Eu estava no meu último ano de escola. Harry, Rony e eu havíamos derrotado Voldemort ano passado tudo estava em paz no mundo bruxo, grande parte dos alunos que cursaram seu último ano no ano passado teria de repetir, porque a maioria não aprendera nada do que deveria para passar na N.O,M.s e N.I.E.M.s. Gina cursaria o sexto ano novamente, assim como Luna. Harry Rony e eu iriamos cursar o sétimo.

Nós estávamos no trem indo para Hogwarts, Harry e Gina estavam namorando e se agarrando às escondidas de Rony em algum vagão. Rony e eu estávamos verificando os vagões depois da reunião dos monitores. Ainda éramos monitores de nossas casas.

Agora você deve estar se perguntando como estávamos Rony e eu depois do beijo que EU roubei dele. Bom, nós não estávamos. Rony fingia que não tinha acontecido, só não sei se é porque não gosta de mim, ou por vergonha, a única coisa que sei é que eu não falaria nada, cansei de dar todas as dicas e ele não notar.

– Você viu Hermione? Malfoy não é mais monitor de sua casa.

– É depois do que aconteceu a professora Minerva não confia em dar essa responsabilidade a ele.

– Eu acho bem feito. – disse Rony – Não sei como ele não está em Azkaban, ou como permitiram que voltasse a estudar na escola.

– Acho que Minerva viu algum arrependimento nele. Eu sinceramente duvido que ele se arrependera de algo.

– Eu também.

– Já decidiu se vai ajudar seu irmão na loja Rony, depois que terminar a escola?

– Eu não sei... Jorge quer minha ajuda na loja, digo, depois da morte do Fred, as coisas ficaram difíceis para ele.

Eu sabia que aquele era um assunto muito difícil para qualquer um dos Weasley, e para mim também, sentia muita falta da alegria que ele transmitia a todos nós.

– Eu entendo, sei que vai escolher o melhor pra você Rony. – disse com sinceridade.

– Obrigado Hermione. – ele ficou me encarando por algum tempo, mas depois desviou os olhos.

– Rony, acho que devíamos nos dividir, sabe ia ser melhor, os primeiranistas devem está fazendo uma bagunça pelos vagões...

– Tudo bem, nos encontramos lá fora quando o trem chegar, com Harry e a... Gina. – ele disse com dificuldade.

Despedimo-nos e fomos a direções opostas. Eu não conseguia esquecer o que sentia pelo Rony, eu o amava, mas essa enrolação dele em tocar no assunto me irritava. Será que todos os garotos são lerdos assim?

– Olha aí o comensal! Você deveria estar em Azkaban com aquele seu pai covarde! – Ouvi um garoto dizer.

Andei até o vagão de onde ouvi a voz, entrei e vi Draco Malfoy sentado em um dos bancos e um garotinho em pé a caçoar dele. Ele ouvia tudo calado, sem demostrar nenhuma reação, apenas olhava para fora da janela.

– O que está havendo aqui? – perguntei olhando direto para Malfoy.

– Nada que te interessa Granger. – respondeu ele ríspido.

– Olha como fala Malfoy! Sabe que posso tirar pontos da sua casa se perceber que está fazendo algo de ruim ao garoto.

– Se não notou Granger, quem está me enchendo o saco é esse pirralho aí...

Na verdade eu havia notado, mas era estranho imaginar Draco Malfoy sendo ofendido e não o contrário.

– Você garoto, vá para o vagão em que estava, se não quiser levar uma advertência no primeiro dia!

O garoto me olhou assustado e saiu correndo.

Olhei para Malfoy com um mistura de sentimentos, pena talvez. Não devia ser fácil ter o pai preso novamente.

– Não me olhe assim, garota estupida. – Disse rancoroso.

– O quê? – O olhei confusa.

– Isso mesmo. Pare de me olhar com pena. Não preciso da piedade de ninguém, muito menos piedade de uma sangue-ruim irritante como você!

– Cinco pontos a menos para Sonserina. – Disse nervosa. – Achei que tudo o que aconteceu com você e sua família deveria ter te ensinado uma lição, mas vejo que nada disso adiantou muito não é mesmo? Como não mandaram prendê-lo também?

– O que isso importa para você? Agora me deixa em paz, será que nem sozinho eu posso ficar mais? – Disse nervoso.

