Rachel e Quinn

- Já vai amanhecer o dia me provocando Rachel Berry?

A morena sorriu sob a pele nua das costas de Quinn. Que estava deitada de bruços. E ela estava apoiada na loira. As duas estavam deitadas na cama da loira vestidas da mesma forma que foram dormir, ou seja, só com as roupas intimas.

- Eu gosto da sensação.

- Eu também gosto da sensação da sua boca em mim.

Rachel morde a pele macia nessa hora e Quinn se agarra ao lençol.

- Gosta mesmo Fabray?

- Uhum! - murmura.

A morena começa a distribuir pequenas mordidas pelas costas de Quinn, que fica arrepiada.

- Acha que eu não sei o que você fez ontem?

- De que você está falando? - Quinn pergunta se deixando levar pelos beijos úmidos de Rachel.

- Da sua provocação pra cima de mim.

- Hm! Aquilo?

- Uhum! Eu sei que você estava me provocando de propósito. Só para me dar o troco. Muito feio isso Fabray.

- Eu estou aprendendo com a melhor. - Quinn falou com um sorriso sapeca e em tom provocante.

- Vire-se Fabray.

E Quinn virou.

Rachel sentou-se com uma perna de cada lado da loira e ficou fazendo carinho em seus cabelos. Contornado o rosto branco de Quinn. Os lábios, nariz, queixo.

- Vamos deixar algumas coisas claras aqui Fabray. Só eu posso provocar nessa relação. Eu posso te deixar louca. Te deixar com tesão. Te provocar ciúmes e etc. Ok?

- O que te leva a crer que eu não vá fazer isso?

- Porque se você fizer, vai ficar de castigo.

- E esse castigo seria?

- Algo que você quer muito por tempo indeterminado.

- Oh!

Quinn murmura, entendendo de que Rachel estava falando.

- Você vai me torturar mais?

- Menina inteligente Fabray.

- Isso é injusto.

- O mundo é injusto.

Rachel fala e sai de cima de Quinn, que se joga na cama, deitando-se novamente.

- Eu vou ficar traumatizada Rach.

Rachel gargalha do drama da loira.

- Pensei que a dramática da relação fosse eu.

- Eu estou pegando algumas de suas manias. E isso inclui o drama, Berry.

- Bom saber disso Fabray. Eu fico orgulhosa de saber.

- Engraçadinha.

- Vamos preguiçosa, levante-se da cama.

- Nãoo! A vida é tão injusta.

Quinn faz todo um teatro quando Rachel pega em seu pé, para puxá-lo da cama e vai a arrastando até que a loira cai de bunda no chão e Rachel começa a gargalhar mais ainda. Quinn olha pra ela com cara de dor, ao mesmo tempo em que passa a mão em seu bumbum sentindo a dor.

Rachel para de rir imediatamente quando vê Quinn levantando bem de vagar do chão. Então ela entende o que a loira vai fazer e sai correndo pela grande casa de Quinn, com a loira atrás dela.

- Isso vai ter troco Berry.

- Só se você conseguir me alcançar Fabray.

Rachel continua correndo pela casa, com Quinn atrás de si.

- Vamos drama Quinn, desista que você nunca vai me pegar, sou mais rápida

- Você está muito malvada Rachel Berry.

- Não estou. Só gosto de te provocar.

- Você sabe que me deixa louca quando faz essas coisas, não sabe? - a loira fala quando pula o sofá e consegue pegar Rachel pela cintura.

- Eu aposto que sim. - fala com um sorriso sedutor e piscando um olho pra loira.

- Oh céus.

Ela puxa Rachel em direção a sua boca e a beija com vontade. Pegando a mais baixa de surpresa, mas que respondo ao beijo imediatamente.

- O que você vai fazer hoje? - Rachel pergunta dando o assunto anterior por encerrado e acariciando os cabelos loiros, enquanto ainda estavam abraçadas.

- Fiquei de almoçar com Santana. E depois vou ver meu pai. Ele disse que quer me apresentar alguém.

- Será que ele já vai te apresentar a sétima mulher?

- Olha que eu não duvido que seja.

As duas gargalharam. Mas o riso de Quinn foi se acabando mais rápido. No fundo tinha pena do Fabray mais velho. Que sempre estava à procura de um amor, mas nunca encontrava um verdadeiro e leal. Só achava aproveitadoras para seu dinheiro.

- Eu sinto muito. Sei que isso te deixa mal.

