P.O.V Sal

Eu estava lá fora  observando o assalto vi os caras subindo atrás da Fatinha minha vontade era ajudar ela mas eu precisava da grana, fiquei esperando os caras saírem mas ouvi gritos era a Fatinha que gritava por socorro eu vi o babaca do Bruno correndo em direção ao Hostel, ele iria estragar meus planos e isso eu não iria permitir, peguei o revolver que estava na minha cintura e fiquei em posição de ataque subi para o quartinho da Fatinha e um dos caras estava caído no chão um incompetente apanhar daquele otário, fui entrando no quartinho e o Bruno brigava com outro cara ele iria me pagar por estragar meus planos puxei o gatilho do revolver e vi o Bruno cair no chão, o cara veio em minha direção:

- Eai vacilão não tinha nada aqui.

- Não é hora pra isso, so me bate agora.

Ele me deu um murro eu cai no chão, ele me deu duas bicudas e eu bati a cabeça num móvel , eu me levantei e o cara saiu correndo levando com ele o seu comparsa, vi Fatinha sair do banheiro correndo em direção ao Bruno ela se ajoelhou e chorou, meu coração doía parecia que tinha tirado algo de mim, eu simplesmente fui até a Fatinha e a abracei ela que chorava compulsivamente.

P.O.V Fatinha

Assim que ouvi o tiro e barulho de coisas quebrando sai correndo do banheiro, e vi a pior cena que já poderia ter visto Bruno estava desmaiado ele estava sangrando minhas pernas tremeram olhei pro lado e vi o Sal com o olho roxo e o nariz sangrando, eu não sabia quem ajudar então fui correndo até o Bruno, e as lágrimas já corriam pelo meu rosto:

- Bruno, acorda o que vai ser de mim sem você.

Eu chorava muito sem me importar com nada, olhei pro Sal que não parecia bem e ele veio até mim e me abraçou, olhei pra porta e a policia havia chegado o Sal foi até eles, logo veio dois caras com uma maca e colocaram o Bruno em cima, tudo o que eu fazia era chorar:

- EU VOU COM ELE. Desci as escadas correndo e fui até onde estava a ambulância , de um lado estava o Sal cuidando de alguns ferimentos e do outro estava o Bruno inconsciente:

- Alguém vai com ele ? Disse um dos enfermeiros.

- Eu vou. Disse olhando pro Sal pude sentir uma magoa no seu olhar mas eu não abandonaria o Bruno.

- Sal depois a gente se fala. Disse sem esperar pela reposta dele, entrei na ambulância e me sentei peguei a mão do Bruno e fiz algo que eu não fazia a muito tempo orei :

- Eu sei que faz tempo que eu não converso com você e sempre quando peço é pra pedir algo, mas não leva o Bruno por favor eu sei que ta me ouvindo.

Chorei mas ainda e apertei a mão do Bruno, depois de mais uns minutos de viagem ele abriu os olhos:

- Bruno, eu to aqui você vai ficar bem.

- Você sempre ta quando eu preciso.

- Xiu para de falar e descansa a gente já ta chegando meu heroí.

Ele apenas assentiu com a cabeça e sorriu, eu olhei pra ele novamente com medo que fosse a ultima vez que ele sorrisse pra mim.

P.O.V Ju

Acordei com um barulho de telefone insistente minha vontade era ficar debaixo das cobertas mas pra ligar uma hora dessas devia ser coisa séria, me levantei e fui até a sala e atendi o telefone.

Ligação ON :

- Alô quem é ?

- Aqui é do hospital Centro médico Pastore, gostaria de falar com algum parente do senhor Bruno Menezes.

- Eu sou irmã dele aconteceu algo ? Minha voz saiu fraca.

- Ele deu entrada no hospital com um ferimento, mas ele já foi atendido e esta bem.

- Como assim? Comecei a chorar

- Não se desespere eu sou o médico que cuidou do seu irmão, ele já esta bem e veio acompanhado da namorada.

- Tudo bem, eu vou estar ai em uns minutos.

Ligação OFF

Desliguei o telefone sem esperar sua resposta meu rosto já estava inundado, fui ate meu quarto coloquei uma calça jeans e uma blusa qualquer peguei a bolsa e as chaves de casa, e sai e fique esperando o elevador eu estava tremula e se eles estivessem mentindo e o Bruno estivesse mal? Assim que o elevador chegou eu entrei esperei e assim que ele chegou no destino desci correndo e fui até o ponto de táxi, estava frio e eu estava com medo mas eu iria até o fim pelo meu irmão.

Fim do P.O.V Ju

P.O.V Gil

Eu e Manu estávamos deitados na minha cama apenas ouvindo o barulho da noite até que ela interrompeu o silêncio:

- Ei vamos pichar?

- Uma hora dessas ? Aqui ta tão bom. Disse fazendo biquinho

Ela me deu um selinho:

- Mas essa hora que é boa vai vamo?

- Beleza.

Ela se levantou da cama e se vestiu e eu fiz mesmo, peguei minha mochila com as coisas pra pichar e saímos em silêncio, descemos e eu pude ver a Ju la embaixo no ponto de táxi ela parecia estar chorando por um momento me senti culpado por ter tratado ela mal:

- Manu vou ali ver o que a Ju tem.

