Nova Era escrita por Bell Amamiya


Capítulo 4
Amor Impossível


Notas iniciais do capítulo

Os personagens de Saint Seiya não me pertencem, mas sim a Masami Kurumada. Porém, isso não me impede de ser apaixonada por todos os guerreiros de ouro ).
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Tenham uma boa leitura.
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Era por volta das 19h quando Lucas e sua irmã acabavam de sair do portão de desembarque do aeroporto de Atenas. Daphine estava animada para conhecer toda a Grécia. A menina nunca tinha feito uma viagem que não fosse Japão – França, Japão – Reino Unido. Estava muito empolgada com tudo que estaria por vir, os novos amigos que iria fazer. Enquanto a menina imaginava os lugares e pessoas que iria conhecer, seu irmão chamou-a tirando-a de seus pensamentos.

- Pequena?

A garota continuava parada do mesmo jeito. Era como se naquele momento ela não escutasse e nem visse mais nada que não fossem seus sonhos, sua imaginação. Encarava o nada. Sua expressão era serena e feliz, realmente ela estava muito feliz de estar viajando ao lado do irmão. Geralmente sempre viajava ao lado dos pais e não podia curtir muito as coisas. Mas agora seria diferente, ela estava com o irmão e em breve estaria envolvida com muitos novos amigos e amigas.

Observava a irmã contemplar o nada. Ficava imaginando o que ela poderia estar pensando. Será que não estava gostando, ou estaria sentindo saudades dos pais? Aliás, ela nunca viajara somente com si, sempre havia a presença materna ou paterna. Cansado de somente pensar do porque da irmã estar assim, decidiu chamá-la de novo.

- Pequena? Está tudo bem? – se aproximou da jovem e depositou a mão sobre o ombro da menina.

Ao sentir o toque do irmão em seu ombro, Daphine acordou de seu transe e voltou seu olhar para o irmão que tinha uma expressão preocupada.

- Estou. Não se preocupe irmão.

- Então vamos? – ele olhou pra ela e depois se voltou para a saída do aeroporto. A menina acenou afirmativamente com a cabeça e seguiu o irmão.

Ao sair do aeroporto, os dois seguiram até a área de táxis. E seguiram à residência dos Amamiya.

o-o-o-o-o-o-o-o-o

Enquanto isso no santuário, exatamente na casa de Leão, Marck e Pietro estavam tentando convencer Rick a sair com eles àquela noite. Eles esperavam fazer uma recepção calorosa para Luck que estaria chegando aproximadamente naquele horário.

- Vamos cara. O Luck já concordou em sair com a gente e o Eiyko discordou porque amanhã vai ter que acordar as 04h da manhã para ter que treinar.

- Eu também tenho que acordar as 04h da manhã para treinar. – reclamou o leonino. Ele não aceitava que os amigos livrassem os outros e colocassem-no na fogueira.

- Mas pra você isso nunca foi problema. E não vai ser agora não é? – Marck fez uma expressão macabra dando a entender que se o amigo recusasse esse pedido, ele teria uma morte lenta e dolorosa. Com direito a cabeça de brinde.

Rick engoliu em seco, não que ele estivesse com medo da ameaça do canceriano. Sinceramente ser filho de Máscara da Morte não estava fazendo muito bem para ele. E ele estava levando essa de ser macabro longe demais, mas não era bom testar a paciência dele.

- Ok! Eu saio com vocês. – rendeu-se. Não adiantava insistir em não ir, muito menos quando no assunto tinha o canceriano.

- Que bom! Vou ligar para o Luck para confirmar. – o canceriano abriu um sorriso nada decente, sentia-se feliz em saber que tinha aquele poder sobre o amigo.

II.

Na casa de Gêmeos, desde que Kanon retornou, o sossego que antes reinava deu lugar a um inferno pior que o próprio tártaro. Ainda que se apenas o geminiano tivesse voltado, ainda dava para tolerar. Mas junto consigo trouxe seus filhos gêmeos, que se ficasse mais de 5 minutos no mesmo local se matavam.

Quando se observava os dois, era difícil dizer que eram realmente gêmeos. Se apenas olhasse a aparência não havia como negar, mas em questão de personalidade poderia se concluir que nem irmãos eles eram.

Quanto a julgá-los pelo pai, eram muito parecidos. Da mãe diriam que não se tem nada, como dizem ela trabalhou de bandida. A mãe dos meninos era nada mais e nada menos que a deusa Athena.

