Titanic - A Garota Congelada escrita por Camila Arroio
Notas iniciais do capítulo
Sou tão apaixonada por Titanic que não resisti e fiz uma fanfic sobre ele *--* Se algo estiver errado, me perdoem. :)
Espero que gostem!
Boa leitura o/
14 de abril de 1912 – 23:50 – Após o naufrágio
-Eu estou com muito medo, minha irmã! – falava, entre soluços, Madeleine Overight.
-Não se preocupe, querida. Vai ficar tudo bem. Não se preocupe. – Melissa tentava manter sua irmãzinha calma, mas já estava sem forças para continuar na superfície.
Pessoas mortas e congeladas, algumas boiando por causa do colete salva-vidas, mas a maioria já afundara. Era essa cena que Melissa Overight via diante de seus olhos fartos, cansados. Ninguém aparecera para ajudar até o momento. As irmãs estavam apoiadas em um pedaço do navio. Pequeno. Os outros estavam muito longe e ambas não conseguiam se mover. Melissa estava com o corpo imerso na água, apenas com seus braços e cabeça apoiados no pedaço que encontrara. O resto do espaço estava para sua irmã mais nova, a qual tremia de frio e medo.
-Irmã, a gente vai conseguir sair daqui? – perguntou a menor.
-Não sei. Você sim, com certeza, Mad. – a jovem olhou nos olhos da menininha, que estavam cheios de lágrimas.
-Como assim só eu, Melissa? Você vai me deixar? Não! Por favor! – a garotinha estava apavorada. Já perdera seus pais, não queria perder sua irmã, sua querida irmã.
-Não, Madeleine. Não irei te deixar. Nunca. Só estou cansada. – a maior retirou os fios de cabelo congelado do delicado rosto da irmã – Você promete que, quando chegarem para nos buscar, você vai me acordar?
-Sim, eu prometo irmã. Prometo! – a criança segurava as mãos da jovem com força.
-Mad, saiba que eu te amo, muito. – a moça falou, deitando a cabeça sobre o espaço que sobrara.
-Eu também. Eu também te amo.
Melissa não mentiu para a irmã. Ela estava dormindo mesmo, e não um sono eterno. Era possível ver o movimento das suas costas ao respirar. A garotinha ficou aliviada ao saber que sua irmã ainda estava viva, apenas cansada.
Ficaram ali em torno de 5 minutos, até que um fecho de luz atinge o rosto da menor, que olha para o lado e solta a mão da irmã. Grita e acena, chamando a atenção dos tripulantes que estavam procurando por sobreviventes do naufrágio. Os homens viram o bote em direção da garota que, ao perceber, vai acordar Melissa.
-Mel, Mel! Eles estão vindo nos... – a garota percebe que a irmã não está mais apoiada no pedaço do navio em qual estava e sim afundando naquela imensidão gélida e azul que se chama oceano. – Melissa! Não! Melissa! Por favor! – a garota começa a chorar ao perceber que perdeu mais um ente querido. Pouco a pouco o corpo da bela jovem desaparece na escuridão.
Os homens pegam a garotinha e a cobrem com um pedaço de cobertor. Eles se juntam aos outros botes, que dividem o peso entre os três que sobraram. Madeleine fica encolhida, apenas tentando não esquecer o rosto de seus pais e sua irmã. Tão lindos. Sua irmã tão jovem. Três vidas especiais para a pequena Overight se acabaram naquele naufrágio. Uma delas de sua irmã, sua inspiração.
17 de abril de 1912 – 14:37 – Após encontrarem um navio que os ajudou
Eram três dias em um navio desconhecido, com pessoas desconhecidas. A pequena Madeleine foi acolhida por um casal que nunca vira antes, mas que diziam ser amigos de seus pais. Os mesmos deram roupa e comida para a garotinha, enquanto os outros tripulantes do navio que naufragou tinham pequenas porções de comida e água, com roupas sujas e cheirando mal.
Todo dia a pequena ia ver como as pessoas estavam e levava doces para as criancinhas que perderam os pais na tragédia. Ela sentia a tristeza deles, afinal, perdera seus pais e sua irmã. As crianças ficavam felizes ao ver a menininha de sete anos chegar com a sacola cheia de doces.
-Por que você sempre vem aqui trazer doces? Você foi acolhida, não foi? – perguntou um garoto de olhos cor de esmeralda e loiro, que também era órfão.
-Porque eu também sinto o que vocês sentem. Eu perdi meus pais e... E minha irmã. Eu fico feliz com os doces, então achei que vocês também ficariam. – o menininho sorriu e Madeleine sentou-se ao lado dele. Os dois aparentavam ter a mesma idade, só que a menina estava mais limpa.
-Você não tem nojo de sentar do meu lado? – falou o garotinho pegando uma bala.
-Por que eu teria nojo? Eu também estaria assim se os amigos dos meus pais não tivessem me reconhecido. – a menina falou, com a boca cheia de balas.
-Você está tão limpinha. Eu queria estar assim também. Eu estava limpo antes do navio afundar. – o menino colocou mais quatro balas na boca, de uma vez só. – Na verdade, eu vou estar limpo, quando chegarmos na América. Meus avós com certeza estarão me esperando quando eu chegar.
-Os meus também. Vou morar com eles agora. – a menina sorriu.
Os dois ficaram um bom tempo falando sobre os pais, como viviam, pareciam até adolescentes. Até que o navio chegou ao seu destino.
Madeleine desceu do navio, acompanhada dos amigos de seus pais e logo avistou seus avós. Foi correndo e logo pulou nos braços deles, abraçando ambos de uma vez só. Saindo do abraço, Madeleine procurou seu novo amigo, que descobrira que o nome do mesmo era Felipe, e sorriu ao vê-lo com os avós dele.
A partir daquele dia a pequena Overight moraria com os avós.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado! ^^
Não sei quando postarei o próximo, se receber meu primeiro Review talvez amanhã postarei o próximo. Tentarei.
É isso! Até o próximo capítulo!
Tchau Cupcakes o/o/