Aprendendo A Sentir escrita por Hanni


Capítulo 3
Capítulo 3 - Contato


Notas iniciais do capítulo

Então...tá aí mais um Capítulo :D
Só pra vocês entenderem melhor, frases com entre aspas são pensamentos, ok? ^^
Me desculpem qualquer erro de ortografia e espero que gostem.
Boa leitura ;D



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Era realmente irritante cuidar dela. Bem, não era tecnicamente irritante, mas Ulquiorra não se sentia confortável com isso. Por mais que Aizen o tivesse mandado, e sem duvida ele cumpriria extremamente bem as ordens, não era algo que ele realmente queria fazer.

Andava pelos corredores do "castelo", a fim de fazer...nada, não havia nada que queria fazer. Estava apenas caminhando. E nessa caminhada uma das portas se abrem e de lá sai Grimmjow, que esboça um sorriso. Sem dar bola continuou andando.

-Hoy. Ulquiorra!- escutou a voz irritante de Grimmjow atrás de si.

-Diga...lixo.- sem parar de andar falou de forma seca. Não o via com bons olhos, ele se entregava muito a sensações do momento e por causa disso sempre acabava apanhando. E dessa ultima vez apanhara tanto que foi preciso da ajuda de uma mulher para recuperar o posto. "Lixo, apenas lixo"

-Ahh! Seu idiota!

Ao sentir que estava sendo seguido, parou. Era sério, não queria companhia. Muito menos de "Lixo"

-O que foi?

Ao ficar lado a lado de Ulquiorra, um silencio ocorreu, mas então Grimmjow começou a gargalhar e apontar o dedo para ele.

-Idiota! Vai ter que servir de babá!- e continuava a rir. Até Ulquiorra olhar para ele, sem nem mesmo virar o rosto.  -Tão cheio de frescuras e acaba com o trabalho mais idiota! Troxa!

Grimmjow era um completo idiota, nunca pesara a consciência se com quem ele falava essas besteiras era um superior, o que ele queria mesmo era tirar sarro da cara de Ulquiorra.

Olhou para frente de novo e voltou a andar.

De certa forma ele se sentia idiota por estar "cuidando" da humana, mas sabia que Aizen o escolhera por confiança. Não iria colocar qualquer um, como por exemplo: Grimmjow, para cuidar de uma coisa que por ora era preciosa para ele.

******

Inoue abriu os olhos e ficou ali deitada. Odiava ficar sozinha. Apesar de a muito tempo ter se acostumado com a sensação, já que morava sozinha. Mas o pior era saber que estava completamente sozinha. Antes tinha seus amigos, tinha Tatsuki-chan e tinha Kurosaki. E agora não tinha ninguém, além de si mesma.

As lágrimas começaram a escorrer e então fechou os olhos com força.

O que estava pensando?  Não podia chorar. Não depois de tudo que fizeram por ela e ela nada por eles. Era a primeira vez que fora util de verdade e agora iria chorar por estar sozinha?

Sentou-se na cama, esfregando as costas das mãos nos olhos. Olhou para a janela, Estava de noite. Nunca mais iria ver o Sol?

Apertava-lhe o coração esse pensamento. Adorava tanto o Sol.

-Estou entrando.- a voz por de trás da porta era de Ulquiorra. Olhou para o lado de sua voz e o avistou entrando. Estava como sempre, com a mesma roupa e o mesmo rosto. Tão sério.

Foi adentrando o quarto, trazendo outra bandeja com comida. Inoue deu um leve sorriso. Por mais que ele fosse estranho e seco, era bom não ficar totalmente sozinha. Ela sabia que era tudo a mando de Aizen, mas mesmo assim lhe aquecia o coração ver ele trazendo comida.

-Coma.- disse apenas, lhe entregando a bandeja. -Espero que não complique as coisas como antes, mulher...

Ela olhou para ele e sorriu. 

-Por que sorri?- ele não queria vê-la sorrir. Era estranho. Não queria que ela sorrisse.

-Dessa vez parece que você acertou...- pegou a fatia de pão e passou a geleia que tinha do lado. -Parece estar saboroso.

Ao colocar o pedaço na boca sentiu o estomago revirar. O que era aquilo? Tinha gosto de mato. Mastigou fazendo careta e com custo engoliu.

-É horrível.- ela choramingou meio que para si mesma.

-Não vou trazer outra coisa.- Ulquiorra não iria fazer a mesma coisa que ontem, já basta ela tê-lo feito de bobo uma vez. -Trata de comer.

O jeito dele falar não agradava Inoue nem um pouco. Ela iria comer sim, não iria se fazer de fresca. Aliás, aquilo não era um hotel.

-Não pedi que trouxesse.- olhou para a comida e continuou a comer. Engolindo cada pedaço como se fosse uma tortura. Mas com o tempo acostumou e comeu sem fazer careta.

-Aqui em Las Noches não há vida.- Inoue olhou para Ulquiorra. O que ele queria dizer? -Não há como haver comida boa.

Ele estava explicando o porque. Ela deu um leve sorriso para si mesma, sem deixá-lo ver. Ele estava explicando para ela.

