Seja Minha Maid escrita por Allie Próvier


Capítulo 2
Capítulo 2: Qual é a cor da Bella?


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! :D



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Capítulo 02: Qual a cor da Bella?

Raiva. Isso definia o que eu sentia nesse momento.

Crispei os olhos para o ser sentado tranquilamente no outro lado do Café, bebericando seu chá.

– Bella, você está bem? – ouvi Jessica perguntar.

Forcei um sorriso para ela, assentindo. De repente sua expressão preocupada e calma mudou para uma maliciosa.

– Cuidado... Se não ficar de olho, outra pessoa pode roubar seu namoradinho. – ela disse, voltando a atender um cliente em seguida.

Cuidado? Namoradinho? Céus, Jessica é louca! Sério, acho que ela tem algum transtorno ou algo assim, bipolaridade. Por um lado ela é doce e tranquila, aí do nada ela fica com aquela cara maléfica dela.

Voltei a atender os outros clientes que haviam chegado, sentindo aqueles olhos queimando em minhas costas. Em certo momento, o observei pelo canto dos olhos e ele sorriu maliciosamente para mim.

Tarado.

Bufei e passei a ignorá-lo.

Vi que novos clientes haviam chegado e fui recepciona-los, mas estaquei ao ver quem eram...

– Presidente! – Sam, Seth e Paul disseram em coro, animados e sorrindo abertamente para mim.

– O-O que vocês fazem aqui?! – perguntei estupefata.

– Você fica realmente linda nesse uniforme! – Seth disse, me olhando com admiração.

– Viemos ver como você é como Maid! – Sam disse, sorrindo abertamente.

Isso é brincadeira, né? Só pode ser! Uma piada de muito mau-gosto!

Bufei, irritada com tudo aquilo e os levei até uma mesa. Eles não paravam de sorrir para mim. Vi que Edward observava a mim e a eles com os olhos crispados e uma expressão séria. Rapidamente anotei o pedido deles e levei para a cozinha.

Agora eram quatro pares de olhos queimando em minhas costas, e eu realmente desejei um buraco para me enfiar dentro.

(...)

Logo o horário de fechar o Café chegou, e eu suspirei de alívio. Estava exausta devido às atividades do Conselho Estudantil, e tudo o que eu queria agora era cama.

Sim, eu meio que estava... Seguindo o conselho do Cullen. Depois daquele dia no terraço da escola, em que ele me fez aquele pedido que de inocente não teve nada (acho que ele pensa que eu sou idiota), nós não nos falamos muito. Apenas coisas rotineiras, já que eu tinha que olhar para a cara dele todos os dias.

Mas, por algum motivo desconhecido por mim, ele passou a frequentar o Café todos os dias. E já faz 2 semanas. Sinceramente, eu estou quase pegando aquele chazinho que ele sempre pede e jogando na cara dele. Realmente me irrita toda aquela pose! Ele fica lá, sentado por horas, apenas bebendo chá e comendo alguns bolinhos, enquanto me observava atender os outros.

Eu não sei qual é a dele, mas sinceramente, também nem quero descobrir, contanto que ele me deixe em paz.

– Meninas, pequena reunião agora! – Esme disse, animada, já sem seu uniforme de Maid, assim como todas nós. – Teremos um evento!

– Qual será o tema dessa vez? – perguntou Lauren animada.

Lauren era um doce de pessoa, assim como Angela e Esme. Trabalhar com elas era ótimo, realmente. Não podia falar de Jessica, já que ela tinha aqueles surtos de bipolaridade dela, mas quando ela está “normal” também é divertida. Todas eram mais velhas do que eu...

Esme tinha 30 anos, e era linda, e tinha uma fissuração por romances. Lauren era universitária e tinha 19 anos, e acho que era a mais animada e divertida de todas nós. Angela tinha 22 anos, e era intelectual e conservadora, me lembrava um pouco Rosalie. E Jessica tem 20 anos e tem aquele jeito assustador que eu já expliquei.

– O tema da vez será... – Esme disse, fazendo suspense e puxando um pano negro que cobria o grande quadro branco da parede. – “Maids Bonecas”!

Céus, Esme dava cada nome aos eventos...

