Lílian Evans - Origens escrita por MelPotter


Capítulo 12
Capitulo 12 - Um visitante indesejado


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiii!
Desculpem-me a terrível demora pra postar um novo capítulo.
Prometo me justificar, e se isso não bastar prometo me redimir não parando de postar até o fim da fic, que já está próxima.
Enquanto vocês vão pensando nas melhores formas de me matar leiam mais um capítulo especialmente feito para vocês!
Jouir...



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“Quando tudo parece dar errado, acontecem coisas boas. Que não teriam acontecido, se tudo tivesse dado certo. ''

Renato Russo

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Tiago ficou em choque quando viu Lílian caída no chão, coberta de sague. Era como se os seus maiores pesadelos estivessem se tornando realidade.

Rapidamente ele pegou a garota no colo e saiu daquela sala, andando o mais depressa possível.

Enquanto seguia pelos corredores do castelo indo para a ala hospitalar, Tiago não conseguia pensar em nada a não ser em Lílian. Tudo o que ele queria era que a garota ficasse bem. Sua mente não tinha espaço para pensar nos quadros que acordavam e que chocados observavam a cena cochichando e apontando para eles, também não tinha espaço para Filch e Madame Nor-ra, que poderiam o encontrar andando pelos corredores muito depois do toque de recolher com uma garota ensanguentada nos braços, e muito menos para Snape e seus companheiros que neste momento estavam acordando e fugindo da sala. Ele só conseguia pensar em Lílian e somente em Lílian.

Depois do que pareceu uma eternidade ele finalmente chegou à ala hospitalar. Madame Ponfrey saiu apressadamente de sua sala ao ouvir o barulho de Tiago entrando, ao ver o estado em que Lílian estava começou a cuidar dos ferimentos dela.

Tiago estava tão concentrado em Lílian que não viu quando a enfermeira enviou um patrono chamando um professor, nem quando a professora McGonall entrou na ala hospitalar. Ela se aproximou da cama onde Lílian estava deitada e onde Madame Ponfrey murmurava vários feitiços com o objetivo de curar a jovem bruxa. Percebendo a gravidade da situação a professora resolveu chamar o professor Dumbledore que chegou minutos depois à enfermaria.

O diretor e a professora interrogaram Tiago sobre o que havia acontecido e ele lhes contou tudo, ocultando apenas o mapa do maroto e a capa da invisibilidade. O professor saiu da enfermaria acompanhado da professora McGonall para procurar Rosier, Mulciber e Snape. Tiago permaneceu na ala hospitalar.

Quando Madame Ponfrey conseguiu estabilizar Lílian, ela examinou Tiago e depois de constatar que o rapaz estava bem mandou que ele retornasse para a sala comunal e descansasse, Tiago foi, mas não antes de implorar, reclamar e brigar muito.

Tiago andou lentamente pelos corredores de Hogwarts. Ele sentia como se estivesse anestesiado pelos últimos acontecimentos, a adrenalina se esvaindo dele que já começava a sentir os efeitos da noite. Ele sentiu seu corpo pesado e dolorido. Ele estava exausto mentalmente e fisicamente.

Tiago encontrou a porta da sala comunal da grifinória uma Mulher Gorda completamente desperta, provavelmente já havia ficado sabendo do que tinha acontecido com Lílian e estava curiosa para saber o que tinha acontecido de verdade, mas Tiago não estava com disposição para contar tudo sobre os acontecimentos da noite e depois de muito insistir ele finalmente conseguiu passar pelo retrato da Mulher Gorda.

Quando chegou ao dormitório tudo estava quieto e tranquilo e aparentemente todos estavam já dormindo, aparentemente.

– Pontas? - Sirius chamou, ele se levantou da cama surpreso olhou para Tiago. - O que aconteceu com você?

Tiago olhou para Sirius, a confusão estampada em seu rosto.

– Você ta coberto de sague cara.

Tiago foi até o banheiro e se olhou no espelho. Ele estava todo sujo de sangue, seu uniforme, suas mãos e braços, seu rosto e até mesmo seus óculos estavam com algumas gotas de sangue de Lílian.

– O que aconteceu com você? - perguntou novamente Sirius.

Remo, Pedro e Frank que compartilhavam o dormitório com ele e Sirius também tinham se levantado e olhavam para ele com uma expressão preocupada e surpresa.

