Larissa foi acolhida pelos garotos sem qualquer rancor ou desconfiança. Ela disse a eles tudo que sabia antes de irem para casa. Augusto ainda sofria com os últimos acontecimentos. A morte de Palmon foi um choque muito grande. Todos eles decidiram por um fim nisso de uma vez por todas. Iriam invadir o CDD e acabar com qualquer que fosse o plano deles.

Seria uma missão arriscada. A segurança deveria estar reforçada depois de ontem, mas não havia outra maneira. Naquela tarde, eles se reuniram após o almoço para seguir em direção à batalha final. Augusto ainda hesitava, imaginando qual digimon seria perdido na batalha de hoje. Seja um dos deles ou um dos da CDD, ainda assim seria uma perda terrível. Eiri era de longe o mais animado, para ele seria apenas mais uma diversão. May sentia-se na obrigação de vencer, afinal os digimon eram inocentes, era uma injustiça fazer aquilo com eles. Tudo que Phelipe queria era manter seus amigos a salvo e evitar que mais digimon sofressem. Eles seguiram em direção ao prédio indicado por Larissa, onde ficava a nova sede da agência. Como haviam pensado, segurança triplicada. Mas graças às informações da garota, eles chegaram em segurança à clarabóia de onde teriam acesso a parte interna do lugar.

Descendo eles se encontraram num corredor com portas à direita e janelas à esquerda que davam para a rua lá fora. Seguiram até a sala de número 207, conforme instruções, e entraram. A sala estava completamente vazia, as paredes muito brancas, fecharam a porta e Eiri tomou à dianteira.

O garoto aproximou da parede oposta à porta e colocou a mão esquerda nela. Segundos depois o omegavice reagiu e a parede se dissolveu revelando uma sala. O lugar era repleto de telas onde se tinha uma visão de todos os cômodos do prédio. Os oito garotos buscavam uma única sala. Onde, segundo Larissa, estaria o digicore de Palmon e as esperanças do diretor da CDD. O objetivo era destruir as máquinas desta sala e libertar o digicore. Depois de cinco minutos May apontou um monitor.

_ Ali! É aquela não é?

_ Sim. Olha lá a luz que vimos ontem. - disse Phelipe.

_ Com certeza aquele é o digicore de Palmon. - disse Lopmon.

_ Digicore? - indagou Asckot. - O que é isso Gotsumon?

_ Digicore é à base da existência digital. Cada digimon possui um e é ele que faz com que sejamos como somos. Seria algo próximo da alma humana.

_ O Gotsumon é tão inteligente. - comentou Penguinmon.

_ Não podemos ir todos. - interrompeu Eiri.

_ Como? - indagou Soraya.

_ Por que não? - quis saber Yusuke.

_ Obvio! Somos muitos. Chamaríamos atenção demais. Além disso, têm eles. - disse o garoto apontando para dois monitores.

Em uma das telas vinham Marcus, SnowAgumon, Misato e Byomon em direção á sala que eles deveriam ir. No outro monitor eles visualizaram Derek, percorrendo outro caminho rumo ao mesmo corredor.

_ Se não agirmos rápido vai ser impossível chegar ao laboratório. - disse Coronamon.

_ Eu e Labramon vamos manter Marcus e Misato ocupados. - disse May que foi apoiada por seu parceiro.

_ Vamos com vocês. - disse Phelipe.

_ Tudo bem. Eu cuido de Derek. - disse Eiri.

_ Não! - exclamou Asckot. - Você é o mais experiente de nós. Tem de ir com os outros e destruir o laboratório.

_ Exatamente por ser o mais experiente eu sou o que tem mais chances de manter VenomVeedramon ocupado.

_ Tudo bem, você me convenceu.

Assim May, Lipe e seus parceiros seguiram rumo ao encontro de Marcus e Misato, Eiri seguiu na direção oposta visando deter Derek. Os demais ficaram na sala, aguardando as lutas começarem para ir até o laboratório.

May e Lipe encontraram com seus algozes na metade do caminho que eles deveriam percorrer. Marcus e Misato imediatamente empunharam seus mechanivices e açularam seus digimon.

_ SnowAgumon!

_ Byomon!

_ Dessa vez vocês não vão escapar. – disse Byomon.

*Brilho nos dois digimon*

_ Byomon digivolve para...

_ SnowAgumon digivolve para...

_ Birdramon!

