Undead: o começo escrita por GabrielMarcellus


Capítulo 1
Capítulo 1 - ''Partidas''


Notas iniciais do capítulo

Os Originais tem que partir depois que sua mãe - Esther, morreu em um ritual onde o assassino é desconhecido. Para piorar, Klaus descobre que uma parte da Árvore Oak foi levada junto do assassino.



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Capítulo 1 – Partidas

[Mystic Falls – dias atuais].

Um corvo pairou sobre uma árvore na frente de uma bela mansão. O dia começava calmo para os cidadãos na pequena cidade de Mystic Falls. Cidadãos que não se preocupavam com nada além de contas a pagar ou suas vidas monótonas. O dia era simplesmente calmo para aqueles que não sabiam que a cidade era a casa de vários vampiros atualmente; e que os mais vampiros mais antigos do mundo – Os Originais – moravam ali, naquela mansão atrás das árvores do parque de Mystic Falls. O corvo não parava de grasnar; olhando a janela da mansão dos Originais. De repente tudo ficou branco e o corvo sumiu.

[Flashback 1388]

- Sai! – gritou Rebekah enquanto o corvo o encarava do alto de uma pedra. 
- Isso não resolverá nada, Rebekah. Por mais que você expulse-o, o corvo irá continuar ai. – Niklaus estava encostado em uma pedra. Eles estavam em um castelo que desmoronara dois séculos atrás. 
- Nik, você está chateado. Diga-me, o que aconteceu? – Rebekah encostou-se ao lado de seu irmão na pedra. 
- Temos de partir. Mikael está perto de nos achar novamente. Desculpe irmã. Prometi que seríamos uma família feliz; mas tudo o que faço é fugir – Niklaus olhou para baixo, chorando – Eu partirei hoje, pelo anoitecer. Se não quiser vir, eu entenderei. 
Rebekah parou. Olhou para Niklaus e viu que ele estava assustado, perdido. Depois de anos juntos, Niklaus era a sua única família que restara. ‘Elijah talvez estivesse se aventurando pelo mundo; pois não queria viver fugindo como nós. ’ – pensou Rebekah. ‘Nenhum de nós queria’ – e quando Rebekah pensou isso, percebeu que era única que entendia ele. Ela sabia quando Niklaus estava com problemas; e sempre estaria por perto, fosse o que acontecesse. 
-‘Sempre e para sempre’, lembra Nik? Eu partirei com você. Você é minha única família. 
Rebekah e Niklaus deram um último sorriso quando um dia ensolarado começava na Alemanha. Rebekah saiu do meio dos escombros de um castelo destruído em uma batalha e viu o corvo parado no alto de uma torre. De repente o corvo começou a voar, indo embora. Tudo ficou branco e...

[Mystic Falls – dias atuais]

e o corvo voou da árvore em frente da mansão dos Originais. Rebekah olhava pela janela o corvo e em seguida fechou a cortina, pensando pacientemente o que o corvo significava. 
- O que houve Nik? – perguntou Rebekah ao ver Klaus descer as escadas com a jaqueta suja de sangue. – Kol novamente lhe perturbou? 
- Não, Bekah. Arrume-se, estamos partindo! 
- O quê? O que quer dizer com... Partir? Nossa mãe foi morta; nunca mais teremos de fugir, Nik. – Rebekah não entendia porque Klaus corria para todos os lados da casa jogando seus desenhos em malas espalhadas pelo chão. 
- Imprevistos. 
- Elijah e Kol queimarão a Árvore Oak. Você sabe disso. – quando Rebekah disse essas palavras Klaus parou de correr. Ele levantou o rosto com uma expressão que Rebekah conhecia. – Queimarão... Não? 
- Pensamos que sim. Alguém matou nossa mãe naquela noite para não morrermos. Mas levou uma parte da Árvore Oak com ela. Pense Bekah! Se alguém fez isso... 
- Quer dizer que essa pessoa quer apenas um de nós, morto. – Rebekah fica séria enquanto olha para Klaus. Klaus guarda uma adaga na mala. Eles tinham de partir. 
Elena acorda. Está viva mais um dia. Anda lentamente até a janela e abre a cortina; deixando que os raios de sol iluminem sua cama. Atrás de um quadro com a pintura de uma flor; está um diário em que Elena não meche há muito tempo. Talvez fosse porque nos últimos seis meses sua vida seguira normalmente, se assim podemos dizer. Elena abriu seu diário ao meio sem pensar no que leria.

“Porque eu sei, que o verei novamente.”

‘Stefan’ – pensou Elena. Uma das frases que há dois anos escreverá quando ainda estava com ele. Muita coisa havia mudado desde essa época. Elena agora estava com Damon. Não porque ela trairá Stefan, mas porque percebeu que ela e Damon tinham algo além da amizade que crescerá quando Stefan se partiu. Talvez Elena ainda estivesse com Stefan se Klaus não o tivesse levado para o caminho mais escuro que havia dentro de si. Stefan lutou muito contra seu lado escuro; o estripador. E quando Stefan retornou, já era tarde. Elena e Damon passaram muito tempo juntos quando Stefan foi embora de Mystic Falls. ‘E foi assim que tudo aconteceu’ – Elena terminou a frase mentalmente. Agora alguém acabara de tocar em sua campainha, e Elena sem dúvidas já pensava em Damon. Descendo as escadas Elena percebeu que não era ele; porque a campainha não tocará duas vezes. Era uma coisa de Damon e Elena. 
- Quem... 
- Um dos Salvatores? Não, Elena. – Rebekah sorriu para Elena como se aquilo fosse ser muito divertido. E Elena viu o ódio estampado nos olhos de Rebekah; então logo colocou a mão na porta. Pronta para fechá-la a qualquer instante.

Capítulo 2 – Deixe a Pessoa Certa Entrar

– Veja bem, precisamos conversar. Então, a não ser que você nos convide... – falou Klaus, subindo o último degrau da escada e entrando na varanda. 
– Não vou – Elena percebeu que Klaus estava longe da porta, temendo olhar muito para Elena. Elena estava quase fechando a porta quando mais um dos Originais chegava. 
– Ei, ei, ei. Convidar era um gesto de cortesia; esqueceu que eu já fui convidado? – Kol correu para dentro da casa e segurou Elena pelos braços. – Vamos, meu amorzinho, convide Bekah e Nik para a festa. 
– Me... largue! – Elena gritou entre dentes. 
– Então, acho que você dará uma bela vampira – Kol abriu sua boca com os dentes afiados já a milímetros do pescoço de Elena quando ela gritou: 
– Entrem! Podem entrar. 
– Bem, é assim que eu gosto – Klaus entra na casa olhando em volta. Rebekah segue logo atrás se afastando da compulsão de arrancar a cabeça de Elena. 
– Venha, Elena. Não viemos falar de você – disse Rebekah, ficando com os olhos vermelhos. 
– Veja Elena... Alguém com suas impressões digitais matou minha mãe na noite em que eu e meus irmãos fugimos do ritual. E, estamos aqui para perguntar... Como você fez isso – Kol sorriu no final da frase. Tudo parecia muito animador para Rebekah e Kol; mas não para Elena. 
– Eu não sei do que... 
– Katerina? Viu ela recentemente? – continuou Kol. – Meu irmão me contou que vocês são exatamente iguais. 
De repente Elena percebeu que Klaus não estava na sala com seus irmãos. 
Klaus andava no corredor da casa de Elena. Rapidamente ele bateu nas paredes para ver se uma delas era oca, mas não achava nada. Uma das portas perto da escada está aberta e ele entra, logo percebendo que é o quarto de Elena. Bate em todas as paredes. Abre gaveta por gaveta para procurar algo. Quando Klaus percebeu que não conseguia achar o que queria, ele pegou a última gaveta e a jogou na parede oposta do quarto; o que causou uma explosão na parede. ‘O fundo é de madeira’ – percebeu Klaus. Havia um cadeado na portinhola de madeira. Nenhum ser humano desconfiaria de algo que poderia estar escondido sob uma parede que não era oca. Klaus socou a parede de madeira e muita poeira voou nele. No fundo do buraco na parede havia um livro. E era esse que Klaus tanto procurava. Klaus puxou o livro e limpou a metade da capa revelando uma palavra: “Diário”. 
Na sala, Elena olha para a escada por alguns segundos até Kol virar seu queixo. 
– Que barulho é esse? – perguntou Elena. 
– Cala a boca sua... – dizia Rebekah ao ser interrompida pelo celular de Elena. Rebekah puxou o celular da mão de Elena, ameaçando-a. – Uma chamada de... Stefan? Pensei que estava com Damon, Elena. Ou já está brincando com dois Salvatores, hein? Você não perde mesmo seu tempo, não é? 
- Me dê o telefone! 
- Não até Nik achar o que ele quer – respondeu Rebekah. 
- Então estão procurando algo? – Na hora em que Elena terminou a frase alguém bateu na porta. 
Era a voz de Damon. 
– Elena?! – gritou Damon. 
– Um grito e... – Kol encenou cortar a cabeça com os dedos para Elena. 
– Agora, envie uma mensagem dizendo que não está em casa para esse ai – Rebekah devolveu o celular de Elena já na parte para enviar mensagens. 
“Está tudo ok. Não estou em casa. Já...” – Elena digitava lentamente e estava preparada para apertar ‘‘Enviar’’ quando olhou para a janela. Kol estava dando a volta pelo sofá e Rebekah a encarava. Seu coração batia muito rápido; e assim Elena estragaria o plano. Então ela adiantou a parte de ficar nervosa. Tudo foi muito rápido; Elena foi muito rápida.