– Eu to bem. - Tiago disse lentamente. - Esse sangue não é meu.

– Então de quem é? - perguntou Remo receoso.

– É da Lílian.

Todos ficaram sem reação ao ouvir o que Tiago acabara de dizer. Sirius que estava sentado na cama se levantou de um salto e disse furioso:

– Quem foram os desgraçados que fizeram isso com ela? Me diz Pontas, para eu acabar com a raça deles.

– Calma Almofadinhas, deixa o Pontas explicar o que aconteceu. - disse Remo, a voz da razão.

– Então conta logo Pontas. - disse Sirius impacientemente Tiago então contou tudo, desde quando ele observou Lílian no mapa até a hora em que ele foi expulso por Madame Ponfrey da enfermaria.

A cada nova informação que Tiago dava aos amigos Remo ficava mais preocupado, Frank mais confuso, Pedro mais assustado e Sirius mais furioso.

Quando Tiago terminou de relatar aos amigos o que tinha acontecido Sirius se levantou furioso e foi caminhando em direção à porta, Remo percebendo que o amigo pretendia ir atrás de Snape, Rosier e Mulciber. Remo rapidamente lançou um feitiço na porta impedindo Sirius de sair

– Abre essa porta Aluado! - ele falou como se rosnasse.

– Não Almofadinhas. Eu sei que você está nervoso, acredite eu também estou, mas você vai acabar fazendo uma besteira. Deixe que Dumbledore cuide disso. - disse Remo apaziguador.

– Resolver como? Como ele fez quando Maria quase perdeu a perna no 5º ano por causa do Mulciber? Não Aluado, eu não vou ficar de braços cruzados enquanto vejo meus amigos sofrendo por causa daqueles sonserinos nojentos e o mestre deles. Não desta vez. - ele disse indo para cima de Remo e o segurando pelo colarinho da blusa. - Abre a droga da porta Aluado.

– Não posso deixar você fazer isso Sirius. - disse Remo irredutível.

– Não me faça bater em você... Abre a porcaria da porta. - Sirius gritou. - Ou eu não respondo por mim.

– Não. - disse Remo firme.

– Foi você quem pediu.

Pedro e Frank observaram a discursão dos dois amigos sem reação, mas quando Frank viu que Sirius ia realmente bater em Remo ele resolveu intervir e segurou Sirius.

Sirius se debateu, tentou pegar sua varinha das mãos de Remo, os três amigos brigaram enquanto Pedro observava assustado e Tiago parecia perdido em pensamentos.

Quando Sirius finalmente conseguiu se desvencilhar de Remo e Frank e recuperar a sua varinha Tiago relutantemente voltou à realidade. Ele também queria acabar com a raça do Mulciber, do Rosier e principalmente do Snape, e concordava com Sirius, mas sabia que o amigo ia acabar se encrencando e que Lílian não gostaria que eles fizessem isso. Ela era boa demais para desejar o mal a alguém.

– Almofadinhas, não faça nada. Pelo menos não por enquanto. - disse Tiago e Sirius parou a meio caminho. Ele olhou para Tiago, resmungou algo e se transformou no grande cão negou como fazia toda noite de lua cheia e começou a andar de um lado para o outro enquanto rosnava.

Sirius era assim, quando não conseguia lidar com os sentimentos humanos se transformava em cachorro. Mas ele sempre escutava Tiago.

Sentindo-se exausto em todos os sentidos Tiago se levantou da cadeira onde estivera sentado enquanto relatava os acontecimentos da noite aos amigos e caminhou em direção ao banheiro.

Ele deixou a água quente cair por seu corpo levando consigo o sangue de Lílian que estava na pele dele. A água quente sempre o acalmava e dessa vez não foi diferente. Pela primeira vez desde que tinha visto Lílian ir de encontro aos sonserinos ele conseguiu pensar ordenadamente. Ele pensou em como sua vida tinha dado um loupe em como em segundos, alguns momentos de descuido tudo podia mudar, Lílian era a prova disso assim como seus pais. Ele pensou em Lílian, Lílian vermelha de tanto rir de alguma piada idiota de Sirius, Lílian vermelha de raiva, Lílian vermelha de constrangimento, Lílian vermelha por causa do sangue.

