POV Manu

Já fazia mais de três dias que eu não via o Gil, eu liguei e mandei mensagem mais o idiota não respondeu, havia acabado de chegar na estação e encontrei com o Pedro sentado em uma poltrona velha, fumando e bebendo uma vodka barata.

– A essa hora bebendo Pedro? Disse irônica.

– E tem hora pra mim beber Manu?

– Acho que não, cadê o pessoal?

– Sei lá não nasci grudado neles.

– Como você é grosso, só perguntei.

– Porque você não pergunta pelo seu bebezinho.

– Que bebe? Tentei me fazer de desentendida.

– Oras o Gil.

– Ele não é nada meu.

– Por que ele não quer, assumi Manu você se apaixonou pelo pivete e ele te largou pela aquela gracinha lá.

– Cala boca!! Eu avancei nele, tentando esmurra-lo, impossível ele segurou meus braços com força.

– Nunca mais toque em mim, ou eu não sei o que faço com você. Ele me jogou no chão e pegou a garrafa saindo de lá, me levantei e comecei a chutar um saco de areia, mais fui interrompida pelo idiota do Dudu.

– O que houve Manu?

– Nada que te interesse!!

– Ei calma só fiquei preocupado. Ele ia saindo mais eu o segurei.

– Desculpa. Senti meus olhos lacrimejarem, mais limpei os olhos com a manga da blusa.

– Você tá mau por ele né?

– Não sei o que tá acontecendo, ele nem me atende.

– Faz a garota entrar que ele volta, procura ela.

– Mais eu falei com ela, ela que não quis.

– Manu, manda ela fazer algo fraco, ai ela entra e ele volta e você assumi novamente o jogo.

– Acho que tá certo, vou então falar com a Barbie, tchau. Disse lhe dando um beijinho no seu rosto ele então sorriu e começou a fumar um baseado.

Fim do POV Manu

POV Ju

Eu estava em casa deitada na sala, estava um pouco cansada já que fui cedo com a Fatinha buscar o Bruno que agora estava no quarto dele descansando junto com a Fatinha, uma coisa que eu não imaginava era os dois namorando, o cara certinho e a piriguete, mais eles se amavam tava na cara, senti meus olhos pesarem quando estava quase adormecendo a campainha tocou, pensei em não atender mais a pessoa insistindo, me levantei e atendi a porta pra minha surpresa era a Manu.

– O que se tá fazendo aqui?

– Oi pra você também Barbie.

– Oi.

– Posso entrar?

Apenas dei espaço pra que ela entrasse, ela entrou e já foi se sentando no sofá.

– Então, há que devo a honra?

– Pensei bem e você merece a chance de entrar na gang, mais ainda vai ter que cumprir pelo menos duas das missões.

– Eu não vou roubar o Nando.

– Esquece isso, pensei em algo mais interessante.

– Tipo?

– A primeira missão um racha comigo e a outra é você pichar o quadrante, e ai topa?

Ela disse isso com um sorriso sarcástico no rosto.

– Tá ok, eu topo, quando?

– Hoje você vai pichar o quadrante a meia noite aparece na entrada do colégio junto do Gil.

– Por que junto do Gil.

– Pra ele ver que você consegue.

– Tá meia noite então.

Ela então abriu a porta e saiu sem dizer mais nada, ai tem ela vindo me chamar pra gang e mandando eu levar o Gil, mais tudo bem eu ia entrar na gang e mostrar que não era só uma patricinha boba.

Fim do POV Ju

POV Vitor

É o Dinho havia conseguido conquistar minha rockeirinha, eles estavam juntos e pareciam felizes, no colégio o papo não era outro até o TV Orelha teve um episodio especial de reconciliação da Marrentinha e do Ex - Pegador do Quadrante, parece que a sorte não estava do meu lado, terminei meu trabalho no Axel cedo e ele me deu o resto do dia de folga, fui pra casa tomei um banho e passei a tarde conversando com o Pilha sobre a nova namorada dele a Marizete, ele havia conhecido ela em um clipe que ele fez, até me chamou para o show dele essa noite em uma boate, disse que ia arrebentar com suas duas pilhazetes, mais eu não estava afim desejei boa sorte e sai em alta velocidade com minha moto, cheguei na praia e desci ali mesmo, foi ali que a Lia tinha aceitado namorar comigo, me deitei na areia e fiquei pensando nela, até escutar uns barulhos atrás de uma pedra, resolvi ver o que era, e lá estava uma garota loira toda despenteada, vestida toda de preto com a maquiagem borrada, ela tinha nas mãos uma garrafa de bebida já pela metade e na outra mão ela fumava um baseado, ela estava chorando muito, pensei em voltar e deixar ela em paz, mais ela parecia desnorteada.