Capítulo 3 – Você Sorri, Eu Sorrio.

Elena jogou seu celular na direção da janela. Torcendo para que a janela estivesse aberta por trás da cortina. Seu celular passou pela janela pelo o que Elena achou serem minutos. Tudo foi impreciso e lento. Rebekah correu para pegar o celular, sabendo que o plano de Elena consistia em chamar a atenção de Damon que esperava do lado de fora. Elena agarrava suas mãos suadas nas pernas da pequena mesa de madeira, na hora em que viu Kol atrás dela. 
– Socorro! Damon! – Elena gritou acertando Kol com a mesa. Ela sabia que não causaria nenhum efeito, então Kol riu. Elena ficou com um pedaço das pernas da mesa na mão. Madeira. Ela fincou a madeira na mão de Kol, e assim ela ganharia tempo. Elena começou a bater na porta, tentando também girar a maçaneta. Rebekah correu até Elena que agora estava subindo as escadas. Rebekah pegou o pé de Elena quando Damon enfiou outro pedaço de madeira nas costas de Rebekah. Elena conseguiu soltar sua perna quando Damon a ajudou. Um grito. 
– Eles ainda estão ligados uns aos outros? – Elena pensou que Damon estava por perto, mas logo olhou para Rebekah que levantou e enforcou rapidamente Damon na parede. 
– Sim, Elena. Agora, vem aqui ou seu namorado partirá direto para o inferno – Rebekah sorriu. – assim como você. 
– Solte-o, Bekah! – Klaus passou por Elena como se ela não estivesse presente no local. 
– Nik, Elena está... 
Rebekah foi interrompida. 
- Eu disse, VAMOS! – E assim Klaus pegou a estaca de madeira da mão de Kol e fincou na parede a centímetros do rosto de Rebekah. 
– Irmão! – Kol olhou furioso para Klaus que já abria a porta. 
Rebekah olhou para Klaus sem expressão. Os três saíram. A porta fechou atrás de Damon e Elena descia as escadas abraçando-o. 
– Você está bem? – disse Elena, beijando-o. 
Damon ainda estava sério. Então abriu a porta e Elena o seguiu. Os três Originais estavam partindo em direção ao pôr do sol. Damon abraçava Elena, vendo os três irmãos indo embora. Depois de tantos problemas que causaram – e que foram muitos; pensou Elena – eles do nada decidiram... partir. Elena teve um mau pressentimento de que Klaus estava fugindo de alguém em Mystic Falls. 
– Klaus! Ele estava procurando algo na casa! Rebekah e Kol estavam tentando ganhar tempo, mas... eu meio que atrapalhei o plano deles – agora Elena e Damon subiam as escadas. – Aqui. Klaus foi até meu quarto. 
Elena entrou e viu um buraco na parede a cima de sua cama. O quadro estava jogado na cama, e Klaus não se preocupara mesmo em esconder o estrago. Elena guardava seu diário atrás do quadro, e foi quando percebeu que... 
– Meu diário! – Elena foi correndo verificar o quadro, e lá estava. Seu diário estava preso no arame do quadro, seguro. 
– Bem, Stefan guardava o dele na estante. Há muitos segredos sobre mim no seu... proibidos? – Damon sorriu no final, mas Elena estava preocupada. 
– Não, eu... nunca escondi meu diário ai – Elena viu a portinhola de madeira. Começou a procurar algo no buraco da parede, mas não achou nada. 
– Deixe-me ver – Damon procurou algo no fundo. Mas não alcançava, estava frustrado por não conseguir colocar a mão até o final sendo um vampiro. Então Elena arrancou a portinhola de madeira e deu a Damon. 
– Quebre e jogue lá no final – Elena olhou sorrindo. 
– Eu... ia fazer isso – Damon quebrou a portinhola ao meio e jogou um pedaço no fundo do buraco, o que acabou resultando em outra descoberta. – Oco. Parece que nosso amigo Klaus se esqueceu de outra coisa... 
Damon sorriu, fazendo Elena sorrir também.

[CASA DA CAROLINE]

– Para você! – Caroline sorria ao mostrar uma caixa a Tyler. 
Caroline estava em casa com Tyler. Os dois estavam na cama; Caroline estava sob Tyler tentando convencê-lo sem sucesso. 
– O que? Não, não, não. Não vou ir ao jantar com sua mãe hoje à noite, mor – Tyler sorria junto com Caroline. Porque por mais que a ideia de jantar com Xerife Forbes fosse impossível, Caroline sempre o fazia sorrir. 
– Olha talvez ela tenha superado a vontade de caça-lo e cortá-lo em picadinhos. E... se você levasse uma torta para o jantar de hoje, hum? – Caroline balançou a caixa. Na hora em que Tyler se levantou para beijar Caroline, a campainha tocará. 
- Sério? –bufou Caroline. – Já volto. 
Tyler se jogou na cama, com os braços atrás da cabeça. Caroline sorriu e fechou a porta, descendo as escadas rapidamente. Pegou um roupão cor de rosa e vestiu, amarrando-o até que quando abriu a porta viu que não havia ninguém. 
– Alguém?! – Caroline pisou no capacho e percebeu que acabará de pisar em uma carta. Ela sorriu, pensando ser uma carta de Bonnie contando da viagem á Itália. Caroline ficou feliz, mas ao começar a ler, as letras a assustaram... seu coração parou. Caroline apenas sussurrou: 
-“Niklaus.”

Capítulo 4 – Por entre as Árvores.

