - Eu não sabia que a Emma era próxima da Belle....

– Emma?

– Sim, você não disse que sua mãe estava em apuros?

– Sim, mas não é ela, é a outra

– Outra?

– É a mãe adotiva dele. – respondeu Gold, se aproximando cada vez mais da casa...

– Neal –

Após alguns minutos, estávamos em frente a uma enorme mansão...

– Wow! Você mora aqui???

– Sim...

– Henry, você deixou a porta escancarada assim? – perguntou meu pai

– Não..eu me lembro de ter fechado, que estranho... – respondeu Henry, guiando-nos porta adentro.

O hall de entrada estava destuído... o espelho em pedaços, era como se um furacão tivesse passado naquele lugar.

Belle, stop! – gritou uma voz quase rouca, seguida por um grito abafado..

Corremos na direção da voz, e encontramos uma moça loira, de costas, segurando outra morena pela garganta. Esta, prensada na parede, mantinha os olhos fechados, chorando incessantemente.

Como ela consegue manter uma mulher presa pela garganta com apenas uma mão??

Mom!! – gritou Henry, atraindo a atenção das duas.

Ao mesmo tempo que a mulher de cabelos negros e lindos olhos úmidos nos dirigiu a atenção, a moça loira, Belle, nos lançou um olhar assustador.

– He-Hen-Henry, s... – tentou dizer a morena, que estava a centímetros do chão. Sua voz não passava de um pequeno ruído, parecia não ter forças para algo mais.

– Não, Belle, para! Solta ela!! – gritou Henry, assustado.

– Belle, larga ela, não faça isso. – disse meu pai, que, apesar do aparente nervosismo, tentava passar clareza.

Belle, lo-o-ook at me, please, d-don’t do this, please...

– Belle, se você não soltá-la, terei que usar da magia para te parar. – era óbvio que ele poderia fazer isso, mas algo em sua voz me dizia que ele não o faria...

– NÃO!

– Regina...? - Um olhar de incompreensão passou pelo rosto dele.

S-she’s still my s-s-sister... – expressou-se a mulher, ainda chorando.

Pela primeira vez, Belle pareceu...confusa.

– Belle, please...

Belle pareceu voltar a si, pois seus olhos se arregalaram, de surpresa, a mão recuou, fazendo com que Regina desabasse à sua frente. Uma onda de alívio percorreu a cozinha, e Belle, desesperada, jogou-se ao seu lado.

– Regina, oh meu Deus, Regina... Me desculpe, por favor, eu não queria, eu..

– Fique calma Belle, está tudo bem, estou bem... – disse Regina.

A cena a seguir surpreendeu a todos... Depois de quebrar a casa, destruir tudo e quase matá-la, ela agora acalmava e consolava Belle. Ambas estavam sentadas no chão, choravam copiamente, abraçadas fortemente. De onde eu estava, só pude ver o rosto da morena, seus olhos estavam fechados, liberando cada vez mais lágrimas, seu rosto estava calmo, como quem acaba de sair de uma tempestade.

Mom?

– Henry...

– Me desculpe, eu te assustei, aliás, assustei a todos, por favor, me perdoe, eu não queria causar tanto dano, não queria machucá-la.... eu...eu... – Belle quase não conseguia concluir sua frase, de tão abalada que estava.

– Belle, venha comigo, você precisa de ajuda, e eles não estão em condições de ajudá-la. – disse meu pai.

– Gold...

– Não se preocupe Regina, só quero ajudar. Venha Belle, confie em mim...

Belle olhava para seus olhos, assustada, porém, com um aceno positivo da mulher ao seu lado, segurou firmemente as mãos dele, levantando-se e saindo.

– Mom, você está bem? Está ferida?? – perguntou Henry, abaixando-se ao lado da mãe. - Eu fiquei com medo de te perder...

– Eu estou bem. – respondeu Regina, correspondendo ao abraço. – Você nunca vai me perder... – esboçou um sorriso.

– Por que não aceitou a ajuda do Mr Gold? Por que não usou magia para pará-la??

– Você sabe o estado dela. Eu nunca a machucaria, já cometi erros demais, não vou cometer outro. Agora está tudo resolvido. – disse ela, beijando-lhe a face - Querido, quero te pedir um favor. Vá para a casa da Emma, passe uns dias lá, você presenciou muita coisa hoje, nada mais justo que um descanso...

– Mas mãe...

