O Impossível, Difícil De Definir... escrita por Louvre


Capítulo 66
Cumprimento de promessa e difícil conclusão


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Capítulo 66: Cumprimento de promessa e difícil conclusão

- Ela ta demorando... Eu devia ter a pegado em casa... – Bernardo falava pra si mesmo sobre Alicia, ele estava à entrada de um shopping a esperando. – Mas ela disse que viria sozinha, aliás, exigiu que viesse por conta própria...

- Ei... Bernardo! – a voz da jovem chega aos ouvidos dele.

- Oi... Você está incrível! Mais linda impossível! – ele fala com os olhos brilhando, realmente a jovem estava muito bonita, mas a paixão dele ajudava a aumentar a beleza dela.

- Obrigada! – ela falou se aproximando dele e o beijando nos lábios. – Desculpa o atraso...

- Sem problemas, eu só queria te apanhar em casa, porque você não deixou?

- É que queria te fazer uma surpresa... Toma é pra você! – ela falou tirando da bolsa uma caixa.

- Não acredito... É um jogo de rolamentos pra skate! Eu tava mesmo precisando de um! – ele fala empolgado.

- Eu sei, e olha só, esses rolamentos tem vedação dupla! Vai impedir que poeira entre nos e vai aumentar a vida útil deles... – a jovem fala feliz e animada.

- Como você conseguiu dinheiro pra comprar isso? Quer dizer, seu pai e sua mãe devem ter gastado uma fortuna naquela festa, não acho que te dariam dinheiro assim...

- Não se preocupa com isso, eu tinha um dinheiro guardado e resolvi que seria bom gastar com você.

- Eu não acho que mereça tanto... Mas muito obrigado! – ele fala a abraçando, estava muito feliz, uma felicidade contagiante, depois a beijou apaixonadamente.

- É muito bom te ver feliz Bernardo! – ela fala.

- Eu não sei se algum dia eu estarei a sua altura sabe? Mas eu vou te compensar eu juro!

- Você não tem que me compensar, seja você mesmo porque eu te amo do jeito que você é!

- Assim eu fico até sem jeito... Vamos entrar? – ele falou fazendo gestos engraçados, ela riu. Ambos entraram no shopping, suas mãos dadas chamavam a atenção de quem passava perto, estranho porque milhares de casais passam por aquele shopping todos os dias, beijos, abraços, afetos são comuns, então porque aquele jovem casal de mãos dadas era tão chamativo? Ninguém sabia explicar, ninguém poderia entender a paixão tão chamativa daqueles dois.

Eles foram até o cinema e compraram umas entradas, entretanto a sessão ainda ia demorar um pouco, não compraram ingresso pra nenhum filme dramático ou romântico, não fazia o estilo deles, pelo menos não o estilo de filmes que veriam no cinema, preferiram ver um filme mais movimentado, com cenas de ação e afins.

- Será que esse filme é bom? – ela pergunta.

- Eu li críticas sobre ele e não parece ser tão legal assim... Mas sabe que até prefiro que não seja tão bom assim o filme? – Bernardo falou rindo maldosamente.

- Seu bobo! – ela falou o beijando.

- Ainda temos tempo antes do filme, quer dar uma andada no shopping? – ele pergunta.

- Claro que sim! Tem uma loja de artigos esportivos excelente no piso de baixo! – ela falou muito animada o puxando. Desceram rapidamente até a loja, ela com certeza estava muito mais animada que ele naquele local.

- Olha essas luvas de goleiro... Incríveis!!! – Bernardo opina.

- O preço é uma maravilha também! – Alicia fala com muita ironia, realmente as luvas eram muito caras. – O que ta num preço legal são as bolas de futebol pra campo, olha só...

- Sim! O preço ta excelente! E olha que são de marca muito boa...! É uma pena que mesmo com o preço excelente ainda estejam caras pra mim... – o garoto esperava uma resposta direta de sua namorada, entretanto tal resposta não veio, ele se virou olhando confuso pra ela, ela, por sua vez, estava distraída com algo impressionante, algo tão incrível que fazia seus olhos brilharem.

- Essa é o skate mais legal do mundo! – ela falou.

- Uau! É mais que incrível! – ele falou concordando com ela, agora ambos estavam hipnotizados por aquela prancha.

- Imagina a gente com um desses? – dizeres dela.

- Eu ia tirar muita onda!

- E eu então? Nossa, com um desses eu não ia mais parar em casa... Ia ficar andando de skate o dia todo!

- Queria poder te dar um presente assim... – o garoto fala com pesar.

