O Impossível, Difícil De Definir... escrita por Louvre


Capítulo 78
Sofrer por amor


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Capítulo 78: Sofrer por amor

- A peça ficou muito boa! As pessoas gostaram muito! – Marcelina falou nos bastidores.

- Deu tudo certo meu anjo, e eu tava tão nervoso! – Rafael respondeu, toda a turma estava naquele lugar.

- Espero que nossos colegas que se vão tenham gostado porque essa apresentação também foi pra vocês... – dizeres de Nicholas.

- Pode deixar, nem do outro lado do mundo existe possibilidade de esquecer o que aconteceu hoje! – Bernardo falou.

- Verdade, não tem como esquecer nossa turma! – dizeres de Lúcio.

- Eu vou sentir muita falta de vocês todos! – Jaime falou.

- Todo mundo vai, essas coisas de despedidas são tão complicadas! – dizeres de Maria Joaquina.

- Mas eles têm certeza que, independente e onde estejam, nós estaremos com eles... – Daniel falou.

- Nunca vou me esquecer disso! – Irene comentou.

- Desejo a todos uma boa viajem e um bom recomeço aonde quer que forem. – Dizeres de Tereza lacrimejando.

- Essas coisas são tão difíceis, deixar uma história pra trás e começar algo novo... – comentário de Mário.

- Difícil é, mas da forma que construímos nossa história aqui também construiremos lá! – Alicia falou decidida.

- Sempre vai existir a saudade... – Adriano falou.

- Sim porque tivemos muita coisa aqui juntos... – Valéria opina.

- Recomeçar é complicado, mas somos fortes, vamos vencer esse desafio! – dizeres decididos de Rebeca.

- De qualquer forma sempre teremos essa peça pra lembrarmos uns dos outros, aliás, pra que a escola Mundial lembre da turma que tivemos aqui! – Paulo falou com muito ímpeto.

- Como se você possível esquecer todos daqui... – Evellin opinou.

O clima triste de despedida se instaurou ali, os que se mudariam viajariam no dia seguinte, era realmente uma despedida sem previsão de retorno, as coisas que foram ditas talvez fossem as últimas cara a cara, as coisas que não foram ditas talvez nunca mais pudessem ser, agora, mais do que nunca, era inevitável o sentimento de perda da partida.

................................

Todos aparentemente tinham ido pra casa, exceto Valéria que arrumava umas coisas nos bastidores, a jovem pensava em milhões de coisas que não sabia explicar pra si mesma, de repente a porta se abre a assustando.

- Valéria?! – era a conhecida voz de Paulo.

- O que você quer garoto? Não acho que a gente tenha algo pra conversar ainda! – ela falou decidida.

- É claro que a gente tem! Eu já te falei e vou repetir, eu gosto de você, eu sofro quando você está longe de mim...! Na peça hoje eu estava muito nervoso, mas tendo você ao meu lado eu me sentia forte! Mais do que nunca eu tenho certeza de meu sentimento por você e...

- Então você também se sentiu assim? Estar ao seu lado também me ajudou muito na peça, você também me deixa mais forte... – ela falou, ele se aproximou dela e segurou suas mãos.

- Isso é a prova que você também gosta de mim! Vamos ficar juntos Valéria, eu... Eu não consigo mais ficar longe de você!

- Nós não vamos dar certo Paulo, vamos ficar juntos até eu te ver com outra garota? – ela falou puxando suas mãos. – Eu já te disse, eu não ia aguentar isso! Eu não sou forte como a Rebeca, eu não ia suportar estar com você e saber que você não está comigo...

- Eu sei que eu errei muito, mas eu aprendi com meu erro, isso não vai acontecer de novo porque eu te amo! – aquelas palavras soaram tão docemente nos ouvidos dela que ela parecia ter flutuado por alguns instantes, mas...

- Não Paulo, nós somos diferentes demais... Não vai dar certo...

- Se é assim que você pensa, se tem certeza da sua escolha, eu não tenho mais nada a fazer... Talvez e mereça isso, talvez seja a consequência de meus atos, mas isso não muda o fato de eu te amar muito! – ele falou muito triste caminhando até a porta. – Eu respeito sua escolha, não vou te procurar mais... – ele falou e saiu do local, imediatamente ela se sentou e começou a chorar.

A jovem chorou bastante, o que ela sentia por ele também era muito forte, entretanto duvidava do caráter dele, achava que o sentimento dele poderia ser passageiro e quando esse sentimento terminasse ele agisse com ela como agiu com Rebeca. Em meio a suas lágrimas escutou a porta se abrindo novamente.

- Vai embora Paulo, me deixa! – ela falou quase gritando.

- Paulo?! O Paulo que te fez chorar?! – a conhecida voz do professor Renê chega até os ouvidos dela.

- Professor...?! – ela responde assustada e surpresa, tentava limpar suas lágrimas.

- Eu escutei uns barulhos, umas discussões, daí vim aqui e te encontro chorando... O que o Paulo te fez?

- É complicado...

- O Paulo anda bem diferente ultimamente, aliás, vocês dois, daí ele sai daqui e eu te encontro chorando, o que eu... – de repente uma ideia vem à cabeça dele como um estalo. – Entendo, você gosta dele né? – ele conclui corretamente, as lágrimas dela descem com mais intensidade.

- Eu... Eu... – ela fala com dificuldade e ele a abraça.

- Calma, tudo bem, é normal gostar de outra pessoa...

- Você não entende professor, ele falou que gostava de mim e me pediu em namoro...

- Realmente eu não entendo, então era pra você estar feliz ou não?

- Essa é a questão, eu sei que a Rebeca terminou com ele porque ele beijou... Outra garota... E se ele fizer o mesmo comigo? Eu não ia suportar professor eu não ia aguentar isso!!! – ela falou em meio a soluços.

- Acho que agora eu to entendendo, olha Valéria se relacionar com alguém sempre trás esse tipo de risco, talvez o Paulo tenha errado com a Rebeca, mas também talvez ele tenha aprendido a lição, eu tenho notado uma mudança de postura dele diante de um monte de coisas, ele ta mais responsável e mais companheiro com os colegas...

- Então você acha que eu deveria namorar ele?

- Não foi isso que eu quis dizer... Não exatamente... Acho que seria mais fácil te falar se eu fosse a Helena! – ele falou com feição confusa, Valéria riu. – Pelo menos servi pra te arrancar um sorriso.

- O que você acha que eu devo fazer então professor? – ela pergunta.

- Segue seu coração Valéria... Você disse, pelo que eu entendi pelo menos, que você tem medo de sofrer por amor, mas sofrer por amor é o que, exatamente, está acontecendo com você agora. – tais palavras bateram forte na garota.

- Acho que eu entendi... – ela falou confusa.

- Cadê seus pais hein mocinha? – o professor pergunta.

- Eles já foram, eu fiquei pra trás pra pegar umas coisas e... Bom, eu vou ligar pro meu pai pra me buscar...

- Será que eu posso te levar pra casa então? Já vou levar a Helena mesmo, suas casas não são muito longe.

- Sim, claro que pode! – ela falou ostentando um sorriso. – Muito obrigado por me ajudar professor, o senhor foi bem legal!

- Eu sei que não sou nenhuma Helena, mas eu faço o que posso! – ele falou a fazendo rir mais. – Só me faz um favor, não me chama de senhor, faz parecer que sou um tiozão, não que eu não seja, mas as pessoas não precisam saber disso... – dizeres dele antes de cruzar a porta com sua aluna.


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Notas finais do capítulo

Capítulo tenso! Todo mundo indo embora e Paulo e Valéria não se acertam...

Até o próximo!