A Magia escrita por Sweet Lolita


Capítulo 1
A Magia - Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Tem coragem, humano...?



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Sabe quando temos um sonho tão real que chega a ser assustador? Sabe quando temos um sonho tão perfeito que quando acordamos tentamos voltar ao sonho? Conhece aquela sensação? Sim, aquela sensação. Quando você lê algo pela primeira vez, a ansiedade, empolgação, porque você nunca sabe o que te espera. É algo novo, uma aventura desconhecida. Você já desejou nunca ter lido alguma coisa apenas para lê-la novamente e sentir mais uma vez aquela sensação? Exatamente, essa é A Magia, você tem apenas uma única chance, então não a desperdice.



Se você deseja continuar lendo, então terá de seguir algumas exigências minhas, acredite, vai tornar a leitura melhor, vai tornar o momento mais especial. Mas calma, são exigências que estão ao seu alcance.



1º - Leia isso em algum lugar fechado, vazio e sem ninguém, você tem de ler isso sozinho (a) entendeu? E não pode ser interrompido (a), lembre-se: apenas uma chance. Leia isso no banheiro, ou trancado (a) num quarto.



2º - Apague a luz. Isso mesmo, feche as cortinas se for necessário, mas leia isso no escuro, leia apenas com a iluminação do próprio computador. Lembre-se: UMA CHANCE.



3º - Enquanto estiver lendo ouça essas músicas: http://www.youtube.com/watch?v=5cENfXXUuTI. Vamos lá! Não me diga que está com medo, caro (a) amante de terror? Se quiser ler isso terá de seguir as minhas exigências.



Pronto? Já seguiu todas as minhas exigências? Já consegue sentir a magia? O coração acelerado no peito? O sangue fervendo nas veias? Pois bem, se já seguiu a todas as minhas exigências então continue lendo, se não, pare por aqui mesmo e vá procurar outra coisa para ler.



Agora, vá até a porta. Está fechada certo? Prenda a respiração e encoste o ouvido na porta. Consegue me ouvir? Pois é, eu estou aí agora, consegue me sentir? Quem sabe eu também esteja prendendo a respiração e tentando te ouvir? Então, me deixe lá, por enquanto. Volte à história. Agora, vamos ao conto.



A Magia...



Carrie era uma menina normal, de dezesseis anos, cursava o ensino médio. Tinha uma família feliz, quase perfeita, a situação financeira estável, amigos... Uma vida quase perfeita. Ela era uma amante de terror curiosa, assim como você caro(a) leitor(a). Um dia ela viu algo na internet, falava sobre A Magia, contava que era um conto proibido e não deveria ser lido. Carrie achou que era apenas uma simples brincadeira, então ela começou a ler o conto, mas com o passar dos segundos seu coração ficava acelerado e o sangue corria nas veias, até que ela percebeu que estava acontecendo algo que raramente acontecia com ela; ela estava com medo. Carrie não aguentou e fechou a página antes de terminar de ler.



A vida da menina voltou ao normal, tirando por alguns acontecimentos, toda vez que ela entrava na internet a página era levada a página do conto, seus sonhos se tornaram pesadelos, pesadelos terríveis e assustadores. Ela sonhava que estava em uma floresta escura, e ela ouvia uma voz, uma voz doce, ela tentava seguir a voz, mas sempre era levada a uma casa, sim, uma casa escura e assustadora, ela sempre se intimidava por aquela casa e sempre que se aproximava a porta se abria a convidando para entrar. Certo dia, em seus sonhos, ela decidiu vencer o medo e entrar na casa, era uma casa enorme, um labirinto criado pela própria mente e parecia que tudo girava ao seu redor, sombras apareciam para lhe atormentar, essas sombras sempre a seguiam, não eram sombras humanas, eram assustadoras. Carrie tentou seguir a voz doce, mas se via perdida e desorientada até encontrá-lo, era um ser humano, uma mulher que sempre andava nua, não tinha cabelos, não tinha olhos e pelos buracos negros escorria sangue, sua boca era costurada. Mas ela não amedrontava Carrie, pelo contrário, Carrie se sentia mais segura na companhia da desconhecida e a desconhecida a guiou pela casa. A voz doce ficava cada vez mais alta, ela chamava por Carrie e a levou até um corredor, um longo corredor, Carrie caminhou pelo longo corredor e se deparou com um espelho imenso com bordas de ouro, no espelho estava o reflexo de Carrie, mas o reflexo era completamente diferente, ela estava toda arranhada e sangrando e tinha um olhar assustador, malicioso. A voz doce se tornou uma voz demoníaca, Carrie olhou ao seu redor e quando olhou novamente para o espelho percebeu que era o reflexo que a chamava, sua guia havia desaparecido e Carrie se apavorou, ela tentava acordar, mas não conseguia. Seu reflexo começou a sair do espelho e se tornando algo real, as sombras se aproximavam, Carrie começou a gritar e então acordou.



Então humano? Tem coragem? Deseja continuar? Tudo bem...



Carrie estava em sua cama, em seu quarto, mas continuava apavorada. Ela se levantou e quebrou todos os espelhos da casa, seus pais começaram a achar que ela estava louca e a trancaram no quarto por dias, sem companhia e seu único contato com o mundo a sua volta era o notebook. Ela ligou o notebook e decidiu que acabaria com aquilo tudo logo de uma vez, ela foi direto à página do conto de A Magia, Carrie releu todo o conto e lembrava-se muito bem de onde tinha parado, ela sentia vontade de parar e fechar o notebook, mesmo assim continuou a ler. Ela seguiu as exigências que estavam na história, ouviu as músicas enquanto lia, fechou as cortinas e apagou as luzes, ficando no escuro absoluto. À medida que ela continuava a ler ela sentia uma presença, ela não sabia o que era, nem entendia direito, apenas sentia. Ela sentia que a cada parágrafo lido a presença se aproximava mais, então ela começou a ouvir uma respiração e um coração batendo, mas não era o seu. Ela ouvia passos e pancadas, os ruídos iam ficando cada vez mais alto. Carrie sentiu um vento gelado soprando e se arrepiou, um calafrio percorreu por sua espinha. Ela olhou na direção da porta e viu algo, era como se um vulto tivesse corrido em direção à porta e quando o conto acabou ela foi pega.



Os pais de Carrie foram entregar café da manhã para filha como faziam todos os dias, ao abrirem a porta estranharam toda a escuridão, logo acenderam as luzes e viram Carrie. Ela estava deitada na cama, sem olhos, sem cabelos e com a boca costurada, assim como sua guia em seu sonho, estava morta e com vários arranhados profundos pelo corpo. Sua cabeça estava sobre o teclado do notebook que havia queimado, desesperados, eles chamaram a polícia.



E então humano? O que achou do meu conto? Ótimo, agora volte até a porta e encoste novamente o ouvido na porta, consegue me sentir? Então, abra a porta e me deixe entrar...



Bons pesadelos, humano...


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