Porém, por questões do acaso e que não ficaram bem resolvidas, Kanon e Saori não estavam mais juntos. O geminiano não conseguia entender. Quando começaram a se apaixonar, Athena moveu céus e terras para conseguir ficar com o cavaleiro, tiveram muitos anos felizes. Entretanto, logo após o nascimento dos gêmeos, Saori anunciou que não estava mais apaixonada por Kanon e que tudo que eles viveram fora um erro, pois ela era uma deusa e deveria se comportar como uma.

Mas, o que Kanon e as crianças não sabiam era que Jullian, o grande deus Poseidon ameaçara a pequena deusa. Claro, que não poderia ser uma ameaça qualquer, a muitos anos vinha entregando sua vida para salvar a todos os habitantes da Terra. Poseidon ameaçara matar seus dois filhos e depois seu amado também. Athena não sabia bem o que fazer, passara por muitas situações difíceis e até impossíveis, mas jamais se vira tão prensada contra a parede.

Um tempo mais tarde, Athena descobriu que tudo aquilo que Poseidon fazia tinha aprovação de seu pai Zeus, aliás a idéia fora toda dele. Desde o início, o grande deus não concordava com aquela união entre uma deusa e um mero mortal. Ainda mais, que Athena havia feito o juramento de ser virgem para toda a eternidade, pois não aceitava nenhum pretendente que o pai escolhera, e agora simplesmente descumpria o juramento e mantia um relacionamento com um humano? Aquilo era inaceitável.

Por isso, Athena recebera um castigo. Deveria casar-se com seu tio Poseidon, aquele que ela tanto odiava e repugnava, dar filhos a ele. E claro, nunca mais se aproximar de Kanon ou contar para seus filhos o que estava acontecendo. Então, naquele dia, Saori se despediu de Kanon, e embarcou em uma viagem.

Há quem diga que os dois terem se separado não passou de uma traição da parte de Saori, mesmo que muitos não acreditassem que realmente ela pudesse tê-lo feito. Mas como poderia uma jovem com dois filhos com um homem que dizia que amava fazer uma viagem e na volta retornar amando outro? E noiva.

No meio daquela bagunça, Kanon ficava a refletir. Ainda não conseguia acreditar que já havia se passado 18 anos que ele não estava com a mulher que amava e mesmo assim, não conseguia deixar de amá-la, mesmo sabendo que agora ela estava casada com Jullian. Como ela poderia ter feito aquilo com si? Ela o enganara o tempo todo? Mas por quê?

o-o-o-o-o-o-o-o-o

No último templo, Saori havia vindo passar um tempo com seus filhos enquanto seu marido viajava para resolver negócios de família. Sentada na biblioteca, ficava a refletir como a sua vida virou de cabeça para baixo e como queria correr para os braços de Kanon e se entregar para ele, assim como na primeira vez.

Saori não podia mais Passar um tempo no santuário. Havia indicado Aiolos para ser o grande mestre, porém, não poderia estar ali para dar as ordens diretas. Apenas quando Jullian viajava é que a deusa podia ficar no santuário e ver seus filhos. Porém, não saia do último templo, não queria dar de cara com Kanon, não saberia o que dizer se ele lhe perguntasse alguma coisa e muito menos se responsabilizaria por suas atitudes.

Os gêmeos Eiyko e Amy, quando pequenos, sempre iam visitar a mãe em sua casa onde residia com o padrastro dos meninos. Mas, depois que cresceram não quiseram mais voltar lá. Saori não sabia o porque, mas imaginava que algo pudesse ter acontecido a eles para odiarem tanto Jullian.

Estava mexendo nos papéis que precisava assinar, quando abriu a gaveta de sua mesa e se deparou com um bilhete. Estava com a folha amarelada, indicando que era bem velho. Mas o que seria aquilo? A deusa não conseguia se lembrar.

Querida Saori,

Como podes perceber não encontrastes teus filhos tão amados. É porque eles vieram fazer uma visitinha a mim, e daqui só sairão quando a minha proposta você aceitar. Não conte a ninguém, nem ao meu ex-marina. Essa questão é somente entre mim e você. Lembre-se, se tentar alguma coisa, eu poderei também tentar contra essas duas belas crianças.

J.S

Quando terminou de ler o conteúdo do bilhete, lembrou do terror que tomou seu corpo naquela noite. Aquele era o bilhete que Jullian havia deixado no berço dos bebês na noite em que seqüestrou-os e o motivo de Athena ter aceito o pedido de Poseidon. Saori rasgou o bilhete e jogou no lixo, não conseguia entender porque guardara aquele bilhete ali, não poderia deixar ninguém ver o que estava escrito.