Quando saiu do banheiro Sirius tinha voltado a sua forma humana e estava deitado em sua cama assim como os outros. Tiago se deitou e logo adormeceu devido a cansaço, mas seu sono não foi tranquilo, pelo contrário foi cheio de pesadelos muitos parecidos com os do verão, eles envolviam gritos, corredores e sangue, o sangue de Lílian.

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Tiago acordou cedo e foi para a ala hospitalar preocupado com Lílian, porém uma Madame Ponfrey sonolenta e mal-humorada não o deixou que ele entrasse na enfermaria para visitar Lílian, alegando que estava muito cedo para visitas.

Tiago vagou pelos corredores desertos de Hogwarts até o horário do café da manhã, ele desceu até o salão principal, mas não comeu nada. Subiu novamente para a ala hospitalar desta vez acompanhado de Sirius, Remo e Maria que tinha ficando sabendo da notícia por Sirius e Remo durante o café e estava preocupadíssima.

Quando eles entraram na enfermaria Tiago rapidamente se dirigiu para a cama de Lílian e se sentou em uma cadeira que estava ao lado da cama, onde a garota se encontrava ainda desacordada. Eles ficaram ali por algum tempo, Tiago ficou calado observando a expressão serena no rosto de Lílian alheio a tudo que acontecia a sua volta. Enquanto isso os amigos ficaram conversando sobre o que tinha acontecido, especulando as punições para os três envolvidos.

Como era domingo e os alunos não tinham aulas eles ficaram na enfermaria até o horário de almoço, Sirius, Remo e Maria desceram para almoçar, mas Tiago preferiu ficar ao lado de Lílian. Depois de alguns minutos Sirius voltou com um prato de comida para Tiago, mas ele recusou.

– Pontas você não pode ficar sem comer... Vai acabar adoecendo também. - Sirius o repreendeu e Tiago apenas deu de ombros.

Depois de algum tempo Remo e Maria voltaram acompanhados por Marlene McKinnon uma garota muito bonita da corvinal, amiga de Lílian e Maria. Durante a tarde também apareceram para visitar Lílian, Alice James e Frank Longbotton, também amigos de Lílian e os marotos.

Depois que Marlene, Alice e Frank foram embora o ambiente ficou mais silencioso e os quatro amigos quase não conversaram. O silencio enfim foi quebrado, mas pela entrada de um visitante indesejado.

Severo Snape parecia muito surpreso ao encontrar os marotos e Maria na enfermaria.

Tiago que até então esteve calado e pensativo sentiu seu sangue queimar de raiva e o ódio se apossarem do seu corpo, ele se levantou de um salto e avançou em direção a Snape, porém Sirius o impediu segurando os braços de Tiago. Sirius também queria quebrar a cara do Ranhoso, mas ele sabia que se Tiago fizesse isso ele se daria mal. Sirius também sabia que mesmo depois de tudo que Snape havia feito, Lílian não gostaria que eles fizessem algo contra ele.

– Seu desgraçado, como você se atreve a por os seus pés imundos aqui? - Tiago gritou descontrolado.

– Eu, eu não tenho nada para falar com você Potter. Eu vim aqui ver a Lily. - disse Snape meio irritado.

– Lave sua boca pra falar o nome dela. Você quase a matou! Você não tem o direito de falar com ela, de ver ela, de chegar perto dela, nem sequer de pensar nela. - ao ouvir essas palavras de Tiago, Snape ficou com a expressão parecida com a de alguém que havia acabado de tomar um tapa na cara.

– Eu não fiz de propósito. Não queria acertar ela. - Snape disse constrangido.

Tiago tentou se desvencilhar de Sirius, mas não conseguiu.

– Calma cara. - Sirius falou com uma voz controlada tentando acalmar amigo. - A Lily não iria querer que você fizesse isso.

– Vai embora daqui Snape, se você ficar só vai piorar as coisas. - Remo disse calmamente.

– É vai embora Snape, já não basta tudo o que você já fez ela passar? Ainda não está satisfeito? - Maria praticamente cuspiu essas palavras, sua voz carregada de desprezo.

Snape lançou um olhar rancoroso para os quatro grifinórios e saiu. Tiago se livrou das mãos de Sirius e foi se sentar novamente ao lado de Lílian com a expressão fechada. Madame Ponfrey saiu de sua salinha e olhou irritada para os garotos e Maria e entrou novamente na saleta.

Sirius, Remo e Maria ficaram na enfermaria até o anoitecer e depois desceram para o Salão Principal para a festa do dia das bruxas, Tiago, porém permaneceu na ala hospitalar.