[Itália – dias atuais]

Ela estava andando pelas ruas da Itália, com um celular na mão e com sacolas na outra. 
– “Rua Corso Vittorio”. Acho que cheguei, estou totalmente perdida por aqui – Bonnie ria ao falar com Caroline pelo celular. – Um segundo, rapidinho – Bonnie ajeitou o fone do viva voz no ouvido e depois guardou o celular no bolço – pronto. 
– Não tem como fazer nenhum feitiço de localização por ai?
– Caroline – disse Bonnie parando no sinal, sorrindo. Bonnie procurava algo em uma das sacolas. O sinal acabava de ficar verde. – Olha, não deixe Klaus mexer com a sua cabeça. Essa carta que ele escreveu. É claro que foi por que... AHH! – Bonnie quase foi atropelada na hora em que viu alguém do outro lado da rua. 
– Que foi?! Bonnie! – Caroline gritava pelo celular.
– Não, ér... Elena está ai? – Bonnie ofegou, já na calçada olhando para o beco em que vira Elena. 
– Sim, mas por que a pergunta? 
– Eh, nada. Eu... pensei ter visto ela. 
– Ela está ocupada com Damon fazendo pesquisas pela cidade. Eles acharam algo no quarto que Klaus não levou. Alguma coisa sobre diários. 
– Ah, ok. Vou lá, Caroline. 
– Tchau, Bonnie... não se esqueça do feitiço. 
– Rá! Pode deixar – disse Bonnie, seguindo pela calçada. Foi na hora em que Bonnie passou do lado do beco em que o vulto apareceu. Bonnie tentou correr, já pegara o celular e pretendia ligar para alguém, mas a vampira agarrou-a pelo pescoço – levando-a para o beco. Bonnie viu que a vampira estava com um vestido enorme e capuz que cobria quase todo seu rosto. Mas Bonnie olhou para baixo, tentando afetar a vampira com a mente – mas não funcionou. Bonnie lembrou que ela não era afetada por verbena e por sua hipnose. 
– Katherine! – Bonnie gritou. 
A vampira que a segurava não respondeu; ficou encarando-a e olhou para baixo, vendo o livro que Bonnie segurava. Ela mexeu na sacola de Bonnie e jogou algo dentro, correndo assim que percebeu que outra pessoa chegará ao beco. Bonnie caiu no chão, e depois colocou a mão no pescoço; que doía muito pelo aperto da vampira. Bonnie olhou para cima e viu o vampiro correndo em sua direção. 
– Bonnie! – Elijah gritou. Ele pegou a mão de Bonnie, ajudando-a levantar. – Quem... 
Bonnie continuou ofegando, mas conseguiu dizer: 
– É ela, ela voltou... Katherine – dizia Bonnie ao mexer na sacola, procurando o que Katherine havia deixado.

[Mystic Grill]

– Damon! Eu não vou embora até falar com ele – disse Elena enquanto se soltava de Damon. 
– Tudo bem, mas eu estarei aqui ouvindo – Damon piscou para ela. 
Elena olhou para ele com raiva, e depois o ignorou. Foi até a mesa de sinuca, com um diário na mão. 
– Kol. 
– Elena – Kol sorriu. – Sentiu saudades? 
– Na verdade eu e Damon estamos querendo saber por que você não partiu com Klaus e... – Elena hesitou, levantou o diário e balançou-o – sobre isso. 
– Um diário? Não tinha nenhuma pena de escrever no meu caixão durante 900 anos, Elena. Desculpe – Kol riu e foi pegar uma bebida. Elena olhou para trás e levantou as sobrancelhas, significando para Damon que ela não conseguira extrair nenhuma informação. Damon sentou ao lado de Kol na bancada do bar. Elena sentou do outro lado. 
– Lá fora, Elena – disse Kol. 
– Fale logo aqui, Kol. Ou... – dizia Damon. 
– Ou o quê? – Kol logo apertou o pescoço de Damon, e ninguém no bar se importava. Talvez porque Kol já compelira metade do bar – pensou Damon. 
– Não...! – Elena entrou na frente de Kol. – Pare – disse Elena olhando severamente para Kol. – Vamos. 
Elena seguiu para fora do Mystic Grill, e já estava de noite. Fechando o casaco, Elena atravessou a rua já esperando Kol, que agora mexia nos bolsos do jeans. 
– Então... por que Klaus e Rebekah... – dizia Elena até suas palavras se perderem no ar e tudo começar a ficar branco. Embaçado. Elena olhou para seu braço e entendeu por que. Uma seringa fora aplicada em seu braço, fazendo-a olhar para Kol uma última vez antes de desmaiar. Ele sorria. Kol pegou uma Elena desmaiada no colo e correu vampirescamente, fugindo para a floresta de Mystic Falls. 
Damon escutou tudo da porta, já correndo do Mystic Grill para salvar Elena.

[Itália]

– O que faz aqui, Bonnie? – dizia Elijah, andando pelas ruas com Bonnie. 
– Nada, só passe... – Bonnie parou, tinha de contar. – Eu continuo sonhando desde que sua mãe morreu. Seja lá quem a matou no dia do ritual está me perseguindo, e... também estou procurando por um Grimório. 
– Esses sonhos são perigosos, Bonnie – disse Elijah. 
– Eu sei. Mas acho que Esther deve ter algo a ver com tudo isso. Quando comecei a ter os sonhos sobre quem poderia estar no quarto caixão ano passado... Esther estava tentando me enviar uma mensagem, e acredito que também está agora. Só uma coisa que não entendo. 
– Não confie nela, Bonnie. Os sonhos devem confundir você, ela só quer manter a balança natural da natureza e... 
– Os sonhos. Elena está morrendo nesses sonhos, seu braço está todo cortado... o sangue jorrando – Bonnie balançou a cabeça tentando esquecer dos sonhos. – Não acha que esses sonhos têm a ver com Esther querendo matar Elena, acha? 
– Você disse que Katherine está lhe perseguindo. Ela deve saber que você procura pelo Grimório e sobre tudo isso. Mas não confie em minha mãe. Eu confiei, e ela quis matar á todos nós. Se Katherine achar o Grimório antes de você... 
– Ela não pode. Por favor, não conte. 
– Não contarei. Eu posso ajudar você – disse Elijah, agora pegando algo na sacola de Bonnie. Um anel, grande e com um “P” gravado em um brasão. – Ela deixou um anel cair em sua sacola. 
– Não deve ser o que protege Katherine do sol. Ela usa um colar. 
Elijah se perdeu em seus pensamentos, lembrando-se de um anel familiar nos dedos de Tatia. Tatia sorria para ele enquanto caminhavam na aldeia, quando ele notou o anel. Ele segurou a mão dela, e Tatia puxou-a de volta – assustada com a ação de Elijah. 
– É ela – disse Elijah.

[Floresta]

– Vamos, Kol. Saia daí! – Damon gritou, escutando Elena ofegar atrás de uma árvore. 
Kol colocou a mão no queixo de Elena, e saiu de trás da árvore. Ele sorriu para Damon, Elena era sua vítima. 
– Quer ficar com ela para sempre? Eu ajudo! – Kol rasgou a carne de seu pulso e deu o sangue para Elena beber. – É só quebrar o pescoço dela e pronto! – Kol virou a mão rapidamente, e enganou Damon. Por segundos Damon pensou que Kol quebrara o pescoço de Elena. 
– Kol... passe ela – Damon teve um vislumbre de uma situação parecida, quando ele ameaçava Elena e Stefan tentava protegê-la a anos atrás. 
– Klaus só quer o sangue dela para fazer mais híbridos, então... – Kol tirou uma seringa do jeans já a injetando no braço de Elena. – Um minuto. 
Kol sorria. Damon correu para empurrar Kol, quando alguém conseguiu fazer antes dele. Caroline apareceu na floresta, pegou a seringa e quebrou-a ao meio. Kol levantou para matar Caroline, mas Elena empurrou-o em uma árvore com uma força inimaginável para um humano. Kol fugiu. Caroline olhou assustada para Elena, e Damon já estava ao lado de Elena, com o braço sangrando. 
– Você o empurrou – disse Caroline, pasma. 
– Ele ia te matar, não ia? – disse Elena, cobrindo o arranhão da seringa em seu braço. Elena olhou para Damon. Caroline seguiu com eles para longe da floresta.