-Você não vestiu a roupa.- o sorriso sumiu. 

Ela havia olhado a roupa sim, era parecida com a deles. Não queria vestir, não iria se sentir bem. E Ulquiorra, meio que adivinhando o que ela pensava falou: -Você não tem escolha, irá vestir.

Ulquiorra tirou a bandeja de seu colo e depositou na comoda de sempre. Pegou a roupa e jogou no colo de Inoue. 

-Vista.

Ela pegou a roupa e foi começou a caminhar para o banheiro.

-Onde vai?

Ela olhou pra ele que continuava do mesmo jeito. Como seria ele sorrindo? Deveria ser engraçado. Suas bochechas coraram por um breve momento, "Até que seria bonitinho."

-Vou tomar um banho antes.- e começou a  andar de novo. E num piscar de olhos, Ulquiorra estava a sua frente. -Ulquiorra-san...?

-É melhor não tentar nada. Estarei aqui fora e se eu suspeitar de algo entro e não deixo mais que faça nada sozinha.

Ela corou fortemente. Ele era um grosso, seco, esquisito e mesmo assim a fazia corar tanto só por falar isso. Claro que ela entendeu o que ele quis dizer, mas a mente dela vagara por outro caminho.

Abaixou a cabeça rapidamente e caminhou para o banheiro, trancando a porta atrás de si. Não que fosse adiantar muito caso ele quisesse entrar.

A água era morna, na verdade mais fria do que morna. Deixando a água cair sobre si, ficou lá, sem fazer nada, apenas parada. Seu peito doeu de repente e sua garganta se formou um nó. Ela sabia o que era isso. Por mais que tentasse se convencer de que estava tranquila por salvar seus amigos, não estava. 

As lágrimas quentes e salgadas começaram a se misturar com a água, nem se dera conta de que começou a chorar. Levou a mão até o peito e o pressionou.

Doía. Doía muito. Ela era inútil, boba e avoada. Nunca conseguira ser de grande ajuda para os amigos e quando finalmente fora útil, tinha de se sacrificar para tal.

"Não." disse fungando e sacudindo a cabeça, afastando esse pensamento. "Não posso ser assim. Kurosaki-kun faria o mesmo."

E ao se lembrar do garoto, sentiu o peito doer mais ainda.

Terminou de se lavar, se secou e se vestiu. Pelo menos tentou.

-Ahhh que complicado!- resmungou irritada -Pra quê isso tudo?

Eram muitas peças, e a ultima era a mais difícil. Parecia um casaquinho e ao passar os braços e depois tentar a cabeça, ela entalou no topo da mesma não deixando que Inoue enxergasse nada.

-Ah não...- ela sabia que isso era ruim, seu senso de equilíbrio era horrível e ao tentar tirar se embolou toda e caiu sentada no chão. E ficou lá, com os braços vestidos e entalada pela cabeça. 

Ulquiorra, que esperava do lado de fora escutou um barulho estranho e logo xingou Inoue no pensamento "Mulher idiota, acha que vai fugir?"

Inoue choramingou algo como "quero morrer" e logo em seguida escutou um estrondo.

-Eu disse que se você tentasse qualq-

-Ulquiorra-san?

Ulquiorra olhava para o chão, olhava para ela jogada lá e sem conseguir se conter, bateu na própria testa.

"Como consegue, mulher?"

A situação era sim divertida, mas para Ulquiorra só significava que ela dava trabalho.

Ao escutar o suspiro profundo de Ulquiorra, corou violentamente. Era uma boba mesmo.

Nervosa pela situação, tentou tirar aquilo da cabeça, tentou de todas as formas.

Estava tão afoita que não percebeu que Ulquiorra ao olhar ela se "debater", suspirou e foi lá, ajudar ela.

Ao sentir o toque frio dos dedos de Ulquiorra debaixo do braço, soltou um grito de surpresa e o escutou resmungar "Mulher barulhenta" e então ele puxou com um pouco de força o que fez a cabeça de Inoue "desentalar", logo em seguida puxo o resto.

-Você não consegue fazer nada direito?- Inoue olhou para cima e lá estava ele com a mesma cara de sempre. E, com certeza esse comentário a ofendera.

Ela baixou os olhos, sabia que era inútil.

-Levante os braços.- disse ele. Inoue fez o que lhe foi mandado, olhando para ele.

Com uma facilidade estranha ele encaixou perfeitamente Inoue naquele "casaquinho".

-Caso tenha dificuldade para tirar, tem um zíper nas costas. É só me pedir.- ao dizer isso virou as costas e saiu do quarto.

Inoue levantou e foi atrás. Ulquiorra a olhou e disse que havia ficado bom nela.

"Ele me elogiou." Sem se conter abriu um sorriso.

-Obrigada, Ulquiorra-san.

"Porque está sorrindo? Porque, mulher? Não fiz isso por você" e então se lembrou da situação anterior, onde Inoeu havia se atrapalhado com a roupa. E por um breve momento quis sorrir. Virou as costas e saiu dali. "Ela não me faz bem"


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Espero que sim xD
Comentem, por favor. E até a próxima o/
Bjs ;*



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