– Oi tudo bem? Perguntei mais ela não respondeu, cheguei mais perto e ela se afastou. – Você tá legal?

– Dá pra me deixar em paz.

– É que você parece que esta mal e eu quis..

– Você quis bisbilhotar a vida alheia, olha cara me deixa em paz.

– Calma grossa só me preocupei.

– Mais não se preocupe. Ela se levantou e deixou a garrafa cair no chão se quebrando por inteira. – Droga !! A garota se virou e se afastou mais um pouco sentou no chão e começou a tirar as botas, a blusa e o short por fim tirando a meia, ficando só de sutiã e calcinha na minha frente, subiu na pedra e foi até a ponta.

– Garota você tá bêbada volta aqui!! Gritei e fui atrás dela.

– Me deixa, eu quero nadar.

– Você tá bêbada, vai cair e morrer lá embaixo está cheio de pedras.

– Que se dane, morrer não é uma má ideia, não tenho nada a perder, minha vida é uma droga mesmo.

– Olha não faz isso. Eu disse já tirando meus tênis e minha camiseta ficando só de calça. – Você ainda é jovem, vem cá. Eu comecei a me aproximar.

– Não se aproxime me deixa em paz!!! Ela começou a gritar e eu fui recuando, a garota voltou a olhar o mar, ela parecia fissurada foi andando até a ponta e simplesmente se jogou, eu então corri e me joguei na água também. A agua estava um gelo, comecei a nadar e a procurar aquela doida mais nada, até que a vi já afundando, segurei seu braço e comecei a puxa-la, saímos da agua e eu a coloquei na areia, comecei a fazer respiração boca a boca nela, mais ela não reagia, quando já estava desesperado ela enfim acordou e colocou pra fora toda aquela água.

– Você esta bem? Perguntei passando a mão em seu rosto, agora ela parecia calma, e só agora pude ver o quanto era linda, mais do nada a garota me empurrou na areia.

– Nunca mais toque em mim tarado.

– Tá louca te salvei. Disse me levantando e a encarando.

– Você estava se aproveitando, eu sabia bem o que estava fazendo, só precisava de adrenalina.

– Adrenalina, você é louca garota.

– Cuida da sua vida one direction, que da minha cuido eu.

– One direction eu, se sou one direction você é uma selvagem, e não se preocupe da próxima vez eu te ajudo a se afogar. Peguei minha blusa e meus tênis e saí de lá.

– Selvagem é sua mãe!! Escutei ela gritar, essa garota era completamente louca, eu que nem quero mais encontra-la, subi na moto e comecei a dirigir, a imagem daquela doente não saia da minha cabeça, mais logo voltei a lembrar da Lia e a tristeza tomou novamente meu coração.

Fim do POV Vitor

POV Gil

Estava no Misturama tocando com a Lia e o idiota do Dinho nós observando quando via a Manu saindo do prédio da Ju, pedi um tempo pra Lia e corri pra ver o que estava acontecendo.

– Oi Manu, o que se tava fazendo na Ju?

– Oi Gil eu to bem e você?

– Desculpa eu to legal sim, mas o que você veio fazer aqui?

– Falar com a Jujuba. Ela disse fazendo ênfase em Jujuba.

– Falar o que Manuela?

– Dei outra missão pra ela entrar na gang.

– Que tipo?

– Aparece hoje meia noite na entrada do Quadrante e saberá.

– Qual é Manu, eu não quero a Ju metida nisso.

– Porque?

– Porque essa vida não é pra ela, essas loucuras.

– E isso é pra mim?

– Você é diferente te conheci assim ela não.

– É lindo você defendendo aquela Barbie me poupe Gil, você só me usou né, depois que cansou voltou pra sua vidinha.

– Tá louca eu não te usei.

– Você é um filhinho da mamãe, que tava estressadinho com a namorada e resolveu entrar na gang pra se divertir, ai você me viu e resolveu brincar comigo, você acha que eu não tenho sentimentos, mais eu tenho Gilberto.

– O que você quer dizer?

