Mais Forte que o ódio escrita por Bruh


Capítulo 13
Capítulo 13 - Casamento nas Férias




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Luna estava parada na porta com uma expressão inquisidora. Neville tentou pensar em algo rápido para dizer, mas preferiu não ficar escondendo nada de sua futura esposa.

__É isso mesmo que você ouviu... seu irmão irá se casar com uma mulher chamada Daphne Rutz e felizmente a companhia foi vendida e está em boas mãos. Ah, já ia me esquecendo... Patrick lhe enviou um presente. Quer saber o que é? - Neville estava esperando um sorriso de Luna, ou qualquer gesto de comemoração, mas em vez disso, ela continuou encarando-o.

__Não, eu não quero saber. O que eu gostaria muito de saber é porque nunca me contam nada. Porque me escondem as coisas dessa maneira indiscriminada. Se quer saber, eu estou farta disso... - Luna deixou a cozinha, desolada e se sentou no sofá, olhando para o teto.

Neville seguiu-a e se sentou ao seu lado.
__Luna, há certas coisas que acontecem que não são da minha conta... talvez não lhe dei essa notícia antes para protegê-la ou não deixá-la ansiosa, entende? - Neville abraçou-a e ela pôde sentir seu perfume. Aquele perfume que a fazia perder os sentidos.

__Me proteger do quê? Eu não sou nenhuma criança. Não me trate como uma criança! - Luna pensou em se levantar, mas não teve coragem de sair de tão perto de Neville, então continuou onde estava.

__Bom... agora que a companhia já está vendida mesmo, teremos um bom dinheiro extra. O que acha de nos casarmos em Vegas? - Neville mudou de assunto, pois não queria protagonizar uma briga interminável.

__Você que sabe... Patrick foi capaz de negociar a própria irmã em prol dos negócios e agora vende tudo e vai embora com uma mulher que não conheço. - Luna havia perdido todo o seu ar sonhador. Parecia mais séria do que nunca.

__Não se esqueça de que você foi embora antes.
__E a casa? E a nossa casa... o que será feito dela?
__Bom, eu não sei, pois é um patrimônio Lovegood... mas estou certo de que ele não se desfará da casa.
__Até porque ele precisa que eu concorde... a casa também é minha.
__O que você acha de irmos jantar em um restaurante esta noite? - Neville esteve pensando desde o dia em que chegaram em oficializar o noivado com Luna, que não presto muita atenção no que ele havia acabado de dizer.

Neville não prolongou a conversa. Ele queria curtir o momento que estavam tendo á sós e não discutir assuntos burocráticos. Luna encostou levemente a cabeça no ombro dele que a ergueu novamente, encostando os lábios nos dela.

Um beijo que a fez esquecer todos os problemas e interrogações que insistiam em surgir em seus pensamentos. O beijo ganhou uma velocidade gradativa. Neville passou as mãos pelos cabelos dela se projetando para frente e fazendo-a deitar no sofá.

Os corpos se encontraram. Luna se lembrou da cena de Neville sem camisa, então puxou a blusa que ele vestia, enquanto ele a ajudava a tirar, mas Luna interrompeu o clima e perguntou:

__Neville... o que é?
__O que é o que?-sua respiração estava ofegante.
__O presente...
__Um escaravelho... - "Eu não posso acreditar nisso..." pensou Neville irritado.


* * *


Cairo, Egito


O Hotel Far Away Paradise se localizava em uma área pouco movimentada do país. Havia muitas feiras de antiguidades e muitos animais selvagens sendo feitos de meio de transporte de mercadorias e pessoas. As dunas formavam o cenário mais bonito da cidade. Patrick se impressionou com a quantidade de pergaminhos escritos por faraós. Os símbolos pareciam hieróglifos e códigos secretos á serem decifrados.

Daphne adorava fotografar as paisagens e pessoas incomuns do local. A família Rutz tinha uma descendência egípcia e já estavam habituados á viajar para lá, mas para Patrick, tudo era novo, inclusive o modo de falar.


* * *


Thereza tentou abrir a porta do quarto de Luna, mas estava trancado, então foi tentando abrir porta por porta, mas não obteve sucesso em nenhuma delas. Então chamou Butler, um dos capangas que estava vigiando o hall da casa.

Butler se aproximou e encostou o ouvido na porta.
__Seu inútil! Te chamo para que utilize sua força bruta e você apenas encosta o ouvido na porta! Está de brincadeira comigo? - Sua face adquiriu um tom vermelho.
__De forma alguma, senhora... - respondeu calmamente - Mas gostaria de lhe informar, que sou profissional e sei muito mais sobre espionagem do que a senhora... se permite, eu gostaria de trabalhar em silêncio.

Thereza não ficou sem graça, apenas se afastou e ficou observando o trabalho de Butler.
__Posso fazer só mais uma pergunta?
__Sim...
__Qual seria a utilidade deste procedimento?
__Bom, um espião tem de fazer o mínimo de estrago possível no local onde trabalha. Embora tenha sido necessário arrombar a porta principal, é mais prudente averiguarmos a possível presença de alguém no quarto, se não será inútil arrombarmos. Só haverá mais sinais de espionagem pela casa. E lamento lhe informar que não há absolutamente ninguém no quarto.

Thereza se sentiu desapontada.

__Então veja nos outros quartos... anda!
__A senhora não pôs as mãos na maçaneta, né?
__Bom, sim... mas...
Butler retirou uma luva e um pano emborrachado do bolso e começou a limpar as maçanetas, murmurando feitiços que Thereza não conseguiu ouvir e nem constatou presença de varinha.
__Prontinho. - disse Butler, após verificar todos os quartos. - Não há ninguém na casa.
__E o que isso significa?
__Que a senhora está devidamente falida. - informou Butler em um tom categórico.


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