Avalon's Guardians escrita por LordeCronos


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/326496/chapter/1

Vanessa agradeceu aos céus por ser sexta feira. Finalmente voltava pra casa do colégio, e poderia passar a tarde toda no facebook e assistindo Charmed e True Blood, como sempre fazia. Foi andando para casa, que era um quarteirão do seu colégio, quando viu algo fora do normal. Pelo canto do olho, viu uma borboleta pousada na cerca que dava num matagal. Mas, sabe... era uma borboleta enorme. ENORME. Quase do tamanho do seu antebraço, pensou Vanessa. Ela se aproximou, um tanto temerosa mas muito curiosa, e tentou tocar a borboleta. 

Como esperado, o inseto bateu as asas e voou rapidamente para o matagal. Parecendo uma força invisivel, algo puxou Vanessa para dentro, delicadamente convidando-a a juntar-se às plantas. Ela seguiu em frente, pisando na relva mal cortada e afastando galhos do seu rosto. Até que chegou numa espécie de clareira, onde havia uma espécie de mesa de pedra no centro. Em cima dela, havia uma... Meu Deus, o que era aquilo? Era uma menininha, gordinha e minúscula, do tamanho de uma boneca de bebê, com pequenas asinhas de borboleta e uma roupinha muito fofinha. Era incrivel!

Vanessa se aproximou, encantada. Antes que fizesse algo, a fadinha se espreguiçou e abriu os imensos olhos. Ela era ainda mais fofinha quando acordada. Os cabelos em cachinhos cor de rosa e roupinha preta estilo vitoriano, parecia uma boneca digna da Avril Lavigne ou da Taylor Momsen. 

Ao olhar fundo nos seus olhos, Vanessa sentiu uma estranha sensação, como se aquela fadinha fosse seu mundo, como se ela fosse seu bebêzinho, pra ela cuidar pra sempre. Queria pegá-la e dar-lhe muitos beijinhos, era uma sensação muito estranha.

-Ah, fala sério... Eu tive ligação com você? Só pode ser brincadeira- A fadinha resmungou. Vanessa não entendeu.

-Desculpe... Você é uma fada?
A menininha lhe olhou com surpresa, como se ela fosse uma idiota.
-Er, oi? Eu sou uma pixie, tá tão dificil de ver? - Ela perguntou.
-Desculpa, eu nunca...
-...Nunca viu uma pixie? - A pixie riu consigo mesma - Pra uma fada você tá muito desinformada.
-Espera... Fada? - Vanessa perguntou.
-Dããã! Claro! Se eu sou uma pixie, e nós duas tivemos uma conexão, quer dizer que você é uma fada!
Vanessa olhou para o chão. Como assim? Aquilo tudo estava muito confuso. Ela olhou pro lado, devia ser mais uma brincadeira daqueles idiotas do seu colégio. Não viu ninguém além dela e da Pixie mal humorada.

-Eu... Eu não sou fada! Isso deve ser algum tipo de engano! - Vanessa falou.
-Claro que é garota. - A Pixie falou, já sem paciência. - Se não fosse, eu não sentiria sua energia mágica. 
Energia mágica? Do que ela estava falando? Então, Vanessa começou a rir. Ah, tudo estava claro agora.
-Sim... Sim. Isso é um sonho. Eu vou acordar já já. Eu aposto que ainda estou na aula de Química Orgânica. Só espero que o Professor Janesh não me mande sair da sala, todo mundo vai rir de mim. Ok, vou acordar agora. - Vanessa falou, totalmente crente do que acabara de dizer. Apertou os olhos e depois os abriu com força. Ainda tinha a linda fadinha de cabelo rosa na sua frente. Tentou beliscar seu braço, e gritou de dor. Aquilo não era um sonho!

-Se já acabou com isso, eu agradeceria se me desse um pouco de leite, suco de maracujá, uns biscoitos com aveia e manteiga e... Hm, umas panquecas cairiam bem. Pode ser? - A Pixie perguntou. Vanessa não acreditava, aquilo estava mesmo acontecendo! Ela pensou em fugir, mas ao se virar lá estava a fadinha no seu nariz. -Aê, pode sossegar ai! Também vou querer banho de sabonete de erva doce. Ai sim meu humor vai melhorar muito.

