Jogos Vorazes - Glimmer escrita por Triz


Capítulo 22
Capítulo 22 - Marvel


Notas iniciais do capítulo

A fanfic tá acabando ):
Agora o próximo capítulo será apenas o epílogo. Obrigada à todos que leem, mandam ou não mandam reviews e aos que favoritam. Vocês quem me faziam querer continuar com a fic.
Agora o mistério de Foxface e Thresh será resolvido :D
Por fim, curtam o capítulo :3



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Magnus põe em mim um vestido — tão rosa quanto o traje que usei no dia do desfile — que cai como uma luva em meu corpo. Como estou realmente mais magra, ele pensou bem em ajustar meu corpo com a estrutura do vestido. Ele não é tão justo, mas me molda perfeitamente bem, deixando-me mais bela. 

O meu cabelo está solto dessa vez por estar mais curto. Agora, os cachos caem apenas na altura dos ombros, já que parte do meu cabelo longo foi queimado no incêndio.

Isso é mesmo real. Eu venci os Jogos com Marvel.

— Eu disse que você venceria — diz Magnus, observando para que a Equipe de Preparação esconda minhas marcas na pele com perfeição.

Os danos que sofri na arena foram diversas cicatrizes por todo o corpo, uma bela desnutrição e a perda de meu cabelo, sem contar com os problemas psicológicos. Tudo o que aconteceu nunca mais sairá de minha cabeça, as imagens das mortes dos tributos ficarão rodeando minha mente para sempre.

— Eu sabia que venceria. Mas não ao lado de Marvel — respondo. 

— Isso ninguém esperava. Tomara que a Capital não fique furiosa — diz ele, colocando uma gargantilha com jóias negras em meu pescoço. — Pronto, você está perfeita. Está pronta para ser entrevistada.

— Obrigada, Magnus — digo, abraçando-o. Suas mãos tocam meu ombro agora ossudo. — Até a Turnê da Vitória.

— Até a Turnê, Glimmer. Brilhe como glitter.

Caminho até o palco ansiosa. Não encontro-me com Marvel desde que aquele aerodeslizador nos tirou da arena, porque Cashmere — que até ficou feliz em me ver — quis que nos encontrássemos no palco.

Caesar Flickermann está lá, falando algumas coisas ao público. No telão, está uma foto minha e de Marvel e no lugar da cadeira para apenas um tributo, há um pequeno sofá.

— Primeiramente, vamos receber aqui... — anuncia Caesar, como sempre feliz, fazendo um certo suspense ao público. — Glimmer Ellis!

Subo no palco, confiante. No meio do caminho para lá, tropeço do salto e dou de cara com o chão. Ouço toda a plateia desabar em risos.

— Ops! — digo a Caesar, que anima a plateia ajudando-me a levantar com seu enorme sorriso no rosto. — Desculpem, o chão me atraiu!

Levanto-me e sento no sofá ao lado de Caesar.

— Congratulações, Glimmer. Pronta para ver os melhores momentos? — pergunta ele.

— Vai ser um pouco difícil, Caesar. Estar na arena é um desafio e tanto...

— Mas veja pelo lado bom, você venceu com o amor de sua vida — diz Caesar, otimista.

— Isso é verdade! — digo, feliz. — Mas só de imaginar que várias vidas foram tiradas, que vários sonhos acabaram, fico chateada. Só que é assim, mesmo. E por sinal, onde está Marvel? Quero muito vê-lo.

— Sabe que isso é uma boa ideia? 

— Então chame-o! — digo, ansiosa.

— Vamos receber... Marvel Price! — anuncia Caesar. 

Marvel entra no palco, confiante. Assim como eu, está uns quilos mais magro, mas permanece tão triunfante quanto antes. Assim que o vejo naquele terno preto cintilante, corro em sua direção e nos beijamos.

— Estava com saudades — sussurro a ele.

— Eu também — Marvel responde.

— Volte aqui, Glimmer! — diz Caesar. — Precisamos continuar com as entrevistas.

Caesar faz algumas perguntas à nos, conta algumas piadinhas e até faz uma dancinha. Logo em seguida, no telão começam a aparecer as imagens de tudo o que passamos nos Jogos.

