Cheguei no aeroporto e lá estava o Pablo me esperando! Ele usava uma camiseta que deixava seus ombros totalmente à mostra, usava uma bermuda azul piscina e estava de óculos escuros. Quando me aproximei ele tirou óculos e veio correndo me abraçar. Fechei os olhos e então o abracei. Senti uma energia tão boa ao revê-lo, uma energia positiva, um clima calmo, gostoso. Ele desfez o abraço, cumprimentou o Vitor e voltou a pegar na minha mãe.

– Estou muito feliz por você ter vindo. - disse sorrindo.

– Eu não poderia perder sua festa de jeito nenhum. - eu disse sorrindo. Sei lá o que me deu na hora pra falar aquilo. Saiu como ar de provocação.

Fomos até o estacionamento. O Vitor logo foi abrindo a porta de trás e entrou no carro, e eu tive que me sentar na frente, e o engraçado é que eu não estava tímida, sem graça ou algo do tipo, eu me sentia super à vontade.

Fomos conversando, eu estava animada, até que o Pablo colocou numa estação de rádio e vibrou ao ouvir a música que tocava.

– Essa música é linda. - ele disse olhando rapidamente pra mim.

– Nunca ouvi antes. - eu disse olhando para o vidro do carro e disfarçando a minha vontade de chorar. Estava tocando IRONIC. A música que me fazia lembrar do Bruno. Como eu queria chorar.

– Está tudo bem, Fatinha? - Pablo perguntou.

– Está sim. - eu respondi sorrindo sem graça.

– Quem me mostrou essa música foi um amigo. Ele disse que pensa na garota que ele gosta quando escuta, aí eu ouvi, e gostei também. - ele disse e eu senti um aperto no peito.

– Ata. Seu amigo tem muito bom gosto. A música é linda. - eu disse e olhei para o Vitor.

– Eu chamei ele pra vir pra minha festa, ele disse que vinha, mas não me ligou mais. Ele tá chateado porque a garota que ele gosta não fala com ele, algo assim. Essas coisas do coração é complicado. Mas ele é um cara bacana, você vai gostar de conhece-lo. E muito charmoso também. - disse sorrindo.

– Ata. - eu disse sorrindo. Por um momento eu quis que fosse o Bruno, esse tal amigo, mas claro que jamais seria. O Bruno não gosta de mim e seria muito azar o Bruno ser amigo do Pablo.

Chegamos na casa do Pablo e eu fiquei admirada com a bela casa.

– Ual. Você mora aqui agora? - eu disse encantada.

– Sim. Comprei a casa faz 3 meses. Uma bela mansão, né.

– Linda. - eu disse.

A casa era enorme. Casa não, uma mansão mesmo.

Eu estava realmente admirada com aquela casa, com o clima de lá. Tudo muito lindo, calmo. Eu já havia me esquecido dos problemas, até do Bruno. Deixei minhas coisas em um quarto, o Vitor se ajeitou no dele e fui até a cozinha. Lá haviam pessoas preparando as comidas, doces e muitas coisas para mais tarde.

– Querem ajuda? - eu perguntei.

– Não querida, não precisa. Obrigada! Você é convidada especial, Pablo nos deu ordem para não te deixar fazer nada. - ela respondeu sorridente.

– Jamais. Sou apenas uma amiga de infância, mas quero ajudar vocês.

Acabou que papo vai e papo vem, não me deixaram fazer nada. Mas eu provei todos os aperitivos - de gulosa que sou - estavam todos uma delicia. Coloquei meu biquíni e fui pra piscina junto com o Vitor.

– Amigo, isso tudo aqui é muito lindo.

– É mesmo. Eu tenho orgulho do Pablo sabia? Ele sempre foi um homem tão sonhador, tão batalhador e olha o que ele conseguiu. - o Vitor disse.

– Eu também tenho orgulho dele.

– Fatinha, posso te fazer uma pergunta?

– Ih,lá vem.. manda logo.

– Você pensa em ficar com o Pablo?

– Não sei.

– Só quero te pedir uma coisa. Esquece de vez o Bruno, ele não merece você.

– Eu sei amigo. É difícil, mas eu vou esquecer.

Eu estava tranquila. Lembrava do Bruno, mas não ficava triste. Não sentia vontade de chorar. Era muito cedo pra dizer que estava superando aquilo tudo. eu não estava. Mas o momento não era pra pensar em tristeza. Eu estava me sentindo muito bem.

Depois de algumas horas na piscina, entrei, me sequei, almocei e fui me deitar.