[Casa dos Gilbert]

– Elena! O que aconteceu? – Jeremy correu para pegar gelo e um pedaço de pano na cozinha. Enrolado o gelo no pano colocando-o direto no braço de Elena, que agora sentava no sofá. 
– Kol aconteceu – disse Caroline. – Acredita que ele estava tentando fazer o que Klaus pediu... 
– Pera, pera – todos ficaram em silêncio quando Damon falou. – Passos. Tem alguém aqui. 
O sangue de Elena pingava no pano, e Jeremy passou o pano com gelo para Elena. Jeremy levantou, pegou uma faca na cozinha e voltou para a sala, já subindo a escada. 
– Ei, Van Helsing! Volta aqui – Damon passou na frente de Jeremy, subindo a escada. Caroline e Elena seguiram Damon, que já entrava no quarto. Caroline acendeu a luz e Damon abriu a porta do banheiro, olhando para o teto. Ninguém. Elena ainda estava do lado de fora do quarto quando foi empurrada por alguém que saiu de trás da porta do antigo quarto de Jenna, levando-a escada abaixo. Elena caiu com as costas na parede no primeiro nível da escada – porque sua escada dobrava. Elena ofegava, e viu que Jeremy também estava jogado no chão. A porta da casa estava aberta. Damon e Caroline logo apareceram na escada. Damon foi ajudar Elena e Caroline Jeremy, que não se machucara muito. Jeremy ofegava também quando levantou e disse: 
– Alguém levou o pano... com o sangue de Elena.

[Floresta]

Kol corria vampirescamente, parando em frente de uma pequena casa abandonada. A casa estava caindo aos pedaços, toda entalhada em madeira e era velha. Ele abriu a porta, subiu o lance de escadas todo até o último andar. Rebekah e Klaus conversavam na sala, a porta estava fechada. 
– Nik, se ela voltou nós temos de fugir! Você sabe o que isso significa – Rebekah estava olhando a janela. 
– Nós iremos, espere Kol retornar e... – Klaus parou. – Kol. 
Kol entrou na sala. Sabia que Klaus estaria desapontado ao ver que ele não estava com a seringa. 
– Caroline e Damon Salvatore... – dizia Kol. 
– Porque não trouxe a seringa?! 
– A garota doppelganger, Elena. Ela me empurrou com a força de uma vampira! – Kol agora sentava em uma cadeira ao lado da janela. 
Klaus parou. Ele foi até o quarto correndo voltando com um livro. Não, um diário. Ele começou a procurar por páginas e mais páginas sobre o assunto. Finalmente quando achou o que queria, ele pegou uma lanterna jogada na mesa. Rebekah o ignorou, ainda olhando para a janela. Kol olhou para Klaus com raiva. Klaus desceu o lance de escadas parando em frente a uma porta no primeiro andar. Klaus arrancou a maçaneta de madeira da porta, mesmo sabendo que estava trancada. A porta se despedaçou com o chute rápido de Klaus. Ele adentrou o local ligando a lanterna e apontando diretamente para o pé da cadeira. Klaus virou a lanterna iluminando as pernas de uma mulher. Ela estava com a cabeça caída sobre os ombros e a boca enfaixada. Os olhos cansados de tanto esperar. 
– Acorde Katerina – Klaus sussurrou em seus ouvidos, fazendo-a abrir os olhos lentamente. No canto de cada parede havia um trilho que seguia do chão ao teto, onde duas estacas estavam presas em cada trilho. Pois Klaus sabia que Katherine não era muito afetada pela verbena que agora estava palhada em volta da cadeira. – Trouxe um presente para você, amor – disse Klaus desatando a boca de Katherine. 
– Vá se foder! – disse Katherine, fazendo Klaus fincar a maçaneta quebrada no braço dela. Katherine gritou, e logo depois Klaus pôs uma estaca na perna dela. 
– Vamos esperar pelo resultado – dizia Klaus saindo do quarto – Kol, preciso que volte a Mystic Falls novamente!

[Itália]

– Não foi ela que me atacou hoje. Quero dizer, Katherine fez isso – Bonnie não acreditava que Elijah falava na criadora da linhagem Petrova, Tatia. 
– É ela. O seu anel, me lembro dela usando... Além do mais Katherine nunca andaria por aqui. – Elijah tentava explicar tudo a Bonnie. Os dois entravam em uma biblioteca escura e grande em um beco. Bonnie entrou olhando para as paredes, infestadas de teias de aranhas. Elijah falou com uma mulher em frente ao balcão em que Bonnie não percebera estar ali. Os dois começavam a falar em italiano – percebeu Bonnie – fazendo a mulher apontar para Elijah e ela a seguirem. Elijah e Bonnie pararam em frente a uma porta gradeada, e a mulher começava a falar com Elijah novamente. Elijah concordou com a cabeça e seu virou para Bonnie. 
– Ela não tem a chave – disse Elijah. 
– Bem, então voltamos amanhã ou... – dizia Bonnie. 
Elijah parou em frente ao gradeado já o abrindo com as mãos, puxando o ferro e soltando-o no chão. Com uma passagem ótima, Elijah, Bonnie e a mulher seguiram para dentro da outra parte da biblioteca. 
– Elijah, ela... – dizia Bonnie ao ser novamente interrompida. 
– Que sou um vampiro? Sim. – Elijah agora procurava o Grimório sobre as Petrovas em uma estante. – Ela também sabe que você é bruxa. Droga! 
– O que foi? 
– Só há Grimórios antigos... – Elijah foi até a mulher da biblioteca que estava parada na porta, sem nenhuma expressão e sussurrou para ela – Diga-me onde está o Grimório. 
Os olhos de Elijah e da mulher dilataram-se ao mesmo tempo, quando Bonnie protestou: 
– Elijah, porque está fazendo isso? Ela não sabe! – Bonnie fixou os olhos na mulher, tentado desfazer a hipnose de Elijah. Bonnie não sabia que conseguia fazer isso, mas algo nela estava mandando-a a fazer. 
– Não sei onde está – respondeu a mulher, ainda sem expressão. 
– Vamos Bonnie – Elijah andava para o lado de fora da biblioteca. Bonnie hesitou. 
– Vai indo, quero procurar um livro. 
– Claro – Elijah saiu da biblioteca. Bonnie foi até a mulher e perguntou: 
– Sabe onde está? O Grimório sobre... – Bonnie falava sozinha quando a mulher foi até uma estante, ignorando-a. A mulher empurrou um pouco a velha estante, liberando um quadrado marcado no chão. “Era uma portinhola” pensou Bonnie. A mulher retornou até ela, segurando suas mãos. Essa foi a única vez em que a mulher falara até Bonnie chegar ao local: 
– Asxestas morivetum soritun, abren sangus tillandio! – A mulher gritava, e consequentemente Bonnie começou também. Ela não sabia o que estava sussurrando, só sabia que a mulher a controlava para ajudar nesse feitiço. 
– Você também é uma bruxa. – e quando Bonnie disse isso, as duas pararam de canalizar os poderes. A mulher andou até o piso de madeira, e abriu-o. Um Grimório grande e empoeirado estava encaixado no cubículo do piso. A mulher pegou o livro, limpando a capa. 
Ela passou o livro a Bonnie, que agradeceu. Bonnie olhou para o Grimório, que continha um grande “P” em relevo, gravado em dourado na capa. Bonnie logo guardou o Grimório em uma das sacolas, não confiando em Elijah. “Porque ele não me contou sobre você ser bruxa?” pensou Bonnie. Agora as duas andavam até a porta da biblioteca quando a mulher parou e encarou o balcão. Bonnie acompanhou seu olhar e viu uma faca jogada no balcão, na qual segundos depois a mulher pegou. Bonnie olhou aterrorizada, tentando entender o que estava prestes a acontecer. Rapidamente Bonnie começou a pensar no feitiço de anti-hipnose de vampiros. A mulher tremia com a faca nas mãos, tentando lutar para não se matar, então ela disse para Bonnie: 
– Ligadas. Estão ligadas... 
Bonnie correu em sua direção tentando salvá-la, mas foi tarde. A mulher fincou a faca no estômago, e caiu no chão. 
– Ah meu Deus – disse Bonnie ao sair correndo da biblioteca. Bonnie olhou para os dois lados da rua, tentando não encontrar ele. O sinal em frente ao beco havia fechado na hora em que Bonnie sai da biblioteca. Ela atravessou a rua correndo, olhando para os dois lados. Virando o rosto lentamente para um carro preto, Bonnie o viu parado em sua frente. Elijah sorriu para ela. 
– Elijah, não... você está compelido! – Bonnie segurava as sacolas fortemente, preparando-se para o que aconteceria em seguida. 
Os olhos de Elijah ficaram vermelhos e ele a atacou, colocando-a no carro preto. Elijah começou a dirigir, e Bonnie desmaiou.

