Cuore Immortale escrita por Cherryuki


Capítulo 5
Capítolo 5 - Compagno


Notas iniciais do capítulo

Capítulo 5 - Companheiro



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Uma correria começa dentro do QG com a volta de Lire e Arme de uma missão, Ryan e Ronan vão ajudar as meninas, que traziam consigo um garoto desmaiado.

—Rápido! – dizia Arme

—Como vocês trazem um estranho pra cá! – dizia Ryan enquanto ajudava Ronan

—Ele não é tão estranho assim. – disse Lire - Ouça.

Em um sussurro quase inaudível o garoto chamava por alguém.

—Não dá pra entender. – Ronan se manifestou.

—Vocês vão e comecem a cuidar dele – falou Lire – Vou daqui a pouco, avisar algumas pessoas.

—Tem certeza que é certo Lire? -Arme se manifestou

—Tenho.

A elfa correu pelos corredores do quartel até chegar a certo quarto, parou em frente à porta e respirou fundo antes de bater.

—Quem? – pergunta da voz de um homem.

—É a Lire, Sieg. Preciso que vocês dois venham comigo.

Sieghart abre a porta.

—Não pode ser apenas eu? – pergunta o imortal.

—Não... Seria melhor se vocês dois viessem. Por favor.

—Vamos, Sieg. Ela está preocupada. – prontificou-se Louise

Andando em silêncio pelo quartel, os três se dirigem à enfermaria onde se encontrava os outros integrantes. Alguns metros antes de entrarem ouviram uma voz masculina gritando.

—NÃO! SIEGHART!

No mesmo instante, Louise corre até o quarto, deixando Sieg e Lire para trás. A garota ao entrar no quarto corre até o moço, mas Sieghart fica estático.

—Não... Pode ser... – sussurrava o imortal incrédulo

—Klaus! –Louise chamava ao lado do homem deitado na cama todo machucado.

—Sieg. – Lire o chama de volta – Ele está péssimo. Já está tendo alucinações... Você o conhece?

—Sim.

Sanctificati sanitas!

—Não, Louise! Você não pode! Não no seu estado! – Sieghart ia até a garota tentando detê-la.

Um brilho saía das mãos da jovem e alguns dos ferimentos mais profundos de Klaus começam a diminuir, até a garota desmaiar nos braços do imortal.

—Sieghart! Devia tê-la impedido! – diz Arme – Agora temos dois em péssimo estado.

—Não pude fazer nada. Você viu. – respondeu ele friamente

Lire se aproxima do garoto e coloca a mão na testa dele.

—Arme, ele está melhor. Já não tem mais febre. – a elfa olha Louise – E as feridas também diminuíram.

Arme se aproxima e o analisa melhor, concordando com a elfa. Ronan e Ryan observavam em silêncio o desenrolar de tudo aquilo.

—Vou levar Louise. – se manifesta o moreno – Ela precisa descansar agora.

Ele pega a dama no colo e sai da enfermaria levando-a de volta para o quarto.

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—Não acredito que agora tem mais um! Já tá virando bagunça! Tão achando é festa de mortos-vivos?! – reclamava a rosada.

—Acalme-se, Amy. – pedia Jin – Vamos ouvi-los.

—O mais estranho de tudo, foi o que a garota fez. – continuava Ryan – Ela curou o garoto...

—Uma sacerdotisa...

—Não temos certeza ainda, Mari. Ainda não é possível afirmar nada. – Ronan a contestava

—Você tem razão... Mas como eles disseram, não há registros. Não tem nada escrito. Eu procurei. – Mari soltou um suspiro – Espero que isso acabe logo. Assim, poderemos retornar à nossas antigas vidas.

—Tenho que concordar com ela. – falou Rey – Acredito que isso já esteja chateando todos nós.

Depois de espalharem a notícia, Ronan voltou para ajudar a Arme e pouco a pouco os membros da grande caçada haviam se dispersado a fim de realizar suas respectivas tarefas.

Lass andava calmamente enquanto fazia sua patrulha quando enxerga uma garota de óculos que parecia esperar alguma coisa.

—Lass. Quero falar com você.

