O Impossível, Difícil De Definir... escrita por Louvre


Capítulo 7
Guerra de bolinhas de papel


Notas iniciais do capítulo

Eu particularmente gosto muito dese cap, eu gosto de caps mais zuados tipo esse.
Boa leitura!



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Capítulo 7: Aula de música, guerra de bolinhas de papel


– Jaime! Acorda... Ta na hora da aula! – a voz do pai do gordinho adentra seus ouvidos, seria possível que já era hora de estudar? Na cabeça do garoto ele acabou de se deitar.


– To indo... – ele fala sonolento se levantando, se troca e vai tomar café, seu cérebro ainda não está funcionando corretamente, muito comum nas pessoas pela manhã.


– Anima gordinho, você não disse que hoje tem aula de educação física? – a mãe relembra seu filho.


– É verdade! Hoje tem futebolzinho! – o garoto fala se animando. – Até depois mãe! – o jovem fala atravessando a porta, logo volta, pega um pão e novamente sai.


Pouco tempo depois alguns alunos chegavam à escola, alguns cumprimentam o velho senhor que está na portaria enquanto outros passam direto.


– Bom dia Firmino! – alguns meninos cumprimentam.


– Bom dia santos diabinhos... – ele responde.


– Bom dia Firmino! – Marcelina cumprimenta o velho senhor, estava do lado de seu irmão.


– Bom dia Marcelina, bom dia Paulo.


– Bom dia por quê? Seria bom se eu não tivesse que vir a escola! – o garoto responde rispidamente.


– Não liga pro meu irmão Firmino, ele ta muito chato ultimamente! – ela fala.


– Não se preocupe, eu já me acostumei com ele. – o senhor responde sorrindo.


– FIRMINO! – Valéria aparece pulando e abraçando o senhor.


– Garota não faz isso! Eu to velho, quer me quebrar todo?


– Desculpa Firmino é que tava morrendo de saudade!


– Você não matou sua saudade de mim ontem Valéria?


– Não, ainda não. – ela responde sorrindo muito.


– Mas quê isso aí? Só tem estranho nessa escola mesmo! – Paulo afirma muito irritado e saindo de perto das garotas.


– O Paulo ta muito esquisito ultimamente. – observação de Marcelina.


– Oi garotas, oi senhor... Senhor Firmino acertei? – Rafael aparece cumprimentando.


– Acertou sim garoto. – o senhor reponde, Valéria já o soltou.


– Oi Rafael. – as garotas cumprimentam de volta.


– Marcelina vem logo! – Paulo fala quase gritando pra sua irmã.


– Já vou seu grosso! A gente conversa depois Rafael. – a jovem fala se dirigindo pra onde seu irmão está.


– Será que foi alguma coisa que eu disse? – Rafael fala estranhando a atitude dos irmãos.


– Liga não, o Paulo é assim mesmo, mal educado apesar de bonito. – dizeres de Valéria.


– Oi?


– Não nada... Só pensei alto. – ela fala sem graça.


– Bom dia meu povo, e aí Rafael? – Nicholas aparece cumprimentando. – Você é a Valéria não é? Acertei?


– Isso mesmo Nicholas ponto pra você. – ela fala em tom de piada.


– Fazer o que não é? – ele fala batendo com um peteleco na sua cartola. – O meu nome você guardou bem.


– Lógico você é aparecido pra caramba! – ela responde.


– Olha que absurdo tio da portaria? Eu aparecido? – Nicholas fala diretamente pra Firmino.


– Tio da portaria foi boa, você é meio alto não é garoto? – observação do velho senhor.


– O que acontece, lá em casa nem sempre tinha leite aí minha mãe fazia chá de bambu pra eu tomar... A gente tem que se virar né? A pobreza é cruel! – comentário feito retirando sua cartola e a colocando no peito com uma falsa feição de tristeza, ato que despertou risos nos presentes.


– Nossa, que gosto terá chá de bambu? – Adriano fala aparecendo no local.


– Esse garoto é muito legal! É só dar um pouquinho de corda que ele vai pra outra dimensão. – o jovem de cartola faz tal comentário.


– Definiu o Adriano muito bem! – dizeres de Valéria. – Gente ta quase na hora da aula, vamos? – palavras verdadeiras que fazem os jovens se dirigirem a sala de música, Valéria guiou os novatos, um pouco depois Adriano acordou do transe e os seguiu.


.............................................


– Ela ta demorando... – Irene fala pra si mesma sentada num degrau da escada de entrada para a escola, de repente um carro pára e Tereza sai dele.


– Obrigado pela carona nona, até depois... Irene?! Tava me esperando?!


– Lógico! Não vou te deixar entrar sozinha no segundo dia de aula.


– Eu acho que você é quem ta com medo de entrar sozinha.


– Eu não tiro sua razão. – tal comentário causou risadas em Tereza.