- Você que sabe. Eu comecei a andar e a Manu veio me seguindo.

- Ei Ju você ta louca uma hora dessas na rua ?

- Gil você não sabe o que aconteceu. Ela veio até mim e me abraçou eu retribui o abraço e lhe dei um beijo no topo da cabeça.

- O que Ju ?

- O Bruno ta no hospital, eu vou pra la agora.

Olhei pra Manu que parecia impaciente:

- Eu vou com você Ju.

- Brigada Gil eu não o que seria de mim sem você.

Me virei pra Manu que parecia desapontada:

- Eu vou mas volto rápido se quiser pode me esperar na minha casa.

- Não eu vou fazer o que a gente ia fazer.

- Ta tarde Manu, é perigoso.

- Eu sei me cuidar, não é agora que um pirralho vai me dizer o que fazer.

Ela apenas foi seguindo em frente sem olhar pra trás, eu sabia que ela tinha ficado magoada mas logo isso se resolveria, eu e a Ju pegamos o taxi em silêncio até que ela sussurrou:

- Obrigado, por estar aqui comigo.

Eu peguei sua mão:

- Eu sempre estarei aqui quando você precisar.

Fomos o resto da viagem em silêncio e eu fui o resto do caminho pensando se a Manu estava bem.

Fim do P.O.V Gil

P.O.V Lia

Estávamos em frente a casa do Dinho nos estávamos encharcados:

- Ei vamos subir ?

- Cara deixa eu passar em casa primeiro e tomar um banho trocar de roupa.

- Nada disso você prometeu que seria minha essa noite lembra ?

Ele disse me puxando:

- Mas eu vou voltar.

- Nada disso eu não quero perder nenhum segundo com você.

- Mas seus pais não estão em casa?

- Eles saíram vão chegar mais tarde, chega de fazer perguntas.

O Dinho me puxou mais pra perto dele e eu estremeci ele segurou minha mão e subimos pro prédio, chegamos na frente do apartamento dele ele tirou as chaves do bolso e abriu a porta eu entrei e esperei que ele entrasse:

- Dinho e se isso for errado em? Eu não quero magoar o Vitor.

- Lia uma noite eu e você, e depois tudo volta ao normal você fica com ele e eu esqueço tudo que aconteceu.

Eu apenas sorri e ele veio até mim e me beijou e eu me entreguei tentando convencer a mim mesma que essa seria a última vez, ele quebrou o beijo:

- Melhor a gente tomar banho e trocar de roupa.

- Tá vou eu ou você ?

- Por que não os dois juntos ?

- Para de ser tarado garoto . Disse rindo

- Tá vai na frente eu te espero aqui.

Ele me deu a toalha e uma camisa dele eu entrei no banheiro e me despi e abri o chuveiro, quando eu estava com o Dinho eu não me importava com as consequências que isso iria causar, mas depois sozinha eu me sentia muito mal mas talvez com uma despedida tudo entrasse no eixo terminei de tomar banho me vesti com a camisa e sai:

- Terminei sua vez.

- To indo mas eu volto nem pense em fugir de mim.

- Eu jamais faria isso. Disse e pisquei

Ele entrou no banheiro e eu fui pro quarto dele me sentei na cama e fiquei assim até ele sair do chuveiro:

- Pensei que tava dormindo. Disse ele se sentando ao meu lado

- Quase você é pior que mulher demorou mas que eu.

- Deixa de ser implicante marrentinha.

Eu sorri ao ouvir ele me chamar assim.

- Parei. Ele se aproximou de mim e me deu um beijo no pescoço.

- Para de provocar.

- Eu não to te provocando. Disse ele irônico.

Me virei e selei nossos lábios e ele me correspondeu mas logo se separou de mim.

- Ei .

- Tava pensando aqui eu disse que eu não ia te beijar até você me pedir.

-Pois é mas já quebrou a promessa. Disse rindo dele.

- Ou você pede ou eu não beijo mas.

- Eu não me importo.

- A é ?

Ele começou a fazer cocegas em mim que me contorcia:

- Pede que eu paro.

- Não peço.

Ele continuou me fazendo cocegas:

- Me beija?

Ele selou nossos lábios novamente mas dessa vez um beijo com desejo e muita paixão, nós nos entregamos um ao outro como nunca havíamos feito antes, depois de ficar juntos nós estávamos deitados eu deitada em cima da barriga dele e ele me fazendo carinho nos meus cabelos, eu estava quase dormindo mas ouvi o Dinho dizer :

- Lia acho que eu nunca vou conseguir esquecer, como vai ser minha vida sem você ?

Eu me virei pra ele e me apoiei nos meu cotovelos pra olhar pro Dinho:

- Você vai voltar a ser o que você era antes.

Ele me encarou:

- Não da, não existe mas aquele Dinho, existe esse Dinho aqui que não consegue viver sem você, por que as coisas tem que ser tão complicadas ?

- Não sei, mas também é difícil pra mim.

- Eu Te Amo Lia.

- Pra sempre ?

- Sempre.

Ele sorriu:

- Me beija pela última vez?

Ele não respondeu só me beijou e eu embarquei nesse que “TALVEZ” fosse nosso ultimo beijo.