—Estou no meu turno, é a minha vez de fazer ronda, não posso falar com você agora. – ele continuou andando

—É importante – a azulada o seguia – E eu sei que você sabe de alguma coisa. Ouvi por Ronan.

—Não vou conversar agora. – ele continuou seu caminho

—Tudo bem. Quando terminar, quero que me encontre na parte oeste do quartel. Estarei por lá.

O albino não respondeu nada, apenas continuou caminhando. Já desconfiava do que se tratava, mas o que aconteceu não lhe importava, além do mais, não se sentia no direito de repetir o que ouvira naquele dia. Entretanto não pôde deixar Mari simplesmente esperando.

—Diga logo, o que quer de mim? – falou de forma ríspida

—Ótimo, serei direta, facilita minha vida. Diga o que você sabe sobre Sieghart e aquela mulher Louise. – ela cruza os braços olhando-o firmemente

—Não sei nada. – Lass solta um suspiro – O que aconteceu para causar todo esse alvoroço?

—Você não ficou sabendo?

—Sobre o que? Estava patrulhando, se esqueceu?

—Parece que agora chegou outro conhecido daqueles dois, e a garota aparenta ser uma espécie de sacerdotisa.

—Entendo. Mas eu não tenho nada a ver com isso. – ele começa a caminhar saindo do local

—Claro que tem. Você também faz parte da Grand Chase. – Lass para de andar

—Assim como você disse, eu faço parte da Grand Chase. Não da vida passada e dos envolvimentos do Sieghart.

—Mas agora a situação é outra Lass. – Mari suspira – Estamos todos envolvidos com ele e...

—Você é quem está se envolvida com ele. Não eu. – ele a interrompe – Deixe-me fora disso tudo.

—É isso o que você pensa? Tudo bem. Já entendi que você não vai cooperar conosco. Só me responda uma coisa antes de ir, por que Sieghart se importa tanto com aquela garota?

— Isso vai depender do ponto de vista de vocês. – ele solta um pequeno sorriso e volta a andar.

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Louise chorava silenciosamente quando Sieghart entrou no quarto. No mesmo instante ela se pôs a secar suas lágrimas e sorrir para ele.

—Não precisa se forçar, Lis. Você ainda continua chorando.

—Claro que não Sieg. – as lágrimas voltaram a escorrer por sua face – Eu não sei por que estou chorando...

Sieghart se aproxima da garota, senta-se na cama e seca algumas lágrimas da mesma.

—Por que você está preocupada com ele. – ele baixa o olhar e sorri tristemente – Ele vai ficar bem.

—Não Sieg... Está tudo errado... Tudo... – ela dizia entre soluços – Eu o machuquei!

—Não foi você quem fez isso. Fui eu. Tudo teria sido diferente se eu tivesse deixado meu orgulho de lado naquela época... – ele abraçou a dama – Não se culpe sozinha.

—Mas eu sei que você vai fazer isso no meu lugar. Você se culpou por todos esses anos, eu sei que fez isso. – Louise corresponde o abraço do moreno – Não quero mais que se sinta assim... Sozinho...

Ficaram assim por longos minutos até alguém bater na porta, mesmo assim, separaram-se lentamente enquanto se olhavam intensamente. Mais batidas foram ouvidas da porta, assim despertando o imortal, fazendo-o abrir a porta.

—Arme. Aconteceu alguma coisa com Klaus?

—Não. Vim apenas avisar que ele está bem e acordado. Quando falei de você a ele, o mesmo insistiu que queria vê-lo.

—Me ver...?

—Sim. Não falei da garota para ele. – a roxinha sorri e coloca uma mão no ombro do moreno – Pode contar conosco Sieghart. Sei que não quer falar, mas estão todos esperando. Você faz parte de um grupo agora. Estamos do seu lado. Eu vi sua expressão àquela hora.

—Obrigado Arme. Quero que Lis se recupere antes de vê-lo.

—Entendo. Agora vá até lá antes que ele adormeça novamente. Ficarei aqui com Louise.

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O imortal andou lentamente até a enfermaria, parecia estar andando para a morte. Não esperava nunca ver Klaus, mas teria que enfrentar suas próprias escolhas. Chegou à porta do lugar, bateu três vezes, respirava fundo, o ar parecia fugir-lhe das narinas, sabia que estava sendo fraco, mas era impossível não se sentir desta forma. Sua escolha matara todos seus companheiros.

