Can I Have This Dance? escrita por Dawseyride shipper


Capítulo 15
It's Time


Notas iniciais do capítulo

Não demorei tanto. O capítulo tá mais curtinho do que os últimos, mas ainda é grande. Esse é o início de uma fase complicada.
Boa leitura!



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Estou sentada em minha cama, concentrada, analisando as informações e pistas a respeito da vampira que estamos caçando. Ultimamente ela anda mais ousada. Seus ataques têm se tornado mais frequentes. Isso me irrita e preocupa. Se ao menos eu conseguisse pegar aquela... Bom, o que importa é que meu irmão tem me ajudado. Temos feito alguns turnos para vigiar Stefan e a irmã.

Estamos nos sentindo impotentes por não conseguirmos eliminar o perigo que ronda os irmãos Salvatore. Mas estou com um estranho pressentimento de que essa situação está prestes a mudar. Algumas semanas se passaram após a chegada de Melissa. Henry está mais mudado que nunca. Um novo amor. Isso era tudo o que ele precisava depois de todos esses séculos. Não que eu tivesse como influenciá-lo a isso. Geralmente, quando estávamos juntos, sempre brigávamos.

Depois que ele mudou, podemos unir forças contra qualquer coisa. Faz tempo que ele não mata ninguém. Aderiu a minha 'dieta'. Isso faz com que alguns conflitos entre nós sejam evitados. Há alguns dias estamos atrás da nova ameaça que preocupa tanto a mim quanto a ele, que daria a vida dele para proteger Mel.

Descobrimos que é uma vampira, o que eu já sabia desde que ela entrara na frente do meu carro no dia em que Henry e eu fomos juntos a primeira vez pra casa de Stefan. Sabemos que ela é loira, de estatura mediana, rápida como um raio (o que mostra que é poderosa) e que ela mata apenas homens de qualquer idade e em qualquer lugar.

Depois de Chad, irmão de Pam, nossa procurada já matara mais dois: o senhor que morava sozinho na última casa da rua em que Stefan mora e um garoto que havia sumido na cidade vizinha, cujo corpo foi encontrado com pescoço dilacerado em uma casa abandonada. Além disso, ela já tentara atacar um dos garotos do time de futebol do colégio no qual estudamos, que foi salvo pela namorada, que por ciúmes havia 'matado' a garota, a quem chamou de vagabunda e jogou contra a parede, onde esta bateu a cabeça, desmaiando. O garoto, assustado, chamou o socorro e foi embora levando junto de si a namorada, temendo o que pudesse acontecer. Porém, quando a ambulância chegou, não havia ninguém lá, o que levantou suspeita. Estamos cada vez mais perto de descobrir a vampirinha metida à assassina. Ela parece estar querendo pegar Stefan ou Melissa, já que duas de suas vítimas estavam ligadas a ele. Isso me preocupa.

–Precisamos pegá-la, Henry. Parece que está se aproximando de...

–Stefan e Melissa, eu sei. Não consigo encontrar um motivo. Parece que quem quer que seja, quer nos atingir. Também quero pegá-la. Mas ao contrário de você, gostaria de arrancar seu coração.

–Não. Apenas faremos com que se arrependa de ter feito o que fez. Nada de mais mortes. Por favor. - suplico. Ele parece entender, pois diz que tudo bem. Não confio em sua atitude. Concordar sem relutância não é algo compatível com meu irmão. Mas decido que é melhor deixar para lá. Não podemos brigar agora, esse é um momento crucial nessa caçada.

Finalmente decidimos visitar Stefan e Melissa. Estava com saudades de meu namorado. Henry estava inquieto, já que Melissa ainda não o havia respondido o pedido de namoro, e resolveu mandar flores para demonstrar que estava com saudades. Tomo um banho e visto um vestido azul-claro de tecido leve. Está calor e a roupa é fresca. Meu irmão está de calça jeans e sem camisa e não consegue parar quieto.

–Estou pronta.

–Então vamos logo!

–Henry?

–O quê?

–Sua camisa. - não me contenho e começo a rir.

–Ah, droga! - ele vai até o quarto dele e volta vestido em um piscar de olhos.

–Bela camisa. - era uma regata verde-água. Estava muito bonita nele.

–Gostei do vestido, realça seus olhos. Mas chega de papo. Quero ver Mel logo.

