Seja Minha Maid escrita por Allie Próvier


Capítulo 6
Capítulo 6: Festival e... Jacob Black?


Notas iniciais do capítulo

GENTE, DEPOIS DE UM SÉCULO AQUI ESTOU EU!
Explicações lá em baixo!!
Boa leitura!



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Capítulo 06: Festival e... Jacob Black?

   Estava todo mundo alvoroçado, quase beirando ao desespero, mas ah! - como era maravilhoso ver aquilo tudo.

- Presidente, onde colocamos essas faixas que sobraram? – uma das meninas perguntou.

- Coloque-as na sala 145, ela não está sendo utilizada. – falei, e ela fez o que mandei.

   Coloquei as mãos na cintura, suspirando. O Maid Café que a minha turma estava organizando estava quase pronto, só faltava organizar as mesas e as cadeiras, e o pessoal se arrumar. As meninas se vestiriam de Maids, - e isso me lembra que eu tenho que fugir nessa hora para não precisar ajudar – e os garotos vestiriam blusa social e calça social. A roupa foi escolha deles, o que me surpreendeu. Estariam eles deixando de lado o lado vagabundo e vândalo, e se tornando “mocinhos”?

   Ri dos meus próprios pensamentos, mas meu sorriso morreu ao ver aquela coisa dos infernos.

- Olá, Swan.

   O ignorei e lhe dei as costas. Eu tinha que verificar se Mike e os outros garotos do Conselho estavam dando conta da organização na entrada. Ouvi o Cullen me chamar, mas eu tenho mais o que fazer do que ficar ouvindo as perversidades dele. Eu estava quase chegando à saída do colégio quando Alice e Rose aparecem na minha frente, arfantes, e segurando algo.

   Algo não, alguém.

- Bella, ele não quer cooperar! – Rose reclamou.

   Só então vi que elas seguravam Nicholas, que tentava a todo custar se soltar delas. O olhei nos olhos, e ele estacou, fazendo uma expressão sofrida.

- E-Elas estão me tocando e... Aquelas garotas vieram para cima de mim falando, todas falavam ao mesmo tempo, pelo amor de Deus eu não aguento isso e...

   Bufei.

- Nicholas, cale-se e se apronte para ajudar a turma. Entendeu? Se não cooperar para conhecer os outros e ajudar, vai conhecer o meu punho. – falei, saindo de perto deles em seguida.

   Ouvi o garoto suspirar, e Alice e Rose rirem. Revirei os olhos. Era cada coisa que eu tinha que aguentar...

   Avistei Mike no portão, segurando sua prancheta com os panfletos, onde havia todo o cronograma do festival, um pequeno mapa do colégio e a atração de cada turma. Modéstia parte havia tudo ficado ótimo. Havia muitos visitantes, desde crianças com seus pais a adolescentes, garotos e garotas. Muitos, pelo o que eu percebi, eram de outras escolas da região. O extenso caminho que havia do portão à entrada do colégio estava enfeitado, e com barraquinhas de comida. Alguns alunos do último ano estavam “trabalhando” como guias do colégio. Vi um grupo de amigas indo até um dos garotos do último ano, o Henry. Ele perguntou algo a elas, e elas assentiram. Logo chegou mais quatro meninos e ele começou a levá-los para conhecer todo o colégio. Sorri satisfeita. Fui até Mike e ele sorriu animadamente para mim.

- Está tudo bem? – perguntei.

- Melhor impossível! – ele disse. – Acho que nunca vi tanta menina passar por esse portão!

   Ri e assenti. Dei mais uma inspecionada pelas barraquinhas, e vi que tudo estava correndo realmente bem. Mal dava para andar, devido à quantidade de gente, e isso enchia meu peito de orgulho. Definitivamente eu livraria o Aurora da imagem ruim que ele possuía antes!

   Voltei para dentro do colégio e vi que todas as turmas já estavam na ativa. A turma A do 2º Ano havia montado uma Casa Assombrada, e possuía uma fila na porta, todos ansiosos. Ao passar pude ouvir gritos vindos da sala, e ri ao ver os olhos arregalados das pessoas na fila. Rapidamente cheguei ao corredor da minha turma, e pude ver Rose na porta, vestida de Maid. Sorri ao ver suas bochechas coradas, tão rosas quanto o uniforme que usava, ao ver as pessoas a olhando. Dois meninos se aproximaram dela e a cumprimentaram, e ela sorriu. Eles entraram na sala e ela suspirou, olhando para o chão. Me aproximei, controlando a vontade de rir, e ao me ver ela revirou os olhos.

