Luar De Prata escrita por All Black


Capítulo 1
Amor Improvável


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores,
Meu primeiro capítulo da minha primeira história é este, então perdoem a minha falta de experiência. Peço que me avisem qualquer eventual equívoco ortográfico, semântico ou qualquer anomalia na minha escrita para que possa corrigir.
Peço também que façam comentários, sejam eles bons ou ruins.



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A noite caiu e era questão de tempo até que a lua cheia apareça. Era o dia da caçada de Eddard.

Não se engane com o seu rosto branco e cabelos loiros cacheados. O rapaz magro de olhos verdes é o mais feroz da trindade da morte. Carregava consigo uma pistola com projéteis de prata, uma adaga presa à perna e uma espada de duas mãos nas costas.

Trespassou as muralhas por um portão subterrâneo no lado oeste em direção à cidade fantasma. O mustang irrompeu por uma passagem em um rochedo após um túnel escuro, úmido e bem estreito.

O caminho percorrido do ponto de partida até a cidade era curto e não demorou para os prédios, lojas e construções abandonados fossem avistados.

Na cidade, até o momento, tudo se encontrava calmo, como se não houvesse nenhuma forma de vida. Alguma coisa suspeita estava acontecendo.

Aauuuuuuuuuuuuuuuuuuuu. Um lobo uivou e outro e mais outro.

No retrovisor, pelo menos cinco deles perseguiam o veículo de Eddard. Eram negros como a noite e grandes como cavalos. Seus dentes eram enormes e pontiagudos, incrivelmente brancos. O pelo, eriçado e desempenhavam uma velocidade alucinante.

A rua pavimentada seguia intermitente por cerca de dois quilômetros, local propício para uma eventual fuga. Mas ao invés de tentar uma fuga, Eddard acelerou o motor bruscamente, girou o volante para a esquerda, depois para a direita e puxou o freio de mão. O carro girou em cento e oitenta graus, e disparou em direção aos lobos. Acionou as armas acopladas ao capô e abriu fogo. Abateu uma das feras com um projétil na testa, atravessando o cérebro e eclodindo na parte de trás da cabeça e feriu outro, os demais fugiram, amedrontados.

O caçador desceu do carro, com a espada empunhada e finalizou o lobo ferido separando a cabeça do resto do corpo. Ainda restavam três.

O local do incidente era uma rua comercial, repleta de prédios, e como era uma cidade antiga, a maioria das construções possuía arquitetura arcaica. Entre as construções haviam inúmeras vielas e becos escuros e por mais corajoso que Eddard fosse, ele não se atrevia a entrar lá. Centenas, talvez milhares de lobisomens se esgueirassem por aquelas estreitas passagens.

O caçador apenas caminhou. Por horas ficou no vai-e-vem a espera dos outros três que escaparam. Eles viriam, eles sempre vêm.

Já eram quase quatro da manhã quando um deles, talvez uma fêmea, caminhava silenciosamente pelas costas de Edd. Não tinha como se esquivar do ataque. A fera pulou em cima dele, derrubando-o. A espada caiu longe.

Saliva escorria por entre os dentes do animal, que estavam todos à mostra. As patas dianteiras posicionadas sobre o peito de Eddard impediam a ele de levantar. Apenas um ataque seria necessário para findar a sua vida.

Não tentou mais se libertar por força bruta. Pegou a adaga de prata na panturrilha e perfurou o estômago da fera. O animal cambaleou sentindo a dor do golpe. O caçador se preparava para dar o golpe final, quando o primeiro raio de sol apareceu no horizonte. No lugar onde estava um lobisomem, quando a luz raiou, jazia uma linda mulher.

Seus cabelos lisos e negros refletiam a luz. Tinha a pele branca como a neve e ao toque, se assemelhava a porcelana. Seu corpo, muito belo, apesar de estar magra por efeito da contaminação. Aparentava ter por volta de vinte anos.

Eddard pegou a garota no colo e colocou sentada no banco do passageiro. Teria que agir rápido, o ferimento sangrava muito.

O carro disparou pela cidade rumo aos rochedos a leste.


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Notas finais do capítulo

CBL: Confederação Bala de Prata. Confederação de caçadores de lobisomens.
Trindade da Morte: Os últimos três membros originais da confederação.