—Sim? – respondeu uma fraca voz masculina.

Sieghart entrou no local e logo seu olhar se encontrou com o de Klaus.

—Olá amigo. – falou o outro

Klaus era muito bonito possuía o mesmo porte físico que o de Sieghart, tinha olhos esverdeados e o cabelo castanho.

— Olá. Como está se sentindo? – Sieghart se aproxima e se apoia em uma cama próxima

—Um lixo – ele sorri – Até sorrir está doendo.

—Imagino. Você chegou aqui em trapos. Foi o que me disseram.

— Ainda estou assim.

Logo o local se encontra em silêncio mortal, no rosto de Klaus um visível traço de esperança, no de Sieg, tristeza.

—Não parece feliz em me ver. Sinto muito. – se pronuncia Klaus

—Claro que não! – o imortal se exalta – Como poderia ficar triste em ver meu amigo?! Apesar de estar um estrago, você está vivo. É o que me deixa melhor. Mas não esquecemos as coisas de uma hora para outra.

—Sei disso. Por tudo o que aconteceu, no final ainda somos amigos? – estende a mão

—Com certeza. – Sieg segura a mão do outro.

—Louise... Poderia estar aqui também...

Assim que ouviu o nome da garota, Sieghart sentiu um choque. Era como se o ar estivesse cheio de energia. Suas pupilas dilataram; em seguida ele apenas olha para baixo tentando controlar aquele misto de sensações que percorreram seu corpo.

—Ela está aqui... – ele sussurou para que o outro não ouvisse, o que foi em vão.

—Mesmo?! Onde ela está?! Deixe-me vê-la! – ele se exalta

—Não. – fala seriamente – Ela também está em recuperação. Quando você e ela estiverem melhores, poderão se ver.

—Obrigado. – Klaus sorri torto devido às dores

—Descanse agora. Eu preciso ir resolver alguns assuntos. – ele se dirige á saída.

A verdade era que Sieghart queria correr de lá, não queria ter falado da garota para ele, mas não lhe pareceu correto. Eram amigos, companheiros. Queria ter saído correndo daquele lugar, mas se não mantivesse o controle Klaus descobriria que Louise está bem e que era ele quem não queria que ele a visse. Ficou um bom tempo perambulando pelo quartel até se acalmar para voltar ao quarto onde ele tinha certeza que ela estaria à sua espera.

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Arme entrou no quarto e se sentou em uma cadeira próxima à cama.

—Está cansada? – perguntou Louise

—Estou. Nunca vi tanta agitação por aqui. – ela suspira

—Sinto muito.

As duas ficaram em silêncio por longos minutos, Arme olhava suas mãos e Louise encarava a janela.

—Hei... – chama a maga – Sei que isso é demais, mas...

—Você quer saber sobre nós, não é? O por que de tocarmos tão fundo nas feridas de Sieg... – Louise fala depois de interromper a outra.

—Isso.

—As feridas dele somos nós, eu e Klaus. É por isso. Mas, a vida é tão... – ela suspira – Nada é simples. Escolhas são tão duras, mas ao mesmo tempo, necessárias. Sinto muito Arme. Acho que não posso lhe dizer nada agora. Eu também estou... Abalada.

—Desculpe por forçá-la.

—Não se preocupe. – ela sorri – Contarei tudo outro dia, tudo bem?

—Claro.

—Onde está Sieg... Ele está demorando... – ela olha pela janela novamente e vê uma figura preta.

Não notara quando começou a chover, mas tinha certeza de que aquela figura tão derrotada era o imortal. Não hesitou nem por um único momento, antes que Arme se desse conta, garota estava correndo loucamente pelos corredores do quartel. A maga foi atrás, tentou em vão impedi-la de ir para a chuva, mas depois de observá-la por alguns instantes, viu o imortal sentado no chão com o rosto para cima, parecia estar em pedaços. Pedaços esses que Louise estava tentando juntar aos poucos.

E tudo o que a roxinha pode fazer foi observá-los ao longe, Louise abraçando o imortal e tentando desesperadamente fazê-lo volta a si.


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