_ Frigimon!

_ Asa Meteoro!

Labramon e Lopmon saltaram na frente dos parceiros e receberam o golpe.

_ Labramon!

_ Lopmon!

_ Minha vez. Golpe Gelado!

Dessa vez Labramon escapou do ataque que atingiu uma das janelas congelando-a instantaneamente.

_ Latido do Cão!

Frigimon recuou um pouco.

*May e Lipe pegam card no cinto colocam ao lado do rosto. Apontam para o parceiro.*

_ Digimudança! Acessório de Evolução Rápida! – disseram os dois ao mesmo tempo.

_ Labramon digivolve para...

_ Lopmon digivolve para...

_ Dobbermon!

_ Turuiemon!

_ Dobbermon! Temos que mantê-los aqui.

_ Roar Dominante! – o ataque jogou Frigimon contra Birdramon.

_ Garra Ninja! – o ataque atingiu o digimon de gelo.

_ Frigimon! – gritou Marcus. – Eles parecem mais fortes que da última vez. Mas por quê? O que os torna mais fortes?

“Byomon... não quero que você morra e fique presa naquela redoma... você tem que vencer... pela sua sobrevivência... por que... por que... por que eu te amo... sempre amei, mas só agora entendo isso...”

_ Birdramon! – a garota grita pela parceira chorando.

*Brilho no mechanivice de Misato... Brilho em Birdramon...*

_ Birdramon super digivolve para...

*A luz se torna uma língua de fogo que cobre Birdramon, do fogo saem braços e pernas humanóides. Depois surge a cabeça de águia e as asas. Nasce o novo digimon.

_ Garudamon!

_ Di-digivolveu... – gaguejaram Lipe, May e Marcus ao mesmo tempo.

\\Garudamon: digimon no estagio perfeição. Esse digimon águia humanóide tem um senso de justiça muito forte. Existe apenas para proteger seus amigos e os digimon mais fracos. Seu ataque Sombra Alada pode percorrer grandes distâncias./

_ Sombra Alada!

O ataque se ergue do corpo do digimon ave e desce com força na direção de Dobbermon. O digimon canino não teve como escapar. Recebeu o ataque diretamente.

_ Dobbermon! – May choraminga

“Por quê? Por que ele digivolveu e o Frigimon não? Estamos batalhando mais tempo que eles. Treinamos mais. Por quê? Por que não posso fazer ele digivolver?”

_ Festival de Luzes! – o ataque de explosões atingiu o digimon de gelo derrubando-o.

_ Frigimon!

_ Roar Dominante! – o ataque não teve o menor efeito. – Garra Lâmina! – o digimon mal conseguiu chegar perto de Garudamon.

_ Sombra Alada!

Novamente Dobbermon foi ao chão.

_ Por quê? Por que vocês fazem isso? Por que temos de lutar quando deveríamos estar do mesmo lado? Todos nós queremos que nossos parceiros estejam felizes. Acha que eles são felizes sendo prisioneiros desse digivice sintético? Acha que podem estar bem quando estão indo contra o que eles acreditam?

_ Você não sabe nada sobre nós garota! – gritou Misato – Éramos ninguém. Estar aqui nos torna importantes para alguém. Somos úteis lutando pela justiça.

_ Justiça... Justiça... – May estava fora de controle. – VOCÊ CHAMA ISSO DE JUSTIÇA!!! É você que não sabe nada se acha que está do lado certo. Se não pode ver o que realmente está ajudando a construir então nem mesmo é digna de um digimon! Acha justo usar digimon que deveriam ser bondosos e gentis como uma arma? Acha justo o que aconteceu com a Palmon mesmo depois que seus dados se perderam? Acha justo a sua parceira que deveria estar livre no digimundo ter sido capturada e corrompida para responder ao mechanivice?

_ E – eu... eu... – Misato não tinha respostas para aquelas perguntas.

_ Se você acredita mesmo nisso então não sabe o que é justiça! A verdadeira justiça é aquela que responde ao chamado dos inocentes. Assim como uma bússola, a justiça aponta sempre para a verdade e para a inocência. Aquele que age errado jamais caminhará ao lado da justiça. Não importa o motivo. Eu jamais perdoarei a sua omissão. Não posso perdoar alguém que permite que aquele que mais lhe admira e protege sofra.

