Fundamento da Rosa escrita por DarkWasabi


Capítulo 1
Capítulo 1 – A Pequena Princesa


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha primeira fic não original, ela se baseia em um jogo chamado "Rule of Rose", o qual eu acho a história sensacional.



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Março, 1930

Era uma vez, uma menina preciosa.

Sua amiga, a Princesa da Rosa Vermelha, estava sempre ao seu lado.

Então, um dia, sua mamãe e papai morreram subitamente.

E a pobre menina foi mandada para uma casa estranha.

Essas foram as palavras ditas pela voz de um jovem menino no banco da frente do ônibus velho. Ele estava quase completamente vazio, as únicas pessoas presentes eram apenas o motorista, o menino lendo em voz alta e uma jovem de dezenove anos que estava descansando no banco traseiro e esperando chegar ao seu destino. Enquanto uma mariposa pousava na lâmpada amarela do teto, o menino se aproximou da jovem e disse: “Jennifer, Jennifer!”, “Brinque comigo, Jennifer”, ele dizia com uma voz vibrante. “Leia a história! Por favor, leia a história.” Ficava o menino envergonhado abaixando a sua cabeça sem mostrar o seu rosto para a ela. Então ele suavemente ofereceu um pequeno livro feito de papel como se o menino tivesse feito-o. “O que acontece em seguida?”. Disse ele ansioso pela resposta. Ao pegar o livro, o garoto ainda com o rosto para baixo, passou as páginas até chegar a uma em branco, soltando o livro nas mãos de Jennifer, confusa ela perguntou: “O que é isso?”. De repente, o ônibus parou em um ponto deserto com muitas árvores e muito escuro. O garoto apressado correu em disparada para sair do ônibus, deixando a jovem para trás. Antes que as portas do ônibus pudessem se fechar, a jovem foi correndo até a porta e desceu do ônibus gritando “Espere! Por favor.” Tentando chamar a atenção do menino, mas já era tarde demais porque ele havia subido uma colina e se perdido na névoa escura daquela noite. “Onde você está indo?”. Depois dessas palavras a porta do ônibus se fechou imediatamente e ele abandonou Jennifer naquela floresta com apenas um ponto de ônibus e uma cerca que subia uma colina. Confusa, ela decide ler o livro que o garoto havia dado a ela. E nele estava escrito com letras meio difíceis de entender:



A Pequena Princesa

Era uma vez, uma menina preciosa.

Sua amiga, a Princesa da Rosa Vermelha, estava sempre ao seu lado.

Então, um dia, sua mamãe e papai morreram subitamente. Além disso, a Princesa havia desaparecido. Deixando a menina completamente sozinha

E a pobre menina foi mandada para uma casa estranha.

De repente, a menina estava completamente sozinha... E assim, a história começa. Um conto impensável, misterioso e imundo. Porém, a jovem, Jennifer não tinha escolha a não render-se à situação inquietante. Oh, que garota infortunada.

Dizia uma voz abafada em sua mente. Uma voz que parecia familiar para ela. Mesmo com receio de subia a colina para seguir o menino, ela se encontrava em uma situação sem saída, ela não poderia esperar a noite inteira pelo ônibus chegar ao frio. Ao subir a colina, ela não achava o menino, apenas pegadas de menino indo para a esquerda.

Assim que a menina se aproximou da placa, ela ouviu o choro de um cachorro. Soava estranhamente familiar para ela. Ela preferiu não o choro do cachorro. Seguindo pela direita, a menina achou uma cabana com um cadeado podre, fazendo com que ela pudesse entrar. E dentro do casebre, tudo parecia mofado, velho e podre. Como se pessoas não tivessem ido para lá há anos. E no meio do lugar, pode achar um objeto brilhando, ela pegou rapidamente e era um pedaço de papel escrito “Passaporte de Embarque” e em cima dele tinha uma coleira de cachorro. E nessa coleira estava escrito o nome “Brown” na parte prateada e enferrujada. Ao se virar, uma risada que parecia ser de uma criança podia ser ouvida do lado de fora da cabana. Jennifer, sem medo, saiu do casebre e dessa vez foi para a esquerda, provavelmente onde o garoto havia prosseguido. Mas notou em algo ao passar pela placa novamente, o cachorro não estava mais chorando. Nesse momento, a única coisa que ela conseguia ouvir eram os grilos e as corujas. Dessa vez, ela virou à esquerda na placa, onde havia “Orfanato” marcado com uma tinta desbotada.