[Casa dos Gilbert]

– Elena, está bem? – Damon segurou Elena pelos braços, ajudando-a levantar. 
– Obrigada. Só estou... AHH, Damon! – dizia Elena ao seu braço começar a sangrar, fazendo Damon tirar as mãos da poça de sangue. Jeremy foi correndo até eles ao ouvir o grito. 
– O que... Elena?! Elena! – Jeremy gritava na hora em que a perna de Elena também começava a sangrar. Ela tropeçou no primeiro degrau, caindo no chão. Elena gritava, se contorcendo no chão. Os olhos de Caroline ficaram vermelhos de tanto sangue que havia no chão. Ela se distanciou de Elena e ligou para a ambulância. Damon olhou ao redor da sala, jurando ter visto alguém parado na janela. Alguém parecido como... Kol.

[Mystic Falls]

Horas depois, Bonnie abriu os olhos gritando. Acordou colocando as mãos no pescoço, tentando estancar o sangue que escorria. Bonnie olhou para a janela e percebeu que estava de noite. “Espera... janela?” pensou Bonnie. Ela estava em um quarto. A luz que vinha da janela iluminava uma cômoda ao lado de sua cama, e a porta. Ela foi andando até a janela para ver onde estava. Árvore. Bonnie virou o rosto. Mais árvores. Ela correu até a porta, tentando abri-la inutilmente – pois estava trancada. Bonnie pegou uma gaveta de uma das cômodas e largou-a na vidraça, e milhares de cacos de vidro voaram pela janela. Bonnie olhou para baixo, encontrando um telhado. Ela estava muito longe do telhado, e se ela pulasse possivelmente não teria a ideia que teria a seguir. Revirou as gavetas à procura de um papel, para fazer o feitiço de comunicação. Nada. Então, ao puxar a terceira gaveta da cômoda Bonnie se sentiu fraca. Suas mãos largaram a gaveta e ela caiu no chão, seu nariz começando a sangrar. Ela olhou para a mão e viu o anel com o ‘’P’’ gravado começar a queimar seu dedo. Ela arrancou o anel da mão, jogando-o na porta. O anel derrubou a porta, e Bonnie arregalou os olhos. Puxando a capa que cobria um dos travesseiros na cama, Bonnie tentou estancar o sangue que não parava de escorrer. Bonnie começou a mancar pelos corredores da casa escura. Olhando para os lados, percebeu que uma luz iluminava o final do corredor. Chegando ao final do corredor, desceu as escadas que ali havia aos tropeços. Tudo parecia estar á observando. Bonnie correu até a porta da casa tentando abri-la. Todas as janelas eram fechadas com tábuas de madeira. E, inutilmente, Bonnie jogou um abajur na porta. Um barulho de mensagem de celular. Bonnie colocou as mãos no bolso, percebendo que seu celular não estava ali. E o som repetia seguidamente. Bonnie foi até o sofá da sala, vendo o celular que emitia os sons da mensagem. Duas mensagens... para Elijah. Bonnie pegou o celular e clicou na mensagem. 
Bonnie leu a primeira mensagem enviada á 13 minutos atrás: 
“Encontre-me no Mystic Grill daqui à uma hora... Mate a bruxa. Já tenho o sangue da doppelganger.” 
“Sangue, Doppelganger”
 essas palavras se destacavam na mente de Bonnie. 
Depois, Bonnie leu a última mensagem... Agora estava relendo. Essa fora enviada há um minuto: 
“É verdade Elijah... as Petrovas estão ligadas”.
– Elena! – gritou Bonnie. Atrás dela, a porta se abria lentamente.

Capítulo 5 – Caçados

Bonnie subiu as escadas aos tropeços, tonta demais depois da última mensagem lida. “As Petrovas estão ligadas”... Bonnie pegou um pedaço afiado da porta que explodira pelo anel Petrova, e se escondeu no quarto. Passos. “Se for Elijah, só terei tempo de machucá-lo para fugir. Se for Tatia, torça para que eu a acerte no coração” Bonnie pensava consigo mesma. Ela segurava o pedaço de madeira da porta na mão que começava a suar. Alguém entrou no quarto. Bonnie respirava alto, estava chorando. Seja lá quem fosse, estava se aproximando do armário. Elijah ou Tatia começou a girar a chave no armário em que Bonnie estava escondida. Bonnie mirou o pedaço de madeira na cabeça do vampiro que abriu a porta. Mas ele foi mais rápido, segurando o braço dela. Bonnie gritava, e começou a queimar os neurônios do vampiro. Ela não estava mais fraca. O vampiro começou a gritar de dor e á luz do luar Bonnie viu seu rosto, parando o feitiço na hora. 
– Stefan?! – gritou Bonnie, largando o celular de Elijah no chão.

[Hospital]

– Como... como ela está? – Matt Donovan levantou do banco de espera assim que Caroline saiu do quarto. 
– Elena está dormindo. Eles disseram que ela vai ficar bem, e que não sabem como ela sangrou daquele jeito sem ninguém esfaqueá-la. 
– Eu vou lá – dizia Matt ao seguir para a porta do quarto de Elena. 
– Ela vai ficar bem – dizia Caroline, tentando impedi-lo de entrar colocando uma mão na porta. 
– Car. – Matt empurrou a porta encarando Caroline. Quando Matt entrou, Damon estava sentado em uma cadeira – as mãos segurando as de Elena. Matt abriu a boca para falar, mas se virou, saindo da sala. 
– Matt... – Caroline balançava a cabeça tentando falar algo. 
– Estou bem, Car. Elena está com visitas... ele. – Matt não conseguia entender como Elena ainda estava junto da pessoa que tentara matá-lo no dia do ritual. Ele fechou os olhos, saindo do hospital.

[Flashback – 1 ano atrás ‘’O Dia do Ritual’’]