Lauren deu um gritinho animado, junto com Esme. Jessica tinha os olhos grandes e brilhantes, e observava Esme em expectativa.

– Vamos ser tipo Barbies? Vai ter roupa de cor diferente? – ela perguntou.

– Sim! – Esme disse eufórica.

– Eu quero roupa rosa, então! – Jessica disse, jogando os braços para o alto.

Quando não parecia querer matar alguém, agia como uma criança numa manhã de Natal. Incrível esse humor dela.

– Acho que rose ficaria melhor na Angela... – Esme disse pensativa.

A expressão de Jessica mudou, e sua expressão era séria e realmente assustadora.

– Eu quero o vestido rosa. – ela disse pausadamente.

Todas nós olhamos para ela, dando um passo para trás. Esme deu um riso nervoso, assentindo, e Jessica bateu palmas, para si mesma.

As meninas decidiam qual seria sua cor, e Esme pegou em minhas mãos, sorridente.

– E você, Bella? – ela perguntou.

Sorri, dando de ombros.

– Decidam vocês, qualquer cor para mim está bom. – falei com sinceridade.

Esme fez uma carinha triste, negando.

– Como “qualquer cor”?! Tem que ser uma cor que combine com você! – ela disse.

Suspirei, assentindo.

– Eu irei pensar aí te falo, ok? – falei.

Esme assentiu, animada, e eu logo tratei de pegar minha bolsa para ir embora. Ajeitei o capuz do casaco na cabeça, para ninguém me reconhecer, apesar de estar no outro lado da cidade. Assim que abri a porta dos fundos do Café, ele estava lá.

Novamente.

Bufei, fechando a porta atrás de mim e passando reto por ele. Pude ouvi-lo rir.

– Gosto do modo simples como você se veste, mas vê-la vestida de Maid me faz ficar...

Ele mesmo interrompeu sua fala, e eu parei de andar, olhando para ele.

– “Ficar...” o que? – perguntei.

Edward sorriu maliciosamente, se desencostando do muro. Revirei os olhos. Cullen e sua perversão.

– Oh, Edward! – Esme falou, abrindo a porta do Café de repente e sorrindo para o motivo do meu mau-humor diário. – Que bom que está aqui, assim pode nos ajudar!

– Em que vocês precisam de ajuda? – ele disse, sorrindo para Esme.

– Estamos organizando um novo evento no Café! Qual cor você acha que combina melhor com a Bella? – ela perguntou animada.

Argh! Ela tinha mesmo que perguntar aquilo para ele?! Edward me olhou de cima a baixo, me avaliando, e eu senti meu rosto esquentar.

– Nenhuma. – ele disse de repente.

Ri com escárnio, cruzando os braços.

– Quer que eu fique nua no evento? – perguntei sarcasticamente e logo me arrependi.

Edward sorriu torto, um brilho perverso no olhar. Ouvi Esme rir, realmente achando graça daquilo.

– Edward, pense e depois me diga! Você será de grande ajuda! – ela disse, acenando para nós dois e voltando para o Café.

Bufei, voltando a dar as costas para Edward e indo embora.

(...)

– Que caixa é essa, Nessie? – perguntei, olhando para a enorme caixa que estava na sala enquanto calçava meus sapatos para ir à escola.

– É um prêmio que ganhei no sorteio daquele mercado que tem aqui perto de casa. – ela disse, sorrindo levemente enquanto abria a caixa.

– Outro? – perguntei surpresa com a sorte que aquela menina tinha.

Nessie vivia participando desses sorteios de mercados, lojas e afins. E sempre ganhava. Se eu tivesse 1/3 da sorte que minha irmã tem, estaria feita.

– O que ganhou dessa vez? – perguntei curiosa, tentando olhar dentro da caixa agora aberta.

Nessie retirou de lá várias latas de comida enlatada e sacos de arroz.

– Comida. – ela disse os olhos brilhando.

Revirei os olhos, rindo. Nunca vi ninguém ficar tão animado com comida quanto Nessie ficava. Ela não teria aula hoje, então pedi para que se cuidasse, já que mamãe estava fazendo plantão no hospital e ela ficaria sozinha. Dei um beijo em sua testa e peguei minha mochila, saindo de casa em seguida.