*Luz vermelha envolve o corpo de May. A luz se expande formando uma aura vermelha A aura se concentra no punho esquerdo. May ergue o punho e o abaixa até o tórax. Estica o braço apontando a luz para Dobbermon.*

\\Digisoul Acionada... Virtude Despertada... Processo Evolutivo Iniciado./

*Luz some do punho e envolve Dobbermon.*

_ Dobbermon super digivolve para...

*A luz toma a forma de um grande cão de três cabeças que uivam. Com seu uivo a luz vai explodindo aos poucos revelando o digimon sob ela. Primeiro as patas com grandes lâminas nas garras. Depois a cauda e corpo e por último as cabeças.*

_ Cerberusmon!

\\Cerberusmon: Um digimon fera-demônio no estagio perfeição. Este digimon é chamado de Guardião do Inferno. Diz a lenda que este digimon fica na entrada da Zona das Trevas para impedir que digimon malignos escapem. Seu ataque mais conhecido é o Portal das Trevas, que abre a passagem para a zona das trevas. Ele ataca também com o Fogo Fátuo e com a Garra Assassina./

"Mais essa agora. O digimon daquela garota também digivolveu. O que elas possuem que eu não tenho? Por que os digimon dela responde ao sentimento delas? Eu quero saber. Eu preciso entender. Tenho de saciar minha sede de conhecimento. Tenho de saciar minha curiosidade."
* Brilho no mechanivice de Marcus e em Frigimon.*

_ Frigimon super digivolve para...

* O brilho se torna uma chama azul e dela surge BlueMeramon.*

\\BlueMeramon: digimon elemental no estágio perfeito. Esse digimon pode suportar as mais baixas temperaturas sem problemas. Ataca com o Fogo Gelado, que causa queimaduras de gelo, ou com a Aurora Boreal, um raio azul que pode congelar qualquer substância./

_ Fogo Gelado!

A esfera de fogo azul atingiu Turuiemon em cheio, jogando o digimon coelho longe.

_ Sombra Alada!
_ Fogo Fátuo!

Os dois ataques se chocaram causando uma enorme explosão.

_ Turuiemon! - gritava Lipe. - Levante! Você pode vencer! - o garoto tentava incentivar o amigo.

_ Tenho que levantar. - o digimon se esforçava. - O Lipe conta comigo. Meus amigos contam comigo. Mas... ele é muito forte.

_ Fogo Gelado!

O ataque acertou Turuiemon nas costas o jogando no chão novamente.

_ Assim o Turuiemon vai perder.

=LEMBRANÇA=

Lillymon saltou na frente da garota, recebendo o ataque. A digimon fada caiu nos braços de Larissa, que se desesperava em lágrimas. Derek e os outros três fugiram imediatamente, se teleportando.

_ Lillymon... por quê? Por que você fez isso? Me atacar e destruir o meumechanivice era a única forma de libertar você.

_ N. não s. sei... quando d... dei por mim... j... já tinha entrado na frente... - disse a digimon com a voz fraca.

Uma luz tênue envolveu Lillymon e seus dados começaram a se dissipar. Eiri olhava a cena sem esboçar reação, apenas vidrado, sem ao menos piscar. May, Kira e Soraya choravam juntas. Lipe e Yue se olhavam tentando segurar as lágrimas. Asckot estava dividido entre olhar para Eiri e olhar o digimon se desintegrar. Augusto caiu ajoelhado no chão, vencido pelo cansaço e pela tristeza.

_ Aaaaaaaaa! - gritou ele. A energia que o envolveu antes reagiu se expandindo e depois desaparecendo. MetalYashamon voltou a Patamon e caiu de joelhos também.

Os dados de Lillymon se dissiparam e uma luz verde pairou nos braços de Larissa. O digicore do digimon planta ainda queria estar ao lado de sua amiga. Um feixe de luz idêntico ao do teleporte da CDD desceu e levou o digicore. O mechanivice se partiu e caiu do pulso dela. Larissa continuou chorando a sua perda.

=FIM DA LEMBRANÇA=

_ Não. Ele não pode perder. Lopmon não pode desaparecer como a Palmon. Não vou permitir.

_ Hahaha! - Marcus ria do garoto. - Você não passa de uma criança. Não pode fazer nada. Nada! Hahaha!

_ Cerberusmon! Leve todos lá pra fora.

Cerberusmon saltou sobre Garudamon e a jogou pela janela. Turuiemon e BlueMeramon saltaram atrás. Os garotos correram escada abaixo até seus parceiros.

