Take A Break escrita por Miss_Miyako


Capítulo 1
Take a Break - One-shout.


Notas iniciais do capítulo

Acho que as minha ideias que me davam medo acabaram e///e'
Ultima one-shout das férias, amanhã começa a tortura. ç-ç
Desejem me sorte. (ounão)
Ai, ai... Espero que gostem E////E'
P.s: Sinopses me odeiam.



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-Por que eu?

Era o que uma jovem de cabelos azuis escuros e olhos cristalinos pensava, deitada em sua cama. Ela virou de lado, abraçando o travesseiro e recordando o momento quando tudo começou.

-Por favor, Crys. – Pediu um garoto de cabelos negros com as mãos postas juntas, de frente para a mesma.

-Hm... Não. – Ela se desviou dele e seguiu em frente, mas ele não desistiu.

-Por favor! – Ele pediu de novo, andando do lado dela.

-Não. – Respondeu sem olhar para ele e apertando o passo.

Só que ele era mais rápido que ela.

-Ah, Crys, por favor. Eu preciso dessa ajuda para estudar.

-Estudar? Gold, você nem gosta de estudar.

-É verdade. Eu não gosto, mas agora eu prec- Ei! Espera, Crys!

A garota saiu andando enquanto reclamava:

-Toda vez que eu tento te ajudar ou você ignora, ou dá um jeito de escapar.

-Eu sei, eu sei. – Ele ficou na frente dela de novo. –Dessa vez eu não vou fugir.

Ela levantou uma sobrancelha.

-Você não vai parar até eu dizer sim, né? – Perguntou.

-Não. – Concordou sem cerimônia.

Ela suspirou.

-Tá bem. Eu te ajudo.

Ela se sentou na cama.

-“Dessa vez eu não vou fugir”. – Repetiu as palavras do jovem. – É bom, mesmo. – E suspirou pesadamente.

E vocês dois vão ficar sozinhos?

Uma vozinha perguntou no fundo de sua mente e a jovem corou.

-É só para estudar. – E balançou a cabeça.

Ding. Dong.

-Bom, quem tá na chuva é para se molhar. – Comentou para si mesma, levantando da cama e indo atender a porta.

 Ao abrir, deu de cara com olhos dourados.

-Yo, Crys. – Cumprimentou Gold, com seu sorriso de sempre.

-Oi, Gold. – Ela deu um passo pro lado. – Pode entrar.

O jovem passou pela porta, olhando em volta, como era de se esperar, a casa de Crystal era bem arrumada. Ele já estava caminhando para o lado oposto quando sentiu uma mão quente puxar sua blusa pelas costas.

-Hm?

-Onde você pensa que vai? – Perguntou.

-Pro seu quarto para estudar?

-Não, não. Vamos estudar ali. – E apontou para a mesa da sala.

-Ah, Crys... – Resmungou ele.

-Sem “ah”.  A ideia foi sua, lembra? – Lembrou, empurrando-o para a mesa.

-Sim, sim... – Murmurou com uma careta.

Ela suspirou. Aquela seria uma longa tarde.

***

E Crystal teve a final confirmação disso depois de 15 minutos estudando e de ter chamado a atenção de Gold pela sexta vez.

-Gold!

Desculpe, sétima vez.

-Hm. – Ele respondeu.

-Presta atenção.

-Ah, foi mal, Crys, mas matemática não funciona para mim.

-Você não tinha dito que não ia fugir dessa vez?

-Eu aceito a minha derrota. – Ele falou levantando a mão direita.

-E eu recuso. – Ela resmungou pouco antes do jovem se debruçar sobre a mesa. – Ei.

Sem resposta.

Ela suspirou.

-Poxa, Gold, vamos lá. Você é um garoto inteligente.

Olhos dourados olharam para ela, surpresos.

-Você acha mesmo? Não é você que vive me chamando de idiota?

-Bom, você é um idiota, ás vezes. Principalmente quando embroma desse jeito. – Resmungou, corada por ter chegado naquele assunto. – Mas eu sei que se você se concentrar você consegue.

Ele a encarou por alguns minutos e olhou para outro ponto, virando o rosto, escondendo um leve tom avermelhado de suas bochechas.

-Tá bem, vamos tentar. – Desistiu por fim, pegando a caneta.

-Vamos. – Ela concordou e voltou a explicar o exercício.

Com isso passaram-se mais 30 minutos e dessa vez, sem interrupções. Crystal estava um tanto surpresa, mas por um lado, ela sabia que quando Gold se esforçava, ele conseguia. Ele podia ser bem desleixado e chato, ás vezes, mas ela, mesmo assim, gostava de tê-lo por perto.

E foi bom ficar esse tempo todo juntos, não foi?

Ah, aquela vozinha.

-Foi para estudar! – Repreendeu em pensamento.

-Ah, tá bom! – Gold exclamou, ao terminar o exercício.

-Que foi? – Ela perguntou, saltando para fora de sua luta interna.

-Uma pausa, vai? – Pediu, com uma gota.

Ah, isso...

-Hm, tá bem. – Ela cedeu. – Podemos dar uma pausa.

-Ufa. – Ele disse, relaxando na cadeira. Ela revirou os olhos, mas sorria. Voltou sua atenção para os papéis e começou a recolhê-los. O jovem dos olhos dourados observava com atenção, encostado no encosto da cadeira, observando como ela era cuidadosa ajeitando os papéis, ao arrumar uma mecha que teimava em cair no seu rosto e depois repousando a mão direita na mesa. Ele a pegou.