-Não, fica longe de mim! Eu já disse que não sou uma fada!! -Vanessa exclamou.
A Pixie se calou, e depois sorriu, maliciosa.
-Hmm... Entendi. É, você não parece uma fada mesmo. Aposto que você é excluída no colégio, não é? 
-Hãn? Bom, eu... Bem...
-As meninas todas comentam como você nunca muda o estilo de cabelo, o quanto tem cara de sonsa, preguiçosa. E os meninos, nem se fala! Nem querem chegar perto.
-Como é?!
-As notas então, nossa... Devem ser as piores da sala.
-Para.
-Você deve ser desajeitada, quando vai se sentar na carteira acaba escorregando e caindo de bunda no chão. Isso sem contar com os livros todos se esparramando no chão que nem um monte de tijolos.
-Eu pedi pra parar, sério...
-E você deve ser afim do cara mais gato da sala. Logo aquele que nunca vai sequer olhar pra você, que nem sonha com sua cara.
-Eu pedi pra PARAR!!

Vanessa gritou, e uma rajada de vento fez a Pixie rodopiar no ar, e seus cabelos morenos se alçarem alto no ar e cairem lentamente nos ombros. Vanessa olhou para os lados assustada, quando o vento cessou. Daonde viera aquilo? Será que... Fora ela?

-Viu só? Quando fica com raiva, com medo ou até mesmo melancólica, uma fada consegue soltar quase o máximo de seu poder.- A Pixie falou. – Sou Lirali, aliás. Já que temos uma ligação, precisamos nos conhecer.
-Eu sou mesmo uma fada? Isso é impossível... 
-Ai, que Merlin! Você É uma fada, supera! Qual seu nome, aliás?
-Vanessa. E, me conta... Que negócio é esse de ligação?
-É um troço que toda fada e toda pixie tem. Cada fada tem uma pixie, que serão leais pra sempre. E eu infelizmente tive que ficar com uma limitada que nem você. – Lirali resmungou. Vanessa começou a fechar a cara.
-Você é sempre assim, tão carrancuda?
-Carrancuda? Olha que eu to de bom humor. Até que fiquei feliz de conhecer a minha fada.- Lirali disse, olhando para as unhas. Vanessa sorriu lentamente e abraçou a fadinha.
-Ah, também gostei de te conhecer!
-Ai, ai, ai, tá bom! Tá bom! Seus seios vão me esmagar!
-Opa, desculpa.
-De boa. Agora, diz aê, quando é que vamos pra sua casa?
Vanessa não sabia qual seria a reação de seu pai ao vê-la com uma fadinha de cabelo rosa e vestinho preto no ombro.
-Eu... Bom, não sei se...

Antes que ela terminasse de falar, ouviram um rugido feroz. Olharam para o lado, e viram um cachorro enorme, os olhos gigantescos as fitavam como dois faróis de carro. Vanessa gritou caiu no chão, apavorada, e Lirali voou para trás dela.
- Que monstro é esse?!- Vanessa perguntou.
- Eu tenho cara de mitologióloga, garota? Acho que é um chupa cabra ou um lobisomem, não faço ideia! –Lirali falou, escondendo-se dentro do cabelo cumprido e denso de Vanessa. –Faz alguma coisa!
-O quê? Como?!
O cachorro começou a rosnar alto, e se aproximar lentamente. Vanessa nunca sentira tanto medo na vida, nenhuma prova de geometria se comparava àquilo!
-Se transforma, garota! Não pode lutar com ele sem aquelas roupinhas brilhantes e as asas!
-Hãn? –Vanessa não entendia nada.
-Você tá em que nível? Charmix, ainda?!
-Eu não faço ideia do que você tá...
O monstro soltou um rugido e voou para cima delas duas. Vanessa soltou um grito alto, e ergueu as mãos em frente ao rosto. Ela desejou que ele fosse embora. 
Ela abriu os olhos, e conseguiu ver uma espécie de fumaça azul sair de dentro da sua mão e fazer o cachorro voar para o outro lado. Ele caiu no chão ganindo, mas logo assumiu postura de luta.
-Como eu fiz isso? – Vanessa perguntou.
-Esse deve ser o seu poder, menina. Agora você precisa se transformar.- Lirali falou, séria.
-Mas como? Me transformar em que?
-Em fada, JUMENTA!! Meu Deus!!
Vanessa estava muito nervosa, não fazia ideia do que fazer. Ela só conseguiu sentir uma grande patada no seu ombro, fazendo-a cair de lado, enquanto o monstro tentava abocanhar Lirali. Vendo sua pixie em perigo, Vanessa sentiu um grande sentimento de proteção. Ela não podia deixar que ele a ferisse. Pegou uma pedra e jogou na cabeça do monstro.
-Ei! Vem pegar alguém do seu tamanho!! – Ela gritou.
O cachorro mostrou todos os dentes e correu até ela. Vanessa começou a correr, esquivando dele.
-Liralii!! O que faço?!!
-Você precisa falar as palavras mágicas! Pra se transformar precisa delas!!
-Quais? Quaaais??!! – Vanessa perguntou, correndo do cachorro e dando meia volta quando ele saltou e não a alcançou.
-Err... Eu ouvi algumas fadas falando, era... Er...
-Rápidoo!! 
Lirali estava com as palavras na ponta de língua, só tinha que...