Ao passar pelo portão quebrado, lembrei que teria que dar um jeito naquilo. Assim como nos buracos no chão do corredor, na pia quebrada, no vaso entupido, nas goteiras no teto da cozinha e no cano furado no quintal.

Suspirei já cansada só de pensar em tudo aquilo. Não pude evitar se culpar meu pai por tudo isso. Se é que poderia chama-lo de pai...

Meu pai, Charlie Swan, abandonou a mim, minha irmã e minha mãe quando eu tinha apenas dez anos e Nessie tinha oito. O porquê do abandono? Conheceu outra mulher, se envolveu com ela e decidiu nos deixar. Ele nunca ligou, nunca mandou uma carta ou algo parecido.

Eu nunca, jamais, o perdoaria. Minha confiança nos homens foi embora junto com ele no momento em que ele saiu pela porta de casa. No fim, todos eram iguais.

Assim que cheguei à escola, Mike Newton já veio para cima de mim falando, tagarela como sempre foi. Suspirei, iniciando mais um dia de trabalho árduo e mudança naquela escola.

No fim das aulas, me permiti relaxar por saber que não precisaria ir ao Café. Era o meu dia de folga, e eu aproveitaria para tentar ajeitar uma coisa ou outra em casa.

– Cheguei! – gritei assim que entrei em casa.

Tirei meus sapatos, deixando-os no canto da porta, e ouvi vozes vindas da cozinha. Fui até lá, curiosa, e juro que quase tive um enfarte.

– Olá, Bella. – ele disse, sorrindo para mim.

Respirei fundo, tentando acalmar os nervos para não voar no pescoço daquela coisa.

– Querida, eu saí mais cedo do hospital e Edward me ajudou com as compras quando eu estava vindo para casa! – Rennée disse, animada.

Suspirei, forçando um sorrisinho para ela.

– Sente-se, Nessie está terminando de preparar o almoço! – ela disse.

Eu me rastejei até a mesa, me sentando de frente para Edward. Ele sorriu torto, claramente sabendo o quanto aquilo estava me irritando.

– Vocês já se conheciam há muito tempo? – Rennée perguntou, olhando para nós dois, entusiasmada.

– Sim. – Edward respondeu por mim, com aquela expressão simpática dele. – Sua filha é incrível, dona Rennée.

Minha mãe olhou para mim, sorrindo e com os olhos brilhando. Céus, ela estava sendo seduzida por aquele pervertido!

– Querida, por que não me disse sobre esse rapaz tão adorável? – mamãe perguntou.

Arqueei as sobrancelhas, desviando o olhar dela e olhando para Edward, que me olhava com um sorriso presunçoso.

Será que a minha mãe está achando que eu e ele...

Não, impossível. Nunca.

– Vou tomar um banho enquanto a comida não sai, com licença. – falei rapidamente, ignorando sua pergunta e correndo para o meu quarto.

Tomei um banho gelado para ver se enfriava a cabeça. Minha vontade era de voar no pescoço daquele intrometido! Como ele tinha a cara-de-pau de vir à minha casa, e ainda deixar minha mãe tão encantada daquela maneira?!

Talvez seja por que ele nunca tenha conhecido um amigo meu. Ela vivia dizendo que eu tinha que sair mais, esquecer um pouco do trabalho e arrumar um namorado.

A última coisa que eu era agora é um namorado. Para quê? Para ele me abandonar quando eu mais precisar? Para me trocar por uma qualquer que ele achar por aí? Não mesmo.

A última coisa que eu quero na minha vida é me envolver com alguém, e sofrer o que minha mãe sofreu. De traidor na minha vida já basta o meu pai.

Durante todo o almoço, minha mãe tagarelava, assim como Edward. Nessie ria dos dois, e eu permaneci em silêncio, alheia aos assuntos. Edward estava na minha casa, sentado à minha mesa, conversando com a minha mãe. Aquilo estava me incomodando.

No fim do almoço, mamãe foi terminar algumas de suas esculturas e Nessie foi estudar para uma prova. E eu (infelizmente) fiquei encarregada de levar Edward até o portão.

– Tchau. – falei assim que chegamos à rua, já me virando para voltar para dentro de casa.