- Não ria. – ela disse.

   Levantei as mãos, como se me rendesse, e ela riu.

- Você ficou fofa. – falei.

   Rose revirou os olhos novamente.

- Eu queria ficar responsável pelas comidas, mas Alice cismou que eu tinha que vestir uma dessas roupas e ainda me colocou para dar boas-vindas, já que eu não queria atender as pessoas. – falou. – Eu ainda insisti para que a roupa fosse ao menos preta, mas ela disse que rosa e mais bonitinho.

- Realmente é mais bonitinho. – falei.

   Rose crispou os olhos para mim, e eu ri. Ouvimos o barulho de algo quebrando na sala, e rapidamente entramos. Sam, uma das meninas que estava encarregada de atender e servir, havia derrubado uma bandeja de cortou a mão com vidro. Suspirei, e um dos meninos que ajudavam a ajudou a se levantar, enquanto Alice catava o vidro quebrado do chão. Sam pediu desculpas e o menino que a ajudou rapidamente a levou até a enfermaria.

- Precisamos de alguém para ficar no lugar da Sam! – Alice disse nervosa, enquanto os clientes voltavam a conversar e as outras meninas lhe serviam com seus pedidos. – Rose, por favor...

   Alice fez sua melhor carinha de cão abandonado. Rose arregalou os olhos negando veemente.

- Nem pensar!

- Rose, você não vai morrer se apenas sorrir e anotar pedidos! Por favor!

- Alice, você sabe que eu não gosto... – Rose murmurou. – Eu tenho muita vergonha, entenda!

   Alice ia protestar novamente, e sem pensar eu falei:

- Eu fico no lugar dela, pronto!

   Espera aí... Oh merda!

Oath – Cher Lloyd ft. Becky G:

(http://www.youtube.com/watch?v=b1mvbOss7JQ)

   Alice sorriu abertamente, animada, e Rose suspirou aliviada, logo voltando ao seu posto na porta. Alice me arrastou até o vestiário, que era em uma sala vazia ao lado, que reservamos apenas para isso, e me empurrou uma daquelas roupas rosas.

- Vista rapidamente, ok? Estamos te esperando! – Alice disse, indo até a porta, mas parando rapidamente e se virando para mim. – Você vai conseguir colocar a roupa? Tem umas partes meio complicadas e...

- Eu consigo! – falei rapidamente.

   Alice assentiu sorrindo e saiu.

   Suspirei. Céus, o que eu tenho na cabeça? Eu tenho que pensar antes de sair falando! Droga! Reprimi a vontade de socar a mim mesma e me enfiei naquela roupa. Ela era um pouco mais apertada que o uniforme que eu usava regularmente no Café, e era mais marcada na cintura. E mais curta. Céus, eu acho que minhas pernas nunca ficaram tão de fora! 

   Bufei, me olhando no espelho que havia no canto da sala. Era grande e dava para eu ver meu corpo inteiro. Vi que Alice também havia separado um par de meias 5/8 brancas e botas brancas, igual as que as outras meninas também usavam. Era de cano curto, e tinha um pequeno salto. Suspirei. Coloquei as meias e calcei os sapatos rapidamente e decidi soltar os cabelos, já que com eles presos ficaria um pouco difícil de colocar o arco branco. Eu terminei de me arrumar e me olhei no espelho.

- Nunca que eu iria imaginar o dia em que estaria vestida de Maid, no colégio. – murmurei para minha imagem no espelho. – Você está tão, tão ferrada, Isabella.

   Receosa, eu saí da sala. Percebi os olhares que os outros alunos, e visitantes, lançaram a mim. Suspirei, tentando ignorá-los. Caminhei a passos duros e com as mãos em punhos até a sala da turma, e ao chegar na porta, Rose me olhou de olhos arregalados.

- O que foi? – perguntei agoniada, fazendo careta.

   Ela gaguejou um pouco, parecendo não saber o que falar. Até que finalmente conseguiu:

- Parece que foi feito para você, Bella! É a sua cara!

   Suspirei. Cara, você não sabe o quanto...

    Sorri levemente para ela e, sentindo um frio na barriga, eu entrei na sala. O local parecia mais cheio, e todas as cabeças viraram para mim.

   Só então parei para prestar atenção na decoração do local... Essa parte havia ficado por conta de Alice, e eu tinha que admitir, havia ficado ótimo! No Café em que eu trabalhava tudo era em um estilo mais “vintage”, e Alice fez uma coisa bem mais divertida e colorida. Nem de longe parecia aquela sala de aula branca e quase sem vida! Ela planejou tudo nos mínimos detalhes...