Seguindo o garoto pela estrada, ela veio em cima de uma enorme mansão. Por algum motivo, esse local parecia familiar para a garota infortunada...

Perplexa com o que via, ela perdeu o alcance do garoto, que abriu o portão correndo e o bateu com muito impulso na cara de Jennifer. Correndo com pressa ao portão ela olhou através das grades e viu uma cena um tanto macabra para ela. Eram duas crianças com sacolas de papel com furos nas partes dos olhos, muito pálidas. Uma delas batia com muito ódio com um pedaço de pau em alguma coisa dentro de um saco de batatas, enquanto a outra só observava. E o menino aproveitou o contratempo para entrar na mansão enquanto Jennifer não olhava para ele.

A menina infortunada, assustada, se afastou do portão.

Jennifer foi andando sorrateiramente para não chamar a atenção das crianças, ela tinha pensado na possibilidade de ter uma porta dos fundos atrás da mansão. Com isso, ela foi andando normalmente pelo caminho lateral esquerdo do muro, o que era um pouco longo, em sua opinião. Andando lentamente e olhando pelo chão, não reparou que tinham rostos de crianças pela metade no muro espiando a sua passagem, até que Jennifer ouviu uma risada infantil e assim que ela se virou para olhar, as três meninas que estavam observando-a se abaixaram, rindo novamente. Finalmente, ela chegou a uma porta que necessitava de um “passaporte” para ser aberta. Ela usou o que tinha e conseguiu abrir a porta traseira. No caminho para a parte da frente da mansão, ela viu uma parede com um desenho que parecia ter sido feito por crianças que tinha a foto de um lobo e embaixo dele dizia: “‘A Lenda do Cão Errante’ O Cão Errante nos dá doces.” Ela decidiu ignorar e prosseguir. Quando ela chegou à parte da frente da mansão, as crianças não estavam mais lá, apenas um imenso rastro de sangue que parecia que alguma coisa havia sido arrastada para dentro da mansão, também havia uma gaiola grande, só que vazia. Na porta, um bilhete que parecia estar escrito com giz de cera vermelho dizia: “ENTRADA POR AQUI”.

Quando Jennifer entrou na mansão, a porta atrás dela foi fechada e trancada imediatamente, em seguida, a pequena e vil risada. O menino subia as escadas para o segundo andar. Dessa vez, olhando para cima, ela não conseguia ver ninguém, apenas ouvia risos de muitas crianças de todos os cantos.

A menina infortunada sentiu o olhar arrepiante de diversos olhos sobre ela... No entanto, ela estava completamente sozinha.

Tentando seguir o menino, Jennifer subiu as escadas e continuou a sua busca, e com o sentimento de que estava sendo observada. O lugar estava totalmente devastado, imundo, e desolado. A mansão era tão grande que ela tinha se perdido lá dentro. A sua procura parecia monótona, até ela chegar a uma sala com um papel grudado na porta escrito “Sala da Imundice”. Curiosa, ela entrou para ver como era. Essa sala era escura, apenas duas janelas faziam com que a luz da lua iluminasse vagamente, uma das janelas apontava a uma boneca sinistra sem os olhos amarrada a um pilar ligado ao teto. E a outra, apontava para uma cômoda com uma folha de papel. Jennifer foi ver o que era, e para a sua surpresa, era uma foto bem antiga e desbotada de grupo tirada na frente da mansão. Nela, havia doze crianças, e dois adultos, um idoso e uma mulher. Ela decidiu guardar a foto com ela, por algum motivo.

Jennifer ouve uma criança correndo no corredor, subindo para o terceiro andar. Ela foi seguindo e chegou ao topo da mansão, onde tinha uma porta com a placa “Armazenamento do Sótão”. Entrando lá, ela pode notar uma mesa repleta de utensílios ensanguentados, como bisturi, pinças dentais, luvas e tesouras. E do outro lado da mesa, o mapa da mansão, que a ajudaria a se localizar. Através desse mapa, ela pôde ver que a única sala que o garoto poderia ter entrado seria o sótão.