– Oi... – uma voz feminina chega aos ouvidos das colegas. – Beleza... Desculpe não guardei o nome de vocês ainda.


– Eu sou Irene e ela Tereza.


– Você é Alicia não é? – a jovem de olhos azuis pergunta e Irene concorda.


– Isso mesmo, vocês são boas em guardar nomes!


– Tenho vários outros talentos, você que ainda não comeu das minhas refeições! – Irene fala em tom de piada.


– Aqui, vocês estão com medo de entrar? – a jovem de boina fala.


– Existe essa possibilidade. – Tereza responde.


– Precisa ter medo não garotas, vamos... – Alicia fala entrando e praticamente puxando as duas. – A primeira aula hoje é na sala de música, vou levar vocês lá pra que vocês não se percam como no primeiro dia.


– Ta, a gente agradeceria muito... – palavras de Tereza, as duas novatas seguiram Alicia, finalmente as duas estavam se comunicando com algum veterano.


............................


O sinal já havia tocado há algum tempo, todos os alunos já estavam em seus lugares na sala de música, quem não estava lá era o professor, adolescentes não costumam ter muita paciência pra esperar.


– Gente por que o professor ta demorando tanto? – Rebeca pergunta pra Valéria que estava ao seu lado esquerdo.


– Não sei, será que mudaram de professor e não colocaram outro? – Valéria pergunta.


– Não Valéria, minha mãe veio aqui nas férias e conversou com a diretora, ela falou que a grade de professores não mudou então o professor Renê vai continuar dando aula pra gente. – Maria Joaquina respondeu com seu estilo peculiar de falar.


– É incrível como até em respostas simples ela consegue ser esnobe! – observação de Alicia.


– Esnobe?! Ela é rica? – Tereza pergunta pra Alicia.


– Ô...


– Engraçado, essa escola não tem assim a mensalidade tão alta, se ela é rica poderia estudar numa escola melhor ou não? – Irene faz uma observação.


– Isso é uma longa História... – Alicia reponde e começa a falar o que sabe sobre Maria Joaquina.


Ao lado da garota rica está Jaime, eles não se olham, a todo instante evitam cruzar olhares, de repente o garoto pega um caderno e arranca uma folha, faz uma bolinha de papel e sorri de forma maléfica. O jovem arremessa aquela bolinha de papel em Evellin que estava jogando seu game no outro extremo da sala, ele acerta em cheio a cabeça dela.


– Mas quem...? – a garota fala levantando a cabeça e procurando quem a acertou, de repente ela olha pra Jaime que fazia movimentos como numa dancinha rodando as mãos a frente de seu peito e balançando a cabeça. – Seu gordo! – ela fala sorrido e lança a bolinha nele de volta, também acerta em cheio a cabeça dele. O garoto olha assustado, devido à boa mira da menina, e começa a rir quando ela flexiona seu braço direito e bate no bíceps desse braço com a mão esquerda, como se estivesse mostrando que era muito forte.


– A mais eu não deixava... Se fosse comigo...! – Nicholas fala, claramente provocando, diante daquela cena. De repente Jaime e Evellin estavam trocando bolinhas de papel e acertando até quem não eram seus alvos o que causou uma guerra. Maria Joaquina observava aquilo furiosa!


– Essa oferecida dessa Evellin fica arrastando asa pro Jaime na maior cara de pau, detesto essa garota! – ela falou sem pensar.


– Falou comigo? – Jaime perguntou.


– Lógico que não Jaime, por que eu ia perder meu tempo falando com você?


– Nossa como você ta estressadinha Maria Chatonilda!


– A Jaime ó! Não fala comigo não!


– Como se fosse um sacrifício pra mim!


– Querem parar? Ta parecendo briga de casal! – dizeres de Mário que estava ao lado deles.


– Não viaja! – Maria Joaquina e Jaime respondem em coro.


Do outro lado da sala Tereza, Alicia e Irene seguiam se desviando das bolinhas de papel que vinham de todos os lados.


– Não entendi como isso virou uma guerra? – Alicia pergunta se abaixando.


– Se me acertar eu taco de volta! – Irene exclama, exatamente pós essas palavras uma bolinha vai sentido a Tereza, ela se abaixa e a bolinha acaba acertando Irene.


– Desculpe, foi reflexo... – a jovem de olhos azuis fala.


– Agora eles vão ver! – Irene fala pegando um monte de bolinhas no chão e as lançando de uma vez, entretanto, nesse instante, o professor adentra a sala e metade dessas bolinhas o acertam.


– Mas... Quem...? – ele pergunta assustado, naquele momento a única pessoa de pé era Irene ainda em posição de bolinhas lançadas.


– Ferrou... – a jovem de mechas vermelhas falou diante daquela situação.


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Notas finais do capítulo

O que seria de uma escola sem uma guerra de bolinhas de papel? Eu ouso dizer que quem nunca participou de uma guerra dessas nunca foi realmente feliz!
Até o próximo!