POV Travis

Estava andando pelo salão um pouco desconfortável. Aliás, estava com essa sensação há dias. Desde que contei a verdade à Amy. Desde que ela me dispensou, chamando-me de mentiroso. Agora vejo que errei.

Olhei diretamente para a garota que amava, mas ela desviou o olhar, é claro. Estava me perguntando o que eu faria para reconquistá-la.

Enfim tive uma ideia que não podia falhar.

Peço para que Mark coloque a musica Apologize para tocar, em homenagem à Amy. Here Comes The Sun acaba e o filho de Apolo diz:
- A próxima música é uma homenagem à Amy Gilbert, de você sabe quem. - tive que rir com essa.

- Voldemort? - perguntou Amy, confusa, para suas irmãs, o que me fez rir mais ainda.

Então começa a tocar a música que eu tinha pedido que eu realmente espero que ela tome como um pedido de desculpas. Amy põe a mão na cabeça como se estivesse com vergonha. Ah deuses, será que estraguei tudo de novo?

Vou até onde ela está sentada pra confirmar. Sammy, Luisa e Eduarda saem de perto dando risinhos assim que me aproximo. Ela continua imóvel, olhando pra baixo, sem nem ao menos dizer uma palavra.

- Oi... - digo tímido.

- Oi... - surpreendentemente ela responde.

Tusso para limpar a garganta:

- Quer dançar?

- Aqui? - ela diz insegura.

- Podemos ir lá fora...

Amy pondera por alguns segundos.

Ela não diz nada só pega minha mão e me conduz pra fora do salão enquanto meus irmãos fazem algum tipo de piada sobre isso. Atingimos uma distancia razoável do baile para não ouvir os risinhos e sussurros, mas perto o suficiente para ouvir a música ao longe.

Finalmente nos encaramos e eu encontro seus olhos castanhos que faziam meu coração chorar de saudade e meu cérebro entrar em curto circuito. Encosto minha mão em seu rosto:

- Me perdoa, por favor, eu não devia ter feito aquilo...

Ela vira a cabeça pro lado. Não seria tão fácil assim.

- Só... dance comigo, amanhã nós falamos disso, está bem?

- Se você insisti...

Eu a pego pela cintura e a puxo para mais perto de mim. Conduzo-a pelo gramado até que ela para de dançar:

- O que foi?

Acho que seu vestido prendeu em algum lugar ela ri e então vemos no que o tecido azul ficou preso: um irrigador dos campos de morango.

Nós abaixamos e tentamos soltar seu vestido de lá. Nossas mãos se encostam sem querer e olhamos um para os olhos do outro. Ela chega mais perto de mim e encosta sua testa na minha. Posso sentir sua respiração ofegante, quente e terna. Seu leve hálito de menta penetra em meu nariz.

- Eu te amo - ela sussurra.

- Eu também te amo - digo suavemente.

Estamos prestes a nos beijar quando, como sempre, eu acabo estragando tudo de novo. Na tentativa patética de acariciar seus cabelos, eu caio de cara no chão e acabo levando Amy junto, que dispara o irrigador assim que cai em cima de mim.

Quando eu acho que ela vai gritar comigo ou qualquer coisa do gênero por ter molhado seu vestido, ela tem um ataque de riso. Nós dois rimos junto até a barriga doer e a voz falhar. A água dos irrigadores nos molha inteiros e nós nem nos preocupamos em tentar desligar aquilo, estamos ocupados demais tentando parar de rir. Ela rola para o lado, tentando se acalmar, mas é em vão.

Finalmente nos acalmamos e ela rola pra mais perto.

Subitamente, ela pula em cima de mim e depois me imobiliza, forçando um de seus pés sobre minhas mãos e me segurando de forma que não consiga mover um dedo. Ela se inclina sobre mim e deixa seus cabelos castanhos caírem por cima de meu rosto. Ela chega mais perto e mais perto. Tira um pouco do peso de cima de minha mão e me beija até perdermos o fôlego. É intenso e lento. Quando nossos lábios se tocam sinto a eletricidade em minhas veias.

Ela me solta, - um pouco rápido demais em minha opinião e depois voltamos a conversar como se nada tivesse acontecido. Ela está de volta. Minha Amy voltou.

POV Sam

A Drew estava pedindo pra apanhar.

Aquela vadia mal comida olhava para o MEU NAMORADO a cada cinco segundos. Lá pelas cem olhadas, eu já estava ficando maluca:

- Escuta aqui Tanaka, você pensa que eu nasci ontem? grito com ela.

Drew se assusta, mas logo depois, empina o nariz e volta a fazer pose:

Ciúmes?

Controle-se Samatha, controle-se.

Sendo bem franca, se gosta tanto assim do MEU namorado, por que não ficou com ele antes de eu chegar?!?

- Por que você não enfia essa sua raivinha no seu orifício anal?

- Enfia você! Ah, espera, acho que não cabe mais nada lá né?

Ela se levanta e coloca as mãos na cintura. Sinto seu olhar venenoso me fuzilando.

Olho para Nico que parece estar se divertindo com isso tudo. Vou até a Drew e lhe dou um soco na boca.

Ela grita exageradamente e vira-se para Nico:

- Vai deixar ela fazer isso?

Nico pensa por alguns segundos, caminha até mim silenciosamente e quando acho que ele vai me repreender, ele estende a mão:

- Bate aqui, Eaton! eu bato na mão dele surpresa Nunca vi uma garota tão corajosa na minha vida.

- Você também é muito corajoso - eu rio e o abraço.

Ouço Drew praguejar atrás de nós e sair pisando duro até o chalé de Afrodite.

Quando viro-me, metade do acampamento - inclusive os irmãos de Drew me aplaudem de pé.

Nico me beija e a pequena multidão de campistas delira. Eu coro, mas Nico não para de me beijar. E eu também não quero que ele pare.

***

- Você perdeu Gilbert!

- Perdi o que?

- A Sam deu uma surra da Tanaka-Bate-Estaca! - Lucas grita bem alto.

- Sério? - ela olha pra mim com a mesma cara que todos fizeram ao saber.

Faço que sim com a cabeça e sinto minhas bochechas esquentando.

- Ela é tipo o macho da relação - completa Alvim em tom sínico.

Eu rio e jogo um travesseiro em seu rosto:

- Babaca!

- Então é assim? - ele joga um travesseiro em minha direção, mas eu desvio.

O travesseiro vai direto no rosto de Carol(N/A: Travirol=VIDA!!!Entendedores entenderão u.u) e então começa a guerra de travesseiros do século, um atinge o outro e ninguém fica de fora.

Acho que só vamos nos deitar quando já são 4 horas da manhã todos cansados de tanto rir.