- Não sinta. Eu meio que já me acostumei a isso.

- Espero que um dia ele abra os olhos e veja que pode namorar sem casar.

- Eu espero a mesma coisa desde o quarto casamento.

As duas gargalharam. As duas conversavam enquanto iam para o quarto se arrumar para sair. Rachel tinha que trabalhar e Quinn tinha o almoço com Santana.

Brittany e Santana

Brittany começa a despertar preguiçosamente. Sentindo-se incrivelmente mais leve. A noite passada tinha sido mais que perfeita. Santana finalmente tinha declarado que sentia algo por ela e depois fizeram amor.

Sim! Amor.

A latina foi carinhosa e cuidadosa com a loira. Deu total atenção ao corpo da mulher mais alta. E se entregou a seus toques também. Isso a fez sorrir bobamente. Mas seu sorriso foi sumindo quando seu braço acariciou o lado frio da cama. Onde Santana deveria estar.

Seus olhos foram se abrindo um por um. Como se quisesse que fosse tudo uma imaginação de sua cabeça. Que quando abrisse os olhos a latina estaria lá, com o sorriso mais lindo que ela já viu. Mas isso não aconteceu. A cama estava vazia e pela frieza, já estava assim a um bom tempo.

Os olhos da loira se encheram de lágrimas. Ela não estava acreditando que tinha sido tão boba em acreditar que a latina iria mudar por ela. E mais uma vez cair em seus braços para no dia seguinte acordar sozinha mais uma vez.

As primeiras lágrimas desceram por suas bochechas rosadas. Escutou um barulho vindo da porta da frente, e ela se colocou de pé. Seu corpo estava nu, então ela resolveu se enrolar com o fino lençol que lhe cobrira antes. A passos lentos foi descendo as escadas. Para ver se poderia ser algum criminoso que tinha entrado em sua casa. Olhou nos cômodos de baixo e nada. O ultimo que faltava olhar era a cozinha. E foi para lá que se encaminhou. Escondeu-se por trás da porta que dava acesso ao local, e pode ouvir uma melodia simples e alegre vindo do mesmo. Junto com um cheiro de bacon e torradas com mel.

Seu estomago resmungou alto. Ele estava com fome. Ela tentou espiar sem ser vista, mas uma latina vestida com um moletom gigante para o seu corpo e um coque mal feito no cabelo a viu antes que pudesse fugir para o andar de cima.

- Britt?

A loira não respondeu. Ela estava tentando enxugar as lagrimas que teimavam em cair ainda, mesmo vendo que a latina não tinha ido embora.

- Brittany? - Chamou mais uma vez se aproximou da porta e a abriu. Revelando uma loira chorosa e quase nua.

- O que ouve Britt Britt?

Ela abraçou a mulher com todas as suas forças, enquanto largava a espátula que virava os ovos, no chão.

- Eu pensei que você tivesse ido embora de novo.

Falava deixando mais lágrimas caírem doa seus olhos.

- Hey! Disse que não iria fugir de novo Britt.

- Eu sei... É que por um momento eu me vi de novo naquele dia que você fugiu.

- Me desculpe por aquilo amor.

A latina não prestou atenção no que disse. Já a loira prestou, e muita, já que um sorriso enorme se abriu em seus lábios.

- Você me chamou de amor. - ela sussurrou no ouvido de Santana.

- Oh! Me desculpe eu...

- Não se desculpe. Eu meio que gostei.

Elas se afastaram e a latina pode ver o tamanho do sorriso de Brittany. Isso fez seu próprio sorriso se abrir do mesmo tamanho. A latina puxou a loira pela mão e fez ela se sentar no banco da cozinha americana.

- Desculpe sair da cama e te deixar assim... Preocupada. Eu só queria te fazer uma surpresa com um café da manhã.

- Você cozinhou pra mim?

- Cozinhei! Mas porque o espanto?

- Eu não sabia que você sabia cozinhar.

- Santana aqui é uma mulher prendada. Tem muita coisa sobre mim que você ainda não sabe Britt.

- Eu gostaria de saber de tudo... Se você quiser me contar um dia.

- Eu vou te contar tudo que você quiser. Absolutamente tudo. Mas antes... Vamos comer porque depois da noite de ontem eu estou morta de fome. E pelo ronco que eu escutei quando você chegou, deduzi que sua barriguinha também.

