–Claro, Nicholas. Entre, já estava de saída. -meu pai falou, já se direcionando para a porta- Depois conversamos.

Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, meu pai já havia saído e Nick atravessava o quarto de hospital e se sentava na minha cama.

–Você está horrível, A. -ele sorriu maldosamente.

–Você era quem deveria estar horrível, Nicholas. O que faz andando? Pensei que estava a beira da morte. -falei, com a voz trêmula.

–Ah, sabe como a mídia é, sempre exagerando os fatos. -ele riu- Ao menos ganhei repercussão.

–Mas você bateu o carro? -indaguei, incrédula.

–Um leve encostão. Estou um pouco arranhado, mas nada que me impeça de te ver, princesa. -ele sorriu.

–Saia. -sibilei, evitando olhá-lo.

–Como pode dizer isso para o seu namorado? Te amo tanto. Olhe para mim. -Nick falou, puxando meu rosto em sua direção.

–Você não é nada meu. -respirei fundo- Saia.

–Seu pai não pensa o mesmo, linda. -Nick apertou meu rosto- Ele até já fechou um novo contrato com os Jonas Brothers. Além disso, estou realizando seu maior sonho, não é? Estou oferecendo meu grande amor por você.

–Solte-me, está me machucando. -falei, encarando seus olhos negros, que me pareciam mais maldosos do que sedutores agora- Eu não quero merda nenhuma que venha de você, não deveria sair por aí inventando mentiras.

–Cale a boca, puta. Não minta dizendo que não me deseja, eu sei que deseja. -ele apertou ainda mais meu rosto e montou em mim- E agora vai ter o que queria.

Empurrei-o, mas seu corpo pesava sobre mim. Ele subiu meus braços sobre a cabeça com uma mão e tapou minha boca com outra. Me remexi, tentando lutar, mas Nick manteve o rosto tomado pela maldade. Como estava com o avental do hospital, ele não teve o trabalho de me despir. Sua calça já estava semiaberta e ele puxou o zíper rapidamente, deixando seu membro para fora. Lutei ainda mais, sentindo o desespero me consumir. A porta estava fechada, eu não conseguia gritar ou me mexer e o quarto não tinha qualquer janela. Tentei morder sua mão, mas ele já a substituía por sua boca. Nick explorou minha boca com sua língua áspera, seus dentes mordendo meus lábios até que sangrassem. Seu corpo me pressionava com força,impossibilitando minha resistência. Com a mão livre, Nick encheu sua mão com meu seio. Apertou com força, fazendo minhas costas se arquearem. Ele gemeu entre o beijo, meio rindo. As lágrimas teimavam a cair.

Sem mais delongas, Nick puxou minhas pernas para longe uma da outra com a mão livre. Mantive-as juntas por um tempo, até ele estapear minhas coxas com tal força que não pude mais resistir. Tentei berrar por entre o beijo e minha voz finalmente pareceu preencher o ar. Nick me penetrou sem cuidado ou carinho, fazendo-me chorar e tentar berrar mais uma vez. Podia sentir seu membro me prencher duramente, sem qualquer lubrificação. Rasgava-me enquanto gemia. Ele substituiu sua boca colada na minha pela mão livre enquanto estocava forte.

–Tente gritar de novo, sua puta. Tente e não sai daqui viva. -ele ameaçou enquanto estapeava meu rosto.

De repente, a porta do quarto se abriu. Nick parou abruptamente entre uma investida e se levantou o mais rápido possível, fechando sua calça. Meu pai manteve-se parado, estático, na porta e eu, finalmente liberta do abraço de Nick, encolhi-me dolorosamente e chorei. Meu pai olhou de mim para Nick por um instante e andou até ele, parando em sua frente. Colocou-se a milímetros de distância, quase encostando seu rosto no de Nicholas.

–Toque-a de novo e morre. -ele disse, enquanto acertava seu punho na maçã do rosto de Nick- Eu nunca mais vou vê-lo, a não ser no tribunal.

Nick curvou-se pela dor e meu pai investiu uma joelhada no estômago dele. Ele pôs-se a correr o mais rápido que pôde, deixando-nos sozinhos.

–Annie! -meu pai correu até minha cama e varreu os olhos sobre a extensão do meu corpo- Eu vou chamar o médico.

–Pai, -sussurrei, agarrando-me ao seu braço- não me deixe.

Meu pai voltou-se para mim e juntou suas lágrimas às minhas, afagando-me os cabelos. Eu não sabia o que pensar, apenas sabia que queria Christofer comigo. Queria nunca ter recusado morar com ele, nunca ter vindo atrás de Nick. Queria seus braços me confortando, seu cheiro me envolvendo, seu amor me preenchendo. Eu o amava tanto... Eu só o queria de volta.