_ Golpe Ninja!

BlueMeramon caiu com o soco potente de Turuiemon.

_ Garra Assassina!

Garudamon também foi derrubado. BlueMeramon se levantou e concentrou suas energias.

_ Aurora Boreal! - Das mãos unidas do digimon chama azul saiu um raio em alta velocidade.

O feixe de luz foi certeiro na direção de Phelipe, mas atingiu direto no peito de Turuiemon e o congelou instantaneamente.

_ Tu... Turuiemon... - Lipe caiu de joelhos, com os olhos cheios de lágrimas. - Você se deixou atingir para me proteger.

_ Hahaha! - ria-se Misato. - Que digimon tolo. Pulou para a morte para proteger o garoto. Pena que sua morte será em vão.

_ Hahahaha! - agora era Marcus que sorria. - Lágrimas não passam de uma demonstração de fraqueza. Só os fracos choram.

_ Sombra Alada! - o ataque foi na direção do garoto, que nem fez menção de sair do lugar.

May estava em choque. Cerberusmon não teve tempo de fazer nada. Este era o fim de Phelipe. A chama cobriu o corpo do garoto, mas não veio a explosão esperada. Em lugar disto o ataque de Garudamon ficou parado exatamente onde Phelipe estava.

_ Como ousa fazer pouco do sacrifício dele?  - A pergunta veio do meio das chamas. - Como ousam rir do meu sofrimento? Vocês não têm coração? Que espécie de monstros vocês são? Não vou permitir que zombem da nossa amizade! Não vou sequer me render. Lutarei até o fim, com minhas próprias mãos se for preciso. Defenderei os meus amigos com meu sangue! E nunca, nunca vou desistir! Eu prometo! Em nome do Lopmon. O meu AMIGOOO!

*Luz azul envolve o corpo de Phelipe. À medida que ele fala a luz se concentra no seu punho. Simultâneo ao seu grito ele ergue o punho e a luz desaparece.*

*Corpo de Turuiemon dentro do gelo é envolto por uma luz azul. Uma vibração parte do corpo do digimon e se espalha pelo bloco de gelo que começa a trincar.*

\\Digisoul Acionada... Virtude Despertada... Processo Evolutivo Iniciado./

_Turuiemon super digivolve para...

*A luz aumenta de intensidade, impossibilitando ver dentro do gelo. O bloco explode espalhando pedaços de gelo pelo chão. O gelo derrete assim que toca o chão.*

_ Antylamon!

\\Antylamon: digimon coelho no estágio perfeição. Seus ataques são o Machado do Tesouro e o Lâmina Tornado./

_D... di... digivolveu... - Marcus estava impressionado.

"Mesmo estando preso no gelo eterno, ele conseguiu digivolver. Que energia é essa que esses humanos possuem? E por que eles são os únicos?" - BlueMeramon se questionava.

"Sinto uma forte energia partindo dos humanos e convergindo em Cerberusmon e Antylamon. Mas por que não sinto essa mesma energia partindo de Misato e do Marcus? Eles emanam uma energia quente e confortável. Mesmo estando em uma batalha não sinto a menor agressividade neles." - Garudamon também não entendia o que era aquela energia que provinha de humanos.

"Começo a me questionar se fiz a escolha errada. Eles são pessoas boas e justas. Mesmo em batalha, eles não nos vêem como inimigos. E tentam ao máximo nos vencer sem destruir os digimon." - Os pensamentos de Misato ativam um flash de sua memória.

