Acorda Sakura, sua preguiçosa! - minha irmã Lucy me acordava toda feliz.

- Lucy ainda são seis horas, me deixa dormir mais um pouco.
- Você não pode, esqueceu que vamos viajar em família hoje?
- Aaah, isso. - eu não me sentia nem um pouco animada em ir. 
- Sakura levanta-se temos muita coisa a fazer. - minha mãe entrava no meu quarto abrindo as cortinas, e deixando o sol entrar.
- AAAAAHHHH, Tão Claro. - eu cobri o rosto com a coberta.
- Você é uma humana minha filha, você precisa de luz. - minha mãe descobria o meu rosto.
- Quem dera eu pudesse ser outra coisa. - eu queria ser diferente, mais se eu soubesse o que estava por vir, eu jamais teria desejado aquilo.

       [... Algumas horas depois ...]

- Isso não é divertido? Viajar em família. - meu pai dizia todo animadinho.
- Nem um pouco. - eu realmente estava emburrada, aquilo seria muito entediante, as músicas antigas do papai, minha mãe cantando desafinada e Lucy me pertubando pela viajem toda, era o que eu previa.
- Aaah minha irmãzinha bonitinha, não fique com essa cara fechada, sorria a vida é tão linda. - Lucy dizia a mim.
- Mãe você se lembrou de dar a Tarja preta para Lucy hoje? - eu perguntei a minha mãe, aquela felicidade que vinha de minha gêmea era terrível de se aceitar, mamãe sempre dizia que eu era o lado negro e ela o lado branco, mais pra mim eu era a normal e ela a maluca.
Depois de muitas discussões e de carregar o carro, nós estávamos na estrada, olhei no relógio e já fazia uns quinze minutos que tinhamos saído de casa.
- Papai vai ligar o som, exatamente agora. - eu sussurrei já sabendo o que ele iria fazer.
- Vai estar tocando uma moda de viola bem entediante. - eu continuava a adivinhar.
- MãEEEEEE, socorro a Sakura é vidente. - Lucy tinha ficado surpresa com minha adivinhações, mas eu estava mais para charlatona, essa sempre era as ordens das coisas em todas as viagens, por isso eu peguei  tanta raiva por sair de ferias.
- Sakura para de assustar sua irmã. - meu pai acabou me dando uma bronca por que Lucy estava fazendo manha, eu olhei para ele como cara de" mais pai o que eu fiz? ".. ele apenas ignorou-me e voltou a prestar atenção a estrada.
As horas se passavam e o tedio ia me consumindo por dentro, já faziam malditas seis horas que eu estava sentada, minha pernas doiam eu precisava me alongar
- Pai eu quero ir ao banheiro. - Lucy disse e eu quase a beijei de felicidade, eu precisava sair daquele carro o mais rápido possível.
Assim que eu achar um posto eu paro. - papai disse.
- Ali meu bem, na plaquinha dizia posto a 5 quilômetros. - mamãe mostrava um desvio na estrada.
- Cinco km não são nada, nós vamos sair da rota só por que é uma necessidade. - papai não conhecia essa estrada então ele não sabia dizer se havia outro posto próximo que não fosse esse. Agora paro para pensar, será que ele faria isso se soubesse o que estava perto de acontecer?
Papai fez o contorno e entrou no desvio, logo ele ia dirigindo procurando o posto que parecia nunca chegar.
- Mãee não aguento mais, eu preciso fazer xixi. - Lucy se contorcia no banco.
- Aguente minha filha, nós já estamos chegando. - mamãe disse voltando a olhar para frente.
Mas aquela estrada era assustadoramente vazia, e por mais que o carro tivesse lento nos já tinhamos passado os cinco km a muito tempo.
- Meu bem, o que é isso? - minha mãe se espantava no banco da frente e eu procurei o que tivera a assustado, e logo meus olhos começaram a ver um nevoeiro que se formava em volta do carro e por toda a estrada, nem os cientistas mais inteligentes do mundo conseguiriam explicar como um lindo dia de sol em segundos tivera virado um dia sombrio.
Eu fixei meus olhos na estrada e pude ver meu pai indo em direção a uma curva fechada, eu não conseguia ver o resto da estrada.
- PAPAI CUIDADOO - eu gritei, mais não foi rápido o suficiente para impedir que o carro caísse desfiladeiro a baixo.
Em segundos minha vida passava diante de meus olhos, eu via Lucy gritando desesperada até que o cinto dela se abriu e minha irmã voa para fora do carro, mamãe e papai já tinha ficado em silencio a um tempo, as coisas aconteciam tão rápido que eu não sabia nem como reagir, só sentia uma forte pancada e eu apagava... Será que morri?
Abri meus olhos lentamente e não sabia o que tinha acontecido.
- Finalmente você acordou. - Lucy me olhava feliz.
- Onde eu estou? - perguntei confusa.
- Nós sofremos um acidente, você lembra-se de alguma coisa? - ela me perguntava.
- Não, eu lembro de você me acordando de manhã . - minhas memorias estão confusas, eu tentava me lembrar mas parecia que algo me impedia de fazer o mesmo.
- Que bom que você acordou Sakura. - minha mãe chegava junto de meu pai.
- Então vocês estão bem, quer dizer que dos quatros eu fui a única a se machucar? - eu analisava a minha sorte, por somente eu? Eles estavam  no mesmo carro e sem nem um arranhão.
- Quatro? Do que está falando minha  filha? - papai se aproximava de mim com uma cara estranha.
- Ué pai, você a mãe eu e a Lucy. - eu disse.
- Quem é Lucy? - minha mãe me perguntou enquanto eu olhei assustada procurando pela minha gêmea, mas ela não estava mais lá, o que estava acontecendo? Lucy estava ali a um segundo, mais antes disso por que meus pais não se lembravam dela? Eu comecei a me desesperar e desmaiei novamente.