– Eu vou ficar bem, não se preocupe. Além do mais, ainda tenho que limpar essa bagunça.... – disse ela, dirigindo-me um olhar suplicante.

– Ela está certa, Henry, vá para a casa da Emma – Henry pareceu relutar, mas então acrescentei – eu cuido dela - disse eu, recebendo olhares de alívio e gratidão.

– Tá, mas se acontecer alguma coisa, eu quero saber, por favor.

– Claro meu filho, não se preocupe.

– Agora vá, depois conversamos.

Dito isso, Henry a abraçou mais uma vez, deixando a casa.

– Você está bem?

– Estou melhor. Obrigada pela ajuda... – disse ela, com a voz rouca.

– Mas não fiz nada, não tem do que agradecer...

– Tenho sim, ele não queria sair daqui...

– Ah, isso...

– Sim, eu não quero que ele preste muita atenção no meu estado agora...

Com um sorriso sombrio, baixou o rosto para as pernas, só então percebi. Quando Belle a soltou, caiu sobre o vidro, machucando a perna, que agora sangrava. Com a queda, seu braço colidiu com a quina da copa, agora cintilando de um vermelho puro.

– Oh meu Deus...você..

– É só sangue, não se preocupe... – disse ela, tentando se levantar, porém, um ataque de tosse a prendeu no chão... Claro sinal do esforço que era falar.

– Como pode dizer que é só sangue? Você machucou a perna e o braço com essa queda, além de estar falando com dificuldade... – respondi, abaixando-me, ficando assim ao seu lado e ajudando-a com a tosse. – Vamos, vou te tirar daqui...

– Eu posso sair sozinha

Meu Deus, essa voz rouca é demais para mim...

– Não, não pode. E nem adianta reclamar, vou ajudá-la. Está claro que não consegue sair sozinha. Agora eu entendo por que tira-lo daqui..

– Se o Henry me visse assim, ficaria perturbado sem razão..

– Sem razão? Se ele a visse como eu estou vendo, ficaria muito mais que perturbado! Você está com falta de ar, com a voz rouca, o braço e a perna machucada, isso sem contar o sangue! Você mal consegue se levantar... Para de ser teimosa e me deixe te ajudar!

Com os braços em sua cintura, ajudei-a a se levantar, mas sua aparência era a de quem iria desmoronar a qualquer momento...

– A propósito, acho que não nos apresentamos apropriadamente...das últimas vezes fomos impedidos por situações mais...urgentes.

Seu sorriso abriu-se pela primeira vez. O som era maravilhoso.

– Sou Neal Cassidy, pai do Henry...

– Regina Mills, mãe del.. – sua voz pareceu vacilar.

– Regina? Você está bem?

– Eu.... – antes que atingisse o chão, segurei-a o mais forte possível em meus braços.

– Regina?!?!

Meu Deus, o que eu faço agora??

De repente, sinto o toque do meu celular... Não tinha um momento mais oportuno??

– Sim?

Neal, você ainda está na casa dela?

– Sim... e acho que preciso de ajuda....

– Ajuda? O que houve?

– A Regina acabou de desmaiar nos meus braços, não sei o que eu faço!.

Ela apenas desmaiou...

– Apenas?! Ela está fisicamente e psicologicamente abalada! Além de estar sangrando! Uma ajudinha seria boa!

Está bem, desculpe. Já estou no carro, em minutos chego aí, então você a leva para o quarto e cuida dela, enquanto isso dou um jeito na casa.

– E a Belle?

Já está calma, ficou em casa. Consegui fazê-la dormir, agora só acordará amanhã de manhã.

– Certo, mas não demore, estou realmente preocupado...

Estou chegando.

E com isso, desliguei o telefone. Regna continuava desmaiada. Felizmente, essa área da cozinha não estava forrada por cacos de vidro. Instintivametne, minha mão acariciou seu rosto. O que estou fazendo? Ela precisa de cuidados e eu aqui admirando sua beleza?!?

Neal!

– Pai! Já?

– As ruas estavam vazias. Vou arrumar o lugar enquanto você a leva para cima. Depois vou embora para ver Belle. Se precisar de algo, é só me chamar.

Dito isso, segurei Regina no colo, ainda desmaiada, e segui para o hall, subindo as escadas e procurando por seu quarto.

– Não se preocupe, vou cuidar de você...


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Notas finais do capítulo

Fiquei muito triste em não receber reviews.... :(
E seria mt bom saber se estão gostando ou não...então...reviews pf!!