Durante um tempo, as imagens que passam são dos dias antes da arena. Dói ver todos os tributos vivos, agora sabendo que vinte e dois deles estão mortos. Que seus sonhos nunca se realizarão. Que eu mesma destruí alguns deles.

Em seguida, as imagens da Conucópia aparecem. Posso me ver no telão atacando a garota do Distrito 10. Ao invés de parecer a Senhorita Sexy do Distrito 1, — sou conhecida assim aqui na Capital, esse é meu novo apelido — pareço mais um monstro sanguinário.

Uma cena alguns minutos depois revela tudo o que houve com Raposa. Logo depois de matarmos Rue, ela saiu correndo de perto de nós e trombou com Thresh. Ele a agarrou pela jaqueta e perguntou a ela se tinha visto quem morrera. E ela repondeu, claro.

Thresh ficou furioso. Raposa contou a ele que fomos nós, Carreiristas, que pomos um fim na garotinha e então Thresh queria nos matar a qualquer custo. Raposa explicou a ele onde estávamos, então os dois formaram uma aliança para nos matar. 

Não posso acreditar. Raposa e Thresh trabalhando juntos.

Raposa e Thresh estavam tentando bolar alguma estratégia para nos prender. E assim, ela disse que poderia fazer uma emboscada para nós, prendendo-nos com cordas e atirando facas em na gente. Ah! Para isso que serviam as facas de Thresh, para nos torturar. E as cordas de Raposa eram para nos prender.

O problema é que éramos muito fortes, por isso, precisavam dar um jeito de nos apagar, mas Thresh quis queria que fôssemos torturados ainda vivos. E é então que o ágape é anunciado. Eles podiam ter tudo o que precisavam para nos prender e ainda garantir um bom banquete.

As seringas tinham um líquido que nos apagaria por um dia inteiro. E tinham quatro delas, uma para cada Carreirista vivo. Thresh aplicaria em nós durante a noite.

O problema é que ele morreu em seguida. Raposa, triste, resolveu deixar a mochila em um galho e decidiu partir para sua antiga estratégia: deixar os outros se matarem enquanto ela fugia.

Ela fugiu para longe, apenas levando apenas um odre de água consigo. Quando estava com fome, no meio da tempestade, Raposa decidiu colher algumas amoras. O que ela não sabia era que essas eram amoras cadeado, que na verdade, são amoras que matam em menos de um minuto.

E assim foi seu trágico fim.

As cenas seguintes são assustadoras. Cato e Clove sendo mastigados pelos bestantes, abraçados. Não consigo me conter e começo a chorar, mas Marvel me abraça. Caesar Flickerman nem tira os olhos do telão, curtindo as imagens como se fosse algo normal.

Tudo acaba e Marvel e eu somos resgatados pelo aerodeslizador. 

— E aí, gostaram de rever todos os seus dias na arena? — pergunta Caesar. — Pelo visto você se emocionou, Glimmer.

Esqueço-me de que estava chorando.

— É, foi difícil.

— Tudo bem, Glim — diz Marvel, secando as lágrimas. — A gente tá bem agora.

— E então, pombinhos, o que farão para o futuro como casal? — pergunta Caesar.

— Não sei se ainda casaremos, Caesar — respondo. — Mas sei que ficaramos juntos.

Caesar Flickerman pisca para Marvel, que pisca de volta. Fico com uma cara de interrogação por um minuto e Marvel se levanta.

Lágrimas caem de meus olhos descontroladamente. Não, não estou triste, estou emocionada.

Marvel se ajoelha à minha frente, os olhos brilhando de emoção. De seu bolso, ele tira uma pequena caixinha de veludo vermelho. Ele a abre, revelando o anel de Gary, que agora brilha mais que nunca.

Simplesmente paro de respirar.

— Glimmer Ellis — diz ele, estentendo a caixinha em minha direção. — Quer se casar comigo?


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Notas finais do capítulo

Agora esperem o Epílogo! Será que Glimmer vai aceitar o pedido de Marvel? Comentem (: