Renegados escrita por Isa


Capítulo 11
Capítulo 11 -Equipe


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pra vocês!! E mil desculpas pela demora :(
Espero que gostem, boa leitura!! ^^



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           Às três horas nos encontramos com o Capitão conforme o combinado. Ele disse que havia reunido uma equipe de cinco mutantes para ir até a Base Principal dos humanos – onde eles sabiam que estavam os seqüestrados – comigo e Lance. Eu não acreditava que finalmente ia atrás do meu amigo.

 

            Poucos minutos depois de mim e Lance o Capitão chegou com outras cinco pessoas atrás dele – uma delas nossa conhecida Lucy -, devia ser a tal equipe.

 

            - Então – falou ele, parando à nossa frente. – esses são Clay, Dick, Ray, James e claro que já conhecem a Lucy. Eles vão com vocês até a Base Humana.

 

            - Hum, prazer em conhecê-los. – falei, já que o antipático do Lance não falou nada. Os mutantes assentiram com um sorriso.

 

            - Venham comigo, os sete. – Mark Spencer nos conduziu até a grande tela no meio da Sala Branca e, clicando num botão no painel de controle, abriu uma janela com uma grande propriedade construída aparentemente totalmente em aço. Devia ser a tal Base.

 

            Ela era enorme, parecia intransponível. Olhei para os grandes portões de ferro e notei que ainda haviam guardas ali.

 

            - Não se preocupe. – falou Lucy, percebendo o meu olhar. – Um dos guardas humanos está do nosso lado. É turno dele daqui a meia hora, por isso que vamos hoje.

 

            - Hum, que bom mas mesmo assim nós não... bem, eu acho que nós não sabemos onde fica o lugar onde estão presos os mutantes.

 

            - Nós temos um mapa, Jennifer. – explicou um dos homens, um ruivo, acho que era o tal Dick. – E um mapa bem completo, está guardado nesse computador. – e ele tirou da mochila que carregava um computador de mão.

 

            - Estou me sentindo bem desinformado. – falou Lance. Não é o único, pensei.

 

            - Bem, o que interessa é que vocês saibam que não irão pelo portão da frente, o “nosso” guarda vai nos ajudar a entrar pelos fundos.

 

            - Mas Capitão, - falou o loiro, Ray. – para chegarmos aos fundos temos que dar uma grande volta.

 

            - Vocês vão usar o hangar, porque não é bom ter um grupo nosso assim tão grande andando pelas montanhas com essas Sentinelas a solta. Agora, por aqui.

 

            O Capitão nos levou à uma porta mais escondida no canto da sala e a abriu para, em seguida, entrar. Nós o seguimos.

 

            A porta dava para uma espécie de sala de maquinas. Havia um hangar, um helicóptero, e até carros e motos. Por pouco não abro a boca de surpresa, Lance pareceu ter a mesma reação que eu.

 

            - Prefere o hangar, Clay? – perguntou o Capitão ao negro alto e forte ao lado de Lucy.

 

            - Tenho mais prática em camuflá-lo.

 

            - Muito bem, então acho que vocês cinco podem conduzir esses dois até lá, certo? – perguntou Mark, e Lucy assentiu. – Ok, então... Boa sorte Jennifer, boa sorte Lance. – ele apertou a mão de cada um ao dizer isso.

 

            - Obrigada Capitão. – falei, e estranhei o silêncio de Lance, que só assentiu com a cabeça. Em seguida Spencer deu as costas e saiu da Sala de Máquinas.

 

            - Por aqui. – Lucy falou para mim e Lance, e todos os seis começaram a andar até o hangar.

 

            Eu estava impressionada com o que eles tinham. Como tinham conseguido arranjar aquilo tudo? Ou o espião humano era muito bom, ou eles pegavam para si as máquinas dos humanos abatidos.

 

            Paramos em frente ao hangar e Lucy foi até perto dele e apertou um botão, que desceu a rampa de embarque. E nós entramos na máquina.

