Sou um garoto saudável de 17 anos. Fui para uma praia de Rio de Janeiro de férias. Não é uma praia muito conhecida, então estava quase vazia. O sol estava ardente e meus pais estavam aproveitando o sol juntos bebendo cerveja e conversando com alguns amigos. Resolvi dar uma explorada na praia. Estava ficando um pouco cansado e já pretendia dar a meia-volta para voltar onde meus pais estavam.

Foi então que avisto a maré trazendo para a areia uma garota diferente. Ela tinha asas, uma auréola de anjo e vestia uma roupa branca esquisita e estravagante. Assim que a avistei, corri gritando:

– Garota! Garota! Você está bem?

Ela não acordou.

– Ai, não, ai, não, ai, não! O que eu faço agora? – de repente me lembro do que aprendi na escola uma vez – ahn... Melhor não. Eu... Eu... Tá, é melhor fazer logo.

Fiz respiração boca-a-boca com a estranha garota e então pressionou o peito dela. A garota então tossiu saindo um pouco de água do mar de sua boca.

– Garota, você está bem?

Ela então tossiu um pouco mais e então olhou para mim com aquela face pálida e desnutrida. Ela era muito magra. E parecia que não tinha comido algo faz muito tempo.

– Sa-Sakura-kun? Ware ware wa doko ni iru no ka? – Perguntou a garota que parecia estar confusa.

– What? Que porra é essa que você tá falando, mulher?!

A garota arregalou seus olhos e, em um pulo, ficou de pé:

– Espera. Você já está bem, garota? – perguntei.

– Ana-na-na-nata Sakura-kun wa naidesu ka???!!! – gritou ela pegando, voando direto da areia, um tipo de porrete escuro com alguns espinhos.

– O que é isso?! Parou já! Não gosto dessa brincadeira!!

– Kyaaaaaaaaaaa!!! – Gritou enquanto literalmente arrancou a minha cabeça com uma batida certeira.

“SPPPLLLLAAAAAARRRRGGHH!!!!”

Vi uma chuva de sangue sair de dentro de mim (minha cabeça não foi parar muito longe). O meu corpo caiu no chão já sem vida. A areia ganha uma cor escarlate. A garota ficou toda suja do meu sangue. Ela estava parecendo bem cansada.

– Oh! Ele estava falando Português! Vamos ver, o que será que ele queria comigo? – de repente ela pega seu porrete e começa a cantar uma melodiosa canção – Pipiru piru piru pipirupi~!! ♥

Magicamente todas as partes do meu corpo se juntam formando um novo pescoço para mim e minha cabeça retorna para o meu corpo.

“Mas o que aconteceu comigo?!”, pensei, “acho que deve ser impressão minha o que aconteceu, isso não poderia ser real.”.

– O meu nome é Dokuro Mitsukai. E o seu?

– O meu... É Jonatan Campos. – disse ele olhando para a face desnutrida de Dokuro.

– Então você não é mesmo o Sakura-kun, né?

– Ahn... O que é Sakura-kun?!

– Ah, ele é... Ele é... Eu não me lembro o quem ele é... – Dokuro colocou sua mão em seu queixo, demonstrando que estava tentando puxar da mente quem exatamente era Sakura-kun – Bem. Agora que estamos apresentados, você tem que pagar por sua tentativa de estupro.

– O quê?

– Vou te mostrar. – Ela então levantou o seu porrete e...

“SPLLAAAARRRRGGGHHHH!!!!”

O lançou em meu peito. Enquanto me atravessou, vomitei sangue acertando a barriga de Dokuro.

– Arrrrrrgh!!!!! – gritei em dor.

– HAHAHAHAHAHAHAHH!!!! – caiu na gargalhada a garota logo então caindo de joelhos ao chão – Arf... arf... arf...

A garota estica seu braço direito e o porrete volta como se fosse um bumerangue e então ela o segura.

– Arf.. arf.. arf... Ou estou perdendo o jeito... Ou estou... Muito mal... – Ela se levanta com muito cuidado e se apoiando em seu porrete, ela se levanta – vamos lá, Excalibolg. Não me deixe na mão agora.

Ela cantou novamente sua canção melodiosa

"Pipiru piru piru pipirupi~!! ♥"

O meu peitoral volta ao normal. Só que Dokuro cai no chão desmaiada.

– M-MAS QUE IDEIA FOI ESSA?!! – gritei. Vi Dokuro caída no chão – Você... Desmaiou... Argh, não acredito que vou fazer isso... E ainda com.. Tecnicamente a minha assassina.

Segurei Dokuro em meu colo e a levei para minha casa.