Meu despertador tocou quinze pra sete e pra não atrasar, levantei no primeiro toque. Fui direto pro banheiro, tomei um banho, fiz minha higiene matinal e voltei pro quarto, indo escolher uma roupa dentre as que eu tinha comprado ontem. Depois de pronta, fui tomar meu café e sai de casa logo em seguida. Peguei um pequeno transito, mas nada que fosse me atrasar, apenas me deixou mais nervosa. Cheguei ao prédio da família Salvatore quinze pras oito.

– Bom dia. - disse para a moça da recepção

– Bom dia, no que posso ajudar? - ela foi gentil

– Eu tenho uma entrevista de emprego.

– Seu nome, por favor.

– Melissa Martin.

– Ah claro. Andar 17.

Agradeci a moça e me encaminhei para o elevador, cheguei bem na hora que a porta se abriu e varias pessoas saíram, entrei e percebi que ia subir sozinha. Senti uma tremedeira e minhas mãos começaram a suar, eu morria de medo de ficar em elevadores sozinha.

As portas começaram a se fechar, ate que uma mão interrompeu o fechamento da porta e um moço jovem de cabelos claros e olhos verdes entrou. A porta voltou a se fechar e eu soltei o ar que nem tinha percebi prender. O moço me olhou e sorriu:

– Medo de elevador? - ele perguntou notando meu nervosismo

– Não, mas de ficar presa nele sozinha. - disse sorrindo sem graça

– Então fui seu salvador. - ele sorriu um sorriso lindo e que me lembrava alguém.

– É, acho que sim.

– Prazer, me chamo Stefan. - ele estendeu sua mão

– Melissa. - respondi apertando sua mão

– Trabalha aqui?

– Ainda não. Vim fazer uma entrevista.

– Então posso dizer que logo seremos colegas

– E como tem tanta certeza?

– Conheço o meu tio, com certeza irá gostar de você.

Acabei ficando chocada, Stefan, o rapaz bonito e do sorriso encantador, era primo do Damon. Nunca imaginaria isso e posso ver que a beleza é de família e o sorriso também.

– Você é sobrinho do dono? - perguntei ainda chocada

– Sim, mas aqui eu sou só mais um advogado.

Sorri pra ele e a porta se abriu, tínhamos chegado no andar 17, eu e Stefan saímos. Acabei ficando um pouco perdida com as varias pessoas indo e vindo e Stefan resolveu me ajudar, me levando ate a sala de George Salvatore. Quando chegamos lá, a secretaria não estava.

– Vou esperar. - disse olhando para o meu relógio

– Não precisa. - Stefan disse indo ate a porta do escritório e batendo, colocando a cabeça pra dentro logo em seguida

– Stefan, o que deseja? - ouvi uma voz grave vindo lá de dentro

– Sua secretaria não estava e a moça que será entrevistada chegou

– Ah claro, peça pra ela entrar.

– Okey.

Stefan se virou pra mim e sorrindo me chamou com a mão, fui ate lá e ele abriu mais a porta me deixando entrar e antes de ir, sussurrou:

– Boa sorte.

Sorri pra ele e murmurei um obrigado. A entrevista foi tranqüila, calma, George era um homem gentil, legal e simpático, nossa conversa fluiu naturalmente e ele acabou gostando de mim, me contratando como sua advogada-braço direito.

E eu fiquei surpresa com isso, pensei que ia ser só mais uma advogada no escritório, mas não, eu seria advogada do dono, melhor ainda. Sai da empresa mega feliz, tanto que nem me agüentava, eu iria começar na manha seguinte.

Tentei achar Stefan para contar a novidade, mas acabei não encontrando-o, então fui ate o elevador e dessa vez não teve jeito e tive que ir sozinha. No meio de um andar e outro, o elevador foi diminuindo a velocidade ate parar, meu coração foi à boca e voltou, fui sentindo falta de ar e ia entrar em desespero, quando a porta se abriu:

– Melissa?! Você esta bem? - Damon entrou e veio ate mim

– Sim. - murmurei e só ai que percebi que o elevador tinha parado no andar 15

– Você esta pálida. - sua expressão era de preocupado

– Não é nada. - fui me acalmando e respirando melhor - Eu só me assustei com a parada repentina

– Tem medo de elevador? - ele perguntou mais calmo também

– Só quando estou sozinha. - disse sorrindo sem graça

Ele sorriu pra mim e nisso suas covinhas apareceram e seus olhos brilharam, só ai que eu percebi em como ele estava vestido. Ele trajava uma calça social preta, camiseta de manga comprida branca com os dois primeiros botões abertos e sapato social preto, ele estava ainda mais lindo. Ele deve ter percebido que eu estava secando-o, pois sorriu mais ainda, virei meu rosto pro lado vermelha.