Estava perdida em pensamentos, relembrando tudo que acontecera e como ela havia deixado o homem que realmente amava para que nada acontecesse a seus filhos, que eram o único tesouro que ela poderia realmente dizer que era dela naquela vida.

Naquele momento, Eiyko abriu a porta da biblioteca e adentrou junto com a sua irmã. Aproximou-se da mãe vendo-a perdida em pensamentos. Às vezes eles a pegavam assim, mas ela sempre mudava de assunto e nunca lhes contava no que tanto pensava.

- Mãe?

Foi tirada de seus pensamentos ao ouvir a voz da filha chamá-la. Voltou sua atenção para os dois filhos que estavam a sua frente, curiosos. Sabia que teria que se desvencilhar do monte de perguntas que eles fariam a ela. Não poder contar a verdade nem para seus filhos estava a matando.

- Olá queridos. Eu estava mesmo esperando vocês. O que vamos fazer hoje?

- Antes de qualquer coisa mãe, poderia agora nos contar o que te incomoda tanto? No que tanto a senhora pensa? – o menino perguntou a mãe, mas sabendo que ela arrumaria um jeito de se desvencilhar da resposta.

- Problemas filho, agora vamos curtir nosso tempo juntos.

Os dois desistiram de tentar pressionar a mãe a contar, já estavam se acostumando com o fato de que jamais saberiam o que se passava com a mãe. Mas se tivesse relação com o marido dela, as coisas não iriam ficar muito boas. Já não haviam simpatizado com ele.

Logo depois, mostraram os roteiros que fizeram para aquele mês que passariam juntos.

III.

Os dois irmãos desceram do táxi e entraram na propriedade dos Amamiya. Daphine olhava para todos os lados admirando a belíssima casa que os pais tinham em Atenas e que ficava na zona nobre. Enquanto isso, Lucas pagava o taxista pela corrida. Logo depois, foram recebidos pela babá de Lucas, Amélia.

- Seja bem vindo querido Lucas. Como foi a viagem? – a babá cumprimentou o rapaz sorrindo.

- A viagem foi ótima. Estava com muitas saudades desse lugarzinho. – Lucas sorriu para Amélia.

- Essa é a Srtª Daphine? Você é mais linda do que Lucas me falava. – sorriu serenamente para a garota.

- Obrigada! Fico lisonjeada. – a garota abriu um sorriso, e enrubesceu um pouquinho.

- Lucas! Como você está meu jovem? Quanto tempo. – o marido de Amélia veio em direção aos meninos.

- Oi Jorge. Eu estou muito bem e você? Faz realmente bastante tempo desde a última vez. – o rapaz sorriu e cumprimentou o homem.

O homem pegou as malas dos dois e levou até seus aposentos. Enquanto Amélia foi para a cozinha para pedir o cozinheiro que preparasse algo para eles. Os dois se encaminharam para os quartos para poderem trocar de roupa e tomar uma ducha.

Depois de tomarem um merecido banho, e trocarem de roupa, os dois desceram e foram até a cozinha. Sentaram-se na mesa que lá havia.

- Lia, eu só vou querer um copo de leite. Hoje eu tenho um compromisso, você poderia ficar cuidando de Daphine até eu voltar?

- Claro que sim Lucas. Nós vamos nos dar muito bem.

Abriu um sorriso para a menina, e depois se virou para Pierre.

- Faça uma vitamina para ele, Pierre. – depois se voltou para Lucas. – Já que você vai sair e acabou de chegar de uma viagem, tem que se alimentar com algo que sustente.

- Lia, sempre cuidando muito bem de mim. Não sei nem como lhe agradecer por tudo que já fez por mim.

- Você já agradece e muito meu querido. Só de eu poder estar aqui cuidando de você e de sua irmã, já é uma grande recompensa.

Lucas sorriu e pegou a vitamina que Pierre tinha acabado de fazer, e começou a tomar. Ele adorava todas as vitaminas e pratos feitos por ele. Enquanto se deliciava da vitamina, o celular de Lucas vibra.

- Diga Marck. O que manda?

- E aí cara? Como foi a viagem?

- Foi tudo muito bem. E aí vamos sair mesmo?

- Mas é claro. Só que desta vez o Eiyko não vai, mas consegui convencer o Rick a sair da toca.

- Finalmente. Ele estava mesmo precisando sair daquela casa. A vida dele está resumida em treinar, treinar e treinar.

- Pois é cara. Mas e aí vamos nos encontrar no House of Night às 21 h, ok?

