A última Gota de Sangue escrita por lawlie


Capítulo 1
Capítulo 1 Hikari




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Na sala do Diretor, estão ele, Kaname e essa misteriosa garota. Eles se encaram por um tempo, permanecendo nesse cruel silêncio da noite chuvosa. Cross parece estar preocupado e fita a garota durante longos minutos a fio. Numa mudança repentina de humor, o diretor vira animadamente para a garota um tanto quieta e diz:


- Que bom que você aceitou o convite para vir estudar na Academia, Hikari. Você deve saber o quanto é fundamental aqui, afinal, você é uma importante sangue-puro, descendente de uma família vampira não mais existente. Você tem a linhagem da família Kurama, conhecida no passado como a de “Sangue Doce”.


- Ah sim. – manifestou-se Kaname. – A sua família foi dizimada pelos Vampire Hunters, não? Achávamos que você não tinha sobrevivido, mas vejo que conseguiu.


- Disfarcei-me de humana. Vivi nas ruas desde então. – disse Hikari Kurama.


- Não sabia que você se rebaixou a tanto se passando por humana. – falou Kaname.


- Se não fosse isso, Kaname-sama, eu teria meu futuro como meus pais hoje. – disse Hikari.


- Deplorável. – suspirou Kaname.


- Mas o que importa é que você está bem, não é Hikari? – disse o diretor sorrindo. – A partir de agora você será acolhida aqui. Você fará parte da Classe Noturna. Aqui está seu uniforme. – ele entrega o pacote a ela. – Kuran-kun, você podia me fazer o favor de apresentá-la aos outros...

- Tudo bem, diretor. – disse o sangue-puro. – Vamos Hikari-chan. Vou te levar até o Dormitório da Lua.

Eles caminhavam vagarosamente pelos corredores. A chuva forte passara. Reinava apenas um fraco chuvisco nos jardins. Kaname observava atentamente Hikari.


- Você era apenas uma garotinha na última vez que a vi. – disse Kaname.


- Você não mudou nada, Kaname-sama. – falou Hikari em um tom quase que inaudível.

Mesmo com a aparência forte e fria, Hikari demonstrava obediência. Kaname se aproximou até ela e colocou sua mão no rosto da garota.

- Espero lealdade e obediência de sua parte. – diz ele. A garota fecha os olhos, amargurada. – Kurama... Os Sangue Doce... – suspira ele.

Agora, Kaname possuía uma expressão um tanto curiosa a respeito da garota. Olhos famintos e sedentos fitavam Hikari.

- Dizem que seu sangue é saboroso... Sangue Doce... – sussurrava Kaname próximo ao ouvido de Hikari. – Deixe-me saboreá-lo por apenas um instante.

Hikari estava paralisada. Suas mãos ficaram frias. Sabia que não havia outra escolha se não deixar o vampiro morder-lhe o pescoço.

- Seu perfume é instigante e delicioso. – ele foi aproximando o rosto do pescoço dela. Hikari não queria. Porém, era inevitável resistir. Kaname a segurou pelos pulsos e jogou-a contra a parede. – Eu preciso prová-lo.

Então, Kamane aproximou sua boca do pescoço de Hikari, lambendo-o. Após isso, presas afiadas cortaram a pele da garota. O sangue começava a ser jorrado e a ser sugado pelo vampiro. Em uma expressão de dor, Hikari fechou os olhos implorando que esse momento terminasse logo. Por fim, seu pescoço ardia devido à tamanha vontade selvagem do vampiro. Kamane agora não tinha mais aquela expressão bela e admirável. Era apenas um voraz sanguinário sedento.

Depois de alguns minutos, as vistas da garota já estavam turvas. Kaname a soltou. Hikari estava ainda mais pálida e fraca do que antes. Ele lambeu seus lábios encharcados do sangue da garota. Retirou um lenço de dentro do bolso do branco uniforme e os secou. Por fim, colocou o lenço pressionando o pescoço de Hikari a fim de estancar o sangue. Ela mal podia sustentar-se sobre as pernas.

Hikari se lembrou de uma conversa que ouvira entre seus pais. De acordo com o que fora dito nesse passado remoto e sombrio, o sangue Kurama causava dependência a quem tomava. Diariamente consumido, causava um vício doentio, porém dominável a vampiros superiores. Os únicos a exceção desse efeito eram os sangues-puros.

- Realmente delicioso. – disse Kaname – É o segundo melhor sangue que eu já provei. Está em desvantagem por pouco em relação às gotas que provei da Yuuki. Agora sim podemos ir ao Dormitório.

Hikari e Kaname foram caminhando naquele chuvisco até o dormitório. A garota andava com tamanha dificuldade. Há muito tempo ela não recebia uma mordida tão grande como aquela. Na verdade, há muito tempo que ela não convivia com vampiros.


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