Pego as chaves e em uma batida do coração estamos dentro do carro. Dou a partida e vamos. O vampiro impaciente ao meu lado resmunga sobre minha velocidade e eu respondo que não quero levar uma multa e que iríamos demorar mais se algum policial nos parasse. Ele parece se aquietar. Chegando a casa do meu namorado, meu irmão salta para fora antes mesmo que eu pare o carro completamente. Dispara até a porta e agarra Mel assim que ela abre a porta. 'Argh, menos, vocês dois!'

–Não enche Bekah! - grita Henry em resposta, e noto que verbalizei o pensamento. Nem ligo mais pro fato dele me chamar de Bekah, já que ele não o faz ironicamente, mas carinhosamente. Aciono o alarme do carro e sigo para dentro da casa. Stefan aparece na sala e me beija apaixonadamente. Quando nos separamos, Mel e Henry estão olhando para todos os lados, exceto onde estamos, ambos ofegantes. Olho para meu irmão e começamos a rir.

–Você não é de se envergonhar por qualquer coisa. Foi tão indecente assim?

–Não precisa se preocupar, Rebekah. Se fosse indecente, meu irmão não teria me deixado aqui para ver... Ou teria levado você para o quarto dele. - foi instantâneo: tanto Melissa quanto Stefan coraram violentamente.

–Se você diz...

–Stefan, você se incomoda se eu levar a Melissa para dar uma volta?

–Sim, Henry. Pode ir. - respondo por ele, que ainda está encarando os próprios pés, por causa do que a irmã falou. Meu irmão me encara e começa a falar.

–Mas...

–Não, ele não se importa.

Melissa olha para mim e sussurra um obrigada, seus olhos brilhando.

Eles saem e em seguida me aproximo de meu namorado.

–Desculpa por decidir no seu lugar, mas eu preciso lhe dizer algo. - acaricio seu rosto. - É um assunto importante, já que envolve você e sua irmã. - noto que prendo sua atenção assim que menciono Mel. - Há uma pessoa perigosa na cidade. Durante esses dias em que estivemos juntos, Henry e eu tentamos monitorá-la, mas não conseguimos muito. Descobrimos que ela é loira e que está se aproximando cada vez mais de vocês dois. Por isso viemos hoje. Eu precisava avisá-lo. - as palavras saíam tão rápido que ficaram enroladas.

Meu namorado ouvia atentamente cada uma de minhas palavras, demonstrando preocupação em sua expressão.

–Por quê?

–Não fazemos ideia alguma. Nem sabemos quem é. Apenas sabemos que é extremamente perigosa. Sugiro que tome muito cuidado daqui para frente. Não sei o que faria se você fosse pego por ela.

Stefan se aproxima e me abraça, enterrando o nariz em meus cabelos.

–Por favor, não se preocupe. Acho que mais do que ninguém minha linda namorada sabe o quanto eu protejo minha irmã caçula. E eu amo você. Obrigado por nos proteger.

–Eu também o amo, Ste.

Ele me puxa para o sofá e começa a me beijar. Eu o empurro delicadamente.

–Acho melhor irmos para o quarto antes que nossos irmãos cheguem. Já é suficiente um momento constrangedor por hoje.

Stefan se levanta e me puxa pela mão até o andar de cima. Em seu quarto, fecha a porta e me pressiona contra ela logo em seguida. Nossos beijos começam a se tornar cada vez mais urgentes e nos afastamos para tomar fôlego.

Num momento de luxúria, meu namorado me puxa e, uma vez que estou próxima de sua cama, empurra-me, fazendo com que eu fique ofegante jogada ali no meio do colchão. O clima de paixão é latente dentro do quarto, quase posso tocar a aura de desejo.

Seus beijos descem por meu pescoço e solto um gemido baixinho. Ele entende isso como um sinal e antes de avançar mais, ataca novamente meus lábios. Faminto. Feroz. Ele direciona suas mãos até a barra do meu vestido e começa a subi-lo. Ste chega a conseguir tirá-lo antes que eu ouça de longe Mel gritando com meu irmão, perguntando quem era a garota loira e porque ela o havia deixado tão estranho. Imediatamente gelei. A megera enfim resolve se 'apresentar'. Diminuo o ritmo dos beijos com Stefan, e, assim que eles chegam perto o suficiente para que ouvidos humanos consigam ouvi-los, afasto-o delicadamente. Pego de volta meu vestido que meu namorado conseguiu jogar longe antes do furacão 'Irmãos' chegar. Visto-me rapidamente e saio do quarto sem me importar em que estado Ste se encontrava. Desço as escadas quase tropeçando em meus próprios pés, ansiosa para chegar até Henry. Este, ao ver que eu estava cambaleando pela escada, me ampara assim que chego perto dele.