– Esther, você vem até aqui ou vou matar a sua única arma contra nós! – Damon gritava do alto da escada na Mansão Mikaelson. 
Damon enforcava Matt. Esther olhou assustada começando a andar olhando para Damon. 
– Damon...! – gritou Elena enquanto 
– É verdade? Você usou Matt porque somente humanos podem matar um Original com aquela estaca? – Bonnie se dirigia a Esther, que estava ao seu lado. 
– Bonnie, a linhagem tem que morrer. Por mil anos tem sido meu sonho acabar com a maldição que plantei na Terra. 
– Você nos enganou. Enganou minha mãe e eu para acabarmos com eles? Eu não vou fazer isso – Bonnie andava agora até Elena do outro lado da sala, mas Esther a impediu. A cabeça de Bonnie começou a latejar, e ela caiu no chão. 
– Certeza que vai – disse Esther, e nessa hora a porta da Mansão Mikaelson abria, com Elijah e Abby, acompanhada dele. 
– Razuvris rasendra alimnis! – Abby começava um feitiço no qual Esther começou a tossir... sangue. Elijah correu até a sua mãe, que corria desesperadamente para o topo da escadaria. Ele parou ao pé da escada olhando para sua mãe no topo. 
– Você vai voltar para o caixão em que deveria... – Klaus falava ao entrar pela porta principal da mansão quando Esther foi apunhalada por uma estaca nas costas que perfurou seu coração. Rapidamente ela rolou morta pela escada, parando aos pés de Elijah. Todos olharam para o alto da escadaria, e depois para os lados. Uma cortina no extremo do Hall balançava pelo vento, o assassino de Esther acabava de fugir. Damon soltava Matt, que agora colocava a mão no pescoço que doía. Elena olhava de Matt para Damon, e começava a falar: 
– Você iria matá-lo?! – gritava Elena. 
– Eu estava blefando, Elena – Damon tentava explicar, enquanto todos no Hall da mansão olhavam para eles. Stefan baixava a cabeça. 
– Como blefou quando matou meu irmão?! – Elena agora ia embora da mansão, enquanto Rebekah chorava ao lado de sua mãe. 
– Mãe... ficará tudo bem. Ficará tudo bem – enquanto Rebekah chorava, ela olhava para Matt, e foi correndo ajuda-lo. 
– Você está bem? – Rebekah pousava sua mão nos ombros de Matt. 
– Só... vampiros. – disse Matt, se levantando e saindo da mansão. Rebekah chorava, Elijah e Klaus olhavam a cena toda, assim como Bonnie. Abby já não estava mais ali, havia partido. E Damon subia a escadaria para procurar pistas sobre o assassino. Nada... até ele ver o projétil lançador da estaca.

[Mystic Falls – dias atuais]

Stefan se levantou, jogando o pedaço de madeira pela janela. 
– Bonnie, Elijah estava voltando para cá. Pensei em ajudar... – Stefan olhava para Bonnie, que ainda estava perplexa. 
– Realmente não sou eu que estou precisando de ajuda agora. Stefan, é que... – dizia Bonnie, andando em direção aos estilhaços da porta de madeira. Bonnie pegou o anel Petrova de volta. 
– Stefan, ela precisa de ajuda. Está em perigo – disse Bonnie, agora parando em frente de Stefan. 
– Bonnie, Bonnie! Quem precisa de ajuda? – Stefan segurou Bonnie nos braços, não esperando por aquele nome que Bonnie iria dizer. 
– Elena.

[Mystic Falls – Floresta]

Elijah saiu de trás das árvores já esperando pelo caçador. O caçador-vampiro que o hipnotizara a atacar Bonnie e conseguir o livro sobre as Petrovas. 
– Recebeu nossa mensagem, vampiro? – um homem saiu de trás de uma árvore, apontando um enorme machado para Elijah. 
– Não. Eu... – dizia Elijah. 
– É claro que não recebeu nossa mensagem! Era para nos encontrar no Mystic Grill daqui à uma hora! – gritou o homem, balançando o machado furiosamente. – Pelo menos você matou a bruxa que mandamos matar? 
– Sim, ela está bem morta agora. Eu a compeli – Elijah se aproximava do homem com o machado. 
– Para trás, vampiro! Ou irá se juntar a bruxa no inferno! – disse o homem, gargalhando com um sorriso doentio para Elijah. – Agora, onde está o livro? O livro, vampiro! O livro! – De repente o machado na mão dele começou a tremer. Elijah levantou os olhos para ver o machado que acabava de flutuar sobre a cabeça do homem. Com um baque, o machado caiu sobre o homem – matando-o imediatamente.
– Karkas não me será mais necessário – disse o caçador, abaixando a mão e sorrindo. 
Elijah andou até Karkas. Sem fazer força, Elijah puxou o machado fincado na cabeça de Karkas e ergueu-o no ar. 
– Você sabia que ele nunca poderia me matar com isso, não é? 
– Mas é claro que eu sabia. Você é um deles, um Original. Estaca de carvalho branco de uma única árvore. Estou certo? – disse o caçador, sorrindo. 
– Talvez. Estou aqui pela minha liberdade, Daghor. 
– Então isso não irá demorar – disse o caçador, se aproximando de Elijah. Ele encarou Elijah, e seus olhos dilataram-se. – Você esquecerá que o mandei me ajudar na noite do ritual. Que o mandei compelir Abby para ela enfraquecer Esther e eu matá-la. E que compeliu a bruxa que você trouxe de volta da Itália para trazer Tatia de volta a vida. Não precisará mais fazer o que eu mandar, Elijah. Você está livre para ir. 
O caçador correu como um vulto, assim revelando ser um vampiro. Elijah piscou os olhos, largando o machado no chão. Olhando para baixo ele viu um homem morto com o crânio rachado. As gotas de sangue lambiam a lâmina do machado, molhando o chão ao lado do homem morto. Elijah percebeu que havia uma palavra gravada em sangue seco do outro lado da lâmina. Ao se aproximar da lâmina, ficou confuso ao pensar quem poderia ter escrito tal ameaça. 
Que o jogo comece”.

[Hospital]

– Ah... – murmurou Elena, virando o rosto no travesseiro. 
Damon estava sentado em uma cadeira ao lado da cama e acordou ao ouvir a voz de Elena. Passava a mão nos cabelos de Elena, quando sua boca abriu novamente: 
– Stefan... – sussurrou Elena, virando o rosto. 
Damon observou Elena, com os lábios em linha reta e os olhos sem emoção ao ouvir o nome do irmão sair da boca dela. Elena sussurrou “Stefan” mais uma vez antes de parar de se mexer e voltar a dormir profundamente. Parecia que tinha acontecido um milhão de anos atrás, mas as palavras de Elena ainda passavam pela mente de Damon com a mesma dor: “Eu realmente me preocupo com você... mas eu amo Stefan. Sempre será o Stefan!”. A maçaneta girou fazendo Damon voltar à realidade quando ele, Stefan, entrou no quarto. Acompanhado de Bonnie, os dois pararam perto da cama de Elena com um ar de preocupados quando olharam para Damon. 
– Ela está bem, Damon? – disse Stefan, olhando por um momento para o visor dos batimentos do coração de Elena. 
– Sim, Stefan. Irmão, você esteve sumido por 6 meses, acredito que já não há mais nenhum coelho por nenhuma floresta... por onde andou? 
– Resolvendo problemas. Salvando Bonnie. 
– Hum, eu também. Livrando-me dos Originais. Salvando Elena. 
– O que aconteceu com ela? – disse Stefan, cansado do ar irônico de Damon ao falar. 
– Ela começou a sangrar do nada, e logo pensei em Katherine. Mas ela não se ligou à Elena por bruxaria desde aquele Baile de Máscaras na mansão Lockwood, então, não faço ideia – Damon levantou-se da cadeira, abrindo a porta pensando ter escutado passos pelo corredor. Fechou a porta e voltou a olhar para Stefan e Bonnie. 
– Eu sei por que – disse Bonnie, quebrando o silêncio no quarto. 
– Desembucha, e , por favor, não fale “bruxês”. 
– Elena está mesma ligada a Katherine. 
– Droga! – disse Stefan. – Precisamos descobrir onde ela está e o que... 
– Mas Elena não está ligada só a Katherine. Está ligada a todas as doppelgangers Petrovas. Tatia, a criadora da linhagem; Katherine, e Elena. Alguém mandou a mensagem dizendo que elas estavam ligadas a Elijah, e ele me raptou com algum propósito ligado a isso. Eu não fui até a Itália para passear... 
– Não? – a voz de Elena assustou a todos no quarto. Damon, Stefan e Bonnie se viraram para ela, que estava com os olhos abertos parecia há muito tempo. Bonnie ficou pensando o quanto da conversa a amiga tinha escutado.