– Será um prazer não desfrutar o mesmo ar que você, doninha.

Sai nervosa. Como pode alguém como ele não estar em Azkaban depois de tudo o que fez? Está bem, eu sei que ele ajudou o Harry naquele dia em sua casa, não contando que o Harry era o Harry para sua tia psicopata, mas ele continua o mesmo ser repugnante e preconceituoso de sempre.

O trem não demorou a chegar à estação de Hogsmeade, quando desci encontrei na plataforma Rony dando uma bronca em Harry e Gina.

– Não deviam ficar se agarrando por aí às escondidas!

– Acontece querido irmão que se ficássemos nos agarrando em público você também não iria gostar! O Harry é meu namorado, aceite isso.

– Eu aceito, só acho que vocês dois deveriam me respeitar.

– Respeitar....

– Gina, melhor não dizer nada. Desculpe-me Rony, mas não poderíamos imaginar que você nos encontraria.

– Você queria era abusar da Gina e queria que ninguém soubesse não é mesmo!? – disse Rony ficando com as orelhas vermelhas.

– É mais fácil a Gina abusar do Harry, Rony. – disse eu olhando para ele.

– Também não é assim Mione! – disse Harry defendendo a namorada.

– É assim sim. – disse Gina concordando, em seguida todos demos risada, inclusive Rony.

Harry e Gina foram juntos à escola, Rony e eu ao lado de Hagrid fomos guiando os garotos do primeiro ano para os barcos.

– Como está Hagrid? – perguntei entusiasmada.

– Estou bem Mione. Olá Harry e Rony, como foram as férias?

– Ótimas. – dissemos todos ao mesmo tempo.

...

Fomos todos ao grande salão, para o antigo ritual de escolha das casas. Sentei-me ao lado do Harry e Rony ao lado de Gina.

A professora Minerva tinha sido escolhida para ser a nova Diretora de Hogwarts, como todos esperavam, e todos aguardavam ansiosos seus discursos de boas vindas.

Ela se levantou da cadeira que ficava no centro e disse.

– Sejam todos bem vindos a mais um ano em Hogwarts! Tenho algumas coisas a dizer. Primeiro que estou muito feliz de estar ocupando o cargo de diretora, sei que nunca serei como Dumbledore, mas darei o meu melhor. Segundo: Sei que no ano passado muitos de vocês passaram por momentos difíceis, principalmente a perda de pessoas muito queridas. Para aqueles que perderam pessoas importantes, nós fizemos uma espécie de altar, com os nomes de todos que morreram nessa guerra terrível. À essas pessoas, vocês têm meu fiel apoio, se alguém precisar conversar estarei pronta para ouvir. – disse a Professora Minerva emocionada. – Terceiro: Como dizemos todos os anos, a floresta negra é proibida para todos os alunos, principalmente à noite. Quarto: Que devido ao que houve no ano passado em nossa escola, não tivemos tempo de reformá-la inteira, e por isso o 5°, 6° e 7° andar estão proibidos a todos. E agora o último e um dos mais importantes, agradeço a todos que lutaram ao nosso lado no ano passado, principalmente a Ronald Weasley, Hermione Granger e claro a Harry Potter. Se não fosse por todos nós nunca teríamos nos livrado para sempre de Lord Voldermort.

Todos aplaudiram emocionados. Harry olhava sem graça, já Rony parecia gostar da atenção. Eu me sentia triste e feliz ao mesmo tempo, me lembrar daqueles amigos que perdemos ainda me dava um nó na garganta.

– Vamos dar boas vindas aos nossos novos professores, Philipe Manson, que será professor de transfiguração, me substituindo, e a professora Mellany Beans, nossa nova professora de defesa contra artes das trevas. – Todos aplaudiram.

Olhei para a jovem professora de defesa contra artes das trevas, não devia ser mais velha que Tonks, ela agradecia animada as palmas.

O único que não aplaudia e parecia estar em outro lugar era Malfoy.

– Bom, chega de recados não é mesmo, vamos agora todos terminar esse jantar maravilhoso.

O resto da noite foi como em quase todos os anos, a não ser pela alegria de finalmente estar em Hogwarts, sem aquele medo de que algo terrível pudesse acontecer com aqueles que amo. Todos estavam bem, o mundo bruxo estava bem.

FIM DO CAPITULO.