-Ah, lembrei! Charmix ! Charmix Mágico!!

Vanessa parou perto de uma pedra, respirou fundo e seguiu seus instintos. Era como se ela não conseguisse controlar seu corpo. Como que por instinto, ergueu os dedos indicador e médio de cada mão, ergueu os braços no alto da cabeça, e cruzou as mãos, como se fazendo um símbolo de asas.

-CHARMIX MÁGICO!!
(Transformação: 
http://www.youtube.com/watch?v=xA5eU1aFEEI)
  Ela ouviu sua voz ecoar com força, e poder. Então, uma sensação de queimação surgiu de dentro dela, e foi como se ela por um momento tivesse explodido. Uma luz saiu de dentro do seu coração, iluminando tudo. Ela ouviu uma música ao longe, não conseguiu prestar atenção direito, pois viu suas roupas simplesmente sumirem e serem substituídas por um tecido brilhoso e macio, o cabelo ser penteado sozinho, e um formigamento estranho nas costas.

Por fim, a luz se dissipou, e ela havia se transformado numa fada!

Era incrível!

Ela olhou para frente, e viu o monstro parado, olhando em estado de alerta, agora percebendo que ela não era mais uma presa fácil. Vanessa se sentia imensamente forte, não sabia descrever como. 

O cão voltou a rosnar e avançou. Instintivamente, Vanessa moveu a mão pelo ar, como se estivesse puxando um pano, e criou uma fumaça azul, fazendo-a assumir a forma de um chicote. Estalou-a no chão, fazendo o cachorro hesitar, e depois deu uma bofetada com ele no rosto do monstro.
Ele rugiu de raiva e tentou abocanhá-la, mas Vanessa ergueu o corpo no ar, e sentiu suas asas baterem com força. Epa! Nossa, ela tinha mesmo asas!
-Asas! Eu posso voar!
-Jura, achei que fosse só de enfeite. - Lirali resmungou, sentada num galho.
Vanessa pensou na primeira palavra que lhe veio à mente:

-Laço de fumaça!!
Com isso, ergueu as mãos e criou uma corrente de fumaça, que prendeu o monstro com força, envolvendo-o num redemoinho de fumaça azul. Ele rodava de um lado para o outro, tonto como um condenado. Ela o ergueu no ar e depois jogou com força no chão. 
O monstro ganiu, e soltou um ultimo rosnado, antes de ir embora num raio vermelho.

-Aê, garota, botou o cachorrão pra correr! – Lirali disse, se aproximando dela. Vanessa parou para olhar a si mesma. Aquela roupa tinha uma estranha mistura de cor de vinho e violeta, que caia lindamente com ela.Nos seus pés havia um par de botas lindo, da mesma cor da roupa e de fazer inveja a qualquer frequentadora da sapataria do shopping! E as asas! Eram azuis com contornos cor de rosa, de um tipo raro de borboleta. 
- Eu simplesmente não posso acreditar nisso tudo!
-Eu posso. Agora vamos pra casa, que eu to faminta! – Lirali falou, pondo a mão na barriga.
Vanessa suspirou, e pensou em recuperar sua forma humana. Com esse pensamento, sentiu as asas, a roupa brilhante e as botas se dissiparem. Ela estava novamente com sua farda do colégio, jeans e tênis. 

Por fim, levou sua pixie reclamona no ombro para casa. Pensou em dizer para o pai que era uma boneca que achara caída na rua. 

Nunca em seus sonhos havia experimentado algo tão incrível como aquele dia.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Se tiver reviews, posto os outros capítulos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Avalon's Guardians" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.