Quando Jennifer entrou nesse cômodo, ela viu vários móveis juntos cobertos com lençóis e tapetes formando algo similar a um trono, e com velas acesas em volta. No meio, estava o garoto o qual ela havia seguido desde o ponto de ônibus. A porta que ela entrou havia sido trancada no momento que ela tinha entrado, ao se aproximar dele, o menino disse com ousadia: “Nossa, como és uma vagarosa, como sempre. Aqui, leia o resto da história. Você sabe, o livro que eu te dei.”. Com medo, ela pegou o livro para ler e nele estava escrito:

E a pobre menina foi mandada para uma casa estranha.

Em sua nova casa, o Clube Aristocrata vivia pelo Fundamento da Rosa.

Mas a menina encontrava-se muito solitária.

Depois de ler, as outras páginas estavam em branco, e um som de xilofone como o sinal de aeroporto soou das caixas de som espalhadas pelo orfanato, seguido de uma voz suave de menina dizendo: “Nós agora começaremos o funeral. Todos os presentes, por favor, se reúnam em torno neste momento.”. Seguido do segundo final de xilofones novamente.

Em volta de uma cova com uma cruz de madeira, no átrio interior da mansão, meninas sussurravam repetindo freneticamente para si mesmas a mesma frase: “Cinzas a cinzas. Pó ao pó.”. “Vamos, Jennifer. O funeral está prestes a começar. É o funeral ao seu melhor amigo.”. Disse o menino para ela com alegria nos olhos.

Antes que ela percebesse, o menino se foi... E a menina foi deixada confusa.

Até que um latido alto quebrasse o silencio. Ela foi correndo para o jardim lateral, onde ela estava vendo pela janela do sótão. Enquanto ela corria para o lado de fora, mais alto o cachorro latia. Todas as portas estavam trancadas dessa vês, porém uma, que levava ao átrio interior, não estava. Os latidos já haviam parado, antes mesmo dela ter aberto a porta.

Quando a menina saiu para o quintal, ela encontrou uma pá de pé diante de um túmulo. A menina infortunada sentiu que algo muito querido para ela estava enterrado aqui. Ela começou a cavar furiosamente, como se estivesse possuída...

E enquanto ela cavava, crianças enchiam chaleiras e xícaras com água. E a sua agonia só se cessou quando ela terminou de cavar e viu um tumulo de madeira. Sem mais forças, se ajoelhou diante dele respirando fortemente. Jennifer abriu o túmulo de dentro dele havia um saco de batatas amarrado com um nó cego. Enquanto ela olhava e tentava saber o que era, as meninas que diziam a ladainha se aproximavam dela com a chaleira e as xícaras. Elas estavam com sacolas de papel cobrindo os seus rostos e cada uma delas tinha um desenho diferente feito com giz de cera. Até que Jennifer tinha aberto o túmulo completamente. A maior das meninas, segurando a chaleira disse para a menina infortunada com rancor: “Olhe só para você. Você é imunda!”. Logo depois dessas frases ditas, as quatro meninas jorraram a chaleira e as xícaras de água sobre Jennifer, fazendo com que ela se sentisse humilhada diante delas. De repente, um som macabro é soado de dentro da mansão, seguido de uma voz mais adulta feminina dizendo: “Senhoras e senhores, obrigada por se juntarem a nós em nosso voo. Atenção todos os passageiros. Estaremos decolando em um curto tempo. Por favor, dedique toda a bagagem grande à Seção 8 do compartimento de armazenagem de mercadorias. Obrigada.”. Depois da advertência, essas quatro meninas empurraram Jennifer para dentro do túmulo, fechando-a lá dentro repetindo as mesmas palavras: “Cinzas a cinzas. Pó ao pó.” Enquanto Jennifer implorava para não fazerem isso. Ela ficava se debatendo dentro do caixão enquanto as meninas a levavam para algum lugar, a última coisa que Jennifer conseguiu ver através de um buraco na madeira era a lua cheia antes de perder a consciência e desmaiar.


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Notas finais do capítulo

Acabei o primeiro capítulo. Agora não tem mais filler.



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