=LEMBRANÇA=

Uma garotinha solitária, no meio da rua, sem pais, sem amigos, sendo escorraçada ou ignorada em todos os lugares. Essa era a Misato. seus únicos amigos eram os animais com que dividia comida e abrigo. Ela sempre fora incapaz de fazer mal a um bicho, fosse ele o que fosse. Com o tempo a garotinha sem rumo se tornou a rebelde adolescente. Causadora de confusões e muitas vezes temida por todos. Era assim até que aquele homem apareceu em sua vida. Com uma voz sedosa e encantadora. Oferecendo-lhe casa e alimentação, sem pedir nada em troca. Ela desconfiou, mas o homem disse que ela poderia pensar. Ele voltou durante toda a semana, com roupas novas e comida. Ela se convenceu e foi com ele. A casa era uma espécie de laboratório. Cheia lugares proibidos. Ela vivia como uma princesa. Numa noite de tempestade ela acordou assustada, pois ouvira seu nome ser gritado. Levantou e foi até a cozinha tomar água. A meio caminho ouviu uma voz estranha chamando seu nome novamente. Vinha de uma das salas daquele corredor. Ela correu para ver quem chamava, mas parou à porta da sala. Era um dos lugares proibidos, e essa sempre estava trancada. Quando ela levou a mão à maçaneta a porta se abriu sozinha. Ela entrou numa espécie de laboratório. No centro da sala havia uma cúpula com um ovo dentro. Preso à cúpula um aparelho que parecia um relógio. Misato ficou de frente para o ovo. seu nome foi novamente pronunciado numa vibração. Era o ovo que a chamava. Ela ficou assustada, mas sua curiosidade foi maior. Ela colocou a mão sobre o vidro e sentiu vibrar. No susto foi tirar a mão e esbarrou no relógio estranho. uma luz envolveu seu braço e o aparelho. Um segundo depois o estranho objeto estava em seu pulso e a cúpula de vidro sumira. O ovo começou a tremer e se partiu. Dele nasceu uma criaturinha parecida com uma semente (ver nome do digimon antes de Yokkomon). O homem chegou exatamente após o estranho recém nascido saltar no colo dela. A menina estava aterrorizada. caiu de joelhos e implorou desculpas. Que ouviu alguém a chamando e não resistiu. e que não sabia como tinha colocado aquilo no braço, mas que não saia. E que o ovo chocou. Foi uma correnteza de fatos sem fim. Na semana seguinte a garota recebeu toda a informação que precisava sobre a ameaça chamada digimon e o papel dela como agente da CDD. Ela aceitou tudo muito bem. Afinal ela finalmente se sentiu útil e querida. A lembrança dá um salto e vai para a batalha do dia anterior. Augusto aos prantos pelo sofrimento de Lillymon, todos os outros se apoiando e depois todos eles consolando Larissa enquanto eles a abandonavam.

=FIM DA LEMBRANÇA=

"Eles eram os mocinhos. Aqueles garotos. Que não viam inimigos nem naqueles que tentavam destruir seus parceiros a todo custo." - pensava Misato.

_ Lâmina Tornado! - Antylamon fez seus punhos virarem machado e rodopiando acertou BlueMeramon, mas Garudamon desviou. - Machado do Tesouro! - unindo seus machados Antylamon disparou um raio rosa que jogou o digimon ave no chão.

_ Fogo Fátuo! - as chamas atingiram os digimon caídos.

_ Garudamon! - gritou a garota. - Recue. Eles são mais fortes.

_ BlueMeramon! - Marcus também já previa a derrota. - Temos que ir. Não podemos vencer. Não nas condições atuais.

Uma descarga elétrica passou pelo corpo dos dois nesse instante. O mechanivice não queria que eles desistissem. O digivice sintético estava assumindo o controle.

_ E agora. Eles não vão para de atacar até um lado vencer.

_ Eu sei, mas não podemos deixá-los ir atrás dos outros. Temos de vencê-los.

_ Machado do Tesouro!

_ Fogo Fátuo!

Os dois ataques foram certeiros.

_ Portal das Trevas! - com um uivo Cerberusmon abriu um portal a sua frente de onde saíram vários raios.

O ataque foi letal. Os raios atingiram Garudamon e BlueMeramon sem piedade.

_ Machado do Tesouro! - o raio dos machados de Antylamon finalizou a luta.

Os digimon vencidos regrediram e caíram no colo de seus parceiros já se desintegrando em dados. Era o fim daquela guerra.

=LEMBRANÇA=

Estavam os oitos garotos na sala com as telas de segurança. Eles acharam a sala com o digicore de Palmon preso em uma cúpula. Havia mais duas cúpulas vazias.

=FIM DA LEMBRANÇA=

_ Droga! - gritou May. - Era isso que ele queria o tempo todo!

_ O que?

_ Durante todo esse tempo ele só queria o digicore dos digimon, independente de qual digimon.

Ele apenas queria que lutássemos para que os digimon se desintegrassem e o digicore fosse liberado.

Nesse momento os dois digimon perderam sua forma e o digicore pairou no ar por alguns segundos. Novamente o raio desceu dos céus e levou os digicores.

_ Temos de correr! Impedir que o portal se abra! Vamos May!

_ Vamos.