Foi então que Crystal sentiu algo quente tocar as costas de sua mão, ao se virar para o outro lado, encontrou Gold segurando sua mão e beijando o dorso.

-G-Gold!

-Hm? – Perguntou ao beijar a ponta do dedo indicador, seguindo para o próximo.

Ela tentou recolher a mão, mas ele segurava firme. Vermelha como um tomate, perguntou:

-O-o que você tá fazendo?

-Agradecendo. – Respondeu, beijando a palma da mão dela, aumentando mais a pulsação da jovem. Ela ficou quieta, vermelha, sem saber como reagir a situação.

-Era só dizer obrigado. – Falou, em um filete de voz.

-Eu sei. – Falou, beijando a palma de sua mão de novo e descendo para o pulso. –Hn?

Ela olhou para ele que sorriu.

-Tá nervosa, Crys?

-C-claro que não! – Respondeu, vermelha e olhando para o lado. – S-só solta a minha mão.

-Hm... Acho que não. – Falou, sorrindo e logo depois beijou um pouco abaixo do pulso.

-Gold!

Ele riu.

-Então, você está nervosa.

-Ah, fica quieto. – Ela tentou encará-lo com raiva, mas não conseguiu. Gold segurou a sua mão e puxou a jovem para perto dele, perto o bastante para encostar suas testas.

-Ei, Crys... – Chamou.

-Que foi? – Perguntou a garota já rendida à ideia de que não conseguiria se soltar dele.

-Na verdade, eu não queria estudar...

-Isso eu já sa... – Começou com uma gota.

-Eu queria ficar perto de você.

Ela congelou, mas por dentro usava toda sua concentração para mandar aquela vozinha calar a boca.

Silêncio se seguiu, até que ela o encarou.

-Tá falando sério?

Mais silencio.

-Assim você me magoa, Crys. – Ele comentou com uma gota.

-Tenho motivos para duvidar. – Falou e ele bufou.

-Então me diga, se eu estivesse mentindo, porque eu teria insistido tanto?

Ela ficou quieta. Urgh, bom argumento.

-Porque você é chato. E nunca aceita não como resposta. – Respondeu, tentando achar uma brecha para se afastar e acalmar sua pulsação.

-Mas para estudar? – Ele percebeu que ela tentava fugir, por isso não iria soltá-la tão cedo.

-Aposto que você já tentou isso com todas as meninas da sala. – Resmungou.

-Ah, droga. – Pensou o garoto com uma gota, ele olhou para ela... Ah, espera. Aquilo era... ciúme? – Heh.

-Bem, elas são bonitas mesmo...

A jovem franziu o cenho, que sensação ruim aquela...

-Mas elas não são você, sabe?

 Eh?

Ela virou o rosto.

-Hunf. Esse seu “charme” não vai funcionar comigo.

-Então por que você ficou tão nervosa?

-Quer parar de sentir a minha pulsação?! – Exclamou, corada.

Ele riu.

-Ei, Crys. – Chamou, beijando a mão da jovem de novo.

-Q-que foi?

-Eu gosto de você.

-Como você consegue dizer isso com tanta facilidade?! – Pensou, vermelha como um tomate.

-... E você, gosta de mim? – Perguntou, se aproximando.

-E-eu nã... – Gaguejou.

-Não é legal mentir, sabia? – Comentou ao encostar a testa na dela.

Ela ficou quieta. Como aquele garoto conseguia deixá-la assim com tanta facilidade? Mas ela sabia o por quê. Por mais que não quisesse admitir, ela sabia e muito bem.

-... gosto.

Ele sorriu, um tanto corado também.

-Convencido.

-Ei, não me culpe, você que se alto denunciou. – Riu.

-Ah, fica quieto. – Resmungou.

Gold se aproximou mais da jovem para acabar com aquela distância mínima entre os dois, mas parou quando Crys cobriu a sua boca com a mão livre.

-Hfn?

-Acabou a pausa. – Falou ela. – Hora de voltar a estudar.

Ele piscou uma, duas, três vezes.

-Sério? – Perguntou ao se soltar da mão da jovem.

-É lógico. Você gosta de mim e eu gosto de você. Ó-ótimo. – Corou um pouco. – Mas ainda não terminamos de estudar.

-Ah, Crys! – Reclamou se debruçando sobre a mesa. – Teria sido mais fácil se eu tivesse te convidado para tomar sorvete.

-Você sabe que eu diria não. – Ela falou.

-É, eu sei. – Concordou.

A jovem riu baixinho, olhou para os papéis de exercício e teve uma ideia. Ai... Bom, por que não?

-Ei, Gold. – Chamou.

Ele se virou para ela.

-Se você continuar estudando direitinho como antes. – Ela apoiou o queixo na mão, com os dedos encostando nos seus lábios. – Posso até pensar... Em te dar uma recompensa...

O jovem arregalou os olhos e sentiu as bochechas ficarem quentes. Levantou de súbito e agarrou o lápis.

-Vamos estudar! – Exclamou.

A garota sentiu uma gota descer pela sua testa enquanto observava o jovem pegar o caderno, mas acabou rindo.

-Você não tem jeito mesmo.


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Notas finais do capítulo

TÁ. AÊ! Argh, de novo, culpem o tumblr! E//x//E'
Anyways, espero que tenham gostado.