- Jesus! – Alice gritou, me olhando.

  Logo um sorriso estonteante surgiu em seu rostinho de fada, e eu sorri envergonhada. Alice me pegou pela mão, notando minha timidez, e riu. Logo me explicou como eu deveria fazer tudo, anotar pedidos, atender... Mal sabia ela que eu já era expert naquilo tudo.

   Peguei um bloquinho para anotar os pedidos e uma caneta, e quando pretendia me dirigir até uma mesa onde um casal acabara de se sentar, senti uma mão segurar a minha. Rapidamente virei para trás e me deparei com a última pessoa que eu queria ver naquele momento.

   Na verdade, eu não queria vê-lo nunca, é.

   A blusa social branca que ele usava, igual a de todos os outros meninos que ajudavam no Café, apertava levemente seus músculos. Os três primeiros botões da camisa estavam abertos, revelando a pele branca e lisa abaixo do pescoço. Engoli em seco ao notar o quanto a blusa parecia se adequar aos seus bíceps e...

   Merda, o que eu estou pensando? Argh!

   Ele também usava uma calça social preta, que se ajustava bem ao seu corpo, e em seus pés um All Star preto. Seus cabelos, por incrível que pareça, estavam devidamente penteados, o que parecia destacar ainda mais os seus olhos verdes. Ele sorriu torto ao perceber a inspeção que fiz nele, e eu engoli em seco.

- Quem diria, hein? Trabalhando de graça no colég... – ele começou, e eu rapidamente tapei sua boca com a mão.

- Cale-se, Alien. – falei entredentes. – Nem um pio, entendeu? Ameace falar algo e...

   Ele tirou minha mão de seus lábios, com aquele sorriso irritante.

- E estragar minha diversão pessoal? Nunca, Swan. – falou. – Agora vá trabalhar, nada de corpo mole, o local está cheio!

   Revirei os olhos. Ele era tão... Argh! Ridículo! Eu lhe dei as costas e levei um susto ao senti-lo bater de leve no meu bumbum. Virei-me para ele rapidamente estupefata, e ele ria.

- Eu esqueci dizer que você está linda nessa roupinha curta. É bem melhor do que o seu uniforme oficial e...

   O deixei falando sozinho, antes que ao invés de servir bolinhos, eu servisse sua cabeça aos clientes. Se bem que o gosto dele devia ser horrível, ninguém iria comer aquilo. Aliás, o que eu serviria? Seu cérebro? Talvez se ele possuísse um.

   Ri sozinho dos meus pensamentos, mas logo tratei de me concentrar em atender os outros. Eu era eficiente naquilo, então rapidamente atendia a todos, anotava os pedidos, levava os pedidos até a “cozinha”, que na verdade era uma parte da sala separada por uma grande cortina branca que descia do teto, e servia a todos. Eu era rápida, então não houve problemas.

- Bella, como você aguenta? Céus, eu já estou quase morrendo com essa correria! – Jackie, uma das meninas da turma, falou para mim arfante.

   Ri, dando de ombros. Mas eu não podia dar esse mole todo... Era perceptível que eu era acostumada com aquilo. Ou não? Eu era boa em esportes, e fazia luta. Talvez relacionassem minha rapidez a isso. Sim, bem provável. Suspirei, me encostando à parede. Eu fico tão desesperada quanto a isso...

   Só de pensar na hipótese das pessoas descobrirem sobre o meu emprego, eu fico em pânico. Eu perderia tudo... Meu status, o respeito que adquiri no colégio. Não era como se eu me vendesse meu corpo, ou algo assim. Mas mesmo assim... Maids são vistas como “empregadas fofas” e “submissas”. Eu tenho que demonstrar confiança e superioridade, caso contrário ninguém mais me respeitaria.

   Ouvi alguém murmurar um xingamento, e olhei para o lado. Arqueei as sobrancelhas ao ver Nicholas Walker, com a mesma roupa que Edward usava, mas com um diferencial: ele usava um daqueles arcos com orelha de coelho. Eram negras, e aquilo me fez rir.

   Era patético, e ao mesmo tempo, fofo. Eu admito. Nicholas tinha um rosto bonito, era um rostinho quase infantil, de bebê, mas não tão infantil assim. Ele notou meu olhar e engoliu em seco, abaixando os olhos para a bandeja prateada que segurava.