- Não faça isso! Senão eu posso trocar o tempo com você pelo tempo com o skate. – ela falou em tom de piada, ambos riram.

- Você não faria isso! – ele fala entrando na brincadeira.

- Ah se faria! E faria muito! – ela respondeu e eles riram novamente, nesse instante se deram conta do horário, já era próxima a hora do filme.

Diferentemente da forma que desceram até a loja subiram até o cinema, não houve pressa da parte deles, apenas caminharam rindo até a escada rolante e deixaram que essa os levasse, trocaram beijos e carinhos por aquele breve instante em que seguiam o fluxo da escada.

O filme em si não era nenhuma obra de arte espetacular, mesmo que fosse nem Alicia e nem Bernardo estavam realmente interessados nele, estavam interessados sim um no outro, cada olhar, cada gesto, cada beijo demonstrava o quanto eles se gostavam. Talvez aqueles dois nunca se lembrem do filme que viram, mas com certeza se lembrarão desse momento em que estiveram juntos.

- É uma pena que nosso encontro chegou ao fim né? Queria que ele continuasse por mais tempo... – ela falou, ambos caminhavam pelas ruas sentido a casa dela.

- Mas quem falou que acabou? Ao que me consta ainda não é tão tarde e a pista de skate é bem iluminada! Por que não fazemos umas manobras lá pra terminar nosso encontro? – ele sugere.

- Ótima ideia! – ela fala feliz. – Você é o melhor namorado que eu poderia ter! – ela fala selando os lábios dele. Como haviam prometido pra si mesmos estão dando o melhor de si para que esses seis meses juntos sejam os melhores de suas vidas, entretanto nenhum deles ainda teve coragem de contar sobre as mudanças no fim do ano.

.........................................

- Quem poderia ser uma hora dessas? – Valéria fala ao escutar a campainha, a jovem estava descansando no apartamento em que mora.

- N-não acredito?! O que você ta fazendo aqui? – ela fala surpresa ao abrir a porta e ver aquele rosto familiar. – Paulo...

- Oi Valéria... Eu... Eu... Toma é pra você! – ele falou entregando um buquê de flores para a garota.

- São lindas!

- Eu mesmo escolhi... Escuta Valéria, eu não consigo mais ficar longe de você, eu não consigo mais te evitar e...

- Acho que sei como se sente... Eu também me pego pensando em você mesmo quando não quero, é tão difícil ficar longe de você... – ambos falaram com sinceridade.

- Então eu acredito que... – ele falou meio sem jeito. – Valéria, você quer namorar comigo? – ele se ajoelha e pede a jovem, ela, por sua vez, sorri, depois se entristece e começa a chorar.

- Então é assim...

- Assim como? – ele fica em dúvida.

- Você e a Rebeca terminam num dia e no outro você vem atrás de mim... O que você pensa que eu sou? Sua garota particular que quando você quer está a sua disposição?

- Não Valéria...

- A Rebeca era minha amiga e eu beijei você que era namorado dela, será que só eu me sinto mal por isso?

- Mas eu também... Eu também não...

- E se eu dissesse sim pra você agora, até quando ficaríamos juntos? Até eu descobrir que na verdade você gosta de outra? Até eu ver você beijando outra como a Rebeca viu?

- Aquilo foi... Eu explico é que...

- Nada me faria mais feliz do que estar ao seu lado Paulo e hoje eu sei disso, porque toda vez que te vejo algo em mim muda, um sentimento que tento esquecer sempre se renova... Você é tão bonito! – ela fala passando a mão delicadamente no rosto dele. – Mas não posso estar ao seu lado, não aguentaria sofrer como a Rebeca sofreu!

- Não fala assim Valéria... Eu posso mudar, a vida ensina coisas pra gente e...

- O dia que você tiver mudado, se você ainda gostar de mim, me procure... Quem sabe nesse dia eu ainda goste de você... Agora, por favor, vai embora. – ela fala lacrimejando bastante.

- Não faz isso Valéria! – ele fala a abraçando igualmente chorando bastante. – Eu te amo tanto!

- Assim como amava a Rebeca?! Vai embora, por favor! – ela pede novamente, o garoto então a solta, se vira e segue seu caminho saindo do prédio, ela fecha porta e volta pra seu quarto, chorava muito, era difícil demais pra ela conter a tristeza que sentia, ele também chorava, havia concluído que ele próprio era seu pior inimigo.


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Notas finais do capítulo

Paulo e Valéria as pessoas mais complicadas do universo... Não consigo deixar de escrever essas complicações todas!

Até o próximo!