A loira sorridente concordou batendo palminhas e começou a comer o que a latina ia colocando perto delas. Tudo estava perfeito. Ela achou que Santana a tivesse deixado mais uma vez. Mas se enganou complemente. Ela só queria fazer uma surpresa para loira. E ela adorou.

Na hora do almoço elas se despediram depois de terem feito mais algumas coisinhas após o café reforçado que a latina tinha feito. Ela e Quinn haviam combinado de almoçar em um restaurante próximo ao hospital em que o pai de Quinn trabalhava. Assim ela poderia ir direto pra lá depois do almoço.

- Nossa! Você não tomou café da manhã hoje?

- Ah eu tomei sim. Mas Brittany acabou comigo depois dele. Então todos os nutrientes que tinha comido no café foram embora.

- Então você e Brittany finalmente se acertaram?

- Sim loira. E eu diria que nos acertamos em grande estilo.

A latina falava com euforia, enquanto comia mais salada.

- Que bom para vocês.

- Pelo visto a Berry ainda esta fazendo jogo duro com você.

- Na verdade eu que fiz jogo duro com ela da ultima vez que nos provocamos.

A loira falou toda orgulhosa e Santana se surpreendeu.

- O que você fez? Colocou um sinto de castidade ou imaginou a treinadora Beiste?

- Deixa de ser idiota Santana. Eu tenho total controle sobre meu corpo. Eu só a provoquei e parei quando ela estava gostando da coisa toda.

- A vingança é um prato que se come frio, não é Fabray?

- Não foi vingança. Foi apenas uma maneira de demonstrar que eu posso me segurar sim.

- Sei.

- Mas ela percebeu e deu um ultimato. Dizendo que só ela pode provocar.

- Oh! Você está tão ferrada.

- E eu não sei disso.

A loira bufa e joga a cabeça sob a mesa.

- Porque você não faz o joguinho dela?

- Como assim? - pergunta interessada.

- A Berry está te provocando e te deixando louca sem sexo. Ela gosta do poder. Mas o que ela vai fazer se de repente você for de vagar? Sabe, se tornar não tão dependente de sexo e ser daquele tipo romântica que manda flores. Toda sensível. Você a deixa no controle da situação e parte pro ataque mais moderado e por baixo dos panos.

- Você ta querendo dizer que é pra mim ir como ela queria? Quando ela me atacar eu vou ter que resistir e sem tentar atacar ela de volta?

- É basicamente isso. Você vai se segurar com ela. Deixar que ela faça o que quiser com você e depois você ataca com gentilezas, assim ela vai se sentir frustrada por você não a atacar de volta. Porque é isso que ela espera, que você a ataque de volta. Conhecendo a Berry como conheço, ela vai ficar indignada por não ter resposta da sua parte. Assim ela vai cansar.

- Isso que você está falando é sem lógica.

- Acredite. Tem lógica.

A latina fala com a boca cheia e a loira ri da cara que ela faz. Mas fica pensando em todas as palavras dela. Talvez faça sentido mesmo. Mas não custa nada tentar. A loira estava tendo idéias.

Depois do almoço com Santana. A loira foi correndo para o hospital. Seu pai queria falar com ela. Ou melhor, apresentar alguém a ela.

- Papai?

- Oi Quinn minha filha. Entre venha.

O homem meio grisalho e meio loiro abriu um sorriso enorme ao ver a filha única em seu consultório. Ela ia pouco ali, por motivos de não gostar muito de hospitais. E o pai entendia isso. Os dois sentaram-se, Quinn de costas para a porta, na cadeira de visitas e ele do outro lado de sua mesa.

- Cadê a Rachel? Pensei que ela viria com você.

- Ela teve que ir trabalhar papai.

- E quando é o casamento de vocês?

- Papai! Começamos a namorar não faz nem uma semana.

- Mas você a roubou de seu casamento. Então o mínimo que tem que fazer é casar-se com ela.

- A gente está indo de vagar pai. Um passo de cada vez.

- Hm! Entendei. Desse jeito eu que vou me casar antes de você.

- Hahaha! Muito engraçado o senhor pai. Já tem uma sétima candidata?

- Na verdade é a sétima noiva.

Ele fala olhando para a porta com um sorriso gigante, e que se parecia muito com o da loira. Ele estende a mão para que a pessoa que estava na porta entre. E Quinn lentamente vai se virando. Se espantando ao ver a pessoa que estava na porta.

- Quinn eu quero que você conheça a minha futura mulher.

- VOCÊ?