– Você é um leso mesmo, vai cuidar da Barbie, porque ela é toda fragilzinha e precisa de você.

– Manu olha eu gosto de você mais...

– Não vem com mais, eu já entendi me deixa.

– Onde se vai?

– Vou fumar uma e beber.

– Manu para vem cá.

– Não preciso da sua piedade Gil, eu queria outra coisa, mais já que não tenho não quero piedade. Ela se foi, a última coisa que queria fazer era magoar a Manu, mais eu amava era a Ju e não podia mudar, resolvi ir até seu prédio, apertei a campainha e ela atendeu.

– Oi Gil.

– Oi Ju, que historia é essa de gang de novo.

– Gil deixa eu tentar, por favor vamos comigo?

– Tá certo Ju, só não quero te ver machucada.

– E não vai ver.

– Vou com você sim. Eu a abracei e pus uma mecha do seu cabelo pra trás ela se aproximou para me beijar mais eu desviei.

– Que foi?

– Quero que você tenha certeza dos seus sentimentos só isso, agora preciso ir.

– Vai pra casa?

– Não tocar no Misturama com a Lia.

– Posso ir?

– Pode Ju. Ela me abraçou de lado e fomos descendo a caminho do Misturama, no caminho e Ju apenas me olhou e disse.

– Vou provar que gosto de você de verdade e não tem mais Dinho nenhum. Eu apenas sorri e dei um beijo no seu rosto.

Fim do POV Gil

POV Valentina

Estava deitada na cama do meu quartinho no Hostel pensando no meu Dinho, ele e aquela ridícula haviam voltado, o que o Dinho via naquela sem graça, ela era totalmente sem sal, resolvi tomar um banho e dar uma volta. Desci e acabei esbarrando em alguém nos nós olhamos e ele dei um sorriso de canto era um homem lindo alto, moreno e que cara de safado, eu adorava homens assim.

– Desculpa gata, meu nome é Sal. Ele estendeu o braço.

– Placer Valentina, más me puede lhamar de Val.

– Argentina, onde você tava escondida esse tempo todo?

– Em tus suenõs.

– Você é muita gata Val, quer dar uma volta de moto e ai conversamos sobre o por que de você estar aqui.

– Porque no, bamos. Eu sorri e segurei sua mão, não sei porque mais acho que ali seria o inicio de uma ótima parceria.

Fim do POV Valentina

POV Fatinha

Eu não queria que o Bruno viesse comigo pra boate, ele havia acabado de sair do hospital, mais ele insistiu disse que dormiu o dia inteiro e não ia me deixar sozinha, fomos no seu carro eu ele o Pilha e a tal Marizete, a segunda Pilhazete, não fui muito com a cara dela, mais se o pilhote tava feliz fazer o que, chegamos lá e o lugar estava lotado, fomos para o camarim e nos vestimos e maquiamos, as roupas como sempre eram super justas e provocantes coisa que tenho certeza que o Bruno ia odiar, mais ele quis vir, quando estávamos prontos subimos no palco e foi aquele alvoroço, o Pilha começou o show e eu e a Marizete causamos, para desgosto do Bruno pude ver a carinha dele, já que os caras não perdoavam e gritavam mesmo, acenei pra ele e lhe mandei um beijo, quando acabamos o show, trocamos de roupa e pegamos nosso caché na verdade abrimos o show para o Malboro, mais tudo bem, encontrei o Bruno em uma mesa sentando bebendo algo.

– O que é isso?

– Refrigerante.

– A tudo bem então, porque nada de álcool ouviu.

– Você tava linda, sabia?

– Claro que sei, e você ficou com ciúmes.

– Só um pouquinho . Ele sorriu, eu o abracei e ficamos ali conversando até que avistei sentado bem distante o Sal e a Valentina, mais o que o Sal estaria fazendo junto da Valentina, ela então saiu e foi até o banheiro, pude ver quando dois caras mal encarados chegaram e arrastaram o Sal pra fora, pensei em ir ver o que era mais ele voltou rápido, não parecia muito alegre, encontrou a Valentina e foram embora, achei estranho, mais quem sabe assim a Vacatina saia da bota do Dinho, peguei o celular e mandei uma mensagem pro Dinho, mais ele não respondeu, deveria estar com a Lia, resolvi deixar isso pra depois agora eu queria era aproveitar a noite com meu Moreno.

Fim do POV Fatinha