[Mystic Falls – Casebre velho]

– Rebekah, atenda a porta! – gritou Klaus do quarto, enquanto arrumava as malas. Livros e cadernos revestidos de couro eram jogados de qualquer jeito na mala. Klaus percebeu que Rebekah demorava a responder e então abriu a porta do quarto. Elijah e Rebekah estavam na sala, em pé, olhando Klaus. 
– Recebeu a mensagem sobre a ligação das Petrovas, Elijah? – disse Klaus, saindo do quarto e fechando a porta ás suas costas. 
– Não, não me lembro de nada nas últimas duas horas. Estava na floresta quando vi um homem morto aos meus pés com um machado na cabeça e... 
– Fascinante. Pelo menos alguém está se divertindo, não é mesmo? 
– Elijah e eu estamos partindo, Nik – a voz de Rebekah entrecortou o ar, parando a conversa de Klaus e Elijah. 
– Eu pegarei Elena no hospital e estaremos no nosso caminho para fugir, Rebekah. 
– Esqueça Elena, você não precisa mais de estúpidos híbridos! – gritou Rebekah, furiosa. 
– Do que preciso é manter Katherine e Elena junto de nós para ela não nos ameaçar, irmã. 
– Quem irá nos ameaçar Niklaus? – disse Elijah, parando no meio de Klaus e Rebekah. 
– Alguém já encontrou o caixão de Tatia, Elijah. 
– O que? Mas quem... – continuou Elijah. 
– Os Petrovas, só podem ser eles. Eles devem querer vingança pelo que Esther fez a ela. Precisamos de proteção. Com Katherine e Elena ao nosso lado estaremos em vantagem contra ela, irmão. 
– Não. Protegeremos um ao outro, como sempre fizemos! – disse Rebekah, se aproximando de Klaus. – Sempre e para sempre, Nik. 
– Eu não partirei sem ela. 
– Eu partirei agora. Passe por aquela porta no seu próprio caminho. Ótimo, acredite nos seus híbridos em vez de sua família. Deixe seu egoísmo ser a causa de sua morte, veja se me importo – disse Rebekah, saindo da sala de estar, já descendo as escadas. – Vamos, Elijah.
Um baque e a porta se fechou. Klaus fechou os olhos, impaciente. Desceu as escadas, e pousou uma mão na maçaneta. Não na porta para partir junto de seus irmãos, mas na porta do quarto em que ela estava aprisionada. 
– Bom dia, prisioneira – Klaus botou as mãos no queixo de Katherine, que sussurrava o nome de alguém. – Vamos, um sorriso! Em breve estaremos partindo, amor. 
Katherine fechou os olhos, desejando morrer naquele momento. A ironia na voz de Klaus a irritava, e olhar no rosto do homem que matara sua família inteira a dava nojo. “Em breve eu estarei partindo” pensou Katherine, com um sorriso malicioso no rosto.

[Mystic Grill]

– Você demorou – disse uma mulher de cabelos lisos e olhos verdes tomando um gole de uísque. Sua pele era lisa como porcelana, fria como a neve. O rosto de Arya Petrova era no mesmo formato do que o de Elena, fazendo-as se assemelharem ainda mais. Aliás, eram descendentes. Os cabelos de Arya e Elena eram da mesma cor, e a única diferença relevante era que os lábios de Arya Petrova desejavam sangue a toda hora. 
– Estava ocupado. Compelindo o Original – Daghor sorriu ao sentar ao lado de Arya, e logo foi pedindo uma bebida a um barman. – Mais dois uísques. 
– Quantos anos o senhor tem? – disse o barman, olhando de Daghor para Arya. – Não pode beber isso! 
O barman tirou o copo da mão de Arya, aborrecendo a garota. Os dois vampiros tinham 16 anos na cara e eternamente, mas 1200 na idade. Daghor puxou o barman pela gola e seus olhos se dilataram, já prontos para compelir o garoto. 
– Você também não tem idade, mas aposto que bebe quando acaba o expediente. Quero que pegue a garrafa inteira de uísque, por conta da casa. – Daghor sorriu para o garoto, fazendo-o acenar com a cabeça e voltar a trabalhar. 
– Não sei por que os chama de “Originais”. Sabe que eles sempre mentiram para todos – disse Arya, continuando a conversa como se nunca tivesse sido interrompida. 
– Então, a bruxa vai fazer o feitiço? – disse Daghor, mudando de assunto ao mesmo tempo em que derramava o uísque no copo. 
– Está tudo sobre controle, irmãozinho. Compeli a garota na Itália assim como você compeliu Elijah para ir até lá. Tinha que ver, ela estava tremendo de medo ao ver que eu era parecida com a amiguinha dela, Elena. 
– Bruxas sempre foram tolas, irmã. O que a mandou fazer, exatamente? – Daghor bebeu outro gole, pousando o copo no balcão com um baque. 
– A trazer nossa irmã de volta, é claro. Entreguei á Bonnie um vidro com duas gotas de sangue que consegui pegar na casa da doppelganger. E ela estava sangrando na hora, o que facilitou o trabalho. Confesso que fiquei aborrecida de não precisar machuca-la um pouco – dizendo isso, Arya lembrou que empurrou Elena da escada, e um sorriso apareceu em seu rosto. 
– Não seja estúpida, irmã. Se a garota morrer nossa linhagem acaba. Você não quer que isso aconteça, quer? 
– Não. Mas a garota precisa sofrer. Sei que Esther usava-a para fazer feitiços e Elena a ajudava doando sangue. 
– Irmã... Esther está muito morta, para que mais vingança? Nós mesmos planejamos a morte dela hipnotizando a mãe da bruxa, como é o nome dela mesmo hein? 
– Bonnie. A mãe de Bonnie – disse Arya. 
– Isso. Deuses, você sabe o nome de todos eles. Está na cidade há muito tempo? – disse Daghor, impressionado e ao mesmo tempo entediado com a música que tocava no Grill. 
– Sim, aprendendo sobre tudo e todos. Essa cidade é um verdadeiro show contra as leis em nossa cidade, Dag. Humanos sabem sobre lobisomens e vampiros, como essa Elena. Há um Conselho aqui que sabe que os vampiros existem, e até há uma vampira junto de um lobisomem. 
– Nojento. Essa cidade realmente passou fora dos limites, mas não botaremos nada no seu devido lugar. Depois que a bruxa trazer nossa irmã de volta a vida, partiremos. 
– Com a garota. Ela sabe demais sobre vampiros, e vive com todos eles em sua volta. E o pior de tudo, ela divide o coração de dois vampiros, Damon e Stefan. Como nossa irmã Tatia fazia com Elijah e Klaus. 
– Tamanha desonra nossa irmã provocou a nós – disse Daghor, pensativo. – Tudo bem. Levaremos a garota conosco para a Itália, assim que nossa irmã voltar. 
– Ótimo. Você matou a bruxa? – disse Arya, sorrindo. 
– Elena?! 
Arya congelou. Virando, a sua direita, outro barman loiro estava parado a sua frente. Ela tentou lembrar quem era ele. “Marr Donovan, talvez?” pensou Arya. 
– Pessoa errada – disse Arya, dando um sorriso falso. – Vamos. – Arya puxou Daghor pela manga e o vampiro levantou-se largando o copo no balcão. Ele parou na frente de Matt, e começou a compeli-lo. 
– Esqueça-nos – Daghor e Arya estavam na porta quando o garoto disse: 
– Katherine? – disse Matt, insistindo nas perguntas para a mulher que era idêntica a Elena e a Katherine, mas com um olhar distante, e faminto, pensou Matt. Ele sempre estava com verbena no bolso da calça, e no bolso da camisa. Não era dessa vez que os vampiros o enganariam. 
Arya e Daghor saíram correndo vampirescamente do Mystic Grill, deixando o garoto de lado. Não podiam perder tempo, tinham de estar no hospital junto de Bonnie paro o ritual em que Tatia Petrova iria retornar a vida para sair do caixão em que estava dissecada há 1150 anos.