- Confirmado. Nove em ponto estarei lá. Vê se não demora hein.

- Pode deixar. Agora vou lá ver se o Rick vai mesmo, se não era só invenção para a gente parar de perturbar as idéias dele.

- Ok então, Até daqui a pouco.

- Até irmão.

Quando a ligação finalizou, Lucas terminou de tomar sua vitamina, deu um beijo em sua irmã e foi direto para o quarto começar a se produzir para aquela noite, somente para garotos. Estava com muitas saudades dos amigos e tinham muitas coisas para por em dia.

Quando chegou a seu quarto, abriu a porta que dava para a varanda e ficou encostado no murinho, enquanto discava o número do celular de Talia. Aliás, ele havia feito toda essa viagem para a Grécia, porque a amiga estava precisando de sua ajuda, então tinha que avisar que havia chegado.

O telefone tocou uma, tocou duas e no terceiro toque, o rapaz escutou do outro lado da linha a voz de Talia, que estava animada com a ligação do amigo. Seu coração aliviava quando a via tão feliz daquela maneira.

- Ei, Luck. Você já chegou? Como foi de viagem? – começou com o turbilhão de perguntas dela. Estava com muitas saudades do amigo e saber que ele estava em Atenas somente para lhe ver deixava-a inquieta.

- Ei Mon ange. Já cheguei sim, e a viagem foi ótima. Trouxe minha irmãzinha pra você conhecer.

- Estou ansiosa para conhecê-la. Podemos nos encontrar hoje? – estava ansiosa para que ele dissesse que sim.

- Hoje os meninos me chamaram para podermos sair e pagar o tempo perdido. Mas amanhã sou todo seu.

- Ah não. Você veio porque eu pedi e ainda vai sair com os meninos e me deixar sozinha? E além do mais, eu sei que eu vou ter que ir lá buscar vocês depois. Porque vão estar trêbados. E amanhã vão estar tudo de ressaca e vão querer treinar, é sempre assim. – a garota falou ficando brava. Não conseguia acreditar que pudesse ser sempre daquele jeito. Estava começando a acreditar que dessa vez fosse diferente, mas não era.

- Eu posso até treinar mon ange, mas amanhã nós almoçamos juntos, pode ser?

- Tá legal. Vou ter que me contentar com isso mesmo.

- Agora mon ange, eu tenho que terminar de me arrumar para sair e amanhã a gente se fala tá bom?

- Ok. Tchau e até daqui a pouco. Porque sou eu que vou buscar vocês mesmo.

- Até.

Depois que a ligação se finalizou, Lucas voltou suas atenções ao que iria vestir e começou a se arrumar para poder estar lá no bar às nove horas como combinado.

o-o-o-o-o-o-o-o-o-o

Enquanto isso, na cozinha Daphine conversava com Pierre e Amélia sobre os lugares que havia conhecido e que era a primeira vez que viajava sozinha com o irmão. Contava a eles que esperava há muito tempo conhecer a Grécia, mas nunca tinha tido uma oportunidade como aquela.

- Eu espero conhecer tudo por aqui. Meu maior sonho era vir para cá. – a menina começou a contar de como ela tinha conseguido a oportunidade de vir com o irmão. – Quando o irmão disse que estava vindo porque uma amiga precisava dele, liguei para o papai e pedi a ele se eu podia acompanhá-lo. Pensei que ele não iria deixar, porque sempre que viajo eu saio somente com eles.

- Mas o Sr Amamiya é muito bom. E ele sabe que seu irmão cuidará muito bem de você e que aqui você teria a mim, a meu marido e Pierre. Sempre que precisar conversar com alguém estamos aqui para lhe ouvir, tudo bem jovenzinha?

- Tudo bem Lia. Ahn... Posso te chamar assim? – perguntou meio receosa de chamar a babá pelo apelido dado pelo irmão sem a autorização da mesma.

- Claro minha querida. Pode me chamar do que quiser. Aqui eu serei uma amiga pra você.

- Obrigada Lia. Estou vendo que pelo jeito não vou mais querer ir embora. – a moça abriu um sorriso simpático. – Ahn... Pierre?

- Sim, Mademoiselle? – o cozinheiro respondeu ao chamado da menina.

- Você cozinha muito bem. Adorei tudo aqui.

- Obrigada Mademoiselle. Sinto-me honrado com vosso elogio.

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O relógio marcava nove horas em ponto, Marck e Rick já estavam na frente do famoso bar, esperando que Lucas e Pietro chegassem logo. Era incrível como as coisas nunca mudavam desde que eram pequenos os dois sempre se atrasavam para tudo que marcavam.