 

            Me senti num filme. Lá estavam duas filas de cadeiras, um par de cadeiras por espaço e no “nariz” do hangar havia o painel de controle e duas cadeiras, uma em cada ponta da frente, para piloto e co-piloto. Dick se sentou na cadeira do piloto e Lucy na seguinte. Eu, Lance e o restante fomos para as outras cadeiras de trás. Me sentei com ele, claro.

 

            - Todos sentados e com os cintos? – perguntou Dick. Como todos responderam sim, ele apertou um botão no painel de controle que abriu uma espécie de escotilha no teto da Sala de Máquinas.

 

            - E lá vamos nós... – ouvi Lance murmurar. Então o hangar se elevou até que ficou a céu aberto. Ah, o céu azul e belo... Que vontade de descer aquela rampa e seguir a nave voando. Se não fosse uma situação tão séria eu até o faria.

 

            Dick pilotava muito bem, íamos rápido mas sem turbulências. Estava sendo um bom vôo, pena que eu não estava na janela, e sim Lance. Eu podia olhar o céu mas não o chão agora distante. Foi aí que me toquei do silêncio de Lance.

 

            - Lance, você está bem? – perguntei. Ele só assentiu levemente, notei que estava ficando verde. – Não me diga que tem medo de altura?

 

            - Não de altura, só de voar avião ou qualquer outra máquina voadora.

 

            - Haha, não acredito. Mas então como é que você chegou até mim?

 

            - Era você, eu tinha uma motivação. Agora é o... Bryan. – ele respirou fundo antes de terminar. – Agora não me chame mais ou vou acabar vomitando.

 

            - Ok. – falei, rindo, e voltei minha atenção para o céu e para nossa situação.

 

            Alguns minutos depois o silêncio na nave foi quebrado por Dick. Ele falou para Clay:

 

            - Manda ver.

 

            - Já estamos na área?! Nossa, Dick, cada dia você fica mais rápido. – falou Ray, que parecia ter minha idade ou ser um ou dois anos mais velho apenas.

 

            - Tira o olho gordo, garoto. – falou Dick, rindo. – Já estamos invisíveis, Clay?

 

            - Se você continua vendo a nave e seus pés é porque não, Dick. – respondeu Clay.

 

            - Nossa, olha o stress, cara.

 

            - Deixe eu me concentrar agora. – falou Clay, pondo dois dedos em uma de suas têmporas. Poucos segundos depois tudo sumiu, como tudo entende-se o hangar, os tripulantes, meus pé, minhas mãos... Enfim, tudo que eu podia ver que estava dentro da nave – inclusive a própria. Percebi que pouco depois da nossa mudança, hangares e helicópteros humanos apareceram rodeando os céus.

 

            - Por que os humanos não têm nenhum radar para objetos invisíveis? – resolvi perguntar.

 

            - Porque eles nunca deram sorte de pegar um mutante com essa capacidade e também provavelmente não viram Quarteto Fantástico. – quem respondeu foi a voz de Lucy. Ela sabia ter um pouco de senso de humor, afinal.

 

            - Certo. E agora, pra onde vamos e onde deixaremos o hangar? – talvez eu estivesse perguntando demais, mas não resisti.

 

            - Você pergunta demais, sabia? – falou uma voz desconhecida, devia ser o moreno, o tal de James. – Mas faz as perguntas certas. – Acho que aquilo fora um elogio, afinal.

 

            - Nós vamos pousar numa caverna camuflada que estabelecemos perto justamente da entrada dos fundos, porque lá é mais difícil de haver muitos humanos. – explicou ele.  

 

            - Preparem-se, vamos pousar. – informou Dick, e começamos a descer.

 

            A entrada da caverna era bem camuflada, mas um olhar atento a vê e nota que é bem larga, então o hangar entrou e pousou com facilidade.

 

            Quando saímos da nave e fechamos a entrada com folhas, vi Lance indo numa moita, provavelmente vomitar. Não pude deixar de rir, mas depois disso pensei: a ação começa agora, Jen, chega de risinhos que a coisa vai ficar feia.


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Notas finais do capítulo

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