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Já ia alta à noite e Tiago não tinha se afastado nem um minuto sequer e Lílian desde que Sirius, Remo e Maria haviam descido para a festa. Olhando para Lílian, Tiago sentiu uma angústia muito forte, como se alguém estivesse com seu coração nas mãos e o estivesse apertando. Ele apoiou os braços e a cabeça na cama de Lilian e começou a chorar.

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Lílian sentia a cabeça latejar e o corpo dolorido como sempre fica depois de uma noite de febre alta. Ela permaneceu de olhos fechados por alguns segundos a mais tentando se situar se lembra de algo, do que tinha acontecido. Cenas confusas vinham a sua mente como um pesadelo meio esquecido.

Ela abriu lentamente os olhos, sua vista estava embaçada, e sua mente confusa, percebeu que estava na ala hospitalar. Mas como tinha ido parar lá? Ela foi se lembrando lentamente do que havia acontecido. A ronda, o corredor mal iluminado, os vultos negros, a dor, os olhos de Tiago e a dor novamente.

Lílian ouviu um som estranho um barulho baixo, assustada ela olhou a sua volta e percebeu que não estava sozinha. Tiago Potter estava debruçado sobre a beirada de sua cama e para a surpresa de Lílian ele estava chorando. Era muito estranho ver Tiago Potter chorando, era surreal e Lílian pensou que devia ser algo muito importante para fazer Tiago Potter chorar.

Ela colocou a mão nos cabelos dele, o rapaz assustado levantou a cabeça e olhou para ela. Lílian pode ver pelo rosto molhado e os olhos avermelhados que ele realmente estava chorando.

– Lílian, finalmente você acordou. - Ele disse timidamente.

– Porque você está chorando? - ela perguntou docemente.

Uma série de sentimentos perpassou pelo rosto dele numa sucessão de sentimentos, por fim ele franziu as sobrancelhas e disse quase num sussurro:

– Eu fiquei com medo.

– Medo? Medo de que? - Lílian perguntou suavemente.

– Medo de perder você, medo de que você nunca mais acordasse medo de nunca mais ver seu sorriso, medo de nunca mais ver seus olhos, medo de nunca mais ouvir sua voz medo de... De... - Ele disse tudo isso muito rápido, mas foi interrompido por Lílian que o abraçou, ele hesitou no primeiro momento, mas logo retribuiu.

– Shiii! Você nunca vai me perder. - ela disse suavemente.

Eles se afastaram os olhos fixos, a respiração acelerada, os corações descompassados, os olhos semicerrados, estavam quase se beijando quando Madame Ponfrey saiu de sua sala e os dois se afastaram rapidamente constrangidos.

– Ahh, você finalmente acordou querida! Ahh que bom! Como está se sentindo querida? - ela perguntou com um sorriso bondoso nos lábios.

– Bem... - Lílian respondeu constrangida.

– Ahh querida tem certeza? Você está vermelha. - Madame Ponfrey perguntou preocupada.

– Si-sim. - a ruiva gaguejou ficando ainda mais vermelha.

– E você, o que está fazendo aqui rapazinho? - a enfermeira perguntou para Tiago percebendo só neste instante a presença dele. - a paciente precisa descansar.

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Tiago então voltou para a torre da grifinória confuso e aliviado, mas muito feliz por Lílian ter finalmente acordado. Sorridente o garoto voltou para a torre para contar a novidade para seus amigos.

Afinal Lílian estava bem, e as coisas tinham tudo para ficarem cada vez melhores.


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Notas finais do capítulo

Bom, eu sei que eu demorei muito pra postar um novo capítulo, mas eu tenho uma justificativa.
Bom, o computador do meu antigo trabalho estragou, fiquei sem tempo algum pra digitar novos capítulos, comecei a trabalhar em outro lugar onde não tenho acesso ao computador, meu PC estragou, eu fiquei sem internet mais de um mês e a oi fazendo hora com a minha cara...
Bem enfim muitos imprevistos. Mas a única coisa que eu posso fazer para me redimir, como eu disse nas notas iniciais, é não parar de postar até o fim da fic.
Espero que vocês me perdoem a ausência e que não tenham abandonado a fic.
Devo postar o próximo capítulo sábado. ^.^
Beijos e au revoir.



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