Alguns minutos depois, os dois que faltavam chegaram e assim todos entraram no bar para começar aquela noite que prometia. Lucas estava feliz em poder rever os amigos, fazia dois anos que não os via e sinceramente pensava que eles não haviam mudado nada. Marck continuava sendo um galanteador, Pietro ainda era um cara concentrado e que tudo que fazia deveria ser com comprometimento, inclusive as meninas que ficava. E Rick ainda mantinha aquela posse de “machão e ciumento”, típico de um garoto do signo de leão.

Conversavam animadamente sobre diversos assuntos, inclusive sobre a infância deles. E como aqueles tempos foram felizes. Não havia compromissos e podiam curtir o dia maravilhoso até o pôr do sol. Os dias só começaram a ficar exaustivos quando cada um foi indicado a um mestre. A partir daí não tinham mais muito tempo de poderem ficar juntos. Mas a parte que menos gostavam de lembrar, era a de quando cada um foi para um canto do mundo para treinar e conseguir a armadura. Como aqueles dias eram horríveis.

A conversa dos meninos foi interrompida pelo barman, que se aproximou para saber o que eles iriam querer para começar a noite.

- O que irão querer senhores?

- Eu quero um Jack Daniels com gelo, por favor. – pediu o leonino.

- Eu vou querer um Johnnie Walker Blue com gelo. – desta vez foi o canceriano que pediu.

- Glenlivet 12 Anos – depois que os outros amigos pediram, foi à vez do Pietro pedir.

- Vou querer o mesmo. – pediu Lucas.

Depois que pediram, o Barman voltou para buscar as bebidas pedidas pelos garotos, Enquanto eles voltavam a conversa entre eles começando a falar dos assuntos do coração.

- Ahn... Luck, você só veio para cá por causa da Talia ou tem algo a mais? – o canceriano aproveitando da situação, fez a pergunta que tanto instigava todos ali. Será mesmo que Talia era tão importante para o amigo ao ponto de fazê-lo deixar a visita ao pai e ir para a Grécia?

Quando o leonino escutou a pergunta que Marck fez ao pisciano, ele estremeceu. Será que ele havia ouvido direito? Marck realmente tinha feito aquela pergunta para Luck? A curiosidade começou a se aflorar, mas ao mesmo tempo veio o medo de saber da verdade. E se fosse mesmo isso. Se ele tinha vindo somente por ela, o que seria de sua tentativa inútil de um dia poder tê-la de volta? Queria saber a verdade, mas a temia muito e preferia que o amigo não tivesse feito essa pergunta.

Assustou-se um pouco com a pergunta precipitada do amigo. Não achava que aquilo pudesse fazer alguma diferença naquela hora. Antes de responder, olhou para o leonino que estava inquieto em seu assento. A verdade seria muito dura para ele suportar? Não, seria muita covardia contar ao amigo que estava apaixonado pela garota que ele amava. Mas não seria correto omitir os fatos daqueles que considerava seus irmãos.

- Eu vim por um chamado de ajuda feito por ela. – o pisciano começou. Deveria medir muito bem as palavras e calcular para não dizer nenhuma besteira sem tamanho. – Mas isso não quer dizer que eu não tenha vindo para rever meus amigos. Estamos aqui comemorando nosso reencontro não é?

- Nenhum interesse a mais? – o canceriano continuava a bater na mesma tecla. Não conseguia acreditar que o amigo pudesse estar dizendo a verdade. Ele deveria estar ali para tentar impressionar Talia. Não haveria de não ter segundas intenções por baixo de tudo.

- Aonde você quer chegar com tudo isso? Está insinuando que estou mentindo? – Lucas perguntou com um tom um pouco mais firme. Era difícil de acreditar que o amigo que crescera junto de si estava duvidando neste momento de sua palavra.

- O que você sente pela Talia? – Pietro perguntou por fim. Não aguentava mais ver aqueles dois se atacando com perguntas. Podiam ser logo francos um com o outro. – É isso que ele quer dizer com as perguntas que está fazendo. Todos nós ficamos curiosos para saber, aliás, você veio por ela. Vai dizer que tudo não passa de mera amizade?

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo se finaliza. E como vocês podem ver tanto o Rick quando o Luck são super apaixonados por Talia. O que será que essa menina tem que todo mundo gosta dela? Vamos ver nos próximos capítulos.
Espero que vcs estejam gostando.

Façam uma ficwriter feliz e comentem! : )



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