[Hospital]

– Bonnie – uma voz ecoou no corredor do hospital. Bonnie virou o rosto para olhar a lâmpada quebrada que não parava de piscar no fim do corredor. Cansada de esperar Stefan e Damon conversarem sobre o que fazer com Elena, Bonnie preferiu fechar os olhos. Stefan votava em esperar até amanhã para levarem Elena do hospital, e Damon votava em dar seu sangue á ela, sabendo que ela estaria segura. Quando Bonnie abriu os olhos novamente, ela votaria que todos morressem. As pupilas de seus olhos estavam brancas, e sua mente se focava a chegar ao fim do corredor. Ela caminhou lentamente, parando em frente a porta de um quarto escuro. Girou a maçaneta e percebeu que o quarto estava trancado. Não ligou para isso e girou a mão, fazenda a maçaneta ser esmagada e derretida instantaneamente. Entrou no quarto, esperando por algo, ou por alguém. Mas quem? Uma mulher e um homem saíram de trás de uma cortina, com cara de que estavam ali esperando há muito tempo. Candelabros velhos nas extremidades do quarto se ascenderam a luz de velas, deixando o quarto com um ar assombroso. Arya deu um passo a frente e Bonnie questionou, fora de si: 
– Quem. É. Você? 
– Arya Petrova, senhora. Meu irmão e eu estamos aqui para recuperar o que nos foi perdido a muito tempo... nossa irmã. Tatia morreu na mão de uma bruxa, e sei que você nos ajudará. 
– E como sabe disso? – disse Bonnie, com a voz de outra mulher. 
– Por que a bruxa que matou nossa irmã traiu você, matando-a. Esther matou minha irmã, nos queremos vingança, senhora – Arya serrou os dentes, louca para que Tatia despertasse. 
– A vingança nem sempre é a solução. Quero dizer, nem sempre para as bruxas. Mas para criaturas como vocês, vampiros, não. É sempre a solução – Bonnie se aproximou de Arya, sorrindo. 
Arya Petrova virou-se, indo até o banheiro e trazendo uma tigela de barro com um pano, que estava jogado sobre cima. Arya entregou uma vela a Bonnie e a bruxa começou a murmurar, fazendo com que chão tremesse aos seus pés. Daghor e Arya ficaram parados, observando o ritual. A bruxa abriu o anel Petrova numa linha que circundava um diamante azul, revelando um líquido vermelho. Duas gotas foram pingadas na tigela com o pano do sangue já seco de Elena. 
– Sua mão, vampira – disse a bruxa. 
Arya aproximou-se de Bonnie, e esticou o braço. Uma espetada com a unha de Bonnie na mão de Arya e 3 gotas caíram na tigela. 
– Ótimo – disse a bruxa, sorrindo ao ver o resultado. O pano começou a queimar, e as gotas de sangue a se misturarem. – Quantas são as doppelgangers, Arya? 
– Eu e... Elena. De minha irmã, Tatia. 
– Como conseguiu o sangue de sua irmã morta há mil anos? Estou impressionada. 
– Conservei desde o dia de sua morte na vila, senhora. Tatia foi assassinada a sangue frio, e Esther irá pagar. 
– Mas é claro que vai – a bruxa sorriu novamente. 
Um estrondoso tremor invadiu o quarto, e a tigela começou a flutuar sobre a cabeça de Arya, Daghor e o da bruxa. O sangue das três Petrovas rodou em gotículas pelo ar, sem tocar em nenhum dos três presentes no quarto. Depois, outro tremor, e todo o sangue voltou para a tigela, que acabou caindo sobre a maca. Bonnie se aproximou, pegando uma tigela seca. 
– É isso? 
– É isso – disse a bruxa. A coluna de Bonnie começou a torcer para trás, e Arya arregalou os olhos. Quando a bruxa que possuía o corpo de Bonnie começou a tossir, Daghor e Arya se aproximaram, enquanto ela falava: – Algo... deu... errado! 
Um barulho de porta fechando no corredor e Arya se apreçou. 
– Os Salvatores. Vamos, Daghor – disse Arya, puxando Daghor pela manga da camiseta. 
Quando Daghor estava passando pela porta, a bruxa o interrompeu, parando os gritos. 
– Você sabe quem eu sou, menino? 
– Ayanna. A outra bruxa Original – disse Daghor, recuando. 
– Hum, estou feliz que você se lembra. Agora vou livrar-me deste corpo. Vá, fuja! 
– Sim, senhora – Daghor fez uma reverência a Ayanna, que acabará de recomeçar os gritos. 
Ayanna virou-se para Arya, que estava assustada ao entrar no quarto novamente. 
– Vamos, seu imbecil – disse Arya a Daghor, não olhando para a bruxa, que falou para ela: 
– Agora você sabe o que fazer... Arya. 
Momentos depois dos irmãos Petrovas fecharem a porta do quarto, Ayanna estava pronto para sair do corpo de Bonnie. Fazendo-a desmaiar no chão com convulsões.

[Mystic Falls – Casa velha]

– Quem é esse “caçador”, Elijah? – disse Klaus ao ler uma mensagem no celular de Elijah, que vasculhava a casa onde deixara Bonnie. 
– Daghor. Ele pensa que me compeliu a esquecer, mas não esqueci irmão. Daghor é um deles, um Petrova. Foi ele quem compeliu Abby – a mãe de Bonnie – a matar Esther. 
– Bem, pelo menos alguém nos ajudou com essa difícil missão. 
– Você não está entendendo, Niklaus. Daghor me compeliu a raptar Bonnie para achar um Grimório sobre a Linhagem Petrova. E há uma doppelganger com eles. Ela atacou Bonnie na Itália. Niklaus, eles são caçadores, e você bem sabe o motivo deles regressarem a Mystic Falls – 
Elijah andava de um lado para o outro, finalmente revelando não ter sido compelido por Daghor na floresta. 
– Tatia. A irmã deles – Klaus olhou para Elijah com um sorriso sarcástico, ambos se lembrando dos irmãos forasteiros e humanos de Tatia. Daghor e... Arya. 
– Eles irão achar Tatia e depois caçar... não caçar vampiros, mas nos caçar. Eles querem vingança com nossa família Original por termos sido o motivo da morte de Tatia. Eles são poderosos, irmão – Elijah escutou a porta bater e foi até ela, abri-la. 
Rebekah e Kol estavam parados na porta, sem a intenção de entrar na velha casa. 
– Achei Kol, Elijah. É hora de partirmos – disse Rebekah, ignorando Klaus. 
– É hora – disse Elijah, passando pela porta, quase encostando a porta e fechando-a, mas disse ao irmão: 
– Você não estará seguro nessa cidade, Niklaus.

[Hospital]

Stefan sentia cheiro de sangue. Muito sangue. Quando parou até a porta de um dos quartos no hospital e percebeu que estava aberta, entrou. O sangue vinha da maca, e tentando seguir o rastro do cheiro no quarto escuro, acabou tropeçando em algo. Quando Stefan ascendeu à lâmpada, viu que o corpo de Bonnie jazia imóvel no chão. Sangue escorria do nariz de Bonnie, e candelabros estavam caídos nas extremidades do quarto. Stefan olhou o quarto, achando tudo a sua volta muito estranho. Mordeu seu pulso e um corte fino de sangue começou a escorrer direto para a boca de Bonnie, torcendo para que ela bebesse. Tinha que ajudar Bonnie, no mínimo. Ela sempre os culpará por botar ela no meio de confusões vampirescas, e agora isso era o mínimo que ele podia fazer para com ela. Foi quando ela entrou no quarto que Stefan parou de alimentar Bonnie com seu sangue. 
– Stefan? – disse Elena, não acreditando que ele estava ali. Que ele regressara após partir por seis meses. Estava sonolenta, mas ao ver corpo da amiga jazida no chão com sangue ao lado dele a fez acordar. – Bonnie?!

Continua...

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Notas finais do capítulo

A fanfic "Undead" continua com mais capítulos na fanfic "A Undead Story: Parte 2".



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