- Como está o trabalho? – perguntei ao ver que ele parecia querer fugir.

   Ele olhou em meus olhos, sério, e suspirou parecendo cansado. Fez uma careta leve, olhando ao redor.

- Isso é realmente um castigo... – ele murmurou, se encostando a parede ao meu lado, mas mantendo certa distância.

   Pelo estado dele, ele parecia comigo. Merecíamos um descanso, então.

- É realmente tão ruim assim ficar perto das meninas? – perguntei curiosa.

   Por que convenhamos, do jeito que ele agia às vezes, parecia até doença. Era como se as garotas tivessem lepra, ou algo assim. Não era para tanto...

- Não é de fato ruim, é... É desconfortável. – ele disse, ainda murmurando. – Quero dizer... Olhe para elas. – ele disse, e fiz o que ele pediu, observei as meninas no local. – São tão pequenas, e tão frágeis. Parece que qualquer toque, ou palavra, irá desmontá-las por inteiro.

- Não exagera. – falei. – Toques e palavras não me “desmontam”. É mais fácil eu desmontar alguém, vai por mim.

   Olhei para ele, e vi um vestígio de sorriso em seus lábios. Ele me olhou pelo canto dos olhos.

- Eu conheço alguém que poderia desarmá-la com uma simples palavra. – ele disse confiante.

   O que é isso agora?

   Crispei os olhos para ele, e incrivelmente ele riu. Acho que ele entendeu o meu olhar de dúvida, e seu olhar desviou do meu, se fixando em algo no outro lado da sala. Segui seu olhar e constatei que ele olhava para Edward, que atendia duas meninas.

   Bufei, revirando os olhos.

- Ele? Me “desmontar” com uma palavra? Nunca. – afirmei.

   Nicholas prendeu o riso, dando de ombros. Ficamos alguns segundos em silêncio, ele batucava levemente a bandeja em suas mãos.

- É tão estranho. – ele murmurou um tempo depois.

- O quê é estranho?

- Você.

   O olhei séria, e ele sorriu levemente, olhando para o chão.

- Por que diz isso? – perguntei.

- É meio agoniante para eu ficar perto de outras garotas, mas com você... É algo quase natural. Não me sinto assustado, acuado. Realmente, não sinto medo de quebra-la. – ele disse, levantando os olhos tímidos para mim. – Deve ser porque você não é tão delicada.

   Não sei o que ele viu em minha expressão que o fez rir. Revirei os olhos, bufando.

- Não me leve a mal, é que... Meninas geralmente são delicadas demais, e você... Você sempre demonstra força e superioridade. – ele disse quando parou de rir.

   Percebi que ele iria falar mais alguma coisa, quando Alice o chamou. Ela precisava de sua ajuda. Antes de ir ao encontro de Alice, ele se virou para mim, parecendo querer dizer algo. Suspirou, e disse:

- Peço desculpas pelo o que te causei. Por tudo aquilo... Me desculpe, Presidente. – ele disse.

   Suspirei, e ele se virava para ir ao encontro de Alice quando eu o chamei. Ele se virou, parecendo surpreso.

- Meu nome não é Presidente. É Isabella, mas me chame de Bella. – falei.

   Ele sorriu levemente.

- Me chame de Nick.

   E após dizer isso, foi atender outras pessoas. Eu me permiti sorrir. Até que o garoto não era tão ruim assim. Senti-me sendo observada, e ao levantar o olhar, vi que Edward me encarava profundamente com uma expressão estranha. Bufei.

   Nick não era tão ruim assim, mas em compensação, Edward era um porre.

(...)

- Bella, acorda!

   Eu me sentia ser sacudida. Suspirei, esticando meus braços. Abri os olhos lentamente e vi Nessie sentada ao meu lado na cama, me olhando com um leve sorriso.

- Já está na hora de você se arrumar! – ela disse. – Você realmente parece cansada...

   Apenas assenti, e olhei a hora no relógio em cima da minha mesa de cabeceira. Nessie me acordara bem na hora em que eu costumava me arrumar mesmo.

- Se arrume e venha tomar café comigo? Mamãe já comeu e foi trabalhar. – ela pediu.

   Sorri e assenti. Nessie saiu do quarto e me espreguicei. O festival foi até às seis da tarde, e ainda tivemos que ficar para arrumar tudo... Claro que não conseguimos arrumar tuuuuuudo, mas pelo menos boa parte. Só saí do colégio quase ia dar oito horas da noite, e cheguei em casa quase uma hora depois. Ainda tive que aturar o Cullen o caminho inteiro agarrado no meu pé. Um saco. O mais estranho é que ele não falou nem tentou nada. Apenas me acompanhou. Estranho, mas ótimo.