Senti uma mão segurar meu braço, e me virei para Edward. Ele me olhava como se quisesse dizer algo, e eu esperei para que ele falasse. Mas ele apenas desfez sua expressão ansiosa e sorriu torto.

– Ainda quero o agradecimento pelos favores que te fiz. – ele disse.

Revirei os olhos.

– Quer que eu seja sua “Maid pessoal”? – perguntei. Ele assentiu. – E no que isso implica?

Ele deu de ombros, soltando meu braço.

– Significa que você será minha. – respondeu como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Alguém me dê uma faca.

– Por um dia inteiro? – perguntei.

– Sim.

– Fazendo o quê?

Edward riu, balançando a cabeça.

– Depois você quer dizer que eu sou o pervertido? – falou, e eu senti meu rosto corar. Sua expressão se suavizou. – Você é linda, sabia?

Arregalei levemente os olhos, bufando e tentando disfarçar meu constrangimento. Eu me encolhi dento do meu moletom devido ao frio e lhe dei as costas, o ignorando. Edward me chamou, e eu me virei.

Eu esperava outro sorriso torto e uma provocação, mas nenhum dos dois veio. Ele me olhava com um misto de carinho e mais outra coisa que eu não consegui detectar nos olhos, e sorriu levemente.

– A sua cor é branco. – ele disse indo embora em seguida.

Fiquei parada à porta de casa, tentando entender tudo aquilo.

Definitivamente, Edward fica mais estranho a cada dia.

(...)

O dia do evento chegou, e eu estava terminando de me arrumar. As outras meninas já estavam prontas, e Jessica não parava de pular para lá e para cá com seu vestidinho rosa. Terminei de vestir o meu vestido branco, que possuía um tipo de Corselete no busto e, a partir da cintura, era rodado até um pouco acima dos joelhos. Todos os vestidos eram assim, apenas o que mudava era a cor. Eu estava de branco, Jessica estava de rosa, Angela de preto, Lauren de vermelho e Esme de azul.

Eu me olhei no grande espelho do vestiário. Suspirei, olhando meu cabelo no habitual rabo-de-cavalo de lado. Passei a mão pelos fios e decidi soltá-los. Meus cabelos já estavam bem longos, e pareciam cada vez mais escuros. Nas pontas eles ondulavam um pouco, mas não me importei. Os deixei caídos um pouco sobre os ombros, e suspirei. Em cima da bancada, de frente para o espelho, havia vários estojos de maquiagem que Esme deixava, para o caso de alguma de nós precisar. Decidi passar apenas um lápis de olho e um brilho rosado. Passei um pouco de blush para dar uma cor naquele meu rosto pálido, e decidi que estava bom. Eu não era muito de usar maquiagem, mas quando o fazia, até que ficava bonita. Sorri para o meu reflexo e me perguntei se Edward viria...

A resposta foi “Sim”.

Ele já estava sentado em uma das mesas, saboreando uma Banana Split. Assim que apareci, seu olhar cravou nos meus e ele desceu os olhos pelo meu corpo. Bufei, revirando os olhos. Ele sorriu para mim.

Esme veio pulando para o meu lado.

– Você está linda, Bella! Parece um anjinho! – ela disse com os olhos brilhando em minha direção.

Sorri, envergonhada. Logo Esme reuniu todas nós para tirar uma foto, e todos os clientes viraram para nos olhar. As meninas fizeram pose para a foto, e eu apenas ri e me mantive normal no canto da foto. Na hora de tirar a segunda foto, Lauren me puxou e me pôs no meio de todas elas, me abraçando pelos ombros. Era como se eu fosse a “irmã caçula”, me senti corar por ser o centro das atenções.

Logo a sessão de fotos acabou e voltamos a trabalhar.

Em certo momento eu corri até a cozinha para levar um pedido, e quando voltava para atender outros clientes vejo Edward parado no corredor, encostado na parede. Ele me olhou, sorrindo torto. Tentei passar reto por ele, mas ele me segurou pelo braço e me puxou até o vestiário, onde havia os nossos armários.

Ai meu deus, o que ele vai fazer?

Acho que ele percebeu minha cara de pânico, pois riu alto.

– O que quer? – perguntei com a voz um pouco trêmula. – A-Aqui é área restrita.