– Meu pai te contratou, ne?! - ele disse depois de um tempo em silencio

– Sim, serei o braço direito dele. - sorri abertamente

– Fico feliz por isso e tenho certeza que ele não irá se arrepender.

– Só não sei por que ele me escolheu, existem tantos mais experientes e ate melhor do que eu.

– Eu não acho. Você sempre foi a melhor da turma e sempre dedicada

– Você acha? - sorri tímida

– Sempre achei. - respondeu olhando fundo em meus olhos

Seus olhos azuis brilhavam e me encaravam intensamente, acabei ficando vermelha. Nossos olhos não se desviaram por nada, só quando a porta se abriu.

– Tenho que ir. - disse desviando nossos olhos

– Quando começa?

– Amanha.

– Então iremos nos ver bastante. - ele sorriu e eu assenti com a cabeça saindo do elevador

Cheguei ao meu carro não acreditando em nada, eu precisava falar com alguém, pra saber se tudo era verdade, então fui ate a empresa Smity, Miley estaria lá agora. Assim que cheguei, entrei e encontrei o Sr. Smity.

– Oi Melissa

– Oi Sr. Smity

– O que eu disse sobre me chamar assim?! - ele disse sorrindo

– Verdade, desculpa Mauricio.

– Assim esta melhor

– A Miley esta?

– Lá nos fundo, pode entrar.

Fui andando pelos os corredores ate chegar à sala que Miley ocupava, bati na porta e escutei sua voz:

– Entra. - entrei e antes de poder falar qualquer coisa, ela correu e pulou em cima de mim - Como foi lá?

– Calma - me afastei dela rindo. - Vou te contar tudo.

Comecei pela a reunião, depois falei do primo do Damon, Stefan e por fim contei sobre o Damon.

– Aaaaahhhhh! - Miley começou a gritar

– Quieta Miley. - eu dizia rindo

– Como eu posso ficar quieta?! Sua vida esta dando um giro enorme, só coisas boas, é pra gritar mesmo.

– Nem dá pra acreditar

– Acredita amiga, por que é tudo real.

– Descobriu algo sobre o convite?!

– Perguntei para o meu pai e ele não me disse nada e não sabe de nada. Mas vou descobrir, nem que leva um certo tempo.

– Às vezes eu acho que é melhor não

– Por quê?

– Tenho medo da verdade

– Sabe o que eu acho?

– O que?

– Que a verdade já está na cara dele

– E qual seria essa verdade?

– Que foi ele quem te enviou o convite e que ele te ama

– Se ele me ama, por que enviaria o convite?

– Pra você fazer algo e impedir o casamento

– E sabe o que eu acho?!

– O que?

– Que quando você nasceu, o medico te derrubou.

– Tonta. - Miley mostrou a língua pra mim e começamos a rir sem parar

Passei à tarde lá, conversando e ajudando minha amiga, quando estava anoitecendo, resolvi ir embora e quando estava saindo, esbarrei com a Katherine.

– Que isso garota, sempre esbarrando em mim. - ele disse brava

– Desculpe. - respondi sem olhar pra sua cara e saindo

– Hei, espera. - ela disse antes que eu me afastasse

– Que? - perguntei

– Da onde você conhece meu noivo? - ela frisou bem a palavra noivo

– Da faculdade. - como se ela não soubesse

– Ah. - ela fez uma cara pensativa

– Por quê?

– Nada. - ela disse ríspida e entrou

Dei de ombros e fui pro meu carro. Cheguei em casa e fui tomar um banho, para depois jantar e cair na cama. Essa noite acabei sonhando com Damon e estranhamente com o Stefan também.