   Eu me vesti rapidamente e peguei minha bolsa vermelha. Assim que cheguei na cozinha e Nessie me olhou, ela riu. Eu a olhei sem entender, e ela apontou para a minha blusa, onde estava escrito “I HATE YOU”.

- Como estamos receptivos hoje, ora, ora, ora! – ela zoou, fazendo uma voz estranha.

   Sorri e revirei os olhos. Começamos a tomar o café-da-manhã, enquanto conversávamos sobre as coisas que líamos no jornal. Logo deu a hora de sairmos de casa, e Nessie ia na frente enquanto eu guardava as chaves de casa na minha bolsa.

- Bella, seu segurança já chegou! – Nessie disse da porta de entrada.

   Hã?

- Que seguran... – minha frase morreu ao ver a quem ela se referia.

   Bufei irritada ao ver aquele sorriso torto convencido. Nessie riu ao meu lado e me deu um beijinho no rosto. Acenou para Edward e se foi em direção à outra rua. Revirei os olhos e tranquei a porta. Passei reto por ele, ignorando-o. Pude ouvi-lo suspirar e logo ele passou a andar ao meu lado.

- Vai me dar um tratamento de silêncio, Swan? – perguntou.

- Você é que não está falando comigo desde ontem. – respondi.

- Oh, então você está nessa de “Já que ele não fala comigo, eu também não falo nada”?

   São 07:00 da manhã e eu realmente tenho que ficar o aturando? Cadê a porcaria da faca?

- Edward, vê se me esquece, por favor. – pedi, já cansada daquela ladainha.

   Sinceramente, Edward me esgotava. Tudo o que eu sentia quando ele estava comigo... Era confusão, cansaço, dor, e mais um monte de coisa que eu nem sabia definir. E só de lembrar tudo o que eu passei por causa dele, ou pior, tudo o que eu não passei graças a ele...

   Edward Cullen me esgotava. E eu já tenho muito com o que me preocupar. Senti meu braço ser agarrado, e suspirei, me virando para o Cullen. Sua mão segurava firme na altura do meu cotovelo, e seu corpo estava próximo demais.

- Eu nunca irei te esquecer, Bella. – ele disse olhando em meus olhos.

   Outra coisa que ele fazia que acabava comigo: esses olhares e essas palavras.

   Por que ele não podia ficar quieto? Hein? Isso tudo só me deixava ainda mais  confusa e maluca, eu não sabia o que fazer, o que falar, como reagir... Por que ele dizia essas coisas? Por que fazia isso?

- Por que fala isso? – acabei falando em voz alta. – Por que me confunde assim?

- Eu te confundo?

- Não mude de assunto. – falei firme.

   Edward suspirou, e quando eu menos esperava, ele me puxou para os seus braços e envolveu minha cintura, encostando sua testa na minha. Arfei.

- Me diga Bella, o que foi aquilo entre você e o Walker ontem? - ele perguntou baixinho.

- Que Walker? – perguntei confusa, tentando afastá-lo inutilmente.

- O Nicholas.

- Que Nicholas é esse?

   Do que ele estava falando, senhor? Edward bufou, parecendo irritado, e me olhou sério.

- Nicholas Walker, que tentou te hipnotizar para ferrar com a sua vida, e que tem medinho de garotas! – respondeu.

   Ah, o Nicholas.

   Revirei os olhos, tentando empurrá-lo novamente. Impossível. Edward mantinha seus braços firmes ao meu redor.

- Como assim “O que foi aquilo”? – perguntei. – Se refere à quando eu conversei com ele no festival?

- Exatamente. – Edward disse, parecendo me analisar com os olhos.

- Por que quer saber? – perguntei.

   Edward bufou novamente.

- Não quero você conversando com ele. – disse em tom exigente.

   Ah coitado.

- Agora você acha que tem o direito de mandar em mim? – perguntei surpresa. – Você realmente tem um cérebro? Porque às vezes acho que isso é algo desconhecido para você!

- Eu não quero vê-la com ele e ponto final!

- Cale a boca, Cullen! – falei irritada, finalmente conseguindo sair de seu abraço. – Você não tem que exigir nada de mim, muito menos escolher com quem eu ando ou converso!