ÓTIMA HORA PARA GAGUEJAR, ISABELLA!

– Queria apenas te elogiar longe dos olhares de cobiça daqueles homens lá fora. – ele disse se aproximando de mim.

Engoli em seco, seus olhos vidrados nos meus. O que é isso? Por que eu sinto meu estômago se revirar, mas de uma forma boa?

Fui andando para trás, tentando me afastar dele, mas senti a parede atrás de mim.

Sem saída.

Edward me prendeu no meio de seus braços, apoiando suas mãos na parede atrás de mim e aproximando seu rosto do meu. Ele sorria levemente, 

parecendo se divertir com tudo aquilo, enquanto eu quase tenho uma síncope.

- Sabe por que eu disse que branco é a sua cor, Bella? – ele murmurou.

   Neguei com a cabeça, sentindo seu hálito de menta batendo levemente contra o meu rosto. Ele sorriu torto, e uma de suas mãos rumou para uma mecha do meu cabelo, que descansava sobre meu ombro. Edward suspirou, olhando em meus olhos novamente.

- O branco representa espiritualidade, inocência e virgindade. E também está associada à alegria. – ele murmurou, e eu senti meu coração perder uma batida. – E é tudo o que você também representa.

    Suspirei, tentando acalmar meu coração que batia descompassado com toda aquela proximidade do Cullen.

   Engoli em seco e assenti rapidamente, colocando uma mão em seu peito para afastá-lo. Mas Edward rapidamente segurou a minha mão que o empurrava e, quando eu menos percebi, estava sendo prensada na parede por ele e seus lábios colaram nos meus. Arregalei os olhos, mas não o afastei.

   Edward moveu seus lábios contra os meus, e eu gemi, abrindo espaço para que ele aprofundasse o beijo. Senti-o sorrir, e seus braços seguraram firmemente minha cintura.

   Era meu primeiro beijo. E era com Edward Cullen.

   A sanidade de repente bateu fortemente contra mim, e eu o empurrei arfante. Edward me olhou sem entender.

- V-V-V-Você a-acha que está f-fazendo o quê?! – perguntei, gaguejando descontroladamente.

   Edward começou a rir, realmente achando graça do meu estado crítico. Bufei, irritada, e lhe dei as costas. Edward continuou lá, rindo de mim, e eu fui continuar meu trabalho.

   Eu realmente tinha esperanças de que ele fosse embora depois daquele episódio vergonhoso, mas ele continuou no Café, me observando atentamente e por vezes me lançando uns sorrisos nada inocentes.

   A vontade que me dá de tirar esses sorrisinhos da cara dele na base do soco é grande.

   E logo o fim do expediente chegou, finalmente. Eu e Angela terminávamos de arrumar as mesas e cadeiras, quando Edward aparece do nada com uma Esme sorridente.

- Nós já fechamos. – falei séria.

   Edward deu de ombros.

- Eu sei. Vim aqui pegar o meu prêmio. – ele disse sorrindo.

   O olhei sem entender, e Esme explicou.

- Como você sabe os clientes que jogarem nos jogos do Café, e acumularem 100 pontos, tem direito a tirar uma foto com sua Maid preferida. – ela disse.

   Bufei já prevendo o que viria. Angela riu e se retirou para trocar de roupa, já que teria que ir para seu outro trabalho. Esme, animada, pegou sua câmera fotográfica e Edward veio todo cheio de pose para o meu lado. Forcei um sorriso, e ele me puxou pela cintura, praticamente me abraçando por trás, enquanto descansava o rosto ao lado do meu.

   Prendi a respiração quando o cheiro do seu perfume veio às minhas narinas.

   Esme abriu um sorriso de orelha em orelha e bateu a foto. Instantaneamente a foto foi impressa na máquina, e ela entregou para Edward. Ele observou a foto por alguns segundos, e sorriu levemente. Senti meu rosto corar, e ele guardou a foto no bolso da calça.

- Nos vemos na escola, presidente. – ele disse.

   E foi embora, deixando uma Bella envergonhada e uma Esme radiante para trás.




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Notas finais do capítulo

E aí? Merece reviews?
Logo, logo Edward e Bella irão se acertar melhor! :)
Digam o que acharam!!
Beeeeeeeeijos!