–Você a viu. Quem é ela? Como ela é? – Melissa começa a me bombardear de perguntas antes que meu irmão possa dizer alguma coisa.

–Rebekah, quem era aquela? Por que seu irmão não fala comigo? Ele está estranho desde que viu a tal Stella na praça. Nem conseguimos chegar ao shopping. - ao ouvir o nome que Mel pronunciou, sinto todo meu corpo gelar. Henry continuava me apoiando e enfim entendi porque ele estava atordoado daquela maneira. Sentia lágrimas transbordando em meus olhos. Não era necessário que meu irmão dissesse que era AQUELA Stella, pois com sua reação eu já tinha certeza. Permiti que as lágrimas quentes escorressem por meu rosto. É ela. Minha irmãzinha! Depois de tantos séculos! Mas por que ela resolveu aparecer agora? Por que estava tão cruel e assassina? Será que ela nos culpava pelo fato de ter se tornado um monstro como nós, seus irmãos? Ou por não termos procurado por ela durante todo esse tempo?

–Precisamos encontrá-la, Henry. Depois de tanto tempo! Como senti falta de Stella.

Melissa nos encarava com uma expressão de desgosto e Stefan, que havia chegado bem no momento em que a irmã pronunciou o nome de Stella, estava aparentemente frustrado e confuso.

–Mel, Ste... Stella é nossa irmã mais nova. – vejo um lampejo de compreensão nos olhos de minha cunhada.

–Mas Bekah, ela não tinha morrido? - droga! Havia me esquecido do fato de que contara a ele algumas coisas sobre minha família.

–Acredito que este seja o momento certo para contar a verdade, Rebekah. - olhei para Henry e assenti.

Estava realmente nervosa. Minhas mãos tremiam e eu não sabia como fazer aquilo, por onde começar.

–Stefan, você se lembra do dia em que Chad morreu, quando Pam chegou aqui aos prantos interrompendo uma conversa nossa, a qual eu prometi que continuaria em outro momento?

–Sim, eu me lembro. Rebekah, você está me assustando. - encarei meu namorado sem esperança alguma de que ele aceitasse facilmente a notícia que eu estava prestes a lhe dar. Apenas estava ciente das mãos fortes de Henry me amparando. Sentia-me fraca.

–Então... Há algo sobre mim, e sobre meus irmãos que...

–Diz de uma vez! - sussurra Henry no meu ouvido.

–Nossa mãe nos transformou em vampiros há mil anos. - saiu num murmúrio, nem tinha certeza de que ele ouvira. Passaram-se alguns minutos de pura tensão. Os únicos sons no ambiente eram nossas respirações. Melissa nos encarava como se esperasse o momento em que ela fosse incluída na conversa, o que aparentemente não ia acontecer. E então toda a cena mudou. Stefan não só ouviu e entendeu como também reagiu bem rápido, sua expressão mostrando até mais do que eu esperava.

–Saiam da minha casa, seus monstros! - sibilou para que apenas eu e Henry escutássemos.

Senti as lágrimas transbordarem e permiti que elas caíssem. Não ligava que eles me vissem chorando. Tenho certeza de que não importava o quanto suas palavras haviam me magoado. Estava acabado. Não teria uma segunda chance. Ele me chamou de monstro, quando há alguns minutos estava me beijando em seu quarto.

Henry começou a me puxar dali e eu me deixei ser levada por ele. Não tinha força. Pôs-me sentada no carro e deu a volta assumindo a direção. Dirigindo de volta, meu irmão foi sensível o bastante para não pronunciar uma palavra que fosse. Eu chorava copiosamente, os soluços me chacoalhando. Ao chegarmos a nossa casa, ele me guiou até o meu quarto, pois sabia que eu não tinha condições de fazê-lo sozinha. Chegando ao cômodo, deparo com uma surpresa, não muito agradável naquele momento, que me esperava.

–Há quantos séculos, Bekah. - cumprimentou-me acidamente.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Por favor, não me matem! Principalmente você, Rebeka!



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