   Edward suspirou pesadamente, parecendo nervoso, e passou a mão pelos cabelos. Notei que algumas pessoas passavam por nós e nos olhavam curiosos, e só então notei que já havíamos chegado ao colégio. Estávamos em frente ao portão, debaixo de uma árvore enorme que havia ali.

- Vocês pareciam bem íntimos, e... – ele começou, me fazendo rir.

- Íntimos? Você está ficando louco! – falei já me virando para entrar no colégio.

   Pude ouvir seus passos ritmados atrás de mim.

- Devo estar ficando louco mesmo, e a culpa é sua! Só de ver qualquer outro cara perto de você, eu... – suas palavras ficaram no ar, e eu parei, me virando para ele.

   Edward tinha a face levemente corada, e eu arqueei uma sobrancelha.

- Você fala como se eu sempre tivesse “caras” ao meu redor, e houvesse motivo para você ficar assim. Aliás, por que diabos você está assim? – perguntei.

   Edward revirou os olhos.

- Você realmente não percebe os olhares que lançam a você? – ele perguntou.

- Os olhares de ódio, medo, repulsa e desespero? Sim, eu os percebo, mas não vejo motivo para tanto alarde.

- São de desejo, Isabella. – ele disse frio.

   Ri sem humor.

- Ah claro, como se sempre caíssem caras do céu me olhando com desejo! – falei.

   Edward abriu a boca para falar algo, mas foi tudo rápido demais: de repente, alguém caiu do alto bem no meio de nós dois e permaneceu agachado no chão Ao nosso redor várias folhas da imensa árvore do colégio voavam, e eu tentava entender que bosta era aquela.

- Mas o quê... – murmurei, deixando as palavras no ar.

   Edward olhava confuso para o que parecia ser um garoto. Logo a pessoa ficou de pé e, realmente, era um garoto. Parecia ter a nossa idade. Ele sorria abertamente, e esticou os braços, logo dando alguns tapinhas em sua roupa para retirar a poeira.

- Meus saltos estão realmente cada vez melhores. – ele disse, mais para si mesmo.

   Só então ele pareceu perceber a nossa presença, e arregalou levemente os olhos. Seu sorriso ofuscante contrastando com sua pele morena pareceu aumentar.

- Oh, me desculpem por interrompê-los! – ele disse, dando um passo para trás, olhando de mim para Edward. – Eu realmente não os vi.

- T-Tudo bem... – gaguejei incerta.

- Vocês estudam no Aurora? – ele perguntou.

- Sim. – Edward respondeu seco.

   O sorriso do garoto aumentou.

- Quem é você? Aluno novo? – perguntei.

   Eu não havia recebido informação alguma sobre um aluno novo... Mas também, com a correria para os preparativos do festival, não pensávamos em outra coisa.

- Sim! – ele confirmou o que eu suspeitava. – Sou Jacob Black.

   


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Notas finais do capítulo

Gente, como eu falei no capítulo passado, comecei a estudar já e aí já viram, né? E eu nem entrei em Física ainda, mas já a odeio. Sério.
ENFIM, O QUE ACHARAM DO CAPÍTULO? O achei fraco, não achei tão bom, me desculpem. Mas já faz algumas semanas que eu não atualizava, e eu acabei de terminar de escrever... E estou morrendo de sono...
Sono não ajudava em nada. :(
Mas particularmente eu gostei da parte do festival! ahuahuhuahau. Ai gente, o Nicholas... ♥ Eu já o amo. E vocês? Simpatizaram mais com ele? hahah
Enfim amores, não vou falar muito hoje. Aliás, atualizei minha outra fanfic, "Porto Seguro". Ela já está em reta final, na verdade só falta postar o Epílogo e tudo mais... Quem aí ainda não leu? Pode dar uma olhadinha??
(Link de Porto Seguro: http://fanfiction.com.br/historia/296874/Porto_Seguro/)
ENTÃO MENINAS, ME DIGAM O QUE ACHARAM, O QUE ACHAM QUE VAI ACONTECER, O QUE PODERIA ACONTECER! Aceito ideias, sugestões, tudo, ok? hahah E o Jacob surge...
Não se preocupem que aqui ele não ai armar para ninguém, não vai sequestrar, não vai dar tiro, não vai dar soco, xingar, ofender, meter bala, embebedar para armar uma traição e blablabla, lol. Na verdade, acho que vocês até sentirão pena dele...
ENFIM, CHEGA DE SPOILER! HAUAHAHUHAUHAU.
Logo eu postarei o próximo, amores!! Deixem reviews, digam o que